José da Costa e Azevedo: diferenças entre revisões

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=== Dados biográficos === <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
=== Dados biográficos === <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
José da Costa e Azevedo obtém a sua formação na [[Academia Real Militar do Rio de Janeiro]], a qual frequenta de 1815 e 1821, evidenciando nos prémios por si recebidos um notável percurso.
De acordo com a Gazeta de Lisboa (nº146, an.1817, 23 de junho), recebe o prémio de melhor aluno do segundo ano, sendo à época identificado como Capitão de artilharia de Pernambuco.
No ano de 1819, o seu nome é mencionado, mas agora como Capitão do [[Real Corpo de Engenheiros]], em notícia relativa à abertura das aulas e atribuição de prémios pela Academia Real Militar. Segundo a Gazeta de Lisboa (nº194, an.1819, 18 de agosto), é-lhe atribuído primeiro prémio pela conclusão do 3º ano.
Nesta linha, surge ainda referencia na Gazeta do Rio (nº 19, an. 1820, 4 de março), e na Gazeta de Lisboa (nº 135, an. 1820, 9 de junho), ao Capitão do Real Corpo de Engenheiros José da Costa e Azevedo na sequência de atribuição de primeiro prémio, relativamente à frequência do 4º ano da Academia. Ou ainda, na Gazeta do Rio (nº 31, an. 1822, 12 de março), a atribuição de primeiro prémio relativamente à conclusão do 5º ano e onde se refere:
''“não lhes passarão porém os respectivos Provimentos; porquanto devendo os prémios ser recebidos no decurso do anno seguinte ao em que são conferidos, não podião os referidos Alumnos satisfazer a essa clausula, por terem logo feito exame do 7º e ultimo anno, por Ordem Superior, que dispensou de o frequentarem na Academia” '' Gazeta do Rio (nº 31, an. 1822, 12 de março).
Um percurso, do qual há ainda registo de inscrição do Capitão do Real Corpo de Engenheiros José da Costa e Azevedo no 5º ano (1820), e 6º ano do curso (1821), no ''“livro terceiro de frequência no qual se achao lançadas as faltas dos alunos matriculados no 3º e nos demais anos do curso académico no anno lectivo de 1820, e nos de todos os alunos nos anos seguintes até…”'' em depósito no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro (95 - Série Educação, IE3 922). No mesmo documento há ainda menção a inscrição no curso de Phisica em 1820, orientado pelo Lente … Barreto).


===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->
===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->
Após um percurso formativo na Academia Real Militar do Rio de Janeiro, incontestavelmente reconhecido pela sucessão de prémios, José da Costa e Azevedo exerce funções, de 1826 a 1840, como Coronel graduado do exército imperial.
Notabilizando-se como cientista e pedagogo, o seu nome surge no Diário do Rio de Janeiro, de 11 de julho de 1839, aparece como membro da Sociedade de Instrução Elementar do Rio de Janeiro. De facto, terá exercido funções na Real Academia Militar do Rio, sendo posteriormente convidado para primeiro diretor da Escola Normal de Niterói (fundada em 1835, e tendo como missão a formação de professores para magistério de ensino primário). Uma função que acumula com a de primeiro professor de todas as cadeiras nessa escola.
José da Costa e Azevedo produziu material para as Lições da Instrução Elementar, denominado de Lições de Ler (1832, Typografia Nacional), o qual dedica às suas filhas Maria Joana e Maria Júlia.


===Outras informações=== <!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
===Outras informações=== <!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
O Capitão do Real Corpo de Engenheiros José da Costa e Azevedo é sobrinho de Frei José da Costa e Azevedo (1763/1822), que estuda Teologia e Ciências naturais na [[Universidade de Coimbra, Coimbra,-|Universidade de Coimbra]], especializando-se em mineralogia sendo lente no Seminário de Olinda e na Academia Real Militar do Rio de Janeiro (gabinete de gabinete de produtos de mineralogia e história natural). De 1818 a 1822 dirige o Museu Nacional (Museu Real).
Por outro lado, é pai de José da Costa Azevedo (o Barão de Ladário), que estuda matemática e ciências físicas na Escola da Marinha no Rio de Janeiro.


