Escola Industrial do Porto
Escola Industrial do Porto | |
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(EIP, IIP, IICP) | |
Outras denominações | Escola Industrial Portuense, Instituto Industrial do Porto, Instituto Industrial e Comercial do Porto |
Tipo de Instituição | Ensino civil |
Data de fundação | 30 dezembro 1852 |
Data de extinção | 5 dezembro 1918 |
Paralisação | Início: valor desconhecido Fim: valor desconhecido |
Localização | |
Localização | Palácio da Bolsa, Porto,- Início: 1852 Fim: 1861 |
Localização | Colégio de Nossa Senhora da Graça dos Meninos Órfãos, Porto,- Início: 1861 |
Antecessora | valor desconhecido |
Sucessora | Instituto Superior de Comércio do Porto |
História
A primeira experiência de ensino industrial no Porto no século XIX surgiu com a criação da Escola Industrial Portuense por iniciativa da Associação Industrial Portuense, cujo objectivo se centrava no aperfeiçoamento do sector industrial português e da sua capacidade concorrencial através da instrução técnica. O projecto escolar teve os estatutos aprovados em 31 de Outubro de 1852 e conheceu uma rápida adesão após a inauguração das aulas em 22 de Novembro de 1852[1][2]. A iniciativa privada antecedeu e antecipou, assim, a criação do ensino industrial de iniciativa pública, que a integrou aquando da sua criação por decreto de 30 de Dezembro de 1852[3].
A criação do ensino industrial público em Portugal enquadra-se no impulso dado à instrução técnica, nos domínios agrícola e industrial, durante o período da Regeneração (1851-1868). Na perspectiva de regeneradores e liberais, como António Fontes Pereira de Melo ou Rodrigo da Fonseca Magalhães, e de acordo com o modelo de desenvolvimento liberal, o processo de industrialização português seria concretizado com base em duas condições essenciais, o desenvolvimento das vias de comunicação e a implementação do ensino técnico, ou seja, a difusão do conhecimento técnico de base científica. Sendo este último "verdadeiramente experimental e adequado às necessidades fabris" era "o pré-requisito da criação de riqueza"[4] uma vez que permitiria aperfeiçoar a produção e reduzir o seu custo, contribuindo para a capacidade concorrencial dos produtos industriais portugueses no mercado europeu. Apesar da importância dada à implementação do ensino técnico, tornava-se evidente, nos decretos que o criam e o reformam entre as décadas de 50 e 60, que a sua constituição estava condicionada "às dificuldades financeiras", as quais configuram um "mecanismo desculpabilizador da estrutura pouco ambiciosa que se vier a implementar no âmbito do ensino industrial", nomeadamente a incapacidade de o generalizar até à década de 80 do século XIX e a sua concentração inicial em Lisboa e no Porto[5].
A instrução industrial era organizada em três graus, elementar, secundário e complementar, baseados num plano de estudos com nove cadeiras, respectivamente distribuídas pelos graus e cursos como assinalado à frente[6]. Na capital era instituído o Instituto Industrial de Lisboa[7].
À criação do ensino industrial correspondeu uma tentativa de profissionalização do mercado de trabalho industrial, determinando que, passados três anos da criação, fosse exigido aos operários, em funções nas obras públicas, a apresentação de carta de curso, não podendo ser admitidos sem as mesmas[8][9]. Segundo Silvestre Ribeiro, esta disposição não terá sido totalmente cumprida nas primeiras décadas[10], o que se explica pela lenta implementação do ensino industrial resultante quer do limitado financiamento disponível, quer da dificuldade na contratação dos primeiros quadros docentes e auxiliares, por exemplo, no Instituto Industrial de Lisboa[11].
A inauguração da Escola Industrial do Porto realizou-se na "aula de física da Academia Politécnica" em 27 de Março de 1854[12]. Uma vez serem necessárias intervenções no edifício daquela Academia para aí se instalarem as aulas da Escola, foi contratada a instalação temporária das aulas na sede da Associação Industrial do Porto, no Palácio da Bolsa, "a fim de que nas suas aulas se pudessem professar os cursos livres da escola"[12]. A mesma circunstância ditou que apenas fossem abertos cursos livres no ano lectivo de 1854-1855 como alternativa temporária aos cursos regulares, sendo os primeiros também instituídos no Instituto Industrial de Lisboa. Na Escola Industrial do Porto foram inaugurados em 1 de Março de 1854 com a duração de três meses, sendo os cursos regulares abertos no ano lectivo seguinte[13].
