Manuel Bélico de Velasco
Manuel Bélico de Velasco | |
---|---|
Nome completo | Manuel Domingos Franco Bélico de Velasco |
Outras Grafias | Manoel Domingos Franco Bellico de Velasco, Manuel Domingos Franco Bellico de Vellasco |
Pai | Frederico Carlos de Melo Bélico de Velasco |
Mãe | Verediana Guilhermina Godinho de Mira e Velasco |
Cônjuge | Sara Silvina Rogado Quintino |
Filho(s) | Matilde Guilhermina Franco Bélico de Velasco, Frederico Alfredo Franco Bélico de Velasco, Cláudio César Franco Bélico de Velasco, Álvaro António Franco Bélico de Velasco, Abel Armando Franco Bélico de Velasco, Raúl Renato de Franco Bélico de Velasco, Francisco Quintino Franco Bélico de Velasco, Renato Franco Bélico de Velasco, Ivo Aquiles Franco Bélico de Velasco, Rui Felisberto Franco Bélico de Velasco, Pedro Hugo Franco Bélico de Velasco, Manuel Domingos Franco Bélico de Velasco (filho) |
Irmão(s) | valor desconhecido |
Nascimento | 4 dezembro 1866 Sanquelim, Bicholim, Goa,- |
Morte | 1914 Angola |
Sexo | Masculino |
Religião | Cristã |
Formação | |
Formação | Instrução básica |
Cargos | |
Cargo | Olheiro |
Data | Início: 02 de janeiro de 1883 Fim: 01 de fevereiro de 1889 |
Cargo | Apontador |
Data | Início: 01 de fevereiro de 1889 Fim: 01 de outubro de 1892 |
Cargo | Adido |
Data | Início: 01 de outubro de 1892 Fim: dezembro de 1895 |
Data | Início: dezembro de 1895 Fim: 09 de janeiro de 1899 |
Cargo | Condutor de 2ª classe |
Data | Início: 09 de janeiro de 1899 Fim: 01 de novembro de 1911 |
Cargo | Chefe de secção |
Data | Início: 1902 Fim: 1911 |
Actividade | |
Actividade | Demarcação de fronteira |
Data | Início: novembro de 1894 Fim: 1895 |
Local de Actividade | Índia |
Biografia
Dados biográficos
Manuel Domingos Franco Bélico de Velasco nasceu em 4 de Dezembro de 1866, natural de Bicholim, freguesia da Nossa Senhora da Graça, conselho de Sanguelim, em Goa, Índia. Era filho de Frederico Carlos de Melo Bélico de Velasco e de Verediana Guilhermina Godinho de Mira e Velasco[1]. Foi baptizado em Pagim em 22 de Maio de 1873[2].
Contraiu matrimónio com Sara Silvina Rogado Quintino em Damão em 22 de Novembro de 1891[2]. Foi pai de Matilde Gilhermina Franco Bélico de Velasco, nascida em Damão em 14 de Setembro de 1892; Francisco Quintino Franco Bélico de Velasco, nascido em Pangim em 13 de Janeiro de 1894 e falecido na mesma cidade em 21 de Julho de 1897; Frederico Alfredo Franco Bélico de Velasco, nascido em Pangim em 23 de Março de 1895 e falecido na mesma cidade em 13 de Outubro de 1911; Cláudio César Franco Bélico de Velasco, nascido em Pangim em 30 de Junho de 1896 e falecido em Lourenço Marques em 16 de Junho de 1965; Álvaro António Franco Bélico de Velasco, nascido em Sanquelim em 18 de Novembro de 1898 e falecido em Lourenço Marques; Abel Armando Franco Bélico de Velasco, nascido em Pangim em 30 de Outubro de 1900 e falecido em Bicholim em 29 de Fevereiro de 1956; Renato Franco Bélico de Velasco, nascido em Pangim em 1901 e falecido em Lourenço Marques; Ivo Aquiles Franco Bélico de Velasco, nascido em Pangim em 1902 e falecido na mesma cidade em 16 de Janeiro de 1922; Rui Felisberto Franco Bélico de Velasco, nascido em Margão em 24 de Agosto de 1903 e falecido em Pangim em 24 de Julho de 1936; Pedro Hugo Franco Bélico de Velasco, nascido em Margão em 2 de Janeiro de 1909 e falecido em 1977; e Manuel Domingos Franco Bélico de Velasco, nascido em Pangim a 18 de Outubro de 1910 e falecido em Lourenço Marques em cerca de 1950[3]; e Raúl Renato de Franco Bélico de Velasco[1].
