Peso

Fonte: eViterbo
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Qualidade própria de todos os corpos, pela qual tem um pendor natural para baixo com mais ou menos velocidade, segundo a maior ou menor densidão, assim da matéria que são compostos, como do meio por onde passam quando baixam. Também peso se toma por aquela impressão que um corpo duro e pesado faz sobre outro mais leve ou menos sólido. A este peso natural e próprio de cada corpo em particular, acrescentaram os homens um peso de estimação para as mercâncias e drogas que comutavam ou vendiam com tanta diferença e com nomes tão diversos, tomados das diferentes línguas e usos das nações que na minha opinião seria baldado o trabalho de quem quisesse reduzir os nomes e termos próprios que usamos em Portugal. (...) Os pesos e medidas da botica são os seguintes: a libra tem 12 onças e se escreve assim Lib., a onça tem 8 dramas e se escreve assim >. A drama tem três escrúpulos e se escreve assim C. O grão se escreve assim G.

A mão cheia das ervas que é quanto se toma com uma mão se escreve assim, M. O punho das sementes que é quanto se pode tomar com 3 dedos, se escreve assim P'.

A meia libra ou meia onça ou meia oitava ou meio escrúpulo se escreve assim §. (...)

O peso ou pesos da balança. O que se põe em um dos copos da balança ou na extremidade de algumas balanças que não têm copos para contrapeso e equilíbrio do que se pesa. Aequipodium, ii ou sacoma, atis. Neut.

(...) Os pesos ou contrapesos de um relógio. (...)

Pesos em Castela, e particularmente no comércio de Cádis, são umas patacas que têm de peso seis oitavas e têm umas cruzes. Pesos escudos são as patacas que em toda a parte correm de sete oitavas e meia Vid. Pataca[1].

Notas

  1. Bluteau, Vocabulario Portuguez e latino (Tomo VI: P), 464-465.

Bibliografia e Fontes

  • Bluteau, Rafael. Vocabulario portuguez e latino, aulico, anatomico, architectonico, bellico, botanico, brasilico, comico, critico, chimico, dogmatico, dialectico, dendrologico, ecclesiastico, etymologico, economico, florifero, forense, fructifero... autorizado com exemplos dos melhores escritores portugueses, e latinos... Tomo VI: Letra O-P. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesu, 1716.