Aula de Artilharia de Lagos: diferenças entre revisões

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==História==<!--História geral da instituição. Este é o local para colocar toda a informação que justifica o que está na infobox e outra complementar, subdividida em períodos, se necessário-->
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A Aula de Artilharia, ou Aula Regimental de Artilharia, de Lagos foi criada em finais de 1763<ref>Botelho, ''Novos subsídios para a História'', 108.</ref>. Não sendo certa a data precisa da sua fundação, acha-se já referida no plano de estudos de Julho de 1763. A criação da Aula sucedeu à reorganização do Regimento de Artilharia de Lagos, no mesmo ano, levada a cabo por James Ferrier, tenente-coronel escocês, no seguimento da extinção do Regimento de Artilharia e Marinha do Reino do Algarve<ref>Botelho, 105; 109.</ref>.  
A Aula de Artilharia, ou Aula Regimental de Artilharia, de Lagos foi criada em finais de 1763<ref>Botelho, ''Novos subsídios para a História'', 108.</ref>. Não sendo certa a data precisa da sua fundação, acha-se já referida no plano de estudos de Julho de 1763. A criação da Aula sucedeu à reorganização do Regimento de Artilharia de Lagos, no mesmo ano, levada a cabo por James Ferrier, tenente-coronel escocês, no seguimento da extinção do Regimento de Artilharia e Marinha do Reino do Algarve<ref>Botelho, 105; 109.</ref>.  


A sua criação enquadra-se num conjunto de reformas esboçadas por Francisco Eschaumburgo-Lipas (1724-1777), conde de Lippe e Marechal do Exército português. A sua implementação decorreu ao longo da segunda metade do século XVIII com fim de modernizar e uniformizar o ensino de artilharia, anteriormente sustentado pelas Aulas de Fortificação<ref>Barata, "O Exército e o ensino superior militar", 2:1051.</ref>. Identificando a "''decadência a que nestes reinos se reduziu a teoria e a prática da artilharia''", arma considerada a "''principal força das monarquias''", bem como a necessidade de conservar os seus corpos "''com ciência e exercício''", o decreto de 30 de Julho de 1762, primeira peça legislativa do conjunto de reformas, determinava o exame e aprovação nas aulas de artilharia como condição indispensável no acesso aos regimentos e corpos da arma por parte de oficiais e soldados, ao invés da promoção por antiguidade<ref>Governo Português. "Decreto de 30 de Julho de 1762." Em ''Collecção da Legislação Portugueza'', ''Legislação de 1750 a 1762''. Lisboa: Typograpfia Maigrense, 1830, 901.</ref>.   
A sua criação enquadra-se num conjunto de reformas levadas a cabo por Francisco Eschaumburgo-Lipas (1724-1777), conde de Lippe e Marechal do Exército português. A sua implementação decorreu ao longo da segunda metade do século XVIII com fim de modernizar e uniformizar o ensino de artilharia, que se achava anteriormente institucionalizado nas Aulas de Fortificação<ref>Barata, "O Exército e o ensino superior militar", 2:1051.</ref>, de que é exemplo a [[Aula de Fortificação de Lisboa]], de [[Aula de Fortificação de Viana|Viana]], do [[Aula de Fortificação do Rio de Janeiro|Rio de Janeiro]] ou de [[Aula de Fortificação de Goa|Goa]]. Ao reconhecer a "''decadência a que nestes reinos se reduziu a teoria e a prática da artilharia''", e considerando a importância desta arma enquanto a "''principal força das monarquias''", peça fundamental da sua preservação, bem como a necessidade de conservar os seus corpos "''com ciência e exercício''", o decreto de 30 de Julho de 1762, primeira peça legislativa do conjunto de reformas, determinava o exame e aprovação nas aulas de artilharia como condição indispensável no acesso aos regimentos e corpos da arma por parte de oficiais e soldados, ao invés da promoção por antiguidade<ref>Governo Português. "Decreto de 30 de Julho de 1762." Em ''Collecção da Legislação Portugueza'', ''Legislação de 1750 a 1762''. Lisboa: Typograpfia Maigrense, 1830, 901.</ref>.   


