Francisco Victor Cordon: diferenças entre revisões
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===Dados biográficos=== <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes--> | ===Dados biográficos=== <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes--> | ||
Francisco Maria Victor Cordon nasceu a 15 de Março de 1851 em Santo André de Estremoz, Évora. Era filho de Jacome da Silva Cordon, natural de Santa Catarina, Lisboa, e de Emília Eugénia das Dores, natural de Santa Isabel, Lisboa. Era neto paterno de João Baptista Cordon e Ludovina Francisca Rosa, ambos naturais de Santa Catarina, e neto materno de Teotónio Rebelo Nunes e Ana Rita, ambos naturais de Santa Isabel<ref>Arquivo Distrital de Évora, Estremoz, Paróquia de Estremoz (Santo André), Baptismos 1849-10-05 a 1856-09-28, fl. 55.</ref>. Faleceu a 15 de Agosto de 1901 na freguesia e concelho de Mafra<ref>[https://geneall.net/en/name/33770/francisco-maria-vitor-cordon/]</ref>, onde foi igualmente sepultado, segundo consta numa carta que seu filho Jorge Victor Cordon endossou ao Dr. | Francisco Maria Victor Cordon nasceu a 15 de Março de 1851 em Santo André de Estremoz, Évora. Era filho de Jacome da Silva Cordon, natural de Santa Catarina, Lisboa, e de Emília Eugénia das Dores, natural de Santa Isabel, Lisboa. Era neto paterno de João Baptista Cordon e Ludovina Francisca Rosa, ambos naturais de Santa Catarina, e neto materno de Teotónio Rebelo Nunes e Ana Rita, ambos naturais de Santa Isabel<ref>Arquivo Distrital de Évora, Estremoz, Paróquia de Estremoz (Santo André), Baptismos 1849-10-05 a 1856-09-28, fl. 55.</ref>. Faleceu a 15 de Agosto de 1901 na freguesia e concelho de Mafra<ref>[https://geneall.net/en/name/33770/francisco-maria-vitor-cordon/]</ref>, onde foi igualmente sepultado, segundo consta numa carta que seu filho Jorge Victor Cordon endossou ao Dr. António Oliveira Salazar. Nessa carta Jorge Cordon solicitava a construção de um jazigo para que os restos mortais do seu pai aí pudessem repousar definitivamente, uma vez que se encontrava num local de caracter provisório[https://digitarq.arquivos.pt/details?id=7862145]. A sua mulher Almira Cordon também redigiu uma carta a este respeito<ref>Arquivo nacional da Torre do Tombo, Família Ferreira do Amaral, Correspondência recebida de Victor Cordon, cx. 7, mct. Víctor Cordon, doc. 1 e 2.</ref>. | ||
Em 1977 foi para a Província de Angola, na Expedição do Caminho de Ferro e Obras Públicas, onde desempenhou várias comissões<ref name=":2" />, nomeadamente integrando a esquipa de estudo dos caminhos de ferro e águas, com o Major de Artilharia Novais Rebelo<ref name=":5">"Informação referida no anno de 1892" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170713)</ref>. | Em 1977 foi para a Província de Angola, na Expedição do Caminho de Ferro e Obras Públicas, onde desempenhou várias comissões<ref name=":2" />, nomeadamente integrando a esquipa de estudo dos caminhos de ferro e águas, com o Major de Artilharia Novais Rebelo<ref name=":5">"Informação referida no anno de 1892" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170713)</ref>. | ||
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Em Abril de 1896 embarcou no "Vapor Zaire" para regressar a [[Lisboa, Portugal|Lisboa]] e assim poder usufruir da licença emitida pela Junta de Saúde da Província de Angola. Em sua companhia levava "o seu filho menor de 5 anos de nome Jorge Victor Cordon e uma creada menor de 9 anos de nome Conceição"<ref>"Guia Nº 122 de 28.04.1896" e "Ofício Nº 355 de 27.04.1896" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografias 20210114_170428 a 20210114_170438)</ref>. | Em Abril de 1896 embarcou no "Vapor Zaire" para regressar a [[Lisboa, Portugal|Lisboa]] e assim poder usufruir da licença emitida pela Junta de Saúde da Província de Angola. Em sua companhia levava "o seu filho menor de 5 anos de nome Jorge Victor Cordon e uma creada menor de 9 anos de nome Conceição"<ref>"Guia Nº 122 de 28.04.1896" e "Ofício Nº 355 de 27.04.1896" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografias 20210114_170428 a 20210114_170438)</ref>. | ||
