Carlos Mardel

Fonte: eViterbo
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Carlos Mardel
Nome completo Carlos Mardel
Outras Grafias valor desconhecido
Pai valor desconhecido
Mãe valor desconhecido
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) Guilherme, José Mardel, Maria Joaquina, Francisca Xavier, Leonor
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 1695
Morte 8 setembro 1763
Sexo Masculino
Religião valor desconhecido


Biografia

Dados biográficos

Volkmar Machado afirma que Carlos Mardel é oriundo da Hungria. Sousa Viterbo, no entanto, escreve que essa "tradição acceita ainda hoje na familia, o que julgamos, se nao destituida em absoluto da verdade, pelo menos sujeita a um coeficiente de correcção"[1]. Indica, ao invés, que talvez seja francês. Sabemos hoje que a informação de Volkmar estava correcta.

Sousa Viterbo aponta-o como natural ou residente em Montpellier, baseando-se no facto de conhecer famílias daí.

Carreira

Chega a Portugal em 1733 com patente de capitão engenheiro. Serve como coronel até 1763.

Recebe rendimentos como arquitecto das Águas Livres "(seu primeiro logar)", da Casa das Obras, do almoxarifado do sal de Setúbal.

Nomeado, a 22 de fevereiro de 1747, arquitecto dos paços reais (da Ribeira, Sintra, Salvaterra e Almeirim) e do convento da Batalha após a morte de Custódio Vieira.

Arquitecto das três Ordens Militares.

Medidor das obras das fortalezas da barra.

Arquitecto do Sereníssimo Estado de Bragança.

Um dos últimos arquitectos do paço de Salvaterra, mandado destruir a 25 de outubro de 1792[2].

Deu também risco para as obras do Real Colégio de S. Paulo, em Coimbra, com parecer dado a 13 de agosto de 1752, elogiando o mestre de obras Gaspar Ferreira[3].

Outras informações

Obras

  • Obras referidas por Sousa Viterbo:
  • Palácio de Salvaterra, o Convento de S. Domingos, o Colégio dos Nobres, o palácio do marquês de Pombal em Oeiras, o chafariz da Rua Formosa e o da Esperança, o convento de S. João Nepomuceno, a sua casa em Santa Isabel e o risco para o palácio de D. José em Campo de Ourique[4].

Notas

  1. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol III, 367-377
  2. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol II, 132-135
  3. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol II, 457-460
  4. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol II, 132-135

Fontes

Bibliografia

  • Ataíde, Manuel Maia. “O Aqueduto das Águas Livres. Descrição e alguns comentários técnicos a propósito” In D.João V e o abastecimento de água a Lisboa. vol. 1, dirigido por Irisalva Moita. Lisboa: CML, 1990. 101-108.
  • Calado, Maria Margarida Teixeira Barradas. “Urbanismo e poder no Portugal do século XVIII” In Lisboa Iluminista e o Seu Tempo, A Evolução do Urbanismo da Cidade de Lisboa, Modelos Urbanísticos Reticulares em Portugal, Modelos Urbanísticos Reticulares na Europa e no Ultramar. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1997. 171-191.
  • Carvalho, Ayres de. D. João V e a Arte do seu Tempo. 2 vols. Lisboa: ed. do autor, 1960-62.
  • Moita, Irisalva, (dir.). Catálogo D. João V e o Abastecimento de Água a Lisboa. 2 vols. Lisboa: CML, 1990.
  • Pereira, José Fernandes. Arquitectura Barroca em Portugal. Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1986.
  • Pereira, Paulo (dir.). História da Arte em Portugal. vol. III. Lisboa: Círculo de Leitores, 1995.
  • Rossa, Walter. “Águas Livres, Aqueduto das” In Dicionário da Arte Barroca em Portugal, dirigido por José Fernandes Pereira e coordenado por Paulo Pereira. Lisboa: Editorial Presença, 1989. 19-21.
  • Rossa, Walter. Além da Baixa, Indícios de planeamento urbano na Lisboa Setecentista. Lisboa: Ministério da Cultura/Instituto Português do Património Arquitectónico, 1998.
  • Viterbo, Francisco de Sousa. Carlos Mardel : novos apontamentos para a sua biographia. Lisboa: Typographia do Commercio, 1909.
  • Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol II. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904.
  • Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol III. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922.

Ligações Externas


Autor(es) do artigo

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

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