Escola Industrial do Porto: diferenças entre revisões
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Conquanto, em 1855, a conclusão sobre o aproveitamento e utilidade da Escola fosse positiva, considerando que a instituição havia "''produzido já mais vantagens do que poderia esperar-se em tão pouco tempo de existência''", o diretor interino não deixava de instar junto dos poderes públicos sobre a necessidade de se reorganizar o seu ensino colocando fim ao "''estado de organização incompleta''". Em particular, mencionava-se um quadro de cadeiras incompleto e, por isso, incompatível com os cursos que legalmente a Escola podia ministrar, encontrando-se por instituir as aulas "''de mecânica industrial, sem a qual um grande número de cursos industriais dos mais importantes ficavam incompletos''"<ref>Ribeiro, 12:170.</ref>. | Conquanto, em 1855, a conclusão sobre o aproveitamento e utilidade da Escola fosse positiva, considerando que a instituição havia "''produzido já mais vantagens do que poderia esperar-se em tão pouco tempo de existência''", o diretor interino não deixava de instar junto dos poderes públicos sobre a necessidade de se reorganizar o seu ensino colocando fim ao "''estado de organização incompleta''". Em particular, mencionava-se um quadro de cadeiras incompleto e, por isso, incompatível com os cursos que legalmente a Escola podia ministrar, encontrando-se por instituir as aulas "''de mecânica industrial, sem a qual um grande número de cursos industriais dos mais importantes ficavam incompletos''"<ref>Ribeiro, 12:170.</ref>. | ||
Uma primeira proposta para a reorganização do Instituto Industrial de Lisboa e da Escola Industrial do Porto foi apresentada em 1861, sem que tenha conhecido aplicação prática<ref>Uma descrição sumária de algumas alterações pensadas na proposta de reforma de 1861 pode ser consultada em Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 13:241-242.</ref>. A reforma do ensino técnico industrial era concretizada três anos depois, por decreto de 20 de Dezembro, em consequência da qual a Escola Industrial adotou a designação de Instituto Industrial do Porto<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 12:172.</ref>. O currículo semelhante entre os dois institutos | Uma primeira proposta para a reorganização do Instituto Industrial de Lisboa e da Escola Industrial do Porto foi apresentada em 1861, sem que tenha conhecido aplicação prática<ref>Uma descrição sumária de algumas alterações pensadas na proposta de reforma de 1861 pode ser consultada em Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 13:241-242.</ref>. A reforma do ensino técnico industrial era concretizada três anos depois, por decreto de 20 de Dezembro, em consequência da qual a Escola Industrial adotou a designação de Instituto Industrial do Porto<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 12:172.</ref>. O currículo, semelhante entre os dois institutos, compreendia o "''ensino técnico geral''" no 1.º e 2.º graus e instruía para as "''diversas profissões industriais, e habilitando também para diferentes empregos subalternos dos serviços públicos, de obras públicas, minas, telégrafos, faróis e outros''"<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 13:244.</ref>. Apresentava-se um currículo disciplinar focado nas "''profissões que exigiam uma atenção especial e os sectores de actividade que se encontravam em expansão''"<ref>Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 101.</ref>. | ||
A reforma de 1869, datada de 30 de Dezembro, equiparou os planos de estudo de ambos os institutos, ainda que, no caso do portuense, na sétima cadeira, dedicada a "''assuntos comerciais''", fossem ministradas as disciplinas de "''arte de minas, docimasia e metalurgia''"<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 12:172.</ref>. | A reforma de 1869, datada de 30 de Dezembro, equiparou os planos de estudo de ambos os institutos, ainda que, no caso do portuense, na sétima cadeira, dedicada a "''assuntos comerciais''", fossem ministradas as disciplinas de "''arte de minas, docimasia e metalurgia''"<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 12:172.</ref>. | ||
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O órgão de gestão da Escola recaía sobre a direção, composta de um diretor-lente e do conselho escolar<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 7:105.</ref>. O conselho escolar subdividia-se no conselho da escola, no conselho tecnológico e no conselho fiscal<ref>Ribeiro, 7:354.</ref>. A direção geral do ensino, a determinação dos compêndios, os concursos e a polícia das escolas era cometida ao conselho Diretor do ensino industrial, presidido pelo ministro das Obras Públicas, tendo por vice-presidente o diretor geral da Direção do Comércio e Indústria colocado, e por vogais os diretores das escolas<ref>Ribeiro, 7:350.</ref>. | O órgão de gestão da Escola recaía sobre a direção, composta de um diretor-lente e do conselho escolar<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 7:105.</ref>. O conselho escolar subdividia-se no conselho da escola, no conselho tecnológico e no conselho fiscal<ref>Ribeiro, 7:354.</ref>. A direção geral do ensino, a determinação dos compêndios, os concursos e a polícia das escolas era cometida ao conselho Diretor do ensino industrial, presidido pelo ministro das Obras Públicas, tendo por vice-presidente o diretor geral da Direção do Comércio e Indústria colocado, e por vogais os diretores das escolas<ref>Ribeiro, 7:350.</ref>. | ||