A 19 de Maio de 1897 solicitou uma licença com o intuito de se deslocar até o campo, onde encontraria as águas minerais que lhe permitiriam restabelecer a sua saúde, conforme indicação na licença da Junta de Saúde<ref name=":1">"Exposição do condutor de 1ª classe da Obras Públicas de Angola Francisco Maria Victor Cordon, de 19-05-1897, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, | A 19 de Maio de 1897 solicitou uma licença com o intuito de se deslocar até o campo, onde encontraria as águas minerais que lhe permitiriam restabelecer a sua saúde, conforme indicação na licença da Junta de Saúde<ref name=":1">"Exposição do condutor de 1ª classe da Obras Públicas de Angola Francisco Maria Victor Cordon, de 19-05-1897, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929 (Fotografia 20210114_170303)</ref>. Esta informação estava corroborada pelo atestado passado a 2 de Maio de 1897 pelo Dr. Proença da Costa Freire, Médico-Cirurgião, formado na [[:pt:Escola_Médico-Cirúrgica_de_Lisboa|Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa]]<ref>"Atestado de Saúde", Lisboa, 2 de Maio de 1897, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929 (Fotografia 20210114_170309)</ref>. Com o pedido de gozo de licença rogou que não lhe fosse retirada a bonificação de dezoito mil reis (18$000) que recebia nessa altura. A 31 de Maio desse mesmo ano foi-lhe concedida uma licença de 3 meses<ref name=":1" />. | ||
Faleceu em Mafra, Lisboa, a 15 de Agosto de 1901. | Faleceu em Mafra, Lisboa, a 15 de Agosto de 1901. | ||
==== Formação ==== | ====Formação==== | ||
Em 1892, Cordon sabia falar inglês e francês<ref name=":4">"Informação referida no anno de 1892" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170720)</ref>., tinha o curso incompleto do '''Liceu''' e o primeiro ano do curso de condutor do [[Instituto Industrial de Lisboa|Instituto Industrial]]<ref name=":4" />. | Em 1892, Cordon sabia falar inglês e francês<ref name=":4">"Informação referida no anno de 1892" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170720)</ref>., tinha o curso incompleto do '''Liceu''' e o primeiro ano do curso de condutor do [[Instituto Industrial de Lisboa|Instituto Industrial]]<ref name=":4" />. | ||
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Francisco Maria Victor Cordon assentou praça a 20 de Agosto de 1870 no Batalhão de Caçadores Nº 5<ref name=":2">"Mapa da Repartição das Obras Públicas da Província de Angola referente ao ano 1895" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114_170535)</ref> e em 1871 começou a servir o Estado<ref>(fotografia 20210114_170556)</ref>. | Francisco Maria Victor Cordon assentou praça a 20 de Agosto de 1870 no Batalhão de Caçadores Nº 5<ref name=":2">"Mapa da Repartição das Obras Públicas da Província de Angola referente ao ano 1895" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114_170535)</ref> e em 1871 começou a servir o Estado<ref>(fotografia 20210114_170556)</ref>. | ||
Em 1977 foi para a Província de [[Angola]], na Expedição do '''Caminho de Ferro e Obras Públicas''', onde desempenhou várias comissões<ref name=":2" />, nomeadamente integrando a esquipa de estudo dos caminhos de ferro e águas, com o Major de Artilharia Novais Rebelo<ref name=":5" />. Em 1882 prestou serviço como chefe do Conselho de [[:pt:Ambriz|Ambriz]] e de Setembro desse mesmo ano a Dezembro de 1884 como chefe do Concelho de | Em 1977 foi para a Província de [[Angola]], na Expedição do '''Caminho de Ferro e Obras Públicas''', onde desempenhou várias comissões<ref name=":2" />, nomeadamente integrando a esquipa de estudo dos caminhos de ferro e águas, com o Major de Artilharia Novais Rebelo<ref name=":5" />. Em 1882 prestou serviço como chefe do Conselho de [[:pt:Ambriz|Ambriz]] e de Setembro desse mesmo ano a Dezembro de 1884 como chefe do Concelho de Novo Redondo<ref name=":3">"Informação referida no anno de 1892" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170644)</ref>. | ||
<nowiki>**</nowiki>Foi nomeado, por Portaria Régia, para fazer parte da Expedição aos sertões de Moçambique. Foi, também, chefe da Expedição ao '''Alto Zambeze''' "no país dos | <nowiki>**</nowiki>Foi nomeado, por Portaria Régia, para fazer parte da Expedição aos sertões de Moçambique. Foi, também, chefe da Expedição ao '''Alto Zambeze''' "no país dos Muzuzuros “Machima” até a Foz do Rio Sanhate de 1888 a 1890"<ref name=":3" />. | ||
