José Lopes de Sá

Fonte: eViterbo
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José Lopes de Sá
Nome completo José Lopes de Sá
Outras Grafias Joseph Lopes de Sá
Pai valor desconhecido
Mãe valor desconhecido
Cônjuge Maria da Cunha Barros
Filho(s) Agostinho Lopes de Sá
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento valor desconhecido
Morte valor desconhecido
Sexo masculino
Religião cristã
Residência
Residência Goa, Índia
Data Início: 1715
Postos
Posto Capitão Engenheiro
Data Início: 21 de março de 1715
Arma Engenharia
Data Início: dezembro de 1727
Arma Infantaria
Posto Mestre de campo
Data Início: dezembro de 1727
Arma Infantaria
Cargos
Cargo Engenheiro-mor
Data Início: 1730
Cargo Director
Data Início: 1735
Fim: 1737
Actividade
Actividade Desenho de fortificação
Data Início: 1727
Local de Actividade Índia
Actividade Desenho de fortificação
Data Início: 1733
Local de Actividade Índia
Actividade Desenho de fortificação
Data Início: junho de 1737


Biografia

Dados biográficos

Carreira

Lopes de Sá encontrava-se em Goa em Dezembro de 1727 quando embarcou na armada enviada para reconquistar a fortificação de Jesus em Mombaça, Quénia. Nessa expedição, o seu posto era de "Tenente Coronel de Mestre de Campo General da Infantaria, com exercissio de Engenheyro".[1] Em 1728/1729, elaborou quatro levantamentos e projectos de intervenção para a fortificação de Jesus, conjuntamente com o engenheiro Álvaro de Cienfuegos e o capitão António de Brito Freire.[2]

Após estadia em Mombaça, Lopes de Sá provavelmente regressou a Portugal.

Lopes de Sá partiu para a Índia provavelmente em 1732, com o posto de "tenente-coronel" e o cargo de "engenheiro-mor", ficando encarregue por ordem régia de estabelecer em Goa a "Aula da Academia Militar".[3]

A Aula funcionou, provalvemente, no Palácio da Pólvora, em Panelim, Goa.

Em Janeiro de 1733, Lopes de Sá foi enviado a Mangalor,[4] tendo desenhado pelo menos um levantamento da fortificação, onde dirigu as obras da construção de um "fosso" e "estrada cuberta".[5]

Em Outubro de 1735, o vice-rei D. Pedro de Mascarenhas preparava-se para enviar o "Tenente de Mestre de Campo General Joseph Lopes de Sá Engenheiro do Estado" à Província do Norte para "idear" as obras de fortificação em curso e projectadas para a defesa do território.[6]

Entre 1735 e 1737, Lopes de Sá dirigiu as obras da nova fortificação da vila de Taná, Província do Norte, tendo introduzido alterações ao projecto original de André Ribeiro Coutinho.[7] Lopes de Sá encontrava-se na fortificação inacabada quando esta foi atacada pelo exército marata, tendo fugido para Baçaim.[8] Tendo permanecido na Província do Norte durante a guerra de 1737-1739, Lopes de Sá participou nas acções de defesa e contra-minagem durante o cero a Baçaim, assim como desenho a nova cisterna edificada na fotificação de Versová (Junho de 1737), e no socorro enviado à fortificação cercada de Mahim-quelme.[9]

Outras informações

Obras

Notas

  1. ↑ "Jornal da viagem que hora vai fazer...", 21 de Dezembero 1727, Fundo Geral, Códice 485, fols. 1-6, Biblioteca Nacional de Portugal.
  2. ↑ Boxer C. R., Azevedo C. de, A Fortaleza de Jesus e os portugueses em Mombaça, Lisboa, 1960, pp. 92-97; Garcia, João Carlos, Ribeiro, Jorge Macieirinha, "Portuguese Topographical Survey in Portuguese Africa", The History of Cartography, vol. 4: Cartography in the European Enlightenment, Matthew H. Edney, Mary Sponber Pedley (eds.), Chicago, University of Chicago Press, 2020, pp. 1477-1478.
  3. ↑ Carta do vice-rei Pedro de Mascarenhas para o Secretário de Estado, 28 de Janeiro 1734, Livro das Monções nº 102-B, Ms. 122, fls. 770-770v, Historical Archives of Goa.
  4. ↑ Carta do vice-rei Pedro de Mascarenhas, 24 de Janeiro, 1733, Livro das fl. 107v, Livro dos Reis Vizinhos nº 7, Ms. 975, Historical Archives of Goa.
  5. ↑ Carta do vice-rei Pedro de Mascarenhas, 27 de Fevereiro 1733, Livro dos Reis Vizinhos nº 7, Ms. 975, fl. 110, Historical Archives of Goa.
  6. ↑ Carta do vice-rei Pedro de Mascarenhas, 27 de Outubro 1735, Livro da Correspondência de Baçaim nº 5, Ms. 1254, fl. 44, Historical Archives of Goa.
  7. ↑ Rellação da guerra que o infil. Maratá fez no Estado da India..., cod. 1605, A. G. Biblioteca Nacional de Portugal, cit. in Pissurlencar, Panduranga, "Portugueses e Maratas (IV): Como se perdeu Baçaim", Boletim do Instituto Vasco da Gama, nº 9, 1931, p. 35.
  8. ↑ Rellação da guerra que o infil. Maratá fez no Estado da India..., cod. 1605, A. G. Biblioteca Nacional de Portugal, cit. in Pissurlencar, Panduranga, "Portugueses e Maratas (IV): Como se perdeu Baçaim", Boletim do Instituto Vasco da Gama, nº 9, 1931, p. 40.
  9. ↑ Rellação da guerra que o infil. Maratá fez no Estado da India..., cod. 1605, A. G. Biblioteca Nacional de Portugal, cit. in Pissurlencar, Panduranga, "Portugueses e Maratas (IV): Como se perdeu Baçaim", Boletim do Instituto Vasco da Gama, nº 9, 1931, p. 53.

Fontes

Bibliografia

Ligações Externas

https://www.hpip.org/pt/heritage/details/1900

Autor(es) do artigo

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

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