==Curricula== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino--> | ==Curricula== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino--> | ||
<!--Nota: no caso de instituições que não sejam de ensino, a criação de novos campos tem que ser debatida previamente-->O plano de estudos da Escola Industrial do Porto de 1852 | <!--Nota: no caso de instituições que não sejam de ensino, a criação de novos campos tem que ser debatida previamente-->O plano de estudos da Escola Industrial do Porto de 1852 compreendia os três níveis de instrução técnica industrial com a seguinte distribuição de cadeiras<ref>Decreto de 30 de Dezembro de 1852, Diário do Governo, no. 1, 1 de Janeiro de 1853, 5.</ref>: no ensino elementar, a primeira, "''Aritmética elementar; primeiras noções de álgebra; geometria elementar''", e a segunda, "''Desenho linear e de ornatos industriais''", cadeiras; no ensino secundário, a terceira, "''Elementos de geometria descritiva aplicada às artes''", a quarta, "''Noções elementares de física e química''", e a quinta, "''Desenho de modelos e máquinas. Primeira parte''", cadeiras; e no ensino complementar, a sétima, "''Química aplicada às artes''", cadeira. O ensino era ministrado em regime noturno<ref>Ribeiro, 7:351.</ref>. Comparativamente ao [[Instituto Industrial de Lisboa]] este plano apresenta-se mais exímio encontrando-se omissas três cadeiras do ensino complementar, a sexta, relativa à "''Mecânica industrial''", a oitava, relativa à "''Economia e legislação industrial''" e a nona cadeira de "''Desenho de modelos e máquinas''". Estas cadeiras eram conducentes aos cursos de diretor mecânico e diretor químico, cujas cartas de curso, em consequência, a Escola não podia passar, ao contrário do [[Instituto Industrial de Lisboa]]<ref>Ribeiro, 7:348.</ref>. | ||
A Escola Industrial do Porto passava as cartas de curso, consoante a frequência nas seguintes cadeiras: "''1.ª e 2.ª cadeiras, operário habilitado; 1.ª, 2ª e 5.ª cadeiras, oficial mecânico; 1.ª, 2.ª e 4.ª cadeiras com oficina de manipulações químicas, oficial químico; 1.ª, 2.ª e 4.ª cadeiras com oficina de forjar, oficial forjador; 1.ª, 2.ª e 4.ª cadeiras com oficina de fundir e moldar, oficial fundidor; 1.ª, 2.ª e 5.ª cadeiras com oficina de serrilharia e ajustamento, oficial serralheiro ajustador; 1.ª, 2.ª e 5.ª cadeiras com oficina de tornear e moldar, oficial torneiro ajustador; 1.ª, 2.ª, 3.ª e 5.ª cadeiras, oficinas; 1.ª, 2.ª e 3.ª cadeiras, mestre mecânico; e 1.ª, 2.ª, 4.ª e 7.ª cadeiras com oficina de manipulações químicas, mestre químico''"<ref>Ribeiro, 7:348.</ref>. | |||
A | A partir de 1864, a oferta curricular do Instituto Industrial do Porto concentra-se em apenas dois graus, 1.º e 2.º com a seguinte distribuição de disciplinas: no 1.º grau, a primeira, "''Aritmética, álgebra e geometria elementar e desenho linear''", a segunda, "''Princípios de química e física e noções de mecânica''", e a terceira, "''Tecnologia elementar e desenho geométrico''", cadeiras; no 2.º grau, a primeira cadeira descrita atrás, e a segunda, "''Geometria descritiva aplicada à indústria, topografia e levantamento de plantas, e desenho de modelos e de máquinas''", a terceira "''Física e suas aplicações às artes, e à telegrafia e faróis''", a quarta, "''Química aplicada às artes, à tinturaria e estamparia''", a quinta, "''Mecânica industrial e sua aplicação à construção de máquinas, especialmente às de vapor, e mecânica aplicada às construções''", a sexta, "''Construções civis e tecnologia geral''", a sétima, "''Artes de minas, docimasia e metalurgia''", a oitava, "''Desenho arquitectónico e de ornatos''", a nona, "''Contabilidade, princípios de economia industrial, noções de direito comercial e administrativo e de estatística''", e a décima, "''Línguas francesa e inglesa''", cadeiras<ref>Decreto de 20 de Dezembro de 1864, Diário do Governo, no. 1, 2 de Janeiro de 1865, 6.</ref>. | ||
Pela reforma de 1869 os cursos ministrados no Instituto Industrial do Porto eram os mesmos que no de Lisboa, à excepção do curso especial de comércio, e dos cursos de condutor de minas e mestre mineiro, que faziam parte da oferta de ensino industrial portuense<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 12:172.</ref>. Os cursos afetos à área do comércio seriam integrados no plano de estudos do Instituto Industrial do Porto a partir de 1886, a saber, curso elementar ou preparatório, curso superior e cursos especiais de comércio<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 17:333.</ref>. A partir de então, equiparando-se a oferta curricular do Porto com a do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, o quadro de cadeiras passou a ser comum às duas instituições, com algumas excepções no caso da segunda, totalizando as 25 cadeiras no caso portuense. | Pela reforma de 1869 os cursos ministrados no Instituto Industrial do Porto eram os mesmos que no de Lisboa, à excepção do curso especial de comércio, e dos cursos de condutor de minas e mestre mineiro, que faziam parte da oferta de ensino industrial portuense<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 12:172.