Realizou os estudos de instrução básica nas disciplinas de Português, Latim, Inglês, Francês e Retórica[4].
Faleceu entre 1913 e 1914[5] em Moçâmedes, Angola[2].
Carreira
Iniciou a carreira em 2 de Janeiro de 1883 como olheiro e vigia no serviço de fiscalização das obras públicas do Estado da Índia. Após remodelação daquele quadro de obras públicas foi integrado como olheiro do quadro em 1887 tendo permanecido nessas funções até 20 de Fevereiro de 1888[6]. Dois anos depois transitou para o lugar de apontador do quadro e à condição de adido em 1 de Outubro de 1892[7].
Foi incumbido de proceder a processo de tombação na província de Pragana Nagar Avely em Damão, em Janeiro de 1893, auferindo por essas funções o vencimento de condutor de 2.ª classe. No mesmo ano, em Outubro, integrou a comissão de inquérito à gerência da Câmara Municipal de Damão. Em Novembro de 1894, foi nomeado para examinar e verificar os marcos fronteiriços entre Goa e "Sauntvaddy com o delegado britânico", estando em causa a averiguação de uma questão territorial entre a aldeia portuguesa de Chandel e a aldeia inglesa de "Nitordem"[8]/"Notordem"[1]. Em Janeiro de 1895, foi nomeado para a demarcação de terrenos em Satari[7].
Foi colocado condutor de obras públicas em 19 de Dezembro de 1895 e, em 6 de Novembro de 1897, transferido para a secção de Satari. Foi promovido a condutor de 2.ª classe interino da Direcção de Obras Públicas do Estado da Índia em 9 de Janeiro de 1899, tornando-se efectivo em 6 de Maio de 1904. Nesse ano, em 8 de Outubro, foi confirmado no quadro das obras públicas com o mesmo lugar, após ter realizado requerimento em Agosto[9].
Ocupava o lugar de chefe da 2.ª secção das obras públicas em Margão, quando foi nomeado para compor uma comissão incumbida de apresentar medidas para combater a peste bubónica em Damão em 22 de Maio de 1902. Terá permanecido à frente daquela secção, pelo menos, até 17 de Setembro de 1908, ano em que foi nomeado para compor a secção especial de viação "continuando a dirigir a secção de Valpoi"[7].
Servia no lugar de chefe de serviço de obras públicas de Margão em 1911[10]. Nesse ano, por decreto de 28 de Outubro, foi promovido a condutor de 1.ª classe do quadro das obras públicas das colónias[11] e colocado ao serviço da Direcção das Obras Públicas de Angola em 1 de Novembro[12][7].
Foi louvado em ofício do Governador do districto de Damão de 1892 pelos serviços prestados na secção de obras públicas "por ocasião da cholerina em Jumprim e Damão de cima". Em 1897, foi louvado pelos serviços que prestou em Sattari "durante a revolta dos Maratas e Ranes". Dois anos depois recebia novo louvor pela sua contribuição para a extinção de um incêndio, bem como outra pelos serviços prestados à frente da secção de obras públicas de Valpoi em Sattari[7].
Notas
- ↑ 1,0 1,1 1,2 Arquivo Histórico Ultramarino. 767/1. 1D. MU. Cx. 1883-1930. Processos Individuais. ANG. Manuel Domingos Franco Belico de Velasco. Estado da India. Informação referida ao anno de 1902.
- ↑ 2,0 2,1 2,2 Forjaz e Noronha, Os Luso-Descendentes da Índia Portuguesa, 1:278.
- ↑ Forjaz e Noronha, Os Luso-Descendentes da Índia Portuguesa, 1:278-280.; 282; 286-287.
- ↑ Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais, cx. 767/1. Manuel Domingos Franco Belico de Velasco - "Estado da India. Informação referida ao anno de 1911".
- ↑ Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais, cx. 767/1. Manuel Domingos Franco Belico de Velasco - Nota da 9.ª Repartição da Direcção Geral da Contabilidade Pública à 3.ª Repartição da Direcção Geral das Colónias, 19 de Janeiro de 1914.
- ↑ O seguinte documento refere a sua permanência no lugar de olheiro até 20 de Fevereiro de 1888. Arquivo Histórico Ultramarino. 767/1. 1D. MU. Cx. 1883-1930. Processos Individuais. ANG. Manuel Domingos Franco Belico de Velasco. Estado da India. Informação referida ao anno de 1902.