Por decreto de 1883, e portaria de 5 de Agosto de 1887, foi promovido a [[condutor de 1ª classe]] do quadro das [[Direcção das Obras Públicas de Angola]]''',''' tendo o seu lugar sido confirmado por decreto de 9 de Fevereiro de 1893<ref>"oficio de Concessão de Licença" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114_170400)</ref>. Enquanto condutor de 1ª classe, exercia as funções de telegrafista da referida direcção<ref name=":2" />. Em | Por decreto de 1883, e portaria de 5 de Agosto de 1887, foi promovido a [[condutor de 1ª classe]] do quadro das [[Direcção das Obras Públicas de Angola]]''',''' tendo o seu lugar sido confirmado por decreto de 9 de Fevereiro de 1893<ref>"oficio de Concessão de Licença" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114_170400)</ref>. Enquanto condutor de 1ª classe, exercia as funções de telegrafista da referida direcção<ref name=":2" />. Em 1891 havia sido promovido a [[capitão]] do Exército de África Ocidental. | ||
A 31 de Dezembro de 1895 o seu chefe de serviço teceu a seguinte observação: "Considero-o suficientemente inteligente e conhecedor dos deveres do seu encargo, parece-me contudo já uma pouco cançado e pouco zeloso pelo serviço"<ref name=":6">"Informação referida ao anno de 1895" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170542)</ref>, e a 14 de Fevereiro de 1896 foi repreendido "pela pouca [e] regular (...) escripturação" na circunscrição de Moçâmedes. | A 31 de Dezembro de 1895 o seu chefe de serviço teceu a seguinte observação: "Considero-o suficientemente inteligente e conhecedor dos deveres do seu encargo, parece-me contudo já uma pouco cançado e pouco zeloso pelo serviço"<ref name=":6">"Informação referida ao anno de 1895" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170542)</ref>, e a 14 de Fevereiro de 1896 foi repreendido "pela pouca [e] regular (...) escripturação" na circunscrição de Moçâmedes. | ||
No dia 23 de Novembro de 1896 solicitou uma gratificação de vinte mil reis (20$000) mensais pelo facto de se encontrar a substituir o condutor Garcês que havia seguido para a Guiné em serviço. Pedido que lhe foi concedido a 27 de Janeiro de 1897<ref>"Exposição do condutor de 1ª classe da Obras Públicas de Angola Francisco Maria Victor Cordon, de 29-12-1896, nº 2878, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, | No dia 23 de Novembro de 1896 solicitou uma gratificação de vinte mil reis (20$000) mensais pelo facto de se encontrar a substituir o condutor Garcês que havia seguido para a Guiné em serviço. Pedido que lhe foi concedido a 27 de Janeiro de 1897<ref>"Exposição do condutor de 1ª classe da Obras Públicas de Angola Francisco Maria Victor Cordon, de 29-12-1896, nº 2878, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929 (Fotografia 20210114_170321)</ref>. | ||
De acordo com a decisão de Agosto de 1897, seguiu para [[Lunda|Lunda]], [[Angola|Angola,]] a 23 de Setembro desse mesmo ano, para desempenhar o serviço militar que fosse necessário, assim como exercer as funções de [[:pt:Topógrafo|topógrafo]] e [[:pt:Agrimensura|agrimensor]], entre outras da sua especialidade. Ficou-lhe, então, estipulado um subsídio diário 30 mil reis (30$000) por conta do serviço e 10 mil reis (10$000) mensais para o quartel<ref>Cordon, Francisco Maria Victor, "Comunicação Nº 306 de 21-08-1897, 1ª Secção da 4ª Repartição da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar - Direcção Geral do Ultramar, do chefe Augusto Rogério Gonçalves dos Santos, dirigida à 3ª Repartição", in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, | De acordo com a decisão de Agosto de 1897, seguiu para [[Lunda|Lunda]], [[Angola|Angola,]] a 23 de Setembro desse mesmo ano, para desempenhar o serviço militar que fosse necessário, assim como exercer as funções de [[:pt:Topógrafo|topógrafo]] e [[:pt:Agrimensura|agrimensor]], entre outras da sua especialidade. Ficou-lhe, então, estipulado um subsídio diário 30 mil reis (30$000) por conta do serviço e 10 mil reis (10$000) mensais para o quartel<ref>Cordon, Francisco Maria Victor, "Comunicação Nº 306 de 21-08-1897, 1ª Secção da 4ª Repartição da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar - Direcção Geral do Ultramar, do chefe Augusto Rogério Gonçalves dos Santos, dirigida à 3ª Repartição", in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929 (Fotografia 20210114_170256)</ref>. | ||