</ref>. Os cursos afetos à área do comércio seriam integrados no plano de estudos do Instituto Industrial do Porto a partir de 1886, a saber, curso elementar ou preparatório, curso superior e cursos especiais de comércio<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 17:333.</ref>. A partir de então, equiparando-se a oferta curricular do Porto com a do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, o quadro de cadeiras passou a ser comum às duas instituições, com algumas excepções no caso da segunda, totalizando as 25 cadeiras no caso portuense. | ||
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Os alunos eram incumbidos de trabalhos físicos nas oficinas quando tivessem concluído as duas primeiras cadeiras respeitantes ao grau elementar da instrução industrial<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 7:350.</ref>. '''Quando?''' | Os alunos eram incumbidos de trabalhos físicos nas oficinas quando tivessem concluído as duas primeiras cadeiras respeitantes ao grau elementar da instrução industrial<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 7:350.</ref>. '''Quando?''' | ||
A vertente prática do ensino ministrado no Instituto Industrial era assegurada por oficinas anexas, nomeadamente, de forjar; de fundir e moldar; de serrilharia e ajustamento; de tornear e modelar; e de manipulações químicas.<ref>Ribeiro, 7:347.</ref> Refere José Silvestre Ribeiro que estava proposto estabelecerem-se estas oficinas nos arsenais do estado<ref>Ribeiro, 7:348-349.</ref>. Não sendo certo o seu estabelecimento efetivo, já haviam sido efetivamente organizadas "''algumas oficinas''" em 1854. Ainda assim, a sua concretização prática seria objeto de reclamação em 1855, sendo a situação agravada pela existência, à altura, de "''alunos habilitados, segundo a lei, para nelas se empregarem e terem exercício''"<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 12:170.</ref>. Independentemente das oficinas criadas, em 1860, o governo dava ordem de encerramento para todos esses estabelecimentos com excepção da oficina de instrumentos de precisão dado não haver estabelecimento semelhante no país<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 7:357.</ref>. O ensino prático podia ainda ser complementado com o trabalho dos alunos em oficinas de fábricas portuenses com as quais o governo poderia estabelecer contrato<ref>Ribeiro, 7:105.</ref>. | |||
Segundo a reforma de 1886, junto dos Institutos Industriais e Comerciais deveriam achar-se estabelecidos uma biblioteca, um laboratório químico, um gabinete de física, um laboratório mecânico, um museu, e "''uma escola prática de telegrafia e laboratório eletrotécnico''"<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 17:338.</ref>. O plano de organização deixava também aberta a possibilidade de se constituírem "''pequenas oficinas que a experiência demonstrar serem necessárias para o ensino prático dos alunos''"<ref>Ribeiro, 17:339.</ref>. | |||
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| colspan="5" |'''Plano de estudos de 1852''' | | colspan="5" |'''Plano de estudos de 1852''' | ||
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Elementar | Elementar | ||
|Primeira cadeira | |Primeira cadeira | ||
| | |Aritmética elementar; primeiras noções de álgebra; geometria elementar. | ||
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|Segunda | |Segunda | ||
cadeira | cadeira | ||
| | |Desenho linear e de ornatos industriais. | ||
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Secundário | Secundário | ||
|Terceira cadeira | |Terceira cadeira | ||
| | |Elementos de geometria descritiva aplicada às artes. | ||
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|Quarta | |Quarta | ||
cadeira | cadeira | ||
| | |Noções elementares de física e química. | ||
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|Professor proprietário em 4 de Agosto de 1853: José de Parada e Silva Leitão<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 12:167.</ref>. | |Professor proprietário em 4 de Agosto de 1853: José de Parada e Silva Leitão<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 12:167.</ref>. | ||
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|Quinta | |Quinta | ||
cadeira | cadeira | ||
| | |Desenho de modelos e máquinas. Primeira parte. | ||
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|Sexta | |Sexta | ||
cadeira | cadeira | ||
| | |Mecânica industrial. | ||
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|Sétima | |Sétima | ||
cadeira | cadeira | ||
| | |Química aplicada ás artes. | ||
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|Professor proprietário em 10 de Maio de 1853: Sebastião Betâmio de Almeida<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 12:167.</ref>. | |Professor proprietário em 10 de Maio de 1853: Sebastião Betâmio de Almeida<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 12:167.</ref>. | ||
