Aula de Navegação de Goa: diferenças entre revisões

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A  Aula de Navegação de Goa terá surgido, como a [[Aula de Artilharia de Goa]], na sequência da provisão do Conselho Ultramarino de 10 de Janeiro de 1733, que mandou aplicar em Goa, o decreto de 24 de dezembro de 1732 que criou no Reino várias academias militares<ref name=":1">João Mello de. Sampaio “Breve Notícia da Origem e Divulgação dos Estudos Superiores em Goa, ou Methodos europeus e em Língua Portugueza.” O Oriente Português II, no. 3 (Março1905): 111-116</ref><ref>Jacintho Caetano Barreto Miranda, ''Quadros Históricos de Goa. Tentativa Histórica'', vol. II, 2 vols. (Margão: Typografia do Ultramar, 1864).</ref><ref name=":2">Nazareth, J.M. do Carmo. “Início de Estudos Militares Na Índia.” ''O Oriente Português'' V, no. n<sup>o</sup>9-10 (1908): 283–89.</ref>.   
A  Aula de Navegação de Goa terá surgido, como a [[Aula de Artilharia de Goa]], na sequência da provisão do Conselho Ultramarino de 10 de Janeiro de 1733, que mandou aplicar em Goa, o decreto de 24 de dezembro de 1732 que criou no Reino várias academias militares<ref name=":1">João Mello de. Sampaio “Breve Notícia da Origem e Divulgação dos Estudos Superiores em Goa, ou Methodos europeus e em Língua Portugueza.” O Oriente Português II, no. 3 (Março1905): 111-116</ref><ref>Jacintho Caetano Barreto Miranda, ''Quadros Históricos de Goa. Tentativa Histórica'', vol. II, 2 vols. (Margão: Typografia do Ultramar, 1864).</ref><ref name=":2">Nazareth, J.M. do Carmo. “Início de Estudos Militares Na Índia.” ''O Oriente Português'' V, no. n<sup>o</sup>9-10 (1908): 283–89.</ref>.   


Segundo João Melo de Sampaio anteriormente eram lecionadas aulas “''quasi ambulantes ....que se leccionavam a bordo d'algum vaso de guerra, ou quartel militar''"<ref name=":1" />. No entanto, foi Manuel de Saldanha, vice-rei da Índia e 1º conde de Ega que, dada a necessidade de formar pilotos e de ter uma Marinha bem treinada face aos desafios que o Estado da Índia atravessava, criou a aula, iniciada em 1759<ref>José Silvestre Ribeiro, História Dos Estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal Nos Sucessivos Reinados Da Monarquia, vol. 13, (Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1885.), 313-314.</ref><ref name=":2" />.   
Segundo João Melo de Sampaio anteriormente eram lecionadas aulas “''quasi ambulantes ....que se leccionavam a bordo d'algum vaso de guerra, ou quartel militar''"<ref name=":1" />. No entanto, foi Manuel de Saldanha, vice-rei da Índia e 1º conde de Ega que, dada a necessidade de formar pilotos e de ter uma Marinha bem treinada face aos desafios que o Estado da Índia atravessava, criou a aula, iniciada em 1759<ref>José Silvestre Ribeiro, História Dos Estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal Nos Sucessivos Reinados Da Monarquia, vol. 13, (Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1885.), 313-314.</ref><ref name=":2" />, como referiu em oficio de 1762 “''estabeleci Aula de Navegação, de que vão saindo oficiais''”<ref>Oficio de 12 de janeiro de 1762, do Conde de Ega, transcrito e publicado em Joaquim P. Celestino Soares, Bosquejo Das Possessões Portuguezas No Oriente Ou Resumo de Algumas Derrotas Da India e Da China., vol. III (Lisboa: Imprensa Nacional, 1851), 117.</ref>.   


Embora as fontes mais antigas indiquem o ano de 1759<ref name=":0" /> e direcção de [[José Sanches de Brito]] como o seu início, Nuno Martins Ferreira indica o ano de 1760 e [[António Rodrigues dos Santos]] como o lente responsável<ref>Nuno Martins Ferreira, “A Institucionalização Do Ensino Da Náutica Em Portugal (1779‐1807)” (Dissertação de doutoramento, Academia de Marinha, 2017), 97-98.</ref>.  
Embora as fontes mais antigas indiquem o ano de 1759<ref name=":0" /> e direcção de [[José Sanches de Brito]] como o seu início, Nuno Martins Ferreira indica o ano de 1760 e [[António Rodrigues dos Santos]] como o lente responsável<ref>Nuno Martins Ferreira, “A Institucionalização Do Ensino Da Náutica Em Portugal (1779‐1807)” (Dissertação de doutoramento, Academia de Marinha, 2017), 97-98.</ref>.  

