Besta
Arco de atirar setas. Deriva-se de Ballista que antigamente era uma máquina bélica com que se atiravam pedras muito grossas aos muros das fortalezas e cidades. É, pois, Besta, diminutivo de Ballista porque, à imitação das ditas grandes máquinas, se fizeram outras mais pequenas de que um homem pudesse facilmente usar. E para lançar as setas se encostava no peito a besta. Foram estas bestas pequenas chamadas Balistae, â, pectoribus. Para despedir a seta tinham estas bestas um osso a que chamavam Noz como se vê no livro 5 da Phippida de Guilherme de Bretanha. Guido nucem volt ballistae policie laevo. Dextra premia elevem.
A diferença que havia entre as frechas das bestas e a dos arcos é que os escritores setentrionais daqueles tempos nas suas obras latinas chamam as flechas das bestas Quarellos ou Quadrelios e às dos arcos Sagittas, como consta do livro do Rigordo.
Besta de bodoque com que se atiram balas de barro. Arcus emittendis gloribulis argillaceis[1].
Notas
- ↑ Bluteau, Vocabulario Portuguez e latino (Tomo II: B-C), 112.
Bibliografia e Fontes
- Bluteau, Rafael. Vocabulario portuguez e latino, aulico, anatomico, architectonico, bellico, botanico, brasilico, comico, critico, chimico, dogmatico, dialectico, dendrologico, ecclesiastico, etymologico, economico, florifero, forense, fructifero... autorizado com exemplos dos melhores escritores portugueses, e latinos... Tomo II: B-C. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesu, 1712.