Uma vez instaladas as aulas da Escola no edifício da Academia Politécnica do Porto, em data não especificada por Silvestre Ribeiro, onde, igualmente, se encontrava o Colégio dos Meninos Órfãos, o diretor da Escola Industrial representou ao poder municipal no sentido de ser estabelecida a condição de internato para que aqueles jovens, frequentando as aulas da Escola, se habilitassem "para exercer profissões adequadas às suas peculiares circunstâncias". Em 1861, o Governador Civil do Porto era ordenado a reunir as condições para a concretização daquela proposta[14]. Adotamos esta data como certa para o estabelecimento da Escola Industrial no edifício da Academia Politécnica, apesar de José Silvestre Ribeiro mencionar a criação, em 1864, de uma comissão para um plano definitivo nas obras daquele edifício.
Conquanto, em 1855, a conclusão sobre o aproveitamento e utilidade da Escola fosse positiva, considerando que a instituição havia "produzido já mais vantagens do que poderia esperar-se em tão pouco tempo de existência", o diretor interino não deixava de instar junto dos poderes públicos sobre a necessidade de se reorganizar o seu ensino colocando fim ao "estado de organização incompleta". Em particular, mencionava-se um quadro de cadeiras incompleto e, por isso, incompatível com os cursos que legalmente a Escola podia ministrar, encontrando-se por instituir as aulas "de mecânica industrial, sem a qual um grande número de cursos industriais dos mais importantes ficavam incompletos"[15].
Uma primeira proposta para a reorganização do Instituto Industrial de Lisboa e da Escola Industrial do Porto foi apresentada em 1861, sem que tenha conhecido aplicação de facto[16]. A reforma do ensino técnico industrial foi implementada três anos depois, por decreto de 20 de Dezembro, em consequência da qual a Escola Industrial adotou a designação de Instituto Industrial do Porto[17]. O currículo apresentado, semelhante ao do Instituto Industrial de Lisboa, compreendia o "ensino técnico geral" no 1.º e 2.º graus e instruía para as "diversas profissões industriais, (...) habilitando também para diferentes empregos subalternos dos serviços públicos, de obras públicas, minas, telégrafos, faróis e outros"[18]. Apresentava-se um currículo disciplinar focado nas "profissões que exigiam uma atenção especial e os sectores de actividade que se encontravam em expansão"[19].
A reforma de 1869, datada de 30 de Dezembro, abandonou a designação de graus e instituiu duas tipologias de ensino que se traduziram na oferta de cursos do Instituto: a "instrução industrial comum a todas as artes, ofícios e profissões industriais" e o "ensino especial para determinadas artes e ofícios".
A reforma de 30 de Dezembro de 1886 reorganizou o sistema de instrução industrial e comercial e alterou a designação da instituição para Instituto Industrial e Comercial do Porto, à semelhança da adotada pela instituição lisbonense[20]. A organização do ensino industrial, aplicável ao ensino comercial, manteve-se dividida em três graus, a saber, elementar, preparatório e especial (ou superior no caso do curso comercial), sendo todos ministrados pelos Institutos Industriais e Comerciais[21]. Em 3 de Fevereiro de 1888 era publicado o Regulamento respeitante aquela nova orgânica institucional[22].
Outras informações
Podiam admitir-se às matrículas alunos com uma idade mínima de 12 anos, e que obtivessem as faculdades de ler, escrever e contar, e boa saúde. A frequência das aulas podia ser realizada segundo três regimes, a saber, de aluno ordinário, que seguia o curso pela ordem estabelecida; de aluno voluntário, que não seguia o curso pela ordem estabelecida; e de aluno ouvinte registado, que frequentavam apenas determinadas cadeiras[23].
No ano letivo de 1854-1855, registaram-se 488 matrículas nos diferentes regimes de frequência dos alunos[24]. Entre a inauguração das suas aulas e o ano letivo de 1861-1862, verificou-se um aumento progressivo e estável quer do número de matrículas, quer a frequência das aulas, alcançando naquela última data 1151 matrículas e 718 alunos a frequentarem as aulas[25].
O órgão de gestão da Escola recaía sobre a direção, composta de um diretor-lente e do conselho escolar[26]. O conselho escolar subdividia-se no conselho da escola, no conselho tecnológico e no conselho fiscal[27]. A direção geral do ensino, a determinação dos compêndios, os concursos e a polícia das escolas era cometida ao conselho Diretor do ensino industrial, presidido pelo ministro das Obras Públicas, tendo por vice-presidente o diretor geral da Direção do Comércio e Indústria colocado, e por vogais os diretores das escolas[28].