Revisão das 20h19min de 3 de fevereiro de 2023


Aula de Navegação de Goa
(valor desconhecido)
Outras denominações Aula de Nautica de Goa
Tipo de Instituição Ensino militar
Data de fundação 1759
Data de extinção 1774
Paralisação
Início: valor desconhecido
Fim: valor desconhecido
Localização
Localização Goa, Índia
Início: 1759
Fim: 1774
Antecessora valor desconhecido
Sucessora Aula de Marinha de Goa


História

A Aula de Navegação de Goa terá surgido, como a Aula de Artilharia de Goa, na sequência da provisão do Conselho Ultramarino de 10 de Janeiro de 1733, que mandou aplicar em Goa, o decreto de 24 de dezembro de 1732 que criou no Reino várias academias militares[1][2][3].

Segundo João Melo de Sampaio anteriormente eram lecionadas aulas “quasi ambulantes ....que se leccionavam a bordo d'algum vaso de guerra, ou quartel militar"[1]. No entanto, foi Manuel de Saldanha, vice-rei da Índia e 1º conde de Ega que, dada a necessidade de formar pilotos e de ter uma Marinha bem treinada face aos desafios que o Estado da Índia atravessava, criou a aula, iniciada em 1759[4][3], como referiu em oficio de 1762 “estabeleci Aula de Navegação, de que vão saindo oficiais”[5].

Embora as fontes mais antigas indiquem o ano de 1759[6] e direcção de José Sanches de Brito como o seu início, Nuno Martins Ferreira indica o ano de 1760 e António Rodrigues dos Santos como o lente responsável[7].

A 17 de Maio de 1784 Frederico Guilherme de Sousa Holstein, Governador e Capitão-Geral da Índia entre 1779 e 1786, ter-lhe-á dado uma nova reorganização e denominado Aula de Marinha[6].

Outras informações

Professores

José Sanches de Brito, António Rodrigues dos Santos, Leandro da Conceição

Curricula

Notas

  1. ↑ 1,0 1,1 João Mello de. Sampaio “Breve Notícia da Origem e Divulgação dos Estudos Superiores em Goa, ou Methodos europeus e em Língua Portugueza.” O Oriente Português II, no. 3 (Março1905): 111-116
  2. ↑ Jacintho Caetano Barreto Miranda, Quadros Históricos de Goa. Tentativa Histórica, vol. II, 2 vols. (Margão: Typografia do Ultramar, 1864).
  3. ↑ 3,0 3,1 Nazareth, J.M. do Carmo. “Início de Estudos Militares Na Índia.” O Oriente Português V, no. no9-10 (1908): 283–89.
  4. ↑ José Silvestre Ribeiro, História Dos Estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal Nos Sucessivos Reinados Da Monarquia, vol. 13, (Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1885.), 313-314.
  5. ↑ Oficio de 12 de janeiro de 1762, do Conde de Ega, transcrito e publicado em Joaquim P. Celestino Soares, Bosquejo Das Possessões Portuguezas No Oriente Ou Resumo de Algumas Derrotas Da India e Da China., vol. III (Lisboa: Imprensa Nacional, 1851), 117.
  6. ↑ 6,0 6,1 João Mello de Sampaio. “Breve Notícia Da Origem e Divulgação Dos Estudos Superiores Em Goa, Por Methodos Europeus e Em Língua Portugueza.” O Oriente Português II, no. 3 (March 1905): 111.
  7. ↑ Nuno Martins Ferreira, “A Institucionalização Do Ensino Da Náutica Em Portugal (1779‐1807)” (Dissertação de doutoramento, Academia de Marinha, 2017), 97-98.

Fontes

Bibliografia

Ligações Internas

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Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Alice Santiago Faria

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

https://doi.org/10.34619/aizm-wbu8

Citar este artigo

Faria, Alice Santiago. "Aula de Navegação de Goa", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 03/02/2023). Consultado a 19 de maio de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Aula_de_Navega%C3%A7%C3%A3o_de_Goa. DOI: https://doi.org/10.34619/aizm-wbu8

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