Henrique António Galluzzi

Fonte: eViterbo
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Henrique António Galluzzi
Nome completo Henrique António Galluzzi
Outras Grafias Enrico Antonio Galluzzi, Enrique Antonio Galúcio, Enrique Antonio Gallúcio, Enrique Antonio Galuzzi, Enrique Antonio Galluzi
Pai valor desconhecido
Mãe valor desconhecido
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento valor desconhecido
Mântua, Lombardia, Itália
Morte 27 outubro 1769
Macapá, Amapá, Brasil
Sexo Masculino
Religião valor desconhecido
Cargos
Cargo Ajudante com exercício de Engenheiro
Data Início: 30 de dezembro de 1750
Actividade
Actividade Demarcação de fronteira
Data Início: 1750
Fim: 1755
Local de Actividade Maranhão, Brasil

Actividade Desenho hidrográfico
Data Início: 1754
Fim: 1754
Local de Actividade Pará, Brasil

Actividade Desenho hidrográfico
Data Início: 1758
Fim: 1758
Local de Actividade Pará, Brasil

Actividade Desenho urbano
Data Início: 1763
Fim: 1763
Local de Actividade Macapá, Amapá, Brasil

Actividade Desenho cartográfico
Data Início: 1760
Fim: 1760
Local de Actividade Piauí, Brasil


Biografia

Dados biográficos

Henrique António Galluzzi era italiano, possivelmente natural de Mantua. Casou na Sé de Santa Maria de Belém do Pará com D. Sebastiana Maria Gemaque. Morreu em Macapá a 27 de outubro de 1769[1].

Carreira

Encontrava-se em Mantua quando foi contratado pelo governo português. Ao seu serviço, foi um dos oficiais estrangeiros enviados para a expedição de demarcação das possessões na América, organizada no reinado de D. João V em 1750, para onde seguiu na condição de ajudante de infantaria com exercício de engenheiro[1].

Serviu durante 16 anos na América[1].

Começou por ser colocado na cidade de S. Maria de Belém do Pará a 1 de novembro de 1753, a partir da qual foi destacado para serviços em diferentes locais, nomeadamente para elaborar o mapa da vila de Bragança e respetivo acesso (17 de julho de 1754 — 8 de agosto de 1754), ou para fazer o carregamento dos marcos reais para o Araal do Rio Negro (10 de dezembro de 1755 — 25 de janeiro de 1757). Esteve em serviço no Rio dos Tocatins (1 de maio de 1758 — 31 de maio de 1758), na cidade do Maranhão (22 de abril de 1759 — 21 de abril de 1771) e na vila de S. José de Macapá (13 de abril de 1772 — 21 de outubro de 1773)[2].

Foi nomeado capitão de infantaria com exercício de engenheiro a 7 de fevereiro de 1767[3], com assento confirmado a 11 de junho de 1771[2]. A 7 de julho de 1774 ascendeu ao posto de sargento-mor de infantaria com exercício de engenheiro e foi colocado na vila de S. José de Macapá a 21 de setembro de 1774, onde ficou encarregado das obras de fortificação[2].

Outras informações

Obras

No Arquivo Histórico do Exército, no Rio de Janeiro, constam os seguintes mapas de sua autoria:

Mappa dos rios Guamá, Guayará, e Cayeté do Estado do Gram Pará, aonde mostra-se o Caminho novamente aberto por terra da Villa nova de Bragança pera a de Ourem por comodo destes moradores, qual Mappa foy feito embaixo das Ordens do Ill. e Ex. Senhor Francisco Xavier de Mendonça Furtado Governador e Cap. Gn. do Estado do Pará, e Maranham, em o Anno de 1754 pelo Engenheiro  E. A. Galluzzi. Inclui cartelas com Planta da Vila Nova de Bragança e Planta da Vila Nova de Ourem. Colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, com rosa dos ventos, escala em léguas, papel canson telado, 85cm x 46cm[4].

Mappa dos rios Guamá, Guayará, e Cayeté do Estado do Gram Pará, aonde mostra-se o Caminho novamente aberto por terra da Villa nova de Bragança pera a de Ourem .... Copiado pelo Tenente Antonio P. Lecor em 1851. Colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, nota explicativa, seta norte, escala em braças, papel canson telado, com moldura, 87,5cm x 49,5cm[5].

Planta da praça e Villa de São José do Macapá como se acha no ano de 1763 e tirada geometricamente debaixo das ordens do Illmo e Exmo Sr. Fernando da Costa de Ataíde Teive do Conselho de S.M.F. Governador e Capitão General do Estado do Para, Maranhão e Piauí && Pelo  Capitão Engenheiro Henrique Antônio Gallucio, colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, com rosa dos ventos, escala em braças, papel canson telado, 91,5cm x 66,5cm[6].

Planta de uma fortificação regular, fácil e resumida, para se defender com uma limitada guarnição, aplicada ao terreno mais vantajoso da praça de São José do Macapá e projetada em execução das ordens do Illmo e Exmo Sr. Fernando da Costa de Ataíde Teive do Conselho de S.M. Fidelissima seu Governador e Capitão General do Estado do Para, Maranhão e Piauí && Pelo  Capitão Engenheiro Henrique Antônio Gallucio, 1764. colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, com rosa dos ventos, escala em braças, papel canson, 89cm x 62cm[7].

Projeto de uma fortificação para a praça de São José do Macapá feito por ordem do Governador Fernando da Costa de Ataíde Teive pelo Capitão Engenheiro Henrique Antônio Gallucio, cópia heliográfica, com nota explicativa, com rosa dos ventos, escala em braças, papel canson telado, 82cm X 56,5cm[8].


Francisco de Sousa Viterbo faz ainda referência às seguintes obras[9]:

Mappa geographico da capitania do Piauhy, no anno de 1760 (duas cópias a aguarela, pertecentes a L. da Ponte Ribeiro).

Mappa Geometrico do Curso dos tres Rios Guayara, Goama, e Cayté com todos os Sitios estabelecidos na ribeira destes rios. Parte, do Caminho dirigido da Villa de Ourem, p. Maranhã, e Caminho inteiro da dita Villa até a Villa de Brganza. Com as plantas Ichnographicas de ambas as Villas. Feitas na Diligencia do S. João Ignacio de Britto e Abreu em Meze do Augto: no Anno MDCCLVIII. 0,m920x0,m490 (original a aguarela, sem nome de autor) (Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro).

Notas

  1. 1,0 1,1 1,2 Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 1:407-410.
  2. 2,0 2,1 2,2 Arquivo do Conselho Ultramarino: maço [Brasil, Província do Pará], número 488. Viterbo, 1:408.
  3. Arquivo do Conselho Ultramarino: livro 39, folha 107 (apud Viterbo I 1899, 409)
  4. Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 11.02.2268
  5. Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 11.01.2851
  6. Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 06.55.2235
  7. Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 06.31.2334
  8. Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 06.54.2228
  9. Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 1:409-410.

Fontes

Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx).

Bibliografia

Toledo, Benedito. Esplendor do barroco luso-brasileiro. São Paulo: Ateliê Editorial, 2012.

Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol. 1. Lisboa: Imprensa Nacional, 1899.

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

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