- ↑ 7,0 7,1 7,2 7,3 7,4 Arquivo Histórico Ultramarino. 767/1. 1D. MU. Cx. 1883-1930. Processos Individuais. ANG. Manuel Domingos Franco Belico de Velasco. Estado da India. Informação referida ao anno de 1911.
- ↑ Arquivo Histórico Ultramarino. 767/1. 1D. MU. Cx. 1883-1930. Processos Individuais. ANG. Manuel Domingos Franco Belico de Velasco. Estado da India. Informação referida ao anno de 1901.
- ↑ Arquivo Histórico Ultramarino. 767/1. 1D. MU. Cx. 1883-1930. Processos Individuais. ANG. Manuel Domingos Franco Belico de Velasco. Requerimento de Manuel Domingos Franco Bélico de Velasco. Margão, 6 de Agosto de 1904.
- ↑ Arquivo Histórico Ultramarino. 767/1. 1D. MU. Cx. 1883-1930. Processos Individuais. ANG. Manuel Domingos Franco Belico de Velasco. Telegrama de Nova Goa à 3.ª Repartição em resposta a ofício do Governador sobre a situação de Manuel Bélico Velasco. 13 de Novembro de 1911.
- ↑ Decreto de 28 de Outubro de 1911, Diário do Govêrno, no. 256, 2 de Novembro de 1911, 4385.
- ↑ Portaria de 1 de Novembro de 1911, Diário do Govêrno, no. 260, 7 de Novembro de 1911, 4480.
Fontes
Arquivo Histórico Ultramarino. 767/1. 1D. MU. Cx. 1883-1930. Processos Individuais. ANG. Manuel Domingos Franco Belico de Velasco. Estado da India. Informação referida ao anno de 1901.
Arquivo Histórico Ultramarino. 767/1. 1D. MU. Cx. 1883-1930. Processos Individuais. ANG. Manuel Domingos Franco Belico de Velasco. Estado da India. Informação referida ao anno de 1902.
Arquivo Histórico Ultramarino. 767/1. 1D. MU. Cx. 1883-1930. Processos Individuais. ANG. Manuel Domingos Franco Belico de Velasco. Estado da India. Informação referida ao anno de 1911.
Arquivo Histórico Ultramarino. 767/1. 1D. MU. Cx. 1883-1930. Processos Individuais. ANG. Manuel Domingos Franco Belico de Velasco. Nota da 9.ª Repartição da Direcção Geral da Contabilidade Pública à 3.ª Repartição da Direcção Geral das Colónias. 19 de Janeiro de 1914.
Arquivo Histórico Ultramarino. 767/1. 1D. MU. Cx. 1883-1930. Processos Individuais. ANG. Manuel Domingos Franco Belico de Velasco. Telegrama de Nova Goa à 3.ª Repartição em resposta a ofício do Governador sobre a situação de Manuel Bélico Velasco. 13 de Novembro de 1911.
Arquivo Histórico Ultramarino. 767/1. 1D. MU. Cx. 1883-1930. Processos Individuais. ANG. Manuel Domingos Franco Belico de Velasco. Requerimento de Manuel Domingos Franco Bélico de Velasco. Margão, 6 de Agosto de 1904.
Decreto de 28 de Outubro de 1911, Diário do Govêrno, no. 256, 2 de Novembro de 1911, 4385.
Portaria de 1 de Novembro de 1911, Diário do Govêrno, no. 260, 7 de Novembro de 1911, 4480.
Bibliografia
Faria, Alice Santiago. L’Architecture Coloniale Portugaise à Goa. Le Département des Travaux Publics, 1840-1926. Saarbrücken: Presses Académiques Francophones, 2014.
Forjaz Jorge, e José Francisco de Noronha. Os Luso-Descendentes da Índia Portuguesa, vol. 1. Lisboa: Fundação Oriente, 2003.
Autor(es) do artigo
João de Almeida Barata
https://orcid.org/0000-0001-9048-0447
Alice Santiago Faria
CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa
https://orcid.org/0000-0002-5006-4067
Financiamento
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
Bolsa de investigação no CHAM - Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com a referência UIDB/04666/2020, financiado por fundos nacionais através da FCT/MCTES (PIDDAC)
DOI
Citar este artigo
Almeida Barata, João de. "Manuel Bélico de Velasco", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, {{{year}}} 2022. Consultado a 07 de outubro de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Manuel_B%C3%A9lico_de_Velasco. DOI: []