Consentâneo com aquele decreto, o conde de Lippe procedeu à reorganização dos corpos de artilharia, reduzindo-os a "''quatro regimentos de doze companhias cada um''"<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 1:303.</ref>, a saber: Regimento de Artilharia de São Julião, de Estremoz e de Lagos, a que acresceu o Regimento de Artilharia do Porto. Por decreto de 15 de Julho as Aulas Regimentais eram dotadas de novo plano pelo conde de Lippe em que se providenciou sobre "''a ordem dos estudos; e a eleição dos Livros que devem dirigir os Professores''"<ref>Governo Português. "Alvará de 15 de Julho de 1763." Em ''Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774''. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 46''.''</ref>. A instituição das Aulas Regimentais de Artilharia não se restringiu ao ensino militar. Considerando que "''pela sua natureza transversal'' [se] ''exigiam domínios nas matérias de cálculo, balística, materiais e a química'' [as Aulas foram, por isso,] ''precursoras de um ensino moderno, científico e prático''"<ref>Coelho, "Os Arsenais Reais", 49.</ref>. Com o objectivo de "''aumentar esta útil e nobre profissão e animar os meus vassalos, que a ela se aplicam''", por decreto de 4 de Junho de 1766, que reformou e desenvolveu o plano constituído pelo conde de Lippe, preconizava-se um aumento progressivo do soldo, até ao dobro, aos oficiais que estivessem na condição de realizar um "''rigoroso exame da sua ciência''"<ref>Governo Português. "Decreto de 4 de Junho de 1766." Em ''Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774''. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 250.</ref>. A partir de 1779, os exames para os postos de artilharia teriam de ser realizados perante o comandante do Regimento, o tenente-coronel, o sargento-mor e o lente da Aula<ref>Cordeiro, ''Apontamentos para a Historia da Artilheria'', 265.</ref>.  
Consentâneo com aquele decreto, o conde de Lippe procedeu à reorganização dos corpos de artilharia. Reduziu-os a "''quatro regimentos de doze companhias cada um''"<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 1:303.</ref>, a saber: Regimento de Artilharia de São Julião, de Estremoz e de Lagos, a que acresceu o Regimento de Artilharia do Porto. Por decreto de 15 de Julho, as Aulas Regimentais eram dotadas de novo plano pelo conde de Lippe em que se providenciou sobre "''a ordem dos estudos; e a eleição dos Livros que devem dirigir os Professores''"<ref>Governo Português. "Alvará de 15 de Julho de 1763." Em ''Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774''. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 46''.''</ref>. A instituição das Aulas Regimentais de Artilharia não se restringiu ao ensino militar, extravasando esse âmbito pela cientificidade do ensino ministrado, pelo que não é displicente considerar-se que "''pela sua natureza transversal'' [se] ''exigiam domínios nas matérias de cálculo, balística, materiais e a química'' [e consequentemente foram estas instituições as] ''precursoras de um ensino moderno, científico e prático''"<ref>Coelho, "Os Arsenais Reais", 49.</ref>. Em 4 de Junho de 1766 as instituições legadas pelo conde de Lippe são reformadas e desenvolvidas, estabelecendo-se um aumento progressivo do soldo, até ao dobro, para os oficiais que estivessem na condição de realizar um "''rigoroso exame da sua ciência''"<ref>Governo Português. "Decreto de 4 de Junho de 1766." Em ''Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774''. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 250.</ref>, correspondendo à valorização do ensino ministrado na carreira militar na arma de artilharia. A partir de 1779 estabelecia-se que os exames para os postos da arma fossem realizados perante o comandante do Regimento, o tenente-coronel, o sargento-mor e o lente da Aula<ref>Cordeiro, ''Apontamentos para a Historia da Artilheria'', 265.</ref>.  


No que concerne, em específico, à Aula de Artilharia de Lagos determinava-se que os oficiais inferiores fossem instruídos nos mesmos exercícios e manobras "''necessários para o serviço da mesma Artilharia a bordo dos Navios de Guerra''"<ref>Governo Português. "Plano, que Sua Magestade manda seguir, e observar no Estabelecimento, Estudos, e Exercicios das Aulas dos Regimentos de Artilheria." Em ''Collecção de Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774''. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 50.</ref>. Incumbência que partilhou com a [[Aula de Artilharia de São Julião da Barra]] e que se alargava à instrução e provimento das guarnições instaladas em fortalezas da Marinha, no Castelo de São Jorge e no presídio de Beirolas<ref>Vieira, "O ensino científico-militar em Portugal", 16.</ref>.
No que concerne, em específico, à Aula de Artilharia de Lagos determinava-se que os oficiais inferiores fossem instruídos nos mesmos exercícios e manobras "''necessários para o serviço da mesma Artilharia a bordo dos Navios de Guerra''"<ref>Governo Português. "Plano, que Sua Magestade manda seguir, e observar no Estabelecimento, Estudos, e Exercicios das Aulas dos Regimentos de Artilheria." Em ''Collecção de Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774''. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 50.</ref>. Incumbência que partilhou com a [[Aula de Artilharia de São Julião da Barra]] e que se alargava à instrução e provimento das guarnições instaladas em fortalezas sob superintendência da Marinha, e também as do Castelo de São Jorge e do presídio de Beirolas<ref>Vieira, "O ensino científico-militar em Portugal", 16.</ref>.


