Artur de Sousa Bual: diferenças entre revisões

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===Dados biográficos=== <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
===Dados biográficos=== <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
Artur Henriques de Sousa Bual, também conhecido pelo nome de Henrique de Castro de Souza Bual, nasceu a 28 de Maio de 1872 na freguesia São Pedro de Torres Novas, distrito de Santarém. Era filho legítimo de João Vieira Bual<ref name=":0">Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais, Caixa 769_1_A_B, Artur de Sousa Bual, "Processo individual de Arthur de Sousa Bual".</ref>, amanuense - escrivão e tabelião  em Torres Novas<ref name=":1">Vasconcelos, António L.T.C. Pestana de, ''Costados Alentejanos,'' Vol. 1 (Évora: Edição do Autor, 1999), Arv. nº 52.</ref> -, natural da freguesia da Barquinha, e de Dona Amélia Augusta Sousa Duque Bual, natural do lugar de Carvalhal da Aroeira da freguesia de Torres Novas. Era neto paterno de Bernardino Vieira Bual e de Maria Helena e materno de Roberto Ferreira de Sousa e de Brígida Germana da Luz Duque<ref>Arquivo Distrital de Santarém, Torres Novas, Paróquia de Torres Novas, Baptismos 1867-05-01/1873-12-23, fl. 137v-138, nº 24.</ref>.  
Artur Henrique de Sousa Bual, também conhecido pelo nome de Henrique de Castro de Souza Bual, nasceu a 28 de Maio de 1872 na freguesia São Pedro de Torres Novas, distrito de Santarém. Era filho legítimo de João Vieira Bual<ref name=":0">Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais, Caixa 769_1_A_B, Artur de Sousa Bual, "Processo individual de Arthur de Sousa Bual".</ref>, amanuense - escrivão e tabelião  em Torres Novas<ref name=":1">Vasconcelos, António L.T.C. Pestana de, ''Costados Alentejanos,'' Vol. 1 (Évora: Edição do Autor, 1999), Arv. nº 52.</ref> -, natural da freguesia da Barquinha, e de Dona Amélia Augusta Sousa Duque Bual, natural do lugar de Carvalhal da Aroeira da freguesia de Torres Novas. Era neto paterno de Bernardino Vieira Bual e de Maria Helena e materno de Roberto Ferreira de Sousa e de Brígida Germana da Luz Duque<ref>Arquivo Distrital de Santarém, Torres Novas, Paróquia de Torres Novas, Baptismos 1867-05-01/1873-12-23, fl. 137v-138, nº 24.</ref>.  


