Francisco Silva e Castro: diferenças entre revisões

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===Dados biográficos=== <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
===Dados biográficos=== <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
Francisco Leonil da Silva e Castro nasceu na freguesia Oriental de Viseu, a 29 de maio de 1856. Era filho de Jacinto Feliciano da Silva Castro de D. Mariana Teixeira da Assunção Leonil<ref name=":0">Arquivo Histórico Ultramarino. 771_2_F. Processos Individuais. Francisco Leonil da Silva e Castro. Repartição Militar do Governo Geral da Província de Moçambique (P1143097, P1143098, P1143099 e P1143100)</ref>.  
Francisco Leonil da Silva e Castro nasceu a 29 de maio de 1856 na freguesia Ocidental da cidade de Viseu<ref name=":0" />, na Calçada de São Mateus, e foi baptizado a 28 de Junho do mesmo ano na freguesia Oriental da referida cidade<ref name=":1">Arquivo Distrital de Viseu, Paróquia Oriental [Viseu] 1541-01-30/1911-03-31, Registo de Baptismos 1541-01-30/1911-03-31, Batismos 1850-11-04/1858-05-13, fl. 224v.</ref>. Era filho legítimo do Dr. Jacinto Feliciano da Silva Castro - Bacharel em Direito<ref>Arquivo Universidade de Coimbra. "Jacinto Feliciano da Silva e Castro 1844-10-21/1850-07-03" in Universidade de Coimbra 1290/2012. Letra C 1537/1919-11-14. Índice de alunos da Universidade de Coimbra 1537/1919-11-14.</ref> -, natural da cidade de Lamego, de D. Merceana da Assunção Leomil<ref name=":1" /> - também conhecida por Mariana Teixeira da Assunção Leonil<ref name=":0">Arquivo Histórico Ultramarino. 771_2_F. Processos Individuais. Francisco Leonil da Silva e Castro. Repartição Militar do Governo Geral da Província de Moçambique (P1143097, P1143098, P1143099 e P1143100)</ref> -, natural da povoação de Portelo, freguesia de Cambres, concelho de Lamego, e casados na igreja paroquial do Recolhimento de Nossa Senhora do Carmo da cidade de Lamego. Era neto paterno do Dr. Jacinto Feliciano da Silva Castro<ref name=":1" /> - também Bacharel em Direito<ref>Arquivo Universidade de de Coimbra. "Jacinto Feliciano da Silva Castro 1813-10-06/1817-05-20" in Universidade de Coimbra 1290/2012. Letra C 1537/1919-11-14.  Índice de alunos da Universidade de Coimbra 1537/1919-11-14.</ref> - e de D. Maximina do Carmo Lobo - ambos da cidade de Lamego -, e materno do Dr. Manuel Teixeira Leomil, do lugar de Portelo, e de D. Leonor Preciosa, de Coimbra<ref name=":1" />.    


Arquivo Distrital de Viseu, Paróquia Oriental [Viseu] 1541-01-30/1911-03-31, Registo de Baptismos 1541-01-30/1911-03-31, Batismos 1850-11-04/1858-05-13, fl. 224v.
Teve pelo menos uma filha, Elvira de Castro. Em 1892, quando era ainda uma criança, a sua ama de leite recusou-se a tomar conta dela pela mensalidade de 3$000. Nessa altura, o Colégio de S. José, em S. Domingos de Benfica - da responsabilidade da Senhora Marquesa de Rio Maior - albergava na sua maioria órfãos vindos do Ultramar, mas também filhos e mulheres de militares no Ultramar. Assim, mediante o exposto, Elvira foi aceite naquela instituição, tendo sido fixada uma pensão de 4$000 reis e enxoval<ref>"Instituto Ultramarino", ''Diário do Governo'' nº 249, de 3 de novembro de 1892, 2470-2471.</ref>. Em 1884 e 1895 o seu nome figurava na lista dos "Menores a educar"<ref>"Mappa geral das pensionistas socorridas pelo instituto ultramarino até á presente data (7 de dezembro de 1893). Menores a educar", ''Diário do Governo'' nº 2, de 28 de Fevereiro de 1894, 36-38.</ref><ref>"Menores a educar", ''Diário do Governo'' nº 113, de 21 de Maio de 1895, 1393.</ref>.            