Antes de se verificar a sua completa organização, o Regimento de Artilharia de Lagos era mobilizado para Lisboa, em 8 de Junho de 1764, com fim de aí desenvolver a sua instrução em artilharia<ref>Abreu, "As Principais Reorganizações do Exército", 6.</ref>, "''pois o marechal'' [conde de Lippe] ''pensava que em Lagos a instrução não podia desenvolver-se''"<ref>Botelho, ''Novos Subsídios para a História'', 109.</ref>.  
Antes de se verificar a sua completa organização, o Regimento de Artilharia de Lagos era mobilizado para Lisboa, em 8 de Junho de 1764, com fim de aí desenvolver a sua instrução em artilharia<ref>Abreu, "As Principais Reorganizações do Exército", 6.</ref>, "''pois o marechal'' [conde de Lippe] ''pensava que em Lagos a instrução não podia desenvolver-se''"<ref>Botelho, ''Novos Subsídios para a História'', 109.</ref>. Passados três anos da sua fundação, segundo o memorial escrito sobre o desenvolvimento da Aula pelo professor, João Python, em 1767, esta saldava-se infrutífera, verificando-se pouca aplicação por parte dos oficiais e, entre estes, poucos que soubessem escrever, sendo que na maioria "''nem sabiam numerar''"<ref>Botelho, 116.</ref>. Instalado no quartel da Feitoria, na tapada de Alcântara, o Regimento e a respectiva Aula ficaram anexos ao [[Aula de Artilharia de São Julião da Barra|Regimento de Artilharia da Corte]], no qual foram integrados, após extinção, em 1776<ref>Botelho, 32.</ref>.  
 
Passados três anos da sua fundação, segundo o memorial escrito sobre o desenvolvimento da Aula pelo professor, João Python, em 1767, esta saldava-se infrutífera, verificando-se pouca aplicação por parte dos oficiais e, entre estes, poucos que soubessem escrever, sendo que na maioria "''nem sabiam numerar''"<ref>Botelho, 116.</ref>. Instalado no quartel da Feitoria, na tapada de Alcântara, o Regimento e a respectiva Aula ficaram anexos ao Regimento de Artilharia da Corte, no qual foram integrados, após extinção, em 1776<ref>Botelho, 32.</ref>.
===Outras informações===<!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
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==Professores== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
==Professores== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->


O lente (Mestre de Aula ou professor) da Aula do Regimento de Artilharia era nomeado pelo poder régio de entre os oficiais do regimento, ouvida a Junta dos Três Estados. O professor, que recaía, normalmente, no comandante ou no sargento-mor do regimento, estava encarregue da "''explicação, e tradução dos Autores''"<ref>Governo Português. "Plano, que Sua Magestade manda seguir, e observar no Estabelecimento, Estudos, e Exercicios das Aulas dos Regimentos de Artilheria." Em ''Collecção de Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774''. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 47.</ref>.
O lente (Mestre de Aula ou professor) da Aula do Regimento de Artilharia era nomeado pelo poder régio de entre os oficiais do regimento, ouvida a Junta dos Três Estados. O professor, que recaía, normalmente, no comandante ou no sargento-mor do regimento, estava encarregue da "''explicação, e tradução dos Autores''"<ref>Governo Português. "Plano, que Sua Magestade manda seguir, e observar no Estabelecimento, Estudos, e Exercicios das Aulas dos Regimentos de Artilheria." Em ''Collecção de Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774''. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 47.</ref>.
- [[João Bento Pithon]] (Francês. Tenente-coronel)<ref name=":0">Botelho, ''Novos subsídios para a História'', 115.</ref>.