==Obras== <!-- Incluí projectos não realizados mas sobre os quais tenhamos informação. Pode incluir informação que não sendo segura, pode ser atribuída; por exemplo: uma determinada obra sobre a qual haja informação de que deve ser atribuída a x pessoa, não deve ser acrescentada na info-box, mas deve constar aqui-->
==Obras== <!-- Incluí projectos não realizados mas sobre os quais tenhamos informação. Pode incluir informação que não sendo segura, pode ser atribuída; por exemplo: uma determinada obra sobre a qual haja informação de que deve ser atribuída a x pessoa, não deve ser acrescentada na info-box, mas deve constar aqui-->
1816 – Redige o manuscrito: ''Notas explicativas do 2º ano da Real Academia Militar, no ano de 1816, sobre álgebra. Manuscritos'' - I-47,07,005. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
1818 – Redige o manuscrito: ''Tratado elementar de mecânica: terceiro anno da Real Academia Militar''. Manuscritos - I-47,11,010. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
s.d. - Redige o manuscrito: ''Mecânica de Poisson''. Manuscritos - I-47,11,006. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
s.d. - Redige o manuscrito: ''Geometria descritiva de Lacroix''. Manuscritos - I-47,08,009. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
s.d. - Redige o manuscrito: ''Geometria analítica de Biot''. Manuscritos - I-47,09,004. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
s.d. - Redige o manuscrito: ''Cálculo diferencial de La Caille''. Manuscritos - I-47,09,010. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
1832 - Publica: ''Lições de instrucção elementar às suas filhas Maria Joanna e Maria Julia''. Rio de Janeiro: Na Typographia Nacional.


==Notas==<!-- As notas e a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago full note with bibliography-->
==Notas==<!-- As notas e a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago full note with bibliography-->
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==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
n.p., ''Livro terceiro de frequência no qual se achao lançadas as faltas dos alunos matriculados no 3º e nos mais Annos do Curso académico no anno lectivo de 1820 e os de todos ao alunos nos anos seguintes até…'' Série Educação (fundo 95) cota IE3 922. Arquivo Nacional do Rio de Janeiro
n.p., ''Gazeta de Lisboa'' (146), junho 23, 1817
n.p., ''Gazeta do Lisboa'' (194)'','' agosto 18, 1819
n.p., ''Gazeta do Lisboa'' (135)'','' junho 9, 1820
n.p., ''Gazeta do Rio'' (19)'','' março 4, 1820
n.p., ''Gazeta do Rio'' (31)'','' março 12, 1822
==Bibliografia == <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
==Bibliografia == <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
Albuquerque, Suzana; Boto, Carlota. “O impresso Lições de Ler na história da alfabetização no império brasileiro” In ''POIÉSIS – revista do programa de pós-graduação em educação – mestrado, universidade do Sul de Santa Catarina'', 11 (2017), 214-231.
Nogueira, Lacerda. ''A mais antiga Escola Normal do Brasil. Esbôço de historia administrativa e episódios''. Niterói: Officinas Graphicas do Diario Ofiicial do Estado do Rio de Janeiro, 1938.


==Ligações Externas== <!--Ligações externas a sítios de internet, etc. que não foram utilizadas concretamente na construção da biografia -->
==Ligações Externas== <!--Ligações externas a sítios de internet, etc. que não foram utilizadas concretamente na construção da biografia -->

Revisão das 10h30min de 13 de outubro de 2022


José da Costa e Azevedo
Nome completo José da Costa e Azevedo
Outras Grafias valor desconhecido
Pai valor desconhecido
Mãe valor desconhecido
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) José da Costa Azevedo
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento valor desconhecido
Morte valor desconhecido
Sexo Masculino
Religião valor desconhecido
Residência
Residência Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Formação
Data Início: 1815
Fim: 1821
Local de Formação Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Data Início: 1820
Local de Formação Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Postos
Posto Capitão
Data Início: 1817
Arma Artilharia

Posto Capitão Engenheiro
Data Início: 1820

Posto Coronel
Data Início: 1826
Fim: 1840
Cargos
Cargo Director
Data Início: 1835

Cargo Professor
Data Início: 1835
Actividade
Actividade Autoria de texto
Data Início: 1816
Fim: 1832
Local de Actividade Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil


Biografia

Dados biográficos

José da Costa e Azevedo obtém a sua formação na Academia Real Militar do Rio de Janeiro, a qual frequenta de 1815 e 1821, evidenciando nos prémios por si recebidos um notável percurso.

De acordo com a Gazeta de Lisboa (nº146, an.1817, 23 de junho), recebe o prémio de melhor aluno do segundo ano, sendo à época identificado como Capitão de artilharia de Pernambuco.

No ano de 1819, o seu nome é mencionado, mas agora como Capitão do Real Corpo de Engenheiros, em notícia relativa à abertura das aulas e atribuição de prémios pela Academia Real Militar. Segundo a Gazeta de Lisboa (nº194, an.1819, 18 de agosto), é-lhe atribuído primeiro prémio pela conclusão do 3º ano.

Nesta linha, surge ainda referencia na Gazeta do Rio (nº 19, an. 1820, 4 de março), e na Gazeta de Lisboa (nº 135, an. 1820, 9 de junho), ao Capitão do Real Corpo de Engenheiros José da Costa e Azevedo na sequência de atribuição de primeiro prémio, relativamente à frequência do 4º ano da Academia. Ou ainda, na Gazeta do Rio (nº 31, an. 1822, 12 de março), a atribuição de primeiro prémio relativamente à conclusão do 5º ano e onde se refere:

“não lhes passarão porém os respectivos Provimentos; porquanto devendo os prémios ser recebidos no decurso do anno seguinte ao em que são conferidos, não podião os referidos Alumnos satisfazer a essa clausula, por terem logo feito exame do 7º e ultimo anno, por Ordem Superior, que dispensou de o frequentarem na Academia”  Gazeta do Rio (nº 31, an. 1822, 12 de março).