Curricula
O plano de estudos da Escola Industrial do Porto de 1852 compreendia os três níveis de instrução técnica industrial com a seguinte distribuição de cadeiras[29]: no ensino elementar, a primeira, "Aritmética elementar; primeiras noções de álgebra; geometria elementar", e a segunda, "Desenho linear e de ornatos industriais", cadeiras; no ensino secundário, a terceira, "Elementos de geometria descritiva aplicada às artes", a quarta, "Noções elementares de física e química", e a quinta, "Desenho de modelos e máquinas. Primeira parte", cadeiras; e no ensino complementar, a sétima, "Química aplicada às artes", cadeira. O ensino era ministrado em regime noturno[30]. Comparativamente ao Instituto Industrial de Lisboa este plano apresenta-se mais exímio encontrando-se omissas três cadeiras do ensino complementar, a sexta, relativa à "Mecânica industrial", a oitava, relativa à "Economia e legislação industrial" e a nona cadeira de "Desenho de modelos e máquinas". Estas cadeiras eram conducentes aos cursos de diretor mecânico e diretor químico, cujas cartas de curso, em consequência, a Escola não podia passar, ao contrário do Instituto Industrial de Lisboa[31].
A Escola Industrial do Porto passava as cartas de curso, consoante a frequência nas seguintes cadeiras: "1.ª e 2.ª cadeiras, operário habilitado; 1.ª, 2ª e 5.ª cadeiras, oficial mecânico; 1.ª, 2.ª e 4.ª cadeiras com oficina de manipulações químicas, oficial químico; 1.ª, 2.ª e 4.ª cadeiras com oficina de forjar, oficial forjador; 1.ª, 2.ª e 4.ª cadeiras com oficina de fundir e moldar, oficial fundidor; 1.ª, 2.ª e 5.ª cadeiras com oficina de serrilharia e ajustamento, oficial serralheiro ajustador; 1.ª, 2.ª e 5.ª cadeiras com oficina de tornear e moldar, oficial torneiro ajustador; 1.ª, 2.ª, 3.ª e 5.ª cadeiras, oficinas; 1.ª, 2.ª e 3.ª cadeiras, mestre mecânico; e 1.ª, 2.ª, 4.ª e 7.ª cadeiras com oficina de manipulações químicas, mestre químico"[32].
A partir de 1864, a oferta curricular do Instituto Industrial do Porto concentra-se em apenas dois graus, 1.º e 2.º com a seguinte distribuição de disciplinas: no 1.º grau, a primeira, "Aritmética, álgebra e geometria elementar e desenho linear", a segunda, "Princípios de química e física e noções de mecânica", e a terceira, "Tecnologia elementar e desenho geométrico", cadeiras; no 2.º grau, a primeira cadeira descrita atrás, e a segunda, "Geometria descritiva aplicada à indústria, topografia e levantamento de plantas, e desenho de modelos e de máquinas", a terceira "Física e suas aplicações às artes, e à telegrafia e faróis", a quarta, "Química aplicada às artes, à tinturaria e estamparia", a quinta, "Mecânica industrial e sua aplicação à construção de máquinas, especialmente às de vapor, e mecânica aplicada às construções", a sexta, "Construções civis e tecnologia geral", a sétima, "Artes de minas, docimasia e metalurgia", a oitava, "Desenho arquitectónico e de ornatos", a nona, "Contabilidade, princípios de economia industrial, noções de direito comercial e administrativo e de estatística", e a décima, "Línguas francesa e inglesa", cadeiras[33]. Ao contrário da reforma de 1852, que determinava as disciplinas que constituíam cada curso, a reforma de 1864 deixava ao critério dos directores e dos conselhos escolares dos Institutos essa determinação. A oferta de curso apresentada era a seguinte: "de directores de fábricas e oficinas industriais, mestres e contra-mestres", "de conductores de obras públicas", "de conductores de minas", "de conductores de máquinas e de fogueiros", "de telegrafistas", "de mestres de obras", "de faroleiros", "de mestres químicos e tintureiros", e "de constructores de instrumentos de precisão"[33].