==Curricula== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
==Curricula== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
<!--Nota: no caso de instituições que não sejam de ensino, a criação de novos campos tem que ser debatida previamente-->O plano de estudos decretado em 1763 determinava que se observassem, sob pena de expulsão das Aulas e Regimentos, "''precisa, e inalteravelmente''" os tratados escolhidos dos quais "''se farão traduções Portuguesas para os que não possuem a língua Francesa''"<ref>Governo Português. "Plano, que Sua Magestade manda seguir, e observar no Estabelecimento, Estudos, e Exercicios das Aulas dos Regimentos de Artilheria." Em ''Collecção de Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774''. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 47-49.</ref>.<br />Nas Aulas Regimentais deveriam observar-se três dias de prática<ref>Governo Português. "Plano, que Sua Magestade manda seguir, e observar no Estabelecimento, Estudos, e Exercicios das Aulas dos Regimentos de Artilheria." Em ''Collecção de Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774''. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 49.</ref>, disposição constante no alvará de 9 de Abril de 1762, que especificava o horário em que deveriam decorrer, "''sendo hora e meia de manhã e uma hora de tarde''"<ref>Cordeiro, ''Apontamentos para a Historia da Artilharia'', 263.</ref>. Na Aula de Artilharia de Lagos procedeu-se à realização de "''exercícios práticos no campo, de Agosto a Novembro, quer de manobra quer de tiro ao alvo''". Estas manobras foram demonstradas perante o marechal conde de Lippe e a Corte, em 1764, na tapada de Alcântara<ref>Botelho, ''Novos subsídios para a História'', 116.</ref>.  
<!--Nota: no caso de instituições que não sejam de ensino, a criação de novos campos tem que ser debatida previamente-->O plano de estudos decretado em 1763 determinava que se observassem, sob pena de expulsão das Aulas e Regimentos, "''precisa, e inalteravelmente''" os tratados escolhidos dos quais "''se farão traduções Portuguesas para os que não possuem a língua Francesa''"<ref>Governo Português. "Plano, que Sua Magestade manda seguir, e observar no Estabelecimento, Estudos, e Exercicios das Aulas dos Regimentos de Artilheria." Em ''Collecção de Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774''. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 47-49.</ref>.<br />Nas Aulas Regimentais deveriam observar-se três dias de prática<ref>Governo Português. "Plano, que Sua Magestade manda seguir, e observar no Estabelecimento, Estudos, e Exercicios das Aulas dos Regimentos de Artilheria." Em ''Collecção de Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774''. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 49.</ref>, disposição constante no alvará de 9 de Abril de 1762, que especificava o horário em que deveriam decorrer, "''sendo hora e meia de manhã e uma hora de tarde''"<ref>Cordeiro, ''Apontamentos para a Historia da Artilharia'', 263.</ref>. Na Aula de Artilharia de Lagos procedeu-se à realização de "''exercícios práticos no campo, de Agosto a Novembro, quer de manobra quer de tiro ao alvo''". Estas manobras foram demonstradas perante o marechal conde de Lippe e a Corte régia em 1764, na tapada de Alcântara<ref>Botelho, ''Novos subsídios para a História'', 116.</ref>.  


