Estrada-exemplo: diferenças entre revisões

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===Segundo Isidoro de Sevilha (séc. VII)===
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(XV, 16, 6)<ref> Hispalensis, “Etymologiarvm”; Sevilla, “Etimologías”, II, 129; “The Etymologies”, 316.</ref>
(XV, 16, 6)<i><ref> Hispalensis, “Etymologiarvm”; Sevilla, “Etimologías”, II, 129; “The Etymologies”, 316.</ref>
“Strata dicta, quasi vulgi pedibus trita. Lucretius: Stataque iam vulgi pedibus detrita viarum.  
“Strata dicta, quasi vulgi pedibus trita. Lucretius: Stataque iam vulgi pedibus detrita viarum.  
Ipsa est et delapidata, id est, lapidibus strata.  
Ipsa est et delapidata, id est, lapidibus strata.  

Revisão das 22h22min de 7 de março de 2018

Etimologia

Do latim “strata”.: Via. </ref> Machado, “Dicionário” (Segundo Volume: C-E), 491; “Dicionário”, (Tomo II D-MER), 1633.</ref>

Sinonímia

Via </ref>“Dicionário”, (Tomo II D-MER), 1633.</ref>

Definições antigas

Segundo Isidoro de Sevilha (séc. VII)

(XV, 16, 6)[1] “Strata dicta, quasi vulgi pedibus trita. Lucretius: Stataque iam vulgi pedibus detrita viarum. Ipsa est et delapidata, id est, lapidibus strata. Primi autem Poeni dicuntur lapidibus strauisse, postea Romani eas per omnem pene orbem disposuerunt, propter rectitudinem itinerum, et ne plebs esset otiosa”.

Estrada diz-se que é marcada com os pés das pessoas comuns (de acordo com Lucrécio, Da Natureza das Coisas, I,315); ou pavimentada de pedras.

Diz-se que os cartagineses foram os primeiros a propagar as estradas com pedra, depois os romanos puseram-nas em todo o mundo, de modo a ter rotas diretas, e que a plebe não ficasse ociosa.

Segundo Bluteau (séc. XVIII)

Caminho público por onde todos passam, a pé, a cavalo, em coche, etc. Via publica, ae. Fem. Via militaris. Cic.

Ladrão de estradas. Grassator, oris. Masc. Cic.

Estrada encoberta (Termo da fortificação). Vid. Corredor. No método lusitânico, diz Luís Serrão Pimentel, pág. 18, num. 23 que muitos lhe chamam estrada coberta, mas que melhor epíteto é encoberta.

(...)

Estradas ou vias nos contornos de Roma, mais célebres, eram estradas Ápia, Salária, Lavicana, Tiburtina, ec. Vid. Via.

(...)

A estrada Real, para se conseguir alguma coisa. O meio mais próprio, mais comum, o caminho mais frequentado. Tritum iter ou Trita via Cic. diz Via trita laudis.

(...)[2].

Mais antiga utilização do termo em documentos portugueses

Ano: 906 … et de illa parte ripo usque in “estrata” de uereda …</ref>“Portugaliae Monumenta Historica – Diplomata et Chartae”, documento n.º 13, p. 9, cit. Machado, “Dicionário” (Segundo Volume: C-E), 491</ref>

Ano: 907 … et inde per ille ualle ad illa “strada” que diuidet inter sancto martino et cipidis … …</ref>“Portugaliae Monumenta Historica – Diplomata et Chartae”, documento n.º 15, p. 10, cit. Machado, “Dicionário” (Segundo Volume: C-E), 491</ref>

Entrada

“Estrada” é o termo utilizado para designar os principais espaços-canais de circulação de pessoas e bens de âmbito territorial. Para os espaços secundários de circulação eram usados os termos carreira ou caminho. Só no século XIV é que passou a ser vulgar a utilização do termo “estrada”, já que nos séculos XII e XIII estes espaços eram sobretudo denominados por “via” ou “via pública”.</ref>Coelho, “O Baixo Mondego”, 408.</ref> A designação deste espaço alterava-se quando cruzava ou cortava os espaços urbanos, passando a designar-se por rua.</ref>Vilar, “Abrantes medieval”, 24-25.</ref> …

Referências bibliográficas

  1. Hispalensis, “Etymologiarvm”; Sevilla, “Etimologías”, II, 129; “The Etymologies”, 316.
  2. Bluteau, Vocabulario Portuguez e latino (Tomo III: E), 329-330.

Fontes

  • “Dicionário Houaiss da língua portuguesa”, 3 Volumes, Lisboa: Temas e Debates, 2003.
  • “Portugaliae Monumenta Historica, a saeculo octavo post christum ad quintumdecimum – Diplomata et Chartae”, Olisipone: Typis Academicis, 1868.
  • “The Etymologies of Isidore of Seville” (Translated, with introduction and notes by Stephen A. Barney, W.J. Lewis, J.A. Beach, Oliveir Berghof). Cambridge: University Press, 2006.
  • Bluteau, Rafael. Vocabulario portuguez e latino, aulico, anatomico, architectonico, bellico, botanico, brasilico, comico, critico, chimico, dogmatico, dialectico, dendrologico, ecclesiastico, etymologico, economico, florifero, forense, fructifero... autorizado com exemplos dos melhores escritores portugueses, e latinos... Tomo III: Letra D-EYC. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesu, 1713.
  • Hispalensis episcopi, Isidori. “Etymologiarvm Sive Originvm…” Oxonii: E. Typographeo Clarendoniano, 1911.
  • Machado, José Pedro. “Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, com a mais antiga documentação escrita e conhecida de muitos dos vocábulos estudados”, 5 Volumes, Lisboa: Livros Horizonte, 1977 (3ª ed.).
  • Sevilla, (San) Isidoro de. “Etimologías” (texto latino, versión española y notas por Jose Oroz Reta y Manuel A. Marcos Casqueros, int. Manuel C. Diaz y Diaz). 2 vol.s, Madrid: Editorial Católica, Biblioteca de Autores Cristianos, 1982-1983.

Bibliografia

  • Coelho, Maria Helena da Cruz. “O Baixo Mondego nos finais da Idade Média”, 2 volumes, Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1989.
  • Vilar, Hermínia Vasconcelos. “Abrantes medieval, Séculos XIV-XV”, Abrantes: Câmara Municipal de Abrantes, 1988.

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