Pela reforma de 1869, a oferta disciplinar manteve-se praticamente inalterada, correspondendo à oferta do 2.º grau estabelecida em 1864 com a alteração pontual da designação de algumas cadeiras: "1.ª Aritmética, álgebra, geometria e trigonometria", "2.ª Geometria descritiva, aplicada à indústria, desenho de modelos e máquinas, estereotomia, topografia e levantamento de plantas", "3.ª Física e suas aplicações às artes, à telegrafia elétrica e aos faróis", "4.ª Química aplicada às artes e à indústria", "8.ª Desenho linear, arquitectónico, de ornatos e modelação" e "9.ª Princípios de economia política e industrial, noções de direito comercial e fiscal, estatística e história geral do comércio"[34].
Os cursos ministrados no Instituto Industrial do Porto eram os mesmos que no de Lisboa, à excepção do curso especial de comércio, e dos cursos de condutor de minas e mestre mineiro, que transitavam de Lisboa para o Porto: "de instrução geral para operários", "de directores de fábricas, ou oficinas industriais, mestres e contra-mestres", "de conductores de obras públicas", "de conductores de máquinas e de fogueiros", "de telegrafistas", "de mestres de obras", "de faroleiros", "de mestres químicos e tintureiros", e "de construtores de instrumentos de precisão"[34]. À semelhança da reforma de 1864, a distribuição das disciplinas ficava a cargo dos órgãos de gestão escolar.
Os cursos afetos à área do comércio apenas seriam integrados no plano de estudos do Instituto Industrial do Porto a partir de 1886, nomeadamente, o curso elementar ou preparatório, curso superior e cursos especiais de comércio[35]. A partir de então, equiparando-se a oferta curricular do Porto com a do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, o quadro de cadeiras passou a ser comum às duas instituições, com algumas excepções no caso da segunda, totalizando as 25 cadeiras no caso portuense.
Desta feita, a oferta de cursos era idêntica a ambas as instituições, compondo-se de cursos industriais elementares, para operários de diferentes ofícios e artes; cursos preparatórios para acesso aos cursos industriais especiais ou ao curso superior de comércio; os cursos especiais de "condutores de obras públicas; condutores de minas; desenhadores; diretores de fábricas; construtores de máquinas e de instrumentos de precisão; correios e telégrafos; e quaisquer outros que o governo julgue conveniente criar"[36] [37]. A estes acresciam ainda o curso superior de comércio, curso especial de verificadores de alfandega e o curso especial de cônsules[38].
Os alunos eram incumbidos de trabalhos físicos nas oficinas quando tivessem concluído as duas primeiras cadeiras respeitantes ao grau elementar da instrução industrial[39]. Quando?
A vertente prática do ensino ministrado no Instituto Industrial era assegurada por oficinas anexas, nomeadamente, de forjar; de fundir e moldar; de serrilharia e ajustamento; de tornear e modelar; e de manipulações químicas.[40] Refere José Silvestre Ribeiro que estava proposto estabelecerem-se estas oficinas nos arsenais do estado[41]. Não sendo certo o seu estabelecimento efetivo, já haviam sido efetivamente organizadas "algumas oficinas" em 1854. Ainda assim, a sua concretização prática seria objeto de reclamação em 1855, sendo a situação agravada pela existência, à altura, de "alunos habilitados, segundo a lei, para nelas se empregarem e terem exercício"[42]. Independentemente das oficinas criadas, em 1860, o governo dava ordem de encerramento para todos esses estabelecimentos com excepção da oficina de instrumentos de precisão dado não haver estabelecimento semelhante no país[43]. O ensino prático podia ainda ser complementado com o trabalho dos alunos em oficinas de fábricas portuenses com as quais o governo poderia estabelecer contrato[44].
Segundo a reforma de 1886, junto dos Institutos Industriais e Comerciais deveriam achar-se estabelecidos uma biblioteca, um laboratório químico, um gabinete de física, um laboratório mecânico, um museu, e "uma escola prática de telegrafia e laboratório eletrotécnico"[45]. O plano de organização deixava também aberta a possibilidade de se constituírem "pequenas oficinas que a experiência demonstrar serem necessárias para o ensino prático dos alunos"[46].