Consta que a Aula de Artilharia de Lagos, e a [[Aula de Artilharia de São Julião da Barra]], tenha recebido "''uma barreira artilhada com morteiros, obuzes e peças, onde se «faziam exercícios de alvo e demonstrações matemáticas». No mesmo lugar se construiriam minas para exercícios do respectivo pessoal''"<ref>Botelho, 116.</ref>. O professor João Python requisitou o seguinte material para a Aula de Artilharia: "''1 prancheta, 1 bússola, 1 teodolito, 1 círculo dimensório, 1 cadeira, 2 níveis, 6 estojos matemáticos, 6 mãos de papel grande para riscar, 2 resmas de papel de Holanda, papel ordinário, papelão, lápis, pincéis, tinta da China, etc''"<ref>Botelho, 116.</ref>.
Consta que a Aula de Artilharia de Lagos, e a [[Aula de Artilharia de São Julião da Barra]], tenha recebido "''uma barreira artilhada com morteiros, obuzes e peças, onde se «faziam exercícios de alvo e demonstrações matemáticas». No mesmo lugar se construiriam minas para exercícios do respectivo pessoal''"<ref>Botelho, 116.</ref>. O professor [[João Bento Pithon|João Pithon]] requisitou o seguinte material para a Aula de Artilharia: "''1 prancheta, 1 bússola, 1 teodolito, 1 círculo dimensório, 1 cadeira, 2 níveis, 6 estojos matemáticos, 6 mãos de papel grande para riscar, 2 resmas de papel de Holanda, papel ordinário, papelão, lápis, pincéis, tinta da China, etc''"<ref>Botelho, 116.</ref>.
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| colspan="5" |'''1763 - 1776'''
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|'''Livros<ref>Para uma descrição dos exercícios, a forma como deveriam ser realizados e indicações práticas para os oficiais vide, Governo Português. "Plano, que Sua Magestade manda seguir, e observar no Estabelecimento, Estudos, e Exercicios das Aulas dos Regimentos de Artilheria." Em ''Collecção de Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774''. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 47-49.</ref>'''
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|Aula de Artilharia de Lagos
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| - Curso de Matemática, por Monsieur Bellidoro.
| Curso de Matemática, por Monsieur Bellidoro.
- ''"Para a Arte de lançar as Bombas se deve seguir Monsieur du Lacq naquela parte do seu livro intitulado, Mecanismo de Artilharia, que trata desta matéria"'', e, em alternativa, "''farão o uso do Bombardeiro Francês Monsieur Bellidoro''".
''"Para a Arte de lançar as Bombas se deve seguir Monsieur du Lacq naquela parte do seu livro intitulado, Mecanismo de Artilharia, que trata desta matéria"'', e, em alternativa, "''farão o uso do Bombardeiro Francês Monsieur Bellidoro''".


- "''Os seis Artífices pertencentes à Companhia dos mesmos Bombardeiros devem estudar, entender, e praticar todas as diferentes composições de fogos de Artificio, que servem para a Guerra, pelas explicações do Monsieur de Saint Remy''".
"''Os seis Artífices pertencentes à Companhia dos mesmos Bombardeiros devem estudar, entender, e praticar todas as diferentes composições de fogos de Artificio, que servem para a Guerra, pelas explicações do Monsieur de Saint Remy''".


- "''Para a Ciência das Minas se devem seguir as obras de Monsieur de La-Valiere o Pai, de Monsieur de Lorme, e de Monsieur Bellidoro''", inclusos nas "''Memórias de Saint Remy''".
"''Para a Ciência das Minas se devem seguir as obras de Monsieur de La-Valiere o Pai, de Monsieur de Lorme, e de Monsieur Bellidoro''", inclusos nas "''Memórias de Saint Remy''".


- "''Para a Engenharia, e Fortificações'' (...) ''se deve seguir o livro intitulado: O Ataque, e defensa das Praças, por Monsieur de Vauban''".
"''Para a Engenharia, e Fortificações'' (...) ''se deve seguir o livro intitulado: O Ataque, e defensa das Praças, por Monsieur de Vauban''".


- "''Para o Estudo dos Mineiros, e Bombeiros, se deve seguir a Ciência dos Engenheiros do mesmo Monsieur Bellidoro nas partes em que tem uma conexão imediata com a profissão dos sobreditos''".
"''Para o Estudo dos Mineiros, e Bombeiros, se deve seguir a Ciência dos Engenheiros do mesmo Monsieur Bellidoro nas partes em que tem uma conexão imediata com a profissão dos sobreditos''".


- "''Para o Exercício das Peças de Campanha'' [em peças de calibre inferior à peça de bateria, de 6 libras ou menos] ''se há de seguir o Método, que se estabeleceu nos dois o Método, que se estabeleceu nos dous Campamentos que no presente ano se fizeram junta à Cidade de Évora, e na vizinhança de Belém''"<ref>Para uma descrição dos exercícios, a forma como deveriam ser realizados e indicações práticas para os oficiais vide, Governo Português. "Plano, que Sua Magestade manda seguir, e observar no Estabelecimento, Estudos, e Exercicios das Aulas dos Regimentos de Artilheria." Em ''Collecção de Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774''. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 47-49.</ref>.
"''Para o Exercício das Peças de Campanha'' [em peças de calibre inferior à peça de bateria, de 6 libras ou menos] ''se há de seguir o Método, que se estabeleceu nos dois o Método, que se estabeleceu nos dous Campamentos que no presente ano se fizeram junta à Cidade de Évora, e na vizinhança de Belém''".
|[[João Bento Pithon]] (Francês. Tenente-coronel)<ref name=":0" />.
|Professor proprietário em 1763:[[João Bento Pithon]]<ref name=":0">Botelho, ''Novos subsídios para a História'', 115.</ref>.
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Revisão das 17h09min de 28 de outubro de 2022