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| colspan="5" |'''Plano de estudos de 1886 | | colspan="5" |'''Plano de estudos de 1886''' | ||
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|'''Anos''' | |'''Anos''' | ||
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<references /> | <references /> | ||
==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography--> | ==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography--> | ||
Decreto de 20 de Dezembro de 1864, Diário do Governo, no. 1, 2 de Janeiro de 1865, 5-7[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1865&mes=1&tipo=a-diario&filename=1865/01/02/D_0001_1865-01-02&pag=6&txt=Instituto%20Industrial%20do%20Porto .] | |||
Decreto de 30 de Dezembro de 1852, Diário do Governo, no. 1, 1 de Janeiro de 1853, 5[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1853&mes=1&tipo=a-diario&filename=1853/01/01/D_0001_1853-01-01&pag=5&txt=Escola%20Industrial%20do%20Porto .] | |||
==Bibliografia == <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography--> | ==Bibliografia == <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography--> | ||
Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia''. Vol. 3. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1873[https://permalinkbnd.bnportugal.gov.pt/records/item/70034-redirection .] | Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia''. Vol. 3. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1873[https://permalinkbnd.bnportugal.gov.pt/records/item/70034-redirection .] |
Revisão das 15h55min de 15 de janeiro de 2024
Escola Industrial do Porto | |
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(EIP, IIP, IICP) | |
Outras denominações | Escola Industrial Portuense, Instituto Industrial do Porto, Instituto Industrial e Comercial do Porto |
Tipo de Instituição | Ensino civil |
Data de fundação | 30 dezembro 1852 |
Data de extinção | 5 dezembro 1918 |
Paralisação | Início: valor desconhecido Fim: valor desconhecido |
Localização | |
Localização | Palácio da Bolsa, Porto,- Início: 1852 Fim: 1861 |
Localização | Colégio de Nossa Senhora da Graça dos Meninos Órfãos, Porto,- Início: 1861 |
Antecessora | valor desconhecido |
Sucessora | Instituto Superior de Comércio do Porto |
História
A primeira experiência de ensino industrial no Porto no século XIX surgiu com a criação da Escola Industrial Portuense por iniciativa da Associação Industrial Portuense, cujo objectivo se centrava no aperfeiçoamento do sector industrial português e da sua capacidade concorrencial através da instrução técnica. O projecto escolar teve os estatutos aprovados em 31 de Outubro de 1852 e conheceu uma rápida adesão após a inauguração das aulas em 22 de Novembro de 1852[1][2]. A iniciativa privada antecedeu e antecipou, assim, a criação do ensino industrial de iniciativa pública, que a integrou aquando da sua criação por decreto de 30 de Dezembro de 1852[3].
A criação do ensino industrial público em Portugal enquadra-se no impulso dado à instrução técnica, nos domínios agrícola e industrial, durante o período da Regeneração (1851-1868). Na perspectiva de regeneradores e liberais, como António Fontes Pereira de Melo ou Rodrigo da Fonseca Magalhães, e de acordo com o modelo de desenvolvimento liberal, o processo de industrialização português seria concretizado com base em duas condições essenciais, o desenvolvimento das vias de comunicação e a implementação do ensino técnico, ou seja, a difusão do conhecimento técnico de base científica. Sendo este último "verdadeiramente experimental e adequado às necessidades fabris" era "o pré-requisito da criação de riqueza"[4] uma vez que permitiria aperfeiçoar a produção e reduzir o seu custo, contribuindo para a capacidade concorrencial dos produtos industriais portugueses no mercado europeu. Apesar da importância dada à implementação do ensino técnico, tornava-se evidente, nos decretos que o criam e o reformam entre as décadas de 50 e 60, que a sua constituição estava condicionada "às dificuldades financeiras", as quais configuram um "mecanismo desculpabilizador da estrutura pouco ambiciosa que se vier a implementar no âmbito do ensino industrial", nomeadamente a incapacidade de o generalizar até à década de 80 do século XIX e a sua concentração inicial em Lisboa e no Porto[5].
A instrução industrial era organizada em três graus, elementar, secundário e complementar, baseados num plano de estudos com nove cadeiras, respectivamente distribuídas pelos graus e cursos como assinalado à frente[6]. Na capital era instituído o Instituto Industrial de Lisboa[7].
À criação do ensino industrial correspondeu uma tentativa de profissionalização do mercado de trabalho industrial, determinando que, passados três anos da criação, fosse exigido aos operários, em funções nas obras públicas, a apresentação de carta de curso, não podendo ser admitidos sem as mesmas[8][9]. Segundo Silvestre Ribeiro, esta disposição não terá sido totalmente cumprida nas primeiras décadas[10], o que se explica pela lenta implementação do ensino industrial resultante quer do limitado financiamento disponível, quer da dificuldade na contratação dos primeiros quadros docentes e auxiliares, por exemplo, no Instituto Industrial de Lisboa[11].