A 17 de Janeiro de 1903 casou na freguesia de Santa Isabel, Lisboa, com Gertrudes Alice Vidal da Silveira de 21 anos, solteira, nessa freguesia residente, natural e baptizada na freguesia de Santa Iria da cidade de Santarém. Esta, era filha legítima de António Lourenço da Silveira, natural de Alpiarça, e de Dona Guilhermina Vidal da Silveira, natural de Santa Iria. Artur Bual era, então, engenheiro, solteiro, de 30 anos, residente em Santa Maria de Torres Novas<ref>Arquivo Nacional Torre do Tombo, Lisboa, Paróquia de Santa Isabel, Casamentos 1903, fl. 12v-13, nº 12.</ref>.
A 17 de Janeiro de 1903 casou na freguesia de Santa Isabel, Lisboa, com Gertrudes Alice Vidal da Silveira de 21 anos, solteira, nessa freguesia residente, natural e baptizada na freguesia de Santa Iria da cidade de Santarém. Esta, era filha legítima de António Lourenço da Silveira, natural de Alpiarça, e de Dona Guilhermina Vidal da Silveira, natural de Santa Iria. Artur Bual era, então, engenheiro, solteiro, de 30 anos, residente em Santa Maria de Torres Novas<ref>Arquivo Nacional Torre do Tombo, Lisboa, Paróquia de Santa Isabel, Casamentos 1903, fl. 12v-13, nº 12.</ref>.
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A 28 de Dezembro de 1899 foi nomeado "''ajudante, aspirante ou auxiliar'' ", em serviço destacado, de estudo e construção dos Caminhos-de-Ferro do Estado<ref name=":2">"Relação do pessoal do corpo de Engenharia Civil e seus auxiliares (...). Engenheiros subalternos de 2ª classe", ''Diário do Governo'' nº 17, de 23 de Janeiro de 1906, 278.</ref>, mais propriamente na Direcção dos Caminhos-de-Ferro do Sul e Sueste<ref>"Relação do pessoal do corpo de Engenharia Civil e seus auxiliares (...). Engenheiros subalternos de 2ª classe", ''Diário do Governo'' nº 18, de 23 de Janeiro de 1907, 238.</ref>. Em Decreto de 27 de Novembro de 1902 foi nomeado engenheiro (civil) ajudante da Secção de Obras Públicas do Corpo de Engenharia Civil<ref name=":2" /><ref>"Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas", Decreto de 27 de Novembro de 1902, ''Diário do Governo'' nº 279, de 9 de Dezembro de 1902, 4016.</ref><ref>"Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas", Decreto de 27 de Novembro de 1902, ''Diário do Governo'' nº 1, de 2 de Janeiro de 1903, 8.</ref>, foi destacado para exercer o lugar de chefe do movimento nos Caminhos-de-Ferro do Minho e Douro em Dezembro do mesmo ano<ref>"Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas", Despacho de 3 de Dezembro de 1902, ''Diário do Governo'' nº 279, de 10 de Dezembro de 1902, 4026.</ref> e passou à situação de disponibilidade em Dezembro de 1903<ref>"Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas. Dezembro 17", ''Diário do Governo'' nº 288, de 22 de Dezembro de 1903, 4278.</ref>. Em 31 de Dezembro de 1903 passou a serviço de destacado<ref>"Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas", ''Diário do Governo'' nº 77, de 9 de Abril de 1904, 1290.</ref>. A 11 de Fevereiro de 1905 foi promovido a engenheiro subalterno de 2ª classe<ref>"Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas", Decreto de 11 de Fevereiro de 1905, ''Diário do Governo'' nº 49, de 1 de Março de 1905, 741.</ref>, em serviço destacado, da Direcção dos Caminhos-de-Ferro do Sul e Sueste, no serviço de estudo e construção, que exerceu até pelo menos 1910<ref>"Relação do pessoal do corpo de Engenharia Civil e seus auxiliares (...). Engenheiros subalternos de 2ª classe", ''Diário do Governo'' nº 20 de 27 de Janeiro de 1910, 302.</ref>.     
A 28 de Dezembro de 1899 foi nomeado "''ajudante, aspirante ou auxiliar'' ", em serviço destacado, de estudo e construção dos Caminhos-de-Ferro do Estado<ref name=":2">"Relação do pessoal do corpo de Engenharia Civil e seus auxiliares (...). Engenheiros subalternos de 2ª classe", ''Diário do Governo'' nº 17, de 23 de Janeiro de 1906, 278.</ref>, mais propriamente na Direcção dos Caminhos-de-Ferro do Sul e Sueste<ref>"Relação do pessoal do corpo de Engenharia Civil e seus auxiliares (...). Engenheiros subalternos de 2ª classe", ''Diário do Governo'' nº 18, de 23 de Janeiro de 1907, 238.</ref>. Em Decreto de 27 de Novembro de 1902 foi nomeado engenheiro (civil) ajudante da Secção de Obras Públicas do Corpo de Engenharia Civil<ref name=":2" /><ref>"Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas", Decreto de 27 de Novembro de 1902, ''Diário do Governo'' nº 279, de 9 de Dezembro de 1902, 4016.</ref><ref>"Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas", Decreto de 27 de Novembro de 1902, ''Diário do Governo'' nº 1, de 2 de Janeiro de 1903, 8.</ref>, foi destacado para exercer o lugar de chefe do movimento nos Caminhos-de-Ferro do Minho e Douro em Dezembro do mesmo ano<ref>"Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas", Despacho de 3 de Dezembro de 1902, ''Diário do Governo'' nº 279, de 10 de Dezembro de 1902, 4026.</ref> e passou à situação de disponibilidade em Dezembro de 1903<ref>"Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas. Dezembro 17", ''Diário do Governo'' nº 288, de 22 de Dezembro de 1903, 4278.</ref>. Em 31 de Dezembro de 1903 passou a serviço de destacado<ref>"Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas", ''Diário do Governo'' nº 77, de 9 de Abril de 1904, 1290.</ref>. A 11 de Fevereiro de 1905 foi promovido a engenheiro subalterno de 2ª classe<ref>"Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas", Decreto de 11 de Fevereiro de 1905, ''Diário do Governo'' nº 49, de 1 de Março de 1905, 741.</ref>, em serviço destacado, da Direcção dos Caminhos-de-Ferro do Sul e Sueste, no serviço de estudo e construção, que exerceu até pelo menos 1910<ref>"Relação do pessoal do corpo de Engenharia Civil e seus auxiliares (...). Engenheiros subalternos de 2ª classe", ''Diário do Governo'' nº 20 de 27 de Janeiro de 1910, 302.</ref>.     