Aula de Artilharia de Lagos
(valor desconhecido)
Outras denominações Aula do Regimento de Artilharia de Lagos, Aula Regimental de Artilharia de Lagos, Aula do Regimento de Artilharia da Província do Algarve
Tipo de Instituição Ensino Militar
Data de fundação 1763
Data de extinção 1776
Paralisação
Início: valor desconhecido
Fim: valor desconhecido
Localização
Localização Lagos, Faro, Portugal
Início: 1763
Fim: 1764

Localização Forte da Feitoria, Oeiras, Lisboa,-
Início: 1764
Fim: 1776
Antecessora valor desconhecido

Sucessora Aula de Artilharia de São Julião da Barra


História

A Aula de Artilharia, ou Aula Regimental de Artilharia, de Lagos foi criada em finais de 1763[1]. Não sendo certa a data precisa da sua fundação, acha-se já referida no plano de estudos de Julho de 1763. A criação da Aula sucedeu à reorganização do Regimento de Artilharia de Lagos, no mesmo ano, levada a cabo por James Ferrier, tenente-coronel escocês, no seguimento da extinção do Regimento de Artilharia e Marinha do Reino do Algarve[2].

A sua criação enquadra-se num conjunto de reformas levadas a cabo por Francisco Eschaumburgo-Lipas (1724-1777), conde de Lippe e Marechal do Exército português. A sua implementação decorreu ao longo da segunda metade do século XVIII com fim de modernizar e uniformizar o ensino de artilharia, que se achava anteriormente institucionalizado nas Aulas de Fortificação[3], de que é exemplo a Aula de Fortificação de Lisboa, de Viana, do Rio de Janeiro ou de Goa. Ao reconhecer a "decadência a que nestes reinos se reduziu a teoria e a prática da artilharia", e considerando a importância desta arma enquanto a "principal força das monarquias", peça fundamental da sua preservação, bem como a necessidade de conservar os seus corpos "com ciência e exercício", o decreto de 30 de Julho de 1762, primeira peça legislativa do conjunto de reformas, determinava o exame e aprovação nas aulas de artilharia como condição indispensável no acesso aos regimentos e corpos da arma por parte de oficiais e soldados, ao invés da promoção por antiguidade[4].

Consentâneo com aquele decreto, o conde de Lippe procedeu à reorganização dos corpos de artilharia. Reduziu-os a "quatro regimentos de doze companhias cada um"[5], a saber: Regimento de Artilharia de São Julião, de Estremoz e de Lagos, a que acresceu o Regimento de Artilharia do Porto. Por decreto de 15 de Julho, as Aulas Regimentais eram dotadas de novo plano pelo conde de Lippe em que se providenciou sobre "a ordem dos estudos; e a eleição dos Livros que devem dirigir os Professores"[6]. A instituição das Aulas Regimentais de Artilharia não se restringiu ao ensino militar, extravasando esse âmbito pela cientificidade do ensino ministrado, pelo que não é displicente considerar-se que "pela sua natureza transversal [se] exigiam domínios nas matérias de cálculo, balística, materiais e a química [e consequentemente foram estas instituições as] precursoras de um ensino moderno, científico e prático"[7]. Em 4 de Junho de 1766 as instituições legadas pelo conde de Lippe são reformadas e desenvolvidas, estabelecendo-se um aumento progressivo do soldo, até ao dobro, para os oficiais que estivessem na condição de realizar um "rigoroso exame da sua ciência"[8], correspondendo à valorização do ensino ministrado na carreira militar na arma de artilharia. A partir de 1779 estabelecia-se que os exames para os postos da arma fossem realizados perante o comandante do Regimento, o tenente-coronel, o sargento-mor e o lente da Aula[9].

No que concerne, em específico, à Aula de Artilharia de Lagos determinava-se que os oficiais inferiores fossem instruídos nos mesmos exercícios e manobras "necessários para o serviço da mesma Artilharia a bordo dos Navios de Guerra"[10]. Incumbência que partilhou com a Aula de Artilharia de São Julião da Barra e que se alargava à instrução e provimento das guarnições instaladas em fortalezas sob superintendência da Marinha, e também as do Castelo de São Jorge e do presídio de Beirolas[11].