Plano de estudos de 1852 | ||||
Graus de ensino | Nome da Cadeira | Matérias | Livros | Professores |
Ensino
Elementar |
Primeira cadeira | Aritmética elementar; primeiras noções de álgebra; geometria elementar. | ||
Segunda
cadeira |
Desenho linear e de ornatos industriais. | |||
Ensino
Secundário |
Terceira cadeira | Elementos de geometria descritiva aplicada às artes. | ||
Quarta
cadeira |
Noções elementares de física e química. | Professor proprietário em 4 de Agosto de 1853: José de Parada e Silva Leitão[47]. | ||
Quinta
cadeira |
Desenho de modelos e máquinas. Primeira parte. | |||
Ensino Complementar | Sexta
cadeira |
Mecânica industrial. | ||
Sétima
cadeira |
Química aplicada ás artes. | Professor proprietário em 10 de Maio de 1853: Sebastião Betâmio de Almeida[48]. |
Plano de estudos de 1864 | ||||
Graus de ensino | Nome da Cadeira | Matérias | Livros | Professores |
1.º grau | Primeira cadeira | Aritmética, álgebra e geometria elementar e desenho linear. | ||
Segunda
cadeira |
Princípios de química e física e noções de mecânica. | |||
Terceira cadeira | Tecnologia elementar e desenho geométrico | |||
2.º grau | Primeira cadeira | Aritmética, álgebra e geometria elementar e desenho linear. | ||
Segunda
cadeira |
Geometria descritiva aplicada à indústria, topografia e levantamento de plantas, e desenho de modelos e de máquinas. | |||
Terceira
cadeira |
Física e suas aplicações às artes, e à telegrafia e faróis. | |||
Quarta cadeira | Química aplicada às artes, à tinturaria e estamparia. | |||
Quinta cadeira | Mecânica industrial e sua aplicação à construção de máquinas, especialmente às de vapor, e mecânica aplicada às construções. | |||
Sexta cadeira | Construções civis e tecnologia geral. | |||
Sétima cadeira | Artes de minas, docimasia e metalurgia. | |||
Oitava cadeira | Desenho arquitectónico e de ornatos. | |||
Nona cadeira | Contabilidade, princípios de economia industrial, noções de direito comercial e administrativo e de estatística. | |||
Décima cadeira | Línguas francesa e inglesa. |
Plano de estudos de 1886 | ||||
Anos | Nome da Cadeira | Matérias | Livros | Professores |
Primeira cadeira | "Rudimentos de matemática"[49] | |||
Segunda cadeira | "Rudimentos de física, de química, e de eletrotecnia"[50]. | |||
Terceira cadeira | "Rudimentos de mecânica"[50]. | |||
Quarta cadeira | "Aritmética, álgebra e geometria sintética"[50]. | |||
Quinta cadeira | "Geometria descritiva, estereotomia, e topografia"[50]. | |||
Sexta cadeira | "Trigonometria plana, princípios de geometria analítica, de álgebra superior e de calculo infinitesimal"[50]. | |||
Sétima cadeira | "Física geral e suas aplicações à indústria"[50]. | |||
Oitava cadeira | "Eletrotecnia. Telegrafia e outras applicações da eletricidade"[50]. | |||
Nona cadeira | "Química mineral e orgânica"[50]. | |||
Décima cadeira | "Tecnologia química (cerâmica, tinturaria, estamparia e outras aplicações da química); matérias primas de origem mineral e suas transformações; caracteres físicos e químicos dessas mercadorias, seu valor comercial, suas falsificações e meios práticos de as reconhecer"[50]. | |||
Décima primeira cadeira | "Zoologia e botânica elementares e higiene das industrias"[50]. | |||
Décima segunda cadeira | "Mecânica geral e sua aplicação às máquinas"[50]. | |||
Décima terceira cadeira | "Materiais de construção. Processos geraes de construção. Resistência de materiais e estabilidade de construções"[50]. | |||
Décima quarta cadeira | "Estradas. Caminhos de ferro. Rios e canais. Portos"[50]. | |||
Décima quinta cadeira | "Mineralogia e geologia"[50]. | |||
Décima sexta cadeira | "Arte de minas e metalurgia"[50]. | |||
Décima sétima cadeira | "Desenho linear, de figura, ornato, paisagem do natural e modelação"[50]. | |||
Décima oitava cadeira | "Desenho de máquinas, construção de peças elementares e respectiva tecnologia"[50]. | |||
Décima nona cadeira | "Desenho arquitetónico e topográfico. Cortes e plantas de minas"[51]. | |||
Vigésima cadeira | "Geografia geral, historia elementar e geografia comercial"[51]. | |||
Vigésima primeira cadeira | "Economia politica, princípios de direito administrativo e legislação industrial"[51]. | |||
Vigésima segunda cadeira | "Contabilidade geral e operações comerciais"[51]. | |||
Vigésima terceira cadeira | Língua francesa[51]. | |||
Vigésima quarta cadeira | Língua inglesa[51]. | |||
Vigésima quinta cadeira | Língua alemã[51]. |
Notas
- ↑ Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 239-240.