No dia 17 de Setembro de 1897 Cordon obteve a aprovação para deixar de ser condutor da [[Direcção das Obras Públicas de Angola]] em Luanda<ref>Cordon, Francisco Maria Victor, "Comunicação Nº 355 de 21-08-1897, 1ª Secção da 4ª Repartição da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar - Direcção Geral do Ultramar, do chefe Augusto Rogério Gonçalves dos Santos, dirigida à 3ª Repartição", in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, | No dia 17 de Setembro de 1897 Cordon obteve a aprovação para deixar de ser condutor da [[Direcção das Obras Públicas de Angola]] em Luanda<ref>Cordon, Francisco Maria Victor, "Comunicação Nº 355 de 21-08-1897, 1ª Secção da 4ª Repartição da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar - Direcção Geral do Ultramar, do chefe Augusto Rogério Gonçalves dos Santos, dirigida à 3ª Repartição", in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929. (Fotografia 20210114_170249)</ref> e a 7 de Maio de 1898 foi exonerado, por Portaria do Governador de S. Tomé e Príncipe na mesma data. | ||
A 31 de Dezembro de 1895 o seu chefe de serviço teceu a seguinte observação: "Considero-o suficientemente inteligente e conhecedor dos deveres do seu encargo, parece-me contudo já uma pouco cançado e pouco zeloso pelo serviço"<ref name=":6" />, e a 14 de Fevereiro de 1896 foi repreendido "pela pouca [e] regular (...) escripturação" na circunscrição de Moçâmedes. | A 31 de Dezembro de 1895 o seu chefe de serviço teceu a seguinte observação: "Considero-o suficientemente inteligente e conhecedor dos deveres do seu encargo, parece-me contudo já uma pouco cançado e pouco zeloso pelo serviço"<ref name=":6" />, e a 14 de Fevereiro de 1896 foi repreendido "pela pouca [e] regular (...) escripturação" na circunscrição de Moçâmedes. | ||
==== '''Saúde''' ==== | ===='''Saúde'''==== | ||
Desde que iniciou a sua carreira em 1871 até 1895, usufruiu seis meses de licença da Junta de Saúde, no ano de 1978, e um ano de licença graciosa, em 1884, em Lisboa <ref name=":2" />. Posteriormente, e até ao fim da sua carreira, os registos disponíveis referem que a 28 de Maio de 1896 foi inspeccionado pela Junta de Saúde do Ultramar tendo obtido 120 dias de licença<ref>Por Portaria 29-5-96.</ref>. A Esta, sobrepôs-se uma licença de 30 dias concedida a 14 de Julho do mesmo ano<ref>Oficio Nº 1412 da 3ª Repartição In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114_170400)</ref>. Por despacho de 31 de Março de 1897 e Portaria de 19 de Novembro de 1897 foram-lhe concedidos 3 meses de licença sem vencimento, que iniciou a 23 deste último mês. | Desde que iniciou a sua carreira em 1871 até 1895, usufruiu seis meses de licença da Junta de Saúde, no ano de 1978, e um ano de licença graciosa, em 1884, em Lisboa <ref name=":2" />. Posteriormente, e até ao fim da sua carreira, os registos disponíveis referem que a 28 de Maio de 1896 foi inspeccionado pela Junta de Saúde do Ultramar tendo obtido 120 dias de licença<ref>Por Portaria 29-5-96.</ref>. A Esta, sobrepôs-se uma licença de 30 dias concedida a 14 de Julho do mesmo ano<ref>Oficio Nº 1412 da 3ª Repartição In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114_170400)</ref>. Por despacho de 31 de Março de 1897 e Portaria de 19 de Novembro de 1897 foram-lhe concedidos 3 meses de licença sem vencimento, que iniciou a 23 deste último mês. | ||