Antes de se verificar a sua completa organização, o Regimento de Artilharia de Lagos era mobilizado para Lisboa, em 8 de Junho de 1764, com fim de aí desenvolver a sua instrução em artilharia[12], "pois o marechal [conde de Lippe] pensava que em Lagos a instrução não podia desenvolver-se"[13]. Passados três anos da sua fundação, segundo o memorial escrito sobre o desenvolvimento da Aula pelo professor, João Python, em 1767, esta saldava-se infrutífera, verificando-se pouca aplicação por parte dos oficiais e, entre estes, poucos que soubessem escrever, sendo que na maioria "nem sabiam numerar"[14]. Instalado no quartel da Feitoria, na tapada de Alcântara, o Regimento e a respectiva Aula ficaram anexos ao Regimento de Artilharia da Corte, no qual foram integrados, após extinção, em 1776[15].

Outras informações

Professores

O lente (Mestre de Aula ou professor) da Aula do Regimento de Artilharia era nomeado pelo poder régio de entre os oficiais do regimento, ouvida a Junta dos Três Estados. O professor, que recaía, normalmente, no comandante ou no sargento-mor do regimento, estava encarregue da "explicação, e tradução dos Autores"[16].

Curricula

O plano de estudos decretado em 1763 determinava que se observassem, sob pena de expulsão das Aulas e Regimentos, "precisa, e inalteravelmente" os tratados escolhidos dos quais "se farão traduções Portuguesas para os que não possuem a língua Francesa"[17].
Nas Aulas Regimentais deveriam observar-se três dias de prática[18], disposição constante no alvará de 9 de Abril de 1762, que especificava o horário em que deveriam decorrer, "sendo hora e meia de manhã e uma hora de tarde"[19]. Na Aula de Artilharia de Lagos procedeu-se à realização de "exercícios práticos no campo, de Agosto a Novembro, quer de manobra quer de tiro ao alvo". Estas manobras foram demonstradas perante o marechal conde de Lippe e a Corte régia em 1764, na tapada de Alcântara[20].

Consta que a Aula de Artilharia de Lagos, e a Aula de Artilharia de São Julião da Barra, tenha recebido "uma barreira artilhada com morteiros, obuzes e peças, onde se «faziam exercícios de alvo e demonstrações matemáticas». No mesmo lugar se construiriam minas para exercícios do respectivo pessoal"[21]. O professor João Pithon requisitou o seguinte material para a Aula de Artilharia: "1 prancheta, 1 bússola, 1 teodolito, 1 círculo dimensório, 1 cadeira, 2 níveis, 6 estojos matemáticos, 6 mãos de papel grande para riscar, 2 resmas de papel de Holanda, papel ordinário, papelão, lápis, pincéis, tinta da China, etc"[22].

1763 - 1776
Ano Nome da Cadeira Matérias Livros[23] Professores
Aula de Artilharia de Lagos Curso de Matemática, por Monsieur Bellidoro.

"Para a Arte de lançar as Bombas se deve seguir Monsieur du Lacq naquela parte do seu livro intitulado, Mecanismo de Artilharia, que trata desta matéria", e, em alternativa, "farão o uso do Bombardeiro Francês Monsieur Bellidoro".

"Os seis Artífices pertencentes à Companhia dos mesmos Bombardeiros devem estudar, entender, e praticar todas as diferentes composições de fogos de Artificio, que servem para a Guerra, pelas explicações do Monsieur de Saint Remy".

"Para a Ciência das Minas se devem seguir as obras de Monsieur de La-Valiere o Pai, de Monsieur de Lorme, e de Monsieur Bellidoro", inclusos nas "Memórias de Saint Remy".

"Para a Engenharia, e Fortificações (...) se deve seguir o livro intitulado: O Ataque, e defensa das Praças, por Monsieur de Vauban".

"Para o Estudo dos Mineiros, e Bombeiros, se deve seguir a Ciência dos Engenheiros do mesmo Monsieur Bellidoro nas partes em que tem uma conexão imediata com a profissão dos sobreditos".

"Para o Exercício das Peças de Campanha [em peças de calibre inferior à peça de bateria, de 6 libras ou menos] se há de seguir o Método, que se estabeleceu nos dois o Método, que se estabeleceu nos dous Campamentos que no presente ano se fizeram junta à Cidade de Évora, e na vizinhança de Belém".

Professor proprietário em 1763:João Bento Pithon[24].