Um percurso, do qual há ainda registo de inscrição do Capitão do Real Corpo de Engenheiros José da Costa e Azevedo no 5º ano (1820), e 6º ano do curso (1821), no “livro terceiro de frequência no qual se achao lançadas as faltas dos alunos matriculados no 3º e nos demais anos do curso académico no anno lectivo de 1820, e nos de todos os alunos nos anos seguintes até…” em depósito no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro (95 - Série Educação, IE3 922). No mesmo documento há ainda menção a inscrição no curso de Phisica em 1820, orientado pelo Lente … Barreto).

Carreira

Após um percurso formativo na Academia Real Militar do Rio de Janeiro, incontestavelmente reconhecido pela sucessão de prémios, José da Costa e Azevedo exerce funções, de 1826 a 1840, como Coronel graduado do exército imperial. Notabilizando-se como cientista e pedagogo, o seu nome surge no Diário do Rio de Janeiro, de 11 de julho de 1839, aparece como membro da Sociedade de Instrução Elementar do Rio de Janeiro. De facto, terá exercido funções na Real Academia Militar do Rio, sendo posteriormente convidado para primeiro diretor da Escola Normal de Niterói (fundada em 1835, e tendo como missão a formação de professores para magistério de ensino primário). Uma função que acumula com a de primeiro professor de todas as cadeiras nessa escola.

José da Costa e Azevedo produziu material para as Lições da Instrução Elementar, denominado de Lições de Ler (1832, Typografia Nacional), o qual dedica às suas filhas Maria Joana e Maria Júlia.

Outras informações

O Capitão do Real Corpo de Engenheiros José da Costa e Azevedo é sobrinho de Frei José da Costa e Azevedo (1763/1822), que estuda Teologia e Ciências naturais na Universidade de Coimbra, especializando-se em mineralogia sendo lente no Seminário de Olinda e na Academia Real Militar do Rio de Janeiro (gabinete de gabinete de produtos de mineralogia e história natural). De 1818 a 1822 dirige o Museu Nacional (Museu Real).

Por outro lado, é pai de José da Costa Azevedo (o Barão de Ladário), que estuda matemática e ciências físicas na Escola da Marinha no Rio de Janeiro.

Obras

1816 – Redige o manuscrito: Notas explicativas do 2º ano da Real Academia Militar, no ano de 1816, sobre álgebra. Manuscritos - I-47,07,005. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

1818 – Redige o manuscrito: Tratado elementar de mecânica: terceiro anno da Real Academia Militar. Manuscritos - I-47,11,010. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

s.d. - Redige o manuscrito: Mecânica de Poisson. Manuscritos - I-47,11,006. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

s.d. - Redige o manuscrito: Geometria descritiva de Lacroix. Manuscritos - I-47,08,009. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

s.d. - Redige o manuscrito: Geometria analítica de Biot. Manuscritos - I-47,09,004. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

s.d. - Redige o manuscrito: Cálculo diferencial de La Caille. Manuscritos - I-47,09,010. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

1832 - Publica: Lições de instrucção elementar às suas filhas Maria Joanna e Maria Julia. Rio de Janeiro: Na Typographia Nacional.

Notas


Fontes

n.p., Livro terceiro de frequência no qual se achao lançadas as faltas dos alunos matriculados no 3º e nos mais Annos do Curso académico no anno lectivo de 1820 e os de todos ao alunos nos anos seguintes até… Série Educação (fundo 95) cota IE3 922. Arquivo Nacional do Rio de Janeiro

n.p., Gazeta de Lisboa (146), junho 23, 1817

n.p., Gazeta do Lisboa (194), agosto 18, 1819

n.p., Gazeta do Lisboa (135), junho 9, 1820

n.p., Gazeta do Rio (19), março 4, 1820

n.p., Gazeta do Rio (31), março 12, 1822

Bibliografia

Albuquerque, Suzana; Boto, Carlota. “O impresso Lições de Ler na história da alfabetização no império brasileiro” In POIÉSIS – revista do programa de pós-graduação em educação – mestrado, universidade do Sul de Santa Catarina, 11 (2017), 214-231.

Nogueira, Lacerda. A mais antiga Escola Normal do Brasil. Esbôço de historia administrativa e episódios. Niterói: Officinas Graphicas do Diario Ofiicial do Estado do Rio de Janeiro, 1938.

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

João Cabeleira

Lab2PT - Universidade do Minho

http://orcid.org/0000-0002-6800-8557

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

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