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Francisco Maria Victor Cordon recebeu a condecoração da Ordem de Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo e o grau de cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada, Valor, Lealdade e Mérito. Foi, ainda, condecorado com a medalha de prata de comportamento exemplar e proclamado<ref>Câmara dos Deputados a 15 de Setembro de 1890.</ref> Benemérito da Pátria<ref>"Informação referida no anno de 1893" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170644)</ref>. | Francisco Maria Victor Cordon recebeu a condecoração da Ordem de Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo e o grau de cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada, Valor, Lealdade e Mérito. Foi, ainda, condecorado com a medalha de prata de comportamento exemplar e proclamado<ref>Câmara dos Deputados a 15 de Setembro de 1890.</ref> Benemérito da Pátria<ref>"Informação referida no anno de 1893" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170644)</ref>. | ||
'''DÚVIDA - DÚVIDA - DÚVIDA - DÚVIDA''' | '''DÚVIDA - DÚVIDA - DÚVIDA - DÚVIDA''' | ||
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<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->===Outras informações=== | <!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->===Outras informações=== | ||
ver, Pélissier: " A expedição de Vitor Cordon à Mashonalândia ( | ver, Pélissier: " A expedição de Vitor Cordon à Mashonalândia (Ago 1888-Fev 1889 e Jun-Out de 1889) p. 44-46. | ||
Ver: "Serpa Pinto e Victor Cordon" in ''O Ocidente'': ''revista ilustrada de Portugal e do Estrangeiro''. Gravura na pag. 97, Nº 409, 1.5.1890. <!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores--> | |||
"Serpa Pinto e Victor Cordon" in ''O Ocidente'': ''revista ilustrada de Portugal e do Estrangeiro''. Gravura na pag. 97, Nº 409, 1.5.1890 | |||
==Obras== <!-- Incluí projectos não realizados mas sobre os quais tenhamos informação. Pode incluir informação que não sendo segura, pode ser atribuída; por exemplo: uma determinada obra sobre a qual haja informação de que deve ser atribuída a x pessoa, não deve ser acrescentada na info-box, mas deve constar aqui--> | ==Obras== <!-- Incluí projectos não realizados mas sobre os quais tenhamos informação. Pode incluir informação que não sendo segura, pode ser atribuída; por exemplo: uma determinada obra sobre a qual haja informação de que deve ser atribuída a x pessoa, não deve ser acrescentada na info-box, mas deve constar aqui--> | ||
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==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography--> | ==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography--> | ||
Arquivo Histórico Ultramarino. 771_2_F. Processos Individuais. Francisco Maria Victor Cordon. | |||
Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929. | |||
Arquivo Histórico Ultramarino, N. Ordem 428 1N SEMU_MU DGU liv 1893_1919 Obras Públicas-Pessoal ULT. AHU, p.4, 33. | Arquivo Histórico Ultramarino, N. Ordem 428 1N SEMU_MU DGU liv 1893_1919 Obras Públicas-Pessoal ULT. AHU, p.4, 33. | ||
Arquivo Histórico Ultramarino, N. Ordem. 905 1N SEMU DGU liv 1880_1892 Reg pessoal das obras públicas ULT, pp. 10v-11 | Arquivo Histórico Ultramarino, N. Ordem. 905 1N SEMU DGU liv 1880_1892 Reg pessoal das obras públicas ULT, pp. 10v-11 | ||
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Arquivo Oliveira Salazar 1908-1974. | Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Arquivo Oliveira Salazar 1908-1974. .... | ||
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Família Ferreira do Amaral, Correspondência recebida de Victor Cordon, cx. 7, mct. Víctor Cordon, doc. 1 e 2. | |||
Pélissier, René. História de Moçambique: Formação e Oposição 1854-1918. Histórias de Portugal 10, 11. Lisboa: Estampa, 1994, vol II, pp. 44-46.<!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography--> | Pélissier, René. História de Moçambique: Formação e Oposição 1854-1918. Histórias de Portugal 10, 11. Lisboa: Estampa, 1994, vol II, pp. 44-46.<!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography--> | ||
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[https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Maria_V%C3%ADtor_Cordon Francisco Maria Vítor Cordon] | [https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Maria_V%C3%ADtor_Cordon Francisco Maria Vítor Cordon] | ||
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Sandra Osório da Silva | Sandra Osório da Silva | ||