- ↑ Para uma síntese do currículo instituído na Escola Industrial Portuense da Associação Industrial Portuense e o número de alunos inscritos no ano lectivo de 1852-1853 vide Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 240 e Sousa, Fernando de, e Jorge Fernandes Alves. A Associação Industrial Portuense. Para a História do Associativismo Empresarial. Porto: A.I.P., 1996.
- ↑ Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 88.
- ↑ Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 91.
- ↑ Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 92-93.
- ↑ Ribeiro, 7:347-348.
- ↑ Veja-se para a relação entre a Escola Industrial do Porto e o Instituto Industrial de Lisboa preconizada no Regulamento provisório de ambas as instituições, datado de 1853, Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:106.
- ↑ Ribeiro, 7:381.
- ↑ Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 116.
- ↑ Ribeiro, 7:381.
- ↑ Ribeiro, 7:352.
- ↑ 12,0 12,1 Ribeiro, 12:168.
- ↑ Ribeiro, 12:169.
- ↑ Ribeiro, 12:171.
- ↑ Ribeiro, 12:170.
- ↑ Uma descrição sumária de algumas alterações pensadas na proposta de reforma de 1861 pode ser consultada em Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 13:241-242.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 12:172.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 13:244.
- ↑ Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 101.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:332.
- ↑ Ribeiro, 17:333.
- ↑ Ribeiro, 17:514.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:350.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 12:169.
- ↑ Ribeiro, 12:172.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:105.
- ↑ Ribeiro, 7:354.
- ↑ Ribeiro, 7:350.
- ↑ Decreto de 30 de Dezembro de 1852, Diário do Governo, no. 1, 1 de Janeiro de 1853, 5.
- ↑ Ribeiro, 7:351.
- ↑ Ribeiro, 7:348.
- ↑ Ribeiro, 7:348.
- ↑ 33,0 33,1 Decreto de 20 de Dezembro de 1864, Diário do Governo, no. 1, 2 de Janeiro de 1865, 6.
- ↑ 34,0 34,1 Decreto de 30 de Dezembro de 1869, Diário do Governo, no. 1, 3 de Janeiro de 1870, 9.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:333.
- ↑ Ribeiro, 17:335.
- ↑ A distribuição das cadeiras pelos respectivos cursos a que estavam afetas pode ser consultada em Ribeiro, 17:402-411.
- ↑ Ribeiro, 17:336.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:350.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:348-349.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 12:170.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:357.
- ↑ Ribeiro, 7:105.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:338.
- ↑ Ribeiro, 17:339.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 12:167.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 12:167.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:334.
- ↑ 50,00 50,01 50,02 50,03 50,04 50,05 50,06 50,07 50,08 50,09 50,10 50,11 50,12 50,13 50,14 50,15 50,16 Ribeiro, 17:334.
- ↑ 51,0 51,1 51,2 51,3 51,4 51,5 51,6 Ribeiro, 17:335.
Fontes
Decreto de 20 de Dezembro de 1864, Diário do Governo, no. 1, 2 de Janeiro de 1865, 5-7.
Decreto de 30 de Dezembro de 1852, Diário do Governo, no. 1, 1 de Janeiro de 1853, 5.
Decreto de 30 de Dezembro de 1869, Diário do Governo, no. 1, 3 de Janeiro de 1870, 8-10.
Bibliografia
Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 3. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1873.
Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 7. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1878. Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 12. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1884.
Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 13. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1885.
Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 17. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1892.
Ligações Internas
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Ligações Externas
Autor(es) do artigo
João de Almeida Barata
https://orcid.org/0000-0001-9048-0447
Financiamento
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
Apoio especial “Verão com Ciência 2022” da UID 4666 – CHAM — Centro de Humanidades, financiado por fundos nacionais através da FCT/MCTES (PIDDAC)
DOI
https://doi.org/10.34619/5jaw-hxw0
Citar este artigo
Almeida Barata, João de. "Escola Industrial do Porto", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, {{{year}}} 2022. Consultado a 28 de setembro de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Escola_Industrial_do_Porto. DOI: https://doi.org/10.34619/5jaw-hxw0