Quanto a habilitações literárias, afirmava ter o 1º, 2º e 3º anos de Português e Francês e a 1ª parte de desenho<ref name=":0" />.
===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->
Quanto a habilitações literárias, Francisco Leonil da Silva e Castro afirmava ter o 1º, 2º e 3º anos de Português e Francês e a 1ª parte de desenho<ref name=":0" />. Certo é que o seu processo militar de 1873 refere que, sendo cabo, era também estudante<ref>Arquivo Histórico Militar. "Francisco Leonil da Silva Castro" in Livros Mestres. Livro nº 37 - Livro de Matrícula do Pessoal do Regimento de Infantaria nº16, Registo das Praças de Pret, de 1873.</ref>.


===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->
No dia 5 de dezembro de 1873, apresentou o seu assentamento voluntário como praça no Regimento de Infantaria nº 9, em Lamego<ref>O Regimento de Infantaria n.º 9 surge como ''Regimento de Infantaria de Viana'', adotando a nomenclatura 'Regimento de Infantaria n.º 9' com a reorganização do Exército Português de maio de 1806. Tem um papel de destaque nas Guerras Peninsulares e nas disputas liberais ao longo do século XIX. Esteve, a partir de 1839, estacionado em Lamego, no Convento dos Frades Crúzios. [https://purl.pt/26965/1/index.html#/4-5/html. David Magno, ''Resumo Histórico do Regimento de Infantaria n.<sup>o</sup> 9'' (Lamego: Minerva da Loja Vermelha, 1930). Visualizado em 17 maio, 2022.]</ref>. Serviu como praça um total de 5 anos, 7 meses e 10 dias até ser promovido, por decreto de 28 de maio de 1879, a alferes. Nesta data, passou a 1º sargento do Batalhão de Caçadores nº 4 de África Ocidental<ref name=":0" /><ref>"Provincia de Moçambique" e "Por determinação de Sua Magestade El-Rei", ''Diário do Governo'' nº 125, de 4 de junho de 1878, 1274.</ref>.  
No dia 5 de dezembro de 1873, apresentou o seu assentamento voluntário como praça no Regimento de Infantaria nº 9, em Lamego<ref>O Regimento de Infantaria n.º 9 surge como ''Regimento de Infantaria de Viana'', adotando a nomenclatura 'Regimento de Infantaria n.º 9' com a reorganização do Exército Português de maio de 1806. Tem um papel de destaque nas Guerras Peninsulares e nas disputas liberais ao longo do século XIX. Esteve, a partir de 1839, estacionado em Lamego, no Convento dos Frades Crúzios. [https://purl.pt/26965/1/index.html#/4-5/html. David Magno, ''Resumo Histórico do Regimento de Infantaria n.<sup>o</sup> 9'' (Lamego: Minerva da Loja Vermelha, 1930). Visualizado em 17 maio, 2022.]</ref>. Serviu como praça um total de 5 anos, 7 meses e 10 dias até ser promovido, por decreto de 28 de maio de 1879, a alferes. Nesta data, passou a 1º sargento do Batalhão de Caçadores nº 4 de África Ocidental<ref name=":0" />.  