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Revisão das 01h44min de 10 de junho de 2022
Francisco Victor Cordon | |
---|---|
Nome completo | Francisco Maria Victor Cordon |
Outras Grafias | Francisco Maria Víctor Cordon |
Pai | Jacomo Victor Cordon |
Mãe | Emília Eugénia das Dores |
Cônjuge | Ludovina Francisca Rosa, Almira Cordon |
Filho(s) | Jorge Victor Cordon |
Irmão(s) | valor desconhecido |
Nascimento | 15 março 1851 Estremoz, Évora, Portugal |
Morte | 15 agosto 1901 Mafra, Portugal |
Sexo | Masculino |
Religião | Cristã |
Residência | |
Residência | Portugal |
Data | Fim: 1881 |
Residência | Angola |
Data | Início: 1881 Fim: 1888 |
Residência | Moçambique |
Data | Início: 1888 Fim: 21 de janeiro de 1890 |
Formação | |
Formação | Instrução técnico-profissional |
Data | Início: 1891 |
Local de Formação | Lisboa, Lisboa, Portugal |
Postos | |
Posto | Alferes |
Data | Início: 1881 |
Posto | Tenente |
Data | Início: 1888 Fim: 1891 |
Arma | Infantaria |
Posto | Capitão |
Data | Início: 1891 Fim: 15 de agosto de 1901 |
Arma | Infantaria |
Cargos | |
Cargo | Condutor de 1ª classe |
Data | Início: 09 de fevereiro de 1893 Fim: 09 de maio de 1898 |
Actividade | |
Actividade | Projeto de Infraestrutura |
Data | Fim: 1888 |
Local de Actividade | Ambaca, Cuanza Norte, Angola |
Actividade | Expedição |
Data | Início: julho de 1888 Fim: janeiro de 1890 |
Local de Actividade | Vale do Rio Zambeze, Moçambique |
Actividade | Missão |
Data | Fim: 1888 |
Local de Actividade | Ambaca, Cuanza Norte, Angola |
Actividade | Projeto de Infraestrutura |
Data | Início: 1888 Fim: 1890 |
Local de Actividade | Vale do Rio Zambeze, Moçambique |
Actividade | Expedição |
Data | Início: 16 de fevereiro de 1877 Fim: 1878 |
Local de Actividade | Angola |
Biografia
Dados biográficos
Francisco Maria Victor Cordon nasceu a 15 de Março de 1851 em Santo André de Estremoz, Évora. Era filho de Jacome da Silva Cordon, natural de Santa Catarina, Lisboa, e de Emília Eugénia das Dores, natural de Santa Isabel, Lisboa. Era neto paterno de João Baptista Cordon e Ludovina Francisca Rosa, ambos naturais de Santa Catarina, e neto materno de Teotónio Rebelo Nunes e Ana Rita, ambos naturais de Santa Isabel[1]. Faleceu a 15 de Agosto de 1901 na freguesia e concelho de Mafra[2], onde foi igualmente sepultado, segundo consta numa carta que seu filho Jorge Victor Cordon endossou ao Dr. António Oliveira Salazar. Nessa carta Jorge Cordon solicitava a construção de um jazigo para que os restos mortais do seu pai aí pudessem repousar definitivamente, uma vez que se encontrava num local de caracter provisório[2]. A sua mulher Almira Cordon também redigiu uma carta a este respeito[3].
Em 1977 foi para a Província de Angola, na Expedição do Caminho de Ferro e Obras Públicas, onde desempenhou várias comissões[4], nomeadamente integrando a esquipa de estudo dos caminhos de ferro e águas, com o Major de Artilharia Novais Rebelo[5].
Em Abril de 1896 embarcou no "Vapor Zaire" para regressar a Lisboa e assim poder usufruir da licença emitida pela Junta de Saúde da Província de Angola. Em sua companhia levava "o seu filho menor de 5 anos de nome Jorge Victor Cordon e uma creada menor de 9 anos de nome Conceição"[6].
A 19 de Maio de 1897 solicitou uma licença com o intuito de se deslocar até o campo, onde encontraria as águas minerais que lhe permitiriam restabelecer a sua saúde, conforme indicação na licença da Junta de Saúde[7]. Esta informação estava corroborada pelo atestado passado a 2 de Maio de 1897 pelo Dr. Proença da Costa Freire, Médico-Cirurgião, formado na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa[8]. Com o pedido de gozo de licença rogou que não lhe fosse retirada a bonificação de dezoito mil reis (18$000) que recebia nessa altura. A 31 de Maio desse mesmo ano foi-lhe concedida uma licença de 3 meses[7].
Faleceu em Mafra, Lisboa, a 15 de Agosto de 1901.
Formação
Em 1892, Cordon sabia falar inglês e francês[9]., tinha o curso incompleto do Liceu e o primeiro ano do curso de condutor do Instituto Industrial[9].
Carreira
Francisco Maria Victor Cordon assentou praça a 20 de Agosto de 1870 no Batalhão de Caçadores Nº 5[4] e em 1871 começou a servir o Estado[10].