Em Julho de 1912 era adjunto da Direcção da Exploração do porto de Lisboa<ref>"Engenheiros subalternos de 2ª classe", ''Diário da República'' nº 37, de 15 de Fevereiro de 1913, 584.</ref> e em Setembro do mesmo ano foi incumbido de participar no estudo do local e execução do projecto de construção de um porto franco em Lisboa<ref>"Direcção das Obras Publicas e Minas", Artigo 1º, Lei de 12 de Junho de 1913, ''Diário da República'' nº 225, de 25 de Setembro de 1913, 3619.</ref>.
Em Julho de 1912 era adjunto da Direcção da Exploração do porto de Lisboa<ref>"Engenheiros subalternos de 2ª classe", ''Diário do Governo'' nº 176, de 29 de Julho de 1912, 2690.</ref><ref>"Engenheiros subalternos de 2ª classe", ''Diário da República'' nº 37, de 15 de Fevereiro de 1913, 584.</ref> e em Setembro do mesmo ano foi incumbido de participar no estudo do local e execução do projecto de construção de um porto franco em Lisboa<ref>"Direcção das Obras Publicas e Minas", Artigo 1º, Lei de 12 de Junho de 1913, ''Diário da República'' nº 225, de 25 de Setembro de 1913, 3619.</ref>.


'''"Engenheiros subalternos de 2ª classe", ''Diário do Governo'' nº 176, de 29 de Julho de 1912, 2690.'''
'''"Engenheiros subalternos de 2ª classe", ''Diário do Governo'' nº 176, de 29 de Julho de 1912, 2690.'''
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===Outras informações=== <!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
===Outras informações=== <!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
Artur Henriques de Sousa Bual foi publicista e poeta<ref name=":1" />.  
Artur Henriques de Sousa Bual foi publicista e poeta<ref name=":1" />, e praticante de esgrima<ref>"Pró-esgrima. Em favor da nobre arte das armas", ''Os Sports Ilustrados'' nº 35, de 11 de Fevereiro de 1911, [1].</ref>.  


==Obras== <!-- Incluí projectos não realizados mas sobre os quais tenhamos informação. Pode incluir informação que não sendo segura, pode ser atribuída; por exemplo: uma determinada obra sobre a qual haja informação de que deve ser atribuída a x pessoa, não deve ser acrescentada na info-box, mas deve constar aqui-->
==Obras== <!-- Incluí projectos não realizados mas sobre os quais tenhamos informação. Pode incluir informação que não sendo segura, pode ser atribuída; por exemplo: uma determinada obra sobre a qual haja informação de que deve ser atribuída a x pessoa, não deve ser acrescentada na info-box, mas deve constar aqui-->
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''Diário do Governo'' nº 20 de 27 de Janeiro de 1910.
''Diário do Governo'' nº 20 de 27 de Janeiro de 1910.
''Diário do Governo'' nº 176, de 29 de Julho de 1912.


''Diário da República'' nº 225, de 25 de Setembro de 1913.
''Diário da República'' nº 225, de 25 de Setembro de 1913.


''Diário da República'' nº 37, de 15 de Fevereiro de 1913, 584.
''Diário da República'' nº 37, de 15 de Fevereiro de 1913.
 
''Os Sports Ilustrados'' nº 35, de 11 de Fevereiro de 1911.