Foi promovido, pela portaria nº 21 de 26 de janeiro de 1880, a ajudante de campo do Governador-Geral da Província de Moçambique. A 6 de abril do mesmo ano, passou a servir junto do Governador do Distrito de Inhambane (Moçambique). Por decreto de 23 de junho de 1880, foi promovido a tenente<ref name=":0" />.
Foi promovido, pela portaria nº 21 de 26 de janeiro de 1880, a ajudante de campo do Governador-Geral da Província de Moçambique. A 6 de abril do mesmo ano, passou a servir junto do Governador do Distrito de Inhambane (Moçambique). Por decreto de 23 de junho de 1880, foi promovido a tenente<ref name=":0" />, tendo-se apresentado a 26 do mesmo mês na guarnição da Província de Moçambique<ref>"6ª - Declara-se para os devidos effeitos", ''Diário do Governo'' nº 280, de 7 de dezembro de 1880, 3203.</ref>.


No dia 4 de junho do ano seguinte, foi nomeado [[condutor auxiliar]] das [[Direcção das Obras Públicas de Angola|Obras Públicas de Angola]], onde desempenhou as funções de Chefe da Circunscrição de Dande, trabalhando também na fiscalização das construções das estradas da referida circunscrição. Esteve cerca de 8 meses nesta circunscrição, durante os quais foi Diretor das Obras Públicas de Angola o Major de Engenharia [[João Ferreira da Maia|João António Ferreira da Maia]]<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. 771_2_F. Processos Individuais. Francisco Leonil da Silva e Castro.  ( P1143104, P1143105 e P1143106)</ref>.
A 4 de junho de 1881, foi nomeado [[condutor auxiliar]] das [[Direcção das Obras Públicas de Angola|Obras Públicas de Angola]]<ref>"Por portaria de 4 de junho", ''Diário do Governo'' nº 146, de 5 de Julho de 1881, 1613.</ref>, onde desempenhou as funções de Chefe da Circunscrição de Dande, trabalhando também na fiscalização das construções das estradas da referida circunscrição. Esteve cerca de 8 meses nesta circunscrição, durante os quais foi Diretor das Obras Públicas de Angola o Major de Engenharia [[João Ferreira da Maia|João António Ferreira da Maia]]<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. 771_2_F. Processos Individuais. Francisco Leonil da Silva e Castro.  ( P1143104, P1143105 e P1143106)</ref>. Em Maio de 1882 foi exonerado, a seu pedido, do lugar de condutor auxiliar das obras públicas de Angola<ref>"Por portaria de 24 de maio ultimo", ''Diário do Governo'' nº 127, de 6 de junho de 1882, 1391-1392.</ref>.


A 5 de fevereiro de 1882, foi colocado no Batalhão de Caçadores nº 2 e regressou a Moçambique. Foi tenente da guarnição de Moçambique a 5 de abril de 1883.  
A 5 de fevereiro de 1882, foi colocado no Batalhão de Caçadores nº 2 e regressou a Moçambique. Foi tenente da guarnição de Moçambique a 5 de abril de 1883.  


Na ficha da Repartição Militar do Governo do Geral da Província de Moçambique, datada de 22 de fevereiro de 1883, estão registads 120 de licença, aos quais acrescem 86 dias de licença por motivos de doença<ref name=":0" />.
Na ficha da Repartição Militar do Governo do Geral da Província de Moçambique, datada de 22 de fevereiro de 1883, estão registados 120 dias de licença, aos quais acrescem 86 dias de licença por motivos de doença<ref name=":0" />. O Diário do Governo anuncia várias licenças, a saber: 30 dias usufruídos no início de 1881<ref>"Provincia de Moçambique", ''Diário do Governo'' nº 3 de 5 de Janeiro de 1881, 34.</ref>, seguidos de outros 40 para convalescença<ref>"Provincia de Moçambique", ''Diário do Governo'' nº 49 de 4 de Março de 1881, 555.</ref>. 2 Meses para serem usufruídos a partir de 31 de março de 1881<ref>"Provincia de Moçambique", ''Diário do Governo'' nº 74 de 4 de Abril de 1881, 840.</ref>.


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==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
Arquivo Histórico Ultramarino. 771_2_F. Processos Individuais. Francisco Leonil da Silva e Castro.
Arquivo Histórico Militar, Livros Mestres, Livro nº 37 - Livro de Matrícula do Pessoal do Regimento de Infantaria nº16, Registo das Praças de Pret, de 1873.
 
Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais, Caixa 771/2, F.
 
Arquivo Universidade de Coimbra, Universidade de Coimbra 1290/2012, Letra C 1537/1919-11-14, Índice de alunos da Universidade de Coimbra 1537/1919-11-14.
 
''Diário do Governo'' nº 125, de 4 de junho de 1878.
 
''Diário do Governo'' nº 280, de 7 de dezembro de 1880.
 
''Diário do Governo'' nº 3 de 5 de Janeiro de 1881.
 
''Diário do Governo'' nº 49 de 4 de Março de 1881.
 
''Diário do Governo'' nº 74 de 4 de Abril de 1881.
 
''Diário do Governo'' nº 146, de 5 de Julho de 1881.
 
''Diário do Governo'' nº 127, de 6 de junho de 1882.
 
''Diário do Governo'' nº 249, de 3 de novembro de 1892.
 
''Diário do Governo'' nº 113, de 21 de Maio de 1895.


==Bibliografia== <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
==Bibliografia== <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->

Revisão das 20h52min de 13 de janeiro de 2023


Francisco Silva e Castro
Nome completo Francisco Leonil da Silva e Castro
Outras Grafias Francisco Leomil da Silva Castro
Pai Jacinto Feleciano da Silva e Castro
Mãe Merceana de Assunção Teixeira Leonil
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) Elvira de Castro
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 29 maio 1856
Viseu, Viseu, Portugal
Morte 2 maio 1885
Moçambique
Sexo Masculino
Religião Cristã
Residência
Residência Inhambane, Moçambique
Data Início: 06 de abril de 1880

Residência Dande, Bengo, Angola
Data Início: junho de 1881
Fim: fevereiro de 1882

Residência Moçambique
Data Início: fevereiro de 1882
Fim: 02 de maio de 1885
Postos
Data Início: 05 de dezembro de 1873
Fim: 27 de maio de 1879
Arma Infantaria

Posto 1º Sargento
Data Início: 28 de maio de 1879
Fim: 23 de junho de 1880
Arma Infantaria

Posto Tenente
Data Início: 23 de junho de 1880
Fim: dezembro de 1884
Arma Infantaria
Cargos
Cargo Condutor auxiliar
Data Início: 04 de junho de 1881
Fim: 05 de fevereiro de 1882

Cargo Chefe de secção
Data Início: 04 de junho de 1881
Fim: maio de 1882
Actividade
Actividade Fiscalização
Data Início: 04 de junho de 1881
Fim: maio de 1882
Local de Actividade Dande, Bengo, Angola


Biografia

Dados biográficos

Francisco Leonil da Silva e Castro nasceu a 29 de maio de 1856 na freguesia Ocidental da cidade de Viseu[1], na Calçada de São Mateus, e foi baptizado a 28 de Junho do mesmo ano na freguesia Oriental da referida cidade[2]. Era filho legítimo do Dr. Jacinto Feliciano da Silva Castro - Bacharel em Direito[3] -, natural da cidade de Lamego, de D. Merceana da Assunção Leomil[2] - também conhecida por Mariana Teixeira da Assunção Leonil[1] -, natural da povoação de Portelo, freguesia de Cambres, concelho de Lamego, e casados na igreja paroquial do Recolhimento de Nossa Senhora do Carmo da cidade de Lamego. Era neto paterno do Dr. Jacinto Feliciano da Silva Castro[2] - também Bacharel em Direito[4] - e de D. Maximina do Carmo Lobo - ambos da cidade de Lamego -, e materno do Dr. Manuel Teixeira Leomil, do lugar de Portelo, e de D. Leonor Preciosa, de Coimbra[2].