Em 1977 foi para a Província de Angola, na Expedição do Caminho de Ferro e Obras Públicas, onde desempenhou várias comissões[4], nomeadamente integrando a esquipa de estudo dos caminhos de ferro e águas, com o Major de Artilharia Novais Rebelo[5]. Em 1882 prestou serviço como chefe do Conselho de Ambriz e de Setembro desse mesmo ano a Dezembro de 1884 como chefe do Concelho de Novo Redondo[11].
**Foi nomeado, por Portaria Régia, para fazer parte da Expedição aos sertões de Moçambique. Foi, também, chefe da Expedição ao Alto Zambeze "no país dos Muzuzuros “Machima” até a Foz do Rio Sanhate de 1888 a 1890"[11].
Por decreto de 1883, e portaria de 5 de Agosto de 1887, foi promovido a condutor de 1ª classe do quadro das Direcção das Obras Públicas de Angola, tendo o seu lugar sido confirmado por decreto de 9 de Fevereiro de 1893[12]. Enquanto condutor de 1ª classe, exercia as funções de telegrafista da referida direcção[4]. Em 1891 havia sido promovido a capitão do Exército de África Ocidental.
A 31 de Dezembro de 1895 o seu chefe de serviço teceu a seguinte observação: "Considero-o suficientemente inteligente e conhecedor dos deveres do seu encargo, parece-me contudo já uma pouco cançado e pouco zeloso pelo serviço"[13], e a 14 de Fevereiro de 1896 foi repreendido "pela pouca [e] regular (...) escripturação" na circunscrição de Moçâmedes.
No dia 23 de Novembro de 1896 solicitou uma gratificação de vinte mil reis (20$000) mensais pelo facto de se encontrar a substituir o condutor Garcês que havia seguido para a Guiné em serviço. Pedido que lhe foi concedido a 27 de Janeiro de 1897[14].
De acordo com a decisão de Agosto de 1897, seguiu para Lunda, Angola, a 23 de Setembro desse mesmo ano, para desempenhar o serviço militar que fosse necessário, assim como exercer as funções de topógrafo e agrimensor, entre outras da sua especialidade. Ficou-lhe, então, estipulado um subsídio diário 30 mil reis (30$000) por conta do serviço e 10 mil reis (10$000) mensais para o quartel[15].
No dia 17 de Setembro de 1897 Cordon obteve a aprovação para deixar de ser condutor da Direcção das Obras Públicas de Angola em Luanda[16] e a 7 de Maio de 1898 foi exonerado, por Portaria do Governador de S. Tomé e Príncipe na mesma data.
A 31 de Dezembro de 1895 o seu chefe de serviço teceu a seguinte observação: "Considero-o suficientemente inteligente e conhecedor dos deveres do seu encargo, parece-me contudo já uma pouco cançado e pouco zeloso pelo serviço"[13], e a 14 de Fevereiro de 1896 foi repreendido "pela pouca [e] regular (...) escripturação" na circunscrição de Moçâmedes.
Saúde
Desde que iniciou a sua carreira em 1871 até 1895, usufruiu seis meses de licença da Junta de Saúde, no ano de 1978, e um ano de licença graciosa, em 1884, em Lisboa [4]. Posteriormente, e até ao fim da sua carreira, os registos disponíveis referem que a 28 de Maio de 1896 foi inspeccionado pela Junta de Saúde do Ultramar tendo obtido 120 dias de licença[17]. A Esta, sobrepôs-se uma licença de 30 dias concedida a 14 de Julho do mesmo ano[18]. Por despacho de 31 de Março de 1897 e Portaria de 19 de Novembro de 1897 foram-lhe concedidos 3 meses de licença sem vencimento, que iniciou a 23 deste último mês.
Repreensões
A 8 de Setembro de 1875, era, então, Cordon furriel da 4ª Companhia quando foi condenado a 2 dias de prisão por ter "faltado ao respeito" ao chefe da estação telegráfica do quartel geral[19]
Condecorações
Francisco Maria Victor Cordon recebeu a condecoração da Ordem de Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo e o grau de cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada, Valor, Lealdade e Mérito. Foi, ainda, condecorado com a medalha de prata de comportamento exemplar e proclamado[20] Benemérito da Pátria[21].
DÚVIDA - DÚVIDA - DÚVIDA - DÚVIDA
**Apresentou-se na repartição a 15-5-96[22]???
Outras informações
ver, Pélissier: " A expedição de Vitor Cordon à Mashonalândia (Ago 1888-Fev 1889 e Jun-Out de 1889) p. 44-46.