==Bibliografia== <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
==Bibliografia== <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->

Revisão das 23h40min de 28 de dezembro de 2022


Artur de Sousa Bual
Nome completo Artur Henriques de Sousa Bual
Outras Grafias Arthur de Castro de Souza Bual, Henrique de Castro de Souza Bual, Arthur Henrique de Souza Bual
Pai João Vieira Bual
Mãe Amélia Augusta de Sousa Duque Bual
Cônjuge Gertrudes Alice Vidal da Silveira
Filho(s) Maria Amélia de Sousa Bual, Vasco Manuel da Silveira de Sousa Bual, Maria Luísa da Silveira de Sousa Bual, Maria Helena da Silveira de Sousa Bual, António de Sousa Bual
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 28 maio 1872
Torres Novas, Santarém, Portugal
Morte 13 março 1921
Lisboa, Portugal
Sexo Masculino
Religião valor desconhecido
Residência
Residência Luanda, Luanda, Angola
Data Início: 1898
Fim: 1902

Residência Torres Novas, Santarém, Portugal
Data Início: 28 de maio de 1872

Residência Lisboa, Portugal
Data Fim: 13 de março de 1921
Formação
Formação Desenho
Data Início: 1884
Fim: 1885
Local de Formação Torres Novas, Santarém, Portugal

Formação Engenharia civil
Data Início: 11 de outubro de 1895
Fim: 11 de outubro de 1898
Local de Formação Lisboa, Lisboa, Portugal
Postos
Posto Sargento
Data Início: 1895
Fim: 1898
Arma Infantaria

Posto Alferes
Data Início: 28 de agosto de 1907
Arma Engenharia
Cargos
Cargo Engenheiro auxiliar
Data Início: novembro de 1898
Fim: fevereiro de 1900

Cargo Engenheiro auxiliar
Data Início: 28 de dezembro de 1899
Fim: 27 de novembro de 1902

Cargo Engenheiro auxiliar
Data Início: 27 de novembro de 1902
Fim: dezembro de 1902

Cargo Engenheiro auxiliar
Data Início: dezembro de 1902
Fim: dezembro de 1903

Cargo Engenheiro de 2ª Classe
Data Início: 11 de fevereiro de 1905

Cargo Sub-director
Data Início: 1907
Actividade
Actividade Projeto de Infraestrutura
Data Início: dezembro de 1902
Fim: dezembro de 1903
Local de Actividade Minho, Portugal

Actividade Projeto de Infraestrutura
Data Início: setembro de 1912
Local de Actividade Lisboa, Lisboa, Portugal


Biografia

Dados biográficos

Artur Henrique de Sousa Bual, também conhecido pelo nome de Henrique de Castro de Souza Bual, nasceu a 28 de Maio de 1872 na freguesia São Pedro de Torres Novas, distrito de Santarém. Era filho legítimo de João Vieira Bual[1], amanuense - escrivão e tabelião em Torres Novas[2] -, natural da freguesia da Barquinha, e de Dona Amélia Augusta Sousa Duque Bual, natural do lugar de Carvalhal da Aroeira da freguesia de Torres Novas. Era neto paterno de Bernardino Vieira Bual e de Maria Helena e materno de Roberto Ferreira de Sousa e de Brígida Germana da Luz Duque[3].

A 17 de Janeiro de 1903 casou na freguesia de Santa Isabel, Lisboa, com Gertrudes Alice Vidal da Silveira de 21 anos, solteira, nessa freguesia residente, natural e baptizada na freguesia de Santa Iria da cidade de Santarém. Esta, era filha legítima de António Lourenço da Silveira, natural de Alpiarça, e de Dona Guilhermina Vidal da Silveira, natural de Santa Iria. Artur Bual era, então, engenheiro, solteiro, de 30 anos, residente em Santa Maria de Torres Novas[4].

Teve pelo menos 5 filhos: Maria Amélia de Sousa Bual; António de Sousa Bual; Vasco Manuel da Silveira de Sousa Bual, que casou com Clarisse Perdigão Garcia da Costa; Maria Luísa da Silveira de Sousa Bual; e Maria Helena da Silveira de Sousa Bual[5][2].

Artur faleceu a 13 de Março de 1921 em Lisboa, sendo substituído no seu cargo (desconhecido) pelo Engenheiro José Ribeiro de Almeida[6].

Carreira

No ano lectivo de 1885 a 1885 frequentou o Curso de Desenho Industrial, Geométrico e de Ornato na Escola de Desenho Industrial Victorino Damásio em Torres Novas[7].

Frequentou o Curso de Engenharia Civil e de Minas, na Escola do Exército, de 1895 a 1898, onde obteve prémios honoríficos. Por exemplo, no 2º ano, primeiro sargento graduado cadete, recebeu o segundo prémio honorífico[8] e no 3º ano o terceiro prémio honorífico[9].