Notas

  1. Botelho, Novos subsídios para a História, 108.
  2. Botelho, 105; 109.
  3. Barata, "O Exército e o ensino superior militar", 2:1051.
  4. Governo Português. "Decreto de 30 de Julho de 1762." Em Collecção da Legislação Portugueza, Legislação de 1750 a 1762. Lisboa: Typograpfia Maigrense, 1830, 901.
  5. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 1:303.
  6. Governo Português. "Alvará de 15 de Julho de 1763." Em Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 46.
  7. Coelho, "Os Arsenais Reais", 49.
  8. Governo Português. "Decreto de 4 de Junho de 1766." Em Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 250.
  9. Cordeiro, Apontamentos para a Historia da Artilheria, 265.
  10. Governo Português. "Plano, que Sua Magestade manda seguir, e observar no Estabelecimento, Estudos, e Exercicios das Aulas dos Regimentos de Artilheria." Em Collecção de Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 50.
  11. Vieira, "O ensino científico-militar em Portugal", 16.
  12. Abreu, "As Principais Reorganizações do Exército", 6.
  13. Botelho, Novos Subsídios para a História, 109.
  14. Botelho, 116.
  15. Botelho, 32.
  16. Governo Português. "Plano, que Sua Magestade manda seguir, e observar no Estabelecimento, Estudos, e Exercicios das Aulas dos Regimentos de Artilheria." Em Collecção de Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 47.
  17. Governo Português. "Plano, que Sua Magestade manda seguir, e observar no Estabelecimento, Estudos, e Exercicios das Aulas dos Regimentos de Artilheria." Em Collecção de Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 47-49.
  18. Governo Português. "Plano, que Sua Magestade manda seguir, e observar no Estabelecimento, Estudos, e Exercicios das Aulas dos Regimentos de Artilheria." Em Collecção de Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 49.
  19. Cordeiro, Apontamentos para a Historia da Artilharia, 263.
  20. Botelho, Novos subsídios para a História, 116.
  21. Botelho, 116.
  22. Botelho, 116.
  23. Para uma descrição dos exercícios, a forma como deveriam ser realizados e indicações práticas para os oficiais vide, Governo Português. "Plano, que Sua Magestade manda seguir, e observar no Estabelecimento, Estudos, e Exercicios das Aulas dos Regimentos de Artilheria." Em Collecção de Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829, 47-49.
  24. Botelho, Novos subsídios para a História, 115.

Fontes

Governo Português. "Decreto de 30 de Julho de 1762." Em Collecção da Legislação Portugueza, Legislação de 1750 a 1762. Lisboa: Typograpfia Maigrense, 1830.

Governo Português. "Alvará de 15 de Julho de 1763." Em Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829.

Governo Português. "Plano, que Sua Magestade manda seguir, e observar no Estabelecimento, Estudos, e Exercicios das Aulas dos Regimentos de Artilheria." Em Collecção de Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829.

Governo Português. "Decreto de 4 de Junho de 1766." Em Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1763 a 1774. Lisboa: Typografia Maigrense, 1829.

Bibliografia

Abreu, Filipe, "As Principais Reorganizações do Exército do Século XVIII ao século XXI. Reflexos para a Artilharia." Trabalho de investigação aplicada, Academia Militar, 2008.

Barata, Manuel Themudo. "O Exército e o ensino superior militar em Portugal (séculos XVII e XVIII)." Em Fraternidade e Abnegação. Vol. 2. Lisboa: Academia Portuguesa da História, 1999.

Botelho, José Justino Teixeira. Novos subsídios para a História da Artilharia Portuguesa. Vol. I. Lisboa: Comissão de História Militar, 1944.

Coelho, Sérgio Veludo, "Os arsenais reais de Lisboa e Porto. 1800-1814." Tese de Dout., Universidade Portucalense Infante D. Henrique, 2009. (Publicado em Porto: Fronteira do Caos, 2013).

Cordeiro, João Manuel. Apontamentos para a Historia da Artilheria Portugueza. Lisboa: Typographia do Commando Geral da Artilheria, 1895.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da monarquia. Vol. 1. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1872.

Vieira, Belchior. “O ensino científico-militar em Portugal no século XVIII – Anastácio da Cunha, discípulo da Aula de Artilharia da Praça de Valença do Minho.” Em Anastácio da Cunha. 1744/1787. O matemático e o poeta. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1990.

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Categoria: Aula de Artilharia de Lagos

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Autor(es) do artigo

João de Almeida Barata

https://orcid.org/0000-0001-9048-0447

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

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