Teve pelo menos uma filha, Elvira de Castro. Em 1892, quando era ainda uma criança, a sua ama de leite recusou-se a tomar conta dela pela mensalidade de 3$000. Nessa altura, o Colégio de S. José, em S. Domingos de Benfica - da responsabilidade da Senhora Marquesa de Rio Maior - albergava na sua maioria órfãos vindos do Ultramar, mas também filhos e mulheres de militares no Ultramar. Assim, mediante o exposto, Elvira foi aceite naquela instituição, tendo sido fixada uma pensão de 4$000 reis e enxoval[5]. Em 1884 e 1895 o seu nome figurava na lista dos "Menores a educar"[6][7].

Carreira

Quanto a habilitações literárias, Francisco Leonil da Silva e Castro afirmava ter o 1º, 2º e 3º anos de Português e Francês e a 1ª parte de desenho[1]. Certo é que o seu processo militar de 1873 refere que, sendo cabo, era também estudante[8].

No dia 5 de dezembro de 1873, apresentou o seu assentamento voluntário como praça no Regimento de Infantaria nº 9, em Lamego[9]. Serviu como praça um total de 5 anos, 7 meses e 10 dias até ser promovido, por decreto de 28 de maio de 1879, a alferes. Nesta data, passou a 1º sargento do Batalhão de Caçadores nº 4 de África Ocidental[1][10].

Foi promovido, pela portaria nº 21 de 26 de janeiro de 1880, a ajudante de campo do Governador-Geral da Província de Moçambique. A 6 de abril do mesmo ano, passou a servir junto do Governador do Distrito de Inhambane (Moçambique). Por decreto de 23 de junho de 1880, foi promovido a tenente[1], tendo-se apresentado a 26 do mesmo mês na guarnição da Província de Moçambique[11].

A 4 de junho de 1881, foi nomeado condutor auxiliar das Obras Públicas de Angola[12], onde desempenhou as funções de Chefe da Circunscrição de Dande, trabalhando também na fiscalização das construções das estradas da referida circunscrição. Esteve cerca de 8 meses nesta circunscrição, durante os quais foi Diretor das Obras Públicas de Angola o Major de Engenharia João António Ferreira da Maia[13]. Em Maio de 1882 foi exonerado, a seu pedido, do lugar de condutor auxiliar das obras públicas de Angola[14].

A 5 de fevereiro de 1882, foi colocado no Batalhão de Caçadores nº 2 e regressou a Moçambique. Foi tenente da guarnição de Moçambique a 5 de abril de 1883.

Na ficha da Repartição Militar do Governo do Geral da Província de Moçambique, datada de 22 de fevereiro de 1883, estão registados 120 dias de licença, aos quais acrescem 86 dias de licença por motivos de doença[1]. O Diário do Governo anuncia várias licenças, a saber: 30 dias usufruídos no início de 1881[15], seguidos de outros 40 para convalescença[16]. 2 Meses para serem usufruídos a partir de 31 de março de 1881[17].

Outras informações

Obras

Estradas da Circunscrição de Dande (Angola), 1881-1882.