A inauguração da Escola Industrial do Porto realizou-se na "aula de física da Academia Politécnica" em 27 de Março de 1854[12]. Uma vez serem necessárias intervenções no edifício daquela Academia para aí se instalarem as aulas da Escola, foi contratada a instalação temporária das aulas na sede da Associação Industrial do Porto, no Palácio da Bolsa, "a fim de que nas suas aulas se pudessem professar os cursos livres da escola"[12]. A mesma circunstância ditou que apenas fossem abertos cursos livres no ano lectivo de 1854-1855 como alternativa temporária aos cursos regulares, sendo os primeiros também instituídos no Instituto Industrial de Lisboa. Na Escola Industrial do Porto foram inaugurados em 1 de Março de 1854 com a duração de três meses, sendo os cursos regulares abertos no ano lectivo seguinte[13].
Uma vez instaladas as aulas da Escola no edifício da Academia Politécnica do Porto, em data não especificada por Silvestre Ribeiro, onde, igualmente, se encontrava o Colégio dos Meninos Órfãos, o diretor da Escola Industrial representou ao poder municipal no sentido de ser estabelecida a condição de internato para que aqueles jovens, frequentando as aulas da Escola, se habilitassem "para exercer profissões adequadas às suas peculiares circunstâncias". Em 1861, o Governador Civil do Porto era ordenado a reunir as condições para a concretização daquela proposta[14]. Adotamos esta data como certa para o estabelecimento da Escola Industrial no edifício da Academia Politécnica, apesar de José Silvestre Ribeiro mencionar a criação, em 1864, de uma comissão para um plano definitivo nas obras daquele edifício.
Conquanto, em 1855, a conclusão sobre o aproveitamento e utilidade da Escola fosse positiva, considerando que a instituição havia "produzido já mais vantagens do que poderia esperar-se em tão pouco tempo de existência", o diretor interino não deixava de instar junto dos poderes públicos sobre a necessidade de se reorganizar o seu ensino colocando fim ao "estado de organização incompleta". Em particular, mencionava-se um quadro de cadeiras incompleto e, por isso, incompatível com os cursos que legalmente a Escola podia ministrar, encontrando-se por instituir as aulas "de mecânica industrial, sem a qual um grande número de cursos industriais dos mais importantes ficavam incompletos"[15].
Uma primeira proposta para a reorganização do Instituto Industrial de Lisboa e da Escola Industrial do Porto foi apresentada em 1861, sem que tenha conhecido aplicação prática[16]. A reforma do ensino técnico industrial era concretizada três anos depois, por decreto de 20 de Dezembro, em consequência da qual a Escola Industrial adotou a designação de Instituto Industrial do Porto[17]. O currículo, semelhante entre os dois institutos, compreendia o "ensino técnico geral" no 1.º e 2.º graus e instruía para as "diversas profissões industriais, e habilitando também para diferentes empregos subalternos dos serviços públicos, de obras públicas, minas, telégrafos, faróis e outros"[18]. Apresentava-se um currículo disciplinar focado nas "profissões que exigiam uma atenção especial e os sectores de actividade que se encontravam em expansão"[19].
A reforma de 1869, datada de 30 de Dezembro, equiparou os planos de estudo de ambos os institutos, ainda que, no caso do portuense, na sétima cadeira, dedicada a "assuntos comerciais", fossem ministradas as disciplinas de "arte de minas, docimasia e metalurgia"[20].
A reforma de 30 de Dezembro de 1886 reorganizou o sistema de instrução industrial e comercial e alterou a designação da instituição para Instituto Industrial e Comercial do Porto, à semelhança da adotada pela instituição lisbonense[21]. A organização do ensino industrial, aplicável ao ensino comercial, manteve-se dividida em três graus, a saber, elementar, preparatório e especial (ou superior no caso do curso comercial), sendo todos ministrados pelos Institutos Industriais e Comerciais[22]. Em 3 de Fevereiro de 1888 era publicado o Regulamento respeitante aquela nova orgânica institucional[23].
Outras informações
Podiam admitir-se às matrículas alunos com uma idade mínima de 12 anos, e que obtivessem as faculdades de ler, escrever e contar, e boa saúde. A frequência das aulas podia ser realizada segundo três regimes, a saber, de aluno ordinário, que seguia o curso pela ordem estabelecida; de aluno voluntário, que não seguia o curso pela ordem estabelecida; e de aluno ouvinte registado, que frequentavam apenas determinadas cadeiras[24].
No ano letivo de 1854-1855, registaram-se 488 matrículas nos diferentes regimes de frequência dos alunos[25]. Entre a inauguração das suas aulas e o ano letivo de 1861-1862, verificou-se um aumento progressivo e estável quer do número de matrículas, quer a frequência das aulas, alcançando naquela última data 1151 matrículas e 718 alunos a frequentarem as aulas[26].