Em Novembro de 1898, foi nomeado condutor de 1º classe das Obras Públicas de Angola, cargo que não aceitou por preferir outras atividades relacionadas com engenharia. Esse lugar é ocupado por Manuel Ferreira Carmo. No mesmo mês, Artur foi nomeado engenheiro auxiliar do quadro das Obras Públicas de Angola. Regressou à metrópole de Janeiro a Maio de 1899. Quando chegou a Angola, requereu 3 meses de licença de paternidade sem vencimento, regressando novamente à metrópole em Junho do mesmo ano. Foi exonerado em Fevereiro de 1900[1].

Após essa data, continuou a trabalhar em Portugal como engenheiro[10].

A 28 de Dezembro de 1899 foi nomeado "ajudante, aspirante ou auxiliar ", em serviço destacado, de estudo e construção dos Caminhos-de-Ferro do Estado[11], mais propriamente na Direcção dos Caminhos-de-Ferro do Sul e Sueste[12]. Em Decreto de 27 de Novembro de 1902 foi nomeado engenheiro (civil) ajudante da Secção de Obras Públicas do Corpo de Engenharia Civil[11][13][14], foi destacado para exercer o lugar de chefe do movimento nos Caminhos-de-Ferro do Minho e Douro em Dezembro do mesmo ano[15] e passou à situação de disponibilidade em Dezembro de 1903[16]. Em 31 de Dezembro de 1903 passou a serviço de destacado[17]. A 11 de Fevereiro de 1905 foi promovido a engenheiro subalterno de 2ª classe[18], em serviço destacado, da Direcção dos Caminhos-de-Ferro do Sul e Sueste, no serviço de estudo e construção, que exerceu até pelo menos 1910[19].

Em Julho de 1912 era adjunto da Direcção da Exploração do porto de Lisboa[20][21] e em Setembro do mesmo ano foi incumbido de participar no estudo do local e execução do projecto de construção de um porto franco em Lisboa[22].

"Engenheiros subalternos de 2ª classe", Diário do Governo nº 176, de 29 de Julho de 1912, 2690.




"Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas", Despacho de 3 de Dezembro de 1902, Diário do Governo nº 279, de 10 de Dezembro de 1902, 4026.


Outras informações

Artur Henriques de Sousa Bual foi publicista e poeta[2], e praticante de esgrima[23].

Obras

Notas

  1. 1,0 1,1 Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais, Caixa 769_1_A_B, Artur de Sousa Bual, "Processo individual de Arthur de Sousa Bual".
  2. 2,0 2,1 2,2 Vasconcelos, António L.T.C. Pestana de, Costados Alentejanos, Vol. 1 (Évora: Edição do Autor, 1999), Arv. nº 52.
  3. Arquivo Distrital de Santarém, Torres Novas, Paróquia de Torres Novas, Baptismos 1867-05-01/1873-12-23, fl. 137v-138, nº 24.
  4. Arquivo Nacional Torre do Tombo, Lisboa, Paróquia de Santa Isabel, Casamentos 1903, fl. 12v-13, nº 12.
  5. De acordo com o site Geneall.
  6. Arquivo Histórico Militar, AHM/100/SIL, “Listagem Antigos Alunos Da Academia de Fortificação, Escola Do Exército, Escola de Guerra, Escola Militar”. 1790-1940.
  7. "Alumnos premiados no anno de 1884 a 1885 - Escola de desenho industrial «Victorino Damasio» em Torres Novas", Diário do Governo nº 137 de 19 de Junho de 1886, 1628.
  8. "Relação dos alumnos da escola do exercito (...) - Curso de engenharia civil e de minas", Diário do Governo nº 181, de 16 de Agosto de 1897, 2242.
  9. "Curso de engenharia civil e de minas, 3º anno", Diário do Governo nº 194, de 2 de Setembro de 1898, 2360.
  10. Arquivo dos Portos de Lisboa, Setúbal e Sesimbra, Porto de Lisboa, Atas do Conselho de Administração do Porto de Lisboa, Livro n.º 12, Ata n.º 701 de 26 de Maio de 1921, alínea h).
  11. 11,0 11,1 "Relação do pessoal do corpo de Engenharia Civil e seus auxiliares (...). Engenheiros subalternos de 2ª classe", Diário do Governo nº 17, de 23 de Janeiro de 1906, 278.
  12. "Relação do pessoal do corpo de Engenharia Civil e seus auxiliares (...). Engenheiros subalternos de 2ª classe", Diário do Governo nº 18, de 23 de Janeiro de 1907, 238.
  13. "Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas", Decreto de 27 de Novembro de 1902, Diário do Governo nº 279, de 9 de Dezembro de 1902, 4016.
  14. "Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas", Decreto de 27 de Novembro de 1902, Diário do Governo nº 1, de 2 de Janeiro de 1903, 8.
  15. "Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas", Despacho de 3 de Dezembro de 1902, Diário do Governo nº 279, de 10 de Dezembro de 1902, 4026.
  16. "Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas. Dezembro 17", Diário do Governo nº 288, de 22 de Dezembro de 1903, 4278.
  17. "Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas", Diário do Governo nº 77, de 9 de Abril de 1904, 1290.
  18. "Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Direcção das Obras Publicas e Minas", Decreto de 11 de Fevereiro de 1905, Diário do Governo nº 49, de 1 de Março de 1905, 741.
  19. "Relação do pessoal do corpo de Engenharia Civil e seus auxiliares (...). Engenheiros subalternos de 2ª classe", Diário do Governo nº 20 de 27 de Janeiro de 1910, 302.
  20. "Engenheiros subalternos de 2ª classe", Diário do Governo nº 176, de 29 de Julho de 1912, 2690.
  21. "Engenheiros subalternos de 2ª classe", Diário da República nº 37, de 15 de Fevereiro de 1913, 584.
  22. "Direcção das Obras Publicas e Minas", Artigo 1º, Lei de 12 de Junho de 1913, Diário da República nº 225, de 25 de Setembro de 1913, 3619.
  23. "Pró-esgrima. Em favor da nobre arte das armas", Os Sports Ilustrados nº 35, de 11 de Fevereiro de 1911, [1].