Ver: "Serpa Pinto e Victor Cordon" in O Ocidente: revista ilustrada de Portugal e do Estrangeiro. Gravura na pag. 97, Nº 409, 1.5.1890.
Obras
Notas
- ↑ Arquivo Distrital de Évora, Estremoz, Paróquia de Estremoz (Santo André), Baptismos 1849-10-05 a 1856-09-28, fl. 55.
- ↑ [1]
- ↑ Arquivo nacional da Torre do Tombo, Família Ferreira do Amaral, Correspondência recebida de Victor Cordon, cx. 7, mct. Víctor Cordon, doc. 1 e 2.
- ↑ 4,0 4,1 4,2 4,3 4,4 "Mapa da Repartição das Obras Públicas da Província de Angola referente ao ano 1895" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114_170535)
- ↑ 5,0 5,1 "Informação referida no anno de 1892" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170713)
- ↑ "Guia Nº 122 de 28.04.1896" e "Ofício Nº 355 de 27.04.1896" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografias 20210114_170428 a 20210114_170438)
- ↑ 7,0 7,1 "Exposição do condutor de 1ª classe da Obras Públicas de Angola Francisco Maria Victor Cordon, de 19-05-1897, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929 (Fotografia 20210114_170303)
- ↑ "Atestado de Saúde", Lisboa, 2 de Maio de 1897, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929 (Fotografia 20210114_170309)
- ↑ 9,0 9,1 "Informação referida no anno de 1892" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170720)
- ↑ (fotografia 20210114_170556)
- ↑ 11,0 11,1 "Informação referida no anno de 1892" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170644)
- ↑ "oficio de Concessão de Licença" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114_170400)
- ↑ 13,0 13,1 "Informação referida ao anno de 1895" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170542)
- ↑ "Exposição do condutor de 1ª classe da Obras Públicas de Angola Francisco Maria Victor Cordon, de 29-12-1896, nº 2878, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929 (Fotografia 20210114_170321)
- ↑ Cordon, Francisco Maria Victor, "Comunicação Nº 306 de 21-08-1897, 1ª Secção da 4ª Repartição da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar - Direcção Geral do Ultramar, do chefe Augusto Rogério Gonçalves dos Santos, dirigida à 3ª Repartição", in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929 (Fotografia 20210114_170256)
- ↑ Cordon, Francisco Maria Victor, "Comunicação Nº 355 de 21-08-1897, 1ª Secção da 4ª Repartição da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar - Direcção Geral do Ultramar, do chefe Augusto Rogério Gonçalves dos Santos, dirigida à 3ª Repartição", in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929. (Fotografia 20210114_170249)
- ↑ Por Portaria 29-5-96.
- ↑ Oficio Nº 1412 da 3ª Repartição In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114_170400)
- ↑ Cópia do "Registo disciplinar nº 879" registado no Livro de Matriculas 1475 In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114_171422)
- ↑ Câmara dos Deputados a 15 de Setembro de 1890.
- ↑ "Informação referida no anno de 1893" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170644)
- ↑ Arquivo Histórico Ultramarino. N. Ordem 428. 1N. SEMU_MU. DGU. liv. 1893_1919. Obras Públicas-Pessoal. ULT 4
Fontes
Arquivo Histórico Ultramarino. 771_2_F. Processos Individuais. Francisco Maria Victor Cordon.
Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929.
Arquivo Histórico Ultramarino, N. Ordem 428 1N SEMU_MU DGU liv 1893_1919 Obras Públicas-Pessoal ULT. AHU, p.4, 33.
Arquivo Histórico Ultramarino, N. Ordem. 905 1N SEMU DGU liv 1880_1892 Reg pessoal das obras públicas ULT, pp. 10v-11
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Arquivo Oliveira Salazar 1908-1974. ....
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Família Ferreira do Amaral, Correspondência recebida de Victor Cordon, cx. 7, mct. Víctor Cordon, doc. 1 e 2.
Pélissier, René. História de Moçambique: Formação e Oposição 1854-1918. Histórias de Portugal 10, 11. Lisboa: Estampa, 1994, vol II, pp. 44-46.
Ligações Externas
António de Oliveira Salazar. https://digitarq.arquivos.pt/details?id=3886687
Autor(es) do artigo
Sandra Osório da Silva
Departamento de História, NOVA-FSCH, Universidade Nova de Lisboa
https://orcid.org/0000-0001-7529-5008
Financiamento
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
DOI
Citar este artigo
- Francisco Victor Cordon (última modificação: 10/06/2022). eViterbo. Visitado em 06 de julho de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Francisco_Victor_Cordon