O órgão de gestão da Escola recaía sobre a direção, composta de um diretor-lente e do conselho escolar[27]. O conselho escolar subdividia-se no conselho da escola, no conselho tecnológico e no conselho fiscal[28]. A direção geral do ensino, a determinação dos compêndios, os concursos e a polícia das escolas era cometida ao conselho Diretor do ensino industrial, presidido pelo ministro das Obras Públicas, tendo por vice-presidente o diretor geral da Direção do Comércio e Indústria colocado, e por vogais os diretores das escolas[29].
Curricula
O plano de estudos da Escola Industrial do Porto de 1852 compreendia os três níveis de instrução técnica industrial com a seguinte distribuição de cadeiras[30]: no ensino elementar, a primeira, "Aritmética elementar; primeiras noções de álgebra; geometria elementar", e a segunda, "Desenho linear e de ornatos industriais", cadeiras; no ensino secundário, a terceira, "Elementos de geometria descritiva aplicada às artes", a quarta, "Noções elementares de física e química", e a quinta, "Desenho de modelos e máquinas. Primeira parte", cadeiras; e no ensino complementar, a sétima, "Química aplicada às artes", cadeira. O ensino era ministrado em regime noturno[31]. Comparativamente ao Instituto Industrial de Lisboa este plano apresenta-se mais exímio encontrando-se omissas três cadeiras do ensino complementar, a sexta, relativa à "Mecânica industrial", a oitava, relativa à "Economia e legislação industrial" e a nona cadeira de "Desenho de modelos e máquinas". Estas cadeiras eram conducentes aos cursos de diretor mecânico e diretor químico, cujas cartas de curso, em consequência, a Escola não podia passar, ao contrário do Instituto Industrial de Lisboa[32].
A Escola Industrial do Porto passava as cartas de curso, consoante a frequência nas seguintes cadeiras: "1.ª e 2.ª cadeiras, operário habilitado; 1.ª, 2ª e 5.ª cadeiras, oficial mecânico; 1.ª, 2.ª e 4.ª cadeiras com oficina de manipulações químicas, oficial químico; 1.ª, 2.ª e 4.ª cadeiras com oficina de forjar, oficial forjador; 1.ª, 2.ª e 4.ª cadeiras com oficina de fundir e moldar, oficial fundidor; 1.ª, 2.ª e 5.ª cadeiras com oficina de serrilharia e ajustamento, oficial serralheiro ajustador; 1.ª, 2.ª e 5.ª cadeiras com oficina de tornear e moldar, oficial torneiro ajustador; 1.ª, 2.ª, 3.ª e 5.ª cadeiras, oficinas; 1.ª, 2.ª e 3.ª cadeiras, mestre mecânico; e 1.ª, 2.ª, 4.ª e 7.ª cadeiras com oficina de manipulações químicas, mestre químico"[33].
A partir de 1864, a oferta curricular do Instituto Industrial do Porto concentra-se em apenas dois graus, 1.º e 2.º com a seguinte distribuição de disciplinas: no 1.º grau, a primeira, "Aritmética, álgebra e geometria elementar e desenho linear", a segunda, "Princípios de química e física e noções de mecânica", e a terceira, "Tecnologia elementar e desenho geométrico", cadeiras; no 2.º grau, a primeira cadeira descrita atrás, e a segunda, "Geometria descritiva aplicada à indústria, topografia e levantamento de plantas, e desenho de modelos e de máquinas", a terceira "Física e suas aplicações às artes, e à telegrafia e faróis", a quarta, "Química aplicada às artes, à tinturaria e estamparia", a quinta, "Mecânica industrial e sua aplicação à construção de máquinas, especialmente às de vapor, e mecânica aplicada às construções", a sexta, "Construções civis e tecnologia geral", a sétima, "Artes de minas, docimasia e metalurgia", a oitava, "Desenho arquitectónico e de ornatos", a nona, "Contabilidade, princípios de economia industrial, noções de direito comercial e administrativo e de estatística", e a décima, "Línguas francesa e inglesa", cadeiras[34].
Pela reforma de 1869 os cursos ministrados no Instituto Industrial do Porto eram os mesmos que no de Lisboa, à excepção do curso especial de comércio, e dos cursos de condutor de minas e mestre mineiro, que faziam parte da oferta de ensino industrial portuense[35]. Os cursos afetos à área do comércio seriam integrados no plano de estudos do Instituto Industrial do Porto a partir de 1886, a saber, curso elementar ou preparatório, curso superior e cursos especiais de comércio[36]. A partir de então, equiparando-se a oferta curricular do Porto com a do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, o quadro de cadeiras passou a ser comum às duas instituições, com algumas excepções no caso da segunda, totalizando as 25 cadeiras no caso portuense.