Fontes

Arquivo Distrital de Santarém, Torres Novas, Paróquia de Torres Novas, Baptismos 1867-05-01/1873-12-23.

Arquivo Nacional Torre do Tombo, Lisboa, Paróquia de Santa Isabel, Casamentos 1903.

Arquivo dos Portos de Lisboa, Setúbal e Sesimbra, Porto de Lisboa, Atas do Conselho de Administração do Porto de Lisboa, Livro n.º 12, Ata n.º 701 de 26 de Maio de 1921.

Arquivo Histórico Militar, AHM/100/SIL, 1790-1940. “Listagem Antigos Alunos Da Academia de Fortificação, Escola Do Exército, Escola de Guerra, Escola Militar”, n.d.

Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais, Caixa 769_1_A_B, Artur de Sousa Bual.

Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), 428 1N, 1893-1919, ‘Obras Públicas - Pessoal‘. Ultramar.


Diário do Governo nº 137 de 19 de Junho de 1886.

Diário do Governo nº 181, de 16 de Agosto de 1897.

Diário do Governo nº 194, de 2 de Setembro de 1898.

Diário do Governo nº 278, de 9 de Dezembro de 1902.

Diário do Governo nº 279, de 10 de Dezembro de 1902.

Diário do Governo nº 1, de 2 de Janeiro de 1903.

Diário do Governo nº 288, de 22 de Dezembro de 1903.

Diário do Governo nº 77, de 9 de Abril de 1904.

Diário do Governo nº 49, de 1 de Março de 1905.

Diário do Governo nº 17, de 23 de Janeiro de 1906.

Diário do Governo nº 18, de 23 de Janeiro de 1907.

Diário do Governo nº 20 de 27 de Janeiro de 1910.

Diário do Governo nº 176, de 29 de Julho de 1912.

Diário da República nº 225, de 25 de Setembro de 1913.

Diário da República nº 37, de 15 de Fevereiro de 1913.

Os Sports Ilustrados nº 35, de 11 de Fevereiro de 1911.

Bibliografia

Vasconcelos, António L.T.C. Pestana de. Costados Alentejanos. Vol. 1. Évora: Edição do Autor, 1999, Arv. nº 52.

Ligações Externas

"Artur Henriques de Sousa Bual" in Geneall.

Arquivo dos Portos de Lisboa, Setúbal e Sesimbra, Porto de Lisboa, Atas do Conselho de Administração do Porto de Lisboa, Livro n.º 12, Ata n.º 701 de 26 de Maio de 1921, alínea h).

Autor(es) do artigo

Mariana Nicolau

https://orcid.org/0000-0002-1454-1794


Sandra Osório da Silva

Departamento de História, NOVA-FSCH, Universidade Nova de Lisboa.

https://orcid.org/0000-0001-7529-5008

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

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