Notas

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 Arquivo Histórico Ultramarino. 771_2_F. Processos Individuais. Francisco Leonil da Silva e Castro. Repartição Militar do Governo Geral da Província de Moçambique (P1143097, P1143098, P1143099 e P1143100)
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 Arquivo Distrital de Viseu, Paróquia Oriental [Viseu] 1541-01-30/1911-03-31, Registo de Baptismos 1541-01-30/1911-03-31, Batismos 1850-11-04/1858-05-13, fl. 224v.
  3. Arquivo Universidade de Coimbra. "Jacinto Feliciano da Silva e Castro 1844-10-21/1850-07-03" in Universidade de Coimbra 1290/2012. Letra C 1537/1919-11-14. Índice de alunos da Universidade de Coimbra 1537/1919-11-14.
  4. Arquivo Universidade de de Coimbra. "Jacinto Feliciano da Silva Castro 1813-10-06/1817-05-20" in Universidade de Coimbra 1290/2012. Letra C 1537/1919-11-14. Índice de alunos da Universidade de Coimbra 1537/1919-11-14.
  5. "Instituto Ultramarino", Diário do Governo nº 249, de 3 de novembro de 1892, 2470-2471.
  6. "Mappa geral das pensionistas socorridas pelo instituto ultramarino até á presente data (7 de dezembro de 1893). Menores a educar", Diário do Governo nº 2, de 28 de Fevereiro de 1894, 36-38.
  7. "Menores a educar", Diário do Governo nº 113, de 21 de Maio de 1895, 1393.
  8. Arquivo Histórico Militar. "Francisco Leonil da Silva Castro" in Livros Mestres. Livro nº 37 - Livro de Matrícula do Pessoal do Regimento de Infantaria nº16, Registo das Praças de Pret, de 1873.
  9. O Regimento de Infantaria n.º 9 surge como Regimento de Infantaria de Viana, adotando a nomenclatura 'Regimento de Infantaria n.º 9' com a reorganização do Exército Português de maio de 1806. Tem um papel de destaque nas Guerras Peninsulares e nas disputas liberais ao longo do século XIX. Esteve, a partir de 1839, estacionado em Lamego, no Convento dos Frades Crúzios. David Magno, Resumo Histórico do Regimento de Infantaria n.o 9 (Lamego: Minerva da Loja Vermelha, 1930). Visualizado em 17 maio, 2022.
  10. "Provincia de Moçambique" e "Por determinação de Sua Magestade El-Rei", Diário do Governo nº 125, de 4 de junho de 1878, 1274.
  11. "6ª - Declara-se para os devidos effeitos", Diário do Governo nº 280, de 7 de dezembro de 1880, 3203.
  12. "Por portaria de 4 de junho", Diário do Governo nº 146, de 5 de Julho de 1881, 1613.
  13. Arquivo Histórico Ultramarino. 771_2_F. Processos Individuais. Francisco Leonil da Silva e Castro. ( P1143104, P1143105 e P1143106)
  14. "Por portaria de 24 de maio ultimo", Diário do Governo nº 127, de 6 de junho de 1882, 1391-1392.
  15. "Provincia de Moçambique", Diário do Governo nº 3 de 5 de Janeiro de 1881, 34.
  16. "Provincia de Moçambique", Diário do Governo nº 49 de 4 de Março de 1881, 555.
  17. "Provincia de Moçambique", Diário do Governo nº 74 de 4 de Abril de 1881, 840.

Fontes

Arquivo Histórico Militar, Livros Mestres, Livro nº 37 - Livro de Matrícula do Pessoal do Regimento de Infantaria nº16, Registo das Praças de Pret, de 1873.

Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais, Caixa 771/2, F.

Arquivo Universidade de Coimbra, Universidade de Coimbra 1290/2012, Letra C 1537/1919-11-14, Índice de alunos da Universidade de Coimbra 1537/1919-11-14.

Diário do Governo nº 125, de 4 de junho de 1878.

Diário do Governo nº 280, de 7 de dezembro de 1880.

Diário do Governo nº 3 de 5 de Janeiro de 1881.

Diário do Governo nº 49 de 4 de Março de 1881.

Diário do Governo nº 74 de 4 de Abril de 1881.

Diário do Governo nº 146, de 5 de Julho de 1881.

Diário do Governo nº 127, de 6 de junho de 1882.

Diário do Governo nº 249, de 3 de novembro de 1892.

Diário do Governo nº 113, de 21 de Maio de 1895.

Bibliografia

Magno, David. Resumo Histórico do Regimento de Infantaria n.o 9. Lamego: Minerva da Loja Vermelha, 1930. Visualizado em 17 maio, 2022.

Ligações Externas

Arquivo Histórico da Marinha. Oficiais da Armada. Índices 40 e 40A. cx. 731.

Autor(es) do artigo

Gonçalo Margato

Departamento de Estudos Políticos, NOVA-FCSH, Universidade Nova de Lisboa

https://orcid.org/0000-0002-6248-3947

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

Citar este artigo