Desta feita, a oferta de cursos era idêntica a ambas as instituições, compondo-se de cursos industriais elementares, para operários de diferentes ofícios e artes; cursos preparatórios para acesso aos cursos industriais especiais ou ao curso superior de comércio; os cursos especiais de "condutores de obras públicas; condutores de minas; desenhadores; diretores de fábricas; construtores de máquinas e de instrumentos de precisão; correios e telégrafos; e quaisquer outros que o governo julgue conveniente criar"[37] [38]. A estes acresciam ainda o curso superior de comércio, curso especial de verificadores de alfandega e o curso especial de cônsules[39].
Os alunos eram incumbidos de trabalhos físicos nas oficinas quando tivessem concluído as duas primeiras cadeiras respeitantes ao grau elementar da instrução industrial[40]. Quando?
A vertente prática do ensino ministrado no Instituto Industrial era assegurada por oficinas anexas, nomeadamente, de forjar; de fundir e moldar; de serrilharia e ajustamento; de tornear e modelar; e de manipulações químicas.[41] Refere José Silvestre Ribeiro que estava proposto estabelecerem-se estas oficinas nos arsenais do estado[42]. Não sendo certo o seu estabelecimento efetivo, já haviam sido efetivamente organizadas "algumas oficinas" em 1854. Ainda assim, a sua concretização prática seria objeto de reclamação em 1855, sendo a situação agravada pela existência, à altura, de "alunos habilitados, segundo a lei, para nelas se empregarem e terem exercício"[43]. Independentemente das oficinas criadas, em 1860, o governo dava ordem de encerramento para todos esses estabelecimentos com excepção da oficina de instrumentos de precisão dado não haver estabelecimento semelhante no país[44]. O ensino prático podia ainda ser complementado com o trabalho dos alunos em oficinas de fábricas portuenses com as quais o governo poderia estabelecer contrato[45].
Segundo a reforma de 1886, junto dos Institutos Industriais e Comerciais deveriam achar-se estabelecidos uma biblioteca, um laboratório químico, um gabinete de física, um laboratório mecânico, um museu, e "uma escola prática de telegrafia e laboratório eletrotécnico"[46]. O plano de organização deixava também aberta a possibilidade de se constituírem "pequenas oficinas que a experiência demonstrar serem necessárias para o ensino prático dos alunos"[47].
Plano de estudos de 1852 | ||||
Graus de ensino | Nome da Cadeira | Matérias | Livros | Professores |
Ensino
Elementar |
Primeira cadeira | Aritmética elementar; primeiras noções de álgebra; geometria elementar. | ||
Segunda
cadeira |
Desenho linear e de ornatos industriais. | |||
Ensino
Secundário |
Terceira cadeira | Elementos de geometria descritiva aplicada às artes. | ||
Quarta
cadeira |
Noções elementares de física e química. | Professor proprietário em 4 de Agosto de 1853: José de Parada e Silva Leitão[48]. | ||
Quinta
cadeira |
Desenho de modelos e máquinas. Primeira parte. | |||
Ensino Complementar | Sexta
cadeira |
Mecânica industrial. | ||
Sétima
cadeira |
Química aplicada ás artes. | Professor proprietário em 10 de Maio de 1853: Sebastião Betâmio de Almeida[49]. |
Plano de estudos de 1886 | ||||
Anos | Nome da Cadeira | Matérias | Livros | Professores |
Primeira cadeira | "Rudimentos de matemática"[50] | |||
Segunda cadeira | "Rudimentos de física, de química, e de eletrotecnia"[51]. | |||
Terceira cadeira | "Rudimentos de mecânica"[51]. | |||
Quarta cadeira | "Aritmética, álgebra e geometria sintética"[51]. | |||
Quinta cadeira | "Geometria descritiva, estereotomia, e topografia"[51]. | |||
Sexta cadeira | "Trigonometria plana, princípios de geometria analítica, de álgebra superior e de calculo infinitesimal"[51]. | |||
Sétima cadeira | "Física geral e suas aplicações à indústria"[51]. | |||
Oitava cadeira | "Eletrotecnia. Telegrafia e outras applicações da eletricidade"[51]. | |||
Nona cadeira | "Química mineral e orgânica"[51]. | |||
Décima cadeira | "Tecnologia química (cerâmica, tinturaria, estamparia e outras aplicações da química); matérias primas de origem mineral e suas transformações; caracteres físicos e químicos dessas mercadorias, seu valor comercial, suas falsificações e meios práticos de as reconhecer"[51]. | |||
Décima primeira cadeira | "Zoologia e botânica elementares e higiene das industrias"[51]. | |||
Décima segunda cadeira | "Mecânica geral e sua aplicação às máquinas"[51]. | |||
Décima terceira cadeira | "Materiais de construção. Processos geraes de construção. Resistência de materiais e estabilidade de construções"[51]. | |||
Décima quarta cadeira | "Estradas. Caminhos de ferro. Rios e canais. Portos"[51]. | |||
Décima quinta cadeira | "Mineralogia e geologia"[51]. | |||
Décima sexta cadeira | "Arte de minas e metalurgia"[51]. | |||
Décima sétima cadeira | "Desenho linear, de figura, ornato, paisagem do natural e modelação"[51]. | |||
Décima oitava cadeira | "Desenho de máquinas, construção de peças elementares e respectiva tecnologia"[51]. | |||
Décima nona cadeira | "Desenho arquitetónico e topográfico. Cortes e plantas de minas"[52]. | |||
Vigésima cadeira | "Geografia geral, historia elementar e geografia comercial"[52]. | |||
Vigésima primeira cadeira | "Economia politica, princípios de direito administrativo e legislação industrial"[52]. | |||
Vigésima segunda cadeira | "Contabilidade geral e operações comerciais"[52]. | |||
Vigésima terceira cadeira | Língua francesa[52]. | |||
Vigésima quarta cadeira | Língua inglesa[52]. | |||
Vigésima quinta cadeira | Língua alemã[52]. |
Notas
- ↑ Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 239-240.
- ↑ Para uma síntese do currículo instituído na Escola Industrial Portuense da Associação Industrial Portuense e o número de alunos inscritos no ano lectivo de 1852-1853 vide Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 240 e Sousa, Fernando de, e Jorge Fernandes Alves. A Associação Industrial Portuense. Para a História do Associativismo Empresarial. Porto: A.I.P., 1996.
- ↑ Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 88.
- ↑ Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 91.
- ↑ Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 92-93.
- ↑ Ribeiro, 7:347-348.
- ↑ Veja-se para a relação entre a Escola Industrial do Porto e o Instituto Industrial de Lisboa preconizada no Regulamento provisório de ambas as instituições, datado de 1853, Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:106.
- ↑ Ribeiro, 7:381.
- ↑ Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 116.
- ↑ Ribeiro, 7:381.
- ↑ Ribeiro, 7:352.
- ↑ 12,0 12,1 Ribeiro, 12:168.
- ↑ Ribeiro, 12:169.
- ↑ Ribeiro, 12:171.
- ↑ Ribeiro, 12:170.
- ↑ Uma descrição sumária de algumas alterações pensadas na proposta de reforma de 1861 pode ser consultada em Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 13:241-242.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 12:172.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 13:244.
- ↑ Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 101.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 12:172.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:332.
- ↑ Ribeiro, 17:333.
- ↑ Ribeiro, 17:514.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:350.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 12:169.
- ↑ Ribeiro, 12:172.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:105.
- ↑ Ribeiro, 7:354.
- ↑ Ribeiro, 7:350.
- ↑ Decreto de 30 de Dezembro de 1852, Diário do Governo, no. 1, 1 de Janeiro de 1853, 5.
- ↑ Ribeiro, 7:351.
- ↑ Ribeiro, 7:348.
- ↑ Ribeiro, 7:348.
- ↑ Decreto de 20 de Dezembro de 1864, Diário do Governo, no. 1, 2 de Janeiro de 1865, 6.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 12:172.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:333.
- ↑ Ribeiro, 17:335.
- ↑ A distribuição das cadeiras pelos respectivos cursos a que estavam afetas pode ser consultada em Ribeiro, 17:402-411.
- ↑ Ribeiro, 17:336.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:350.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:348-349.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 12:170.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:357.
- ↑ Ribeiro, 7:105.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:338.
- ↑ Ribeiro, 17:339.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 12:167.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 12:167.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:334.
- ↑ 51,00 51,01 51,02 51,03 51,04 51,05 51,06 51,07 51,08 51,09 51,10 51,11 51,12 51,13 51,14 51,15 51,16 Ribeiro, 17:334.
- ↑ 52,0 52,1 52,2 52,3 52,4 52,5 52,6 Ribeiro, 17:335.
Fontes
Decreto de 20 de Dezembro de 1864, Diário do Governo, no. 1, 2 de Janeiro de 1865, 5-7. Decreto de 30 de Dezembro de 1852, Diário do Governo, no. 1, 1 de Janeiro de 1853, 5.
Bibliografia
Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 3. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1873.
Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 7. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1878. Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 12. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1884.
Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 13. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1885.
Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 17. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1892.
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Autor(es) do artigo
João de Almeida Barata
https://orcid.org/0000-0001-9048-0447
Financiamento
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Apoio especial “Verão com Ciência 2022” da UID 4666 – CHAM — Centro de Humanidades, financiado por fundos nacionais através da FCT/MCTES (PIDDAC)
DOI
https://doi.org/10.34619/5jaw-hxw0
Citar este artigo
Almeida Barata, João de. "Escola Industrial do Porto", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, {{{year}}} 2022. Consultado a 28 de setembro de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Escola_Industrial_do_Porto. DOI: https://doi.org/10.34619/5jaw-hxw0