Escola de Desenho Industrial de Braga: diferenças entre revisões

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==História==<!--História geral da instituição. Este é o local para colocar toda a informação que justifica o que está na infobox e outra complementar, subdividida em períodos, se necessário-->
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A Escola de Desenho Industrial de Braga foi uma instituição de ensino técnico industrial criada por decreto de 11 de Dezembro de 1884, aquando da tutela de António Augusto de Aguiar sobre o Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria (M.O.P.C.I.)<ref>Decreto, 11 de Dezembro de 1884, Diário do Governo'','' n. 288, 18 de Dezembro de 1884, 3211.</ref>. O primeiro ano letivo foi inaugurado em 21 de Novembro de 1885.
A Escola de Desenho Industrial de Braga foi uma instituição de ensino industrial criada por decreto de 11 de Dezembro de 1884, sob tutela do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria (M.O.P.C.I.), sendo ministro António Augusto de Aguiar<ref>Decreto de 11 de Dezembro de 1884, Diário do Governo'','' no. 288, 18 de Dezembro de 1884, 3211.</ref>. O primeiro ano letivo foi inaugurado em 21 de Novembro de 1885. A sua criação ocorreu 32 anos após o estabelecimento do ensino industrial, em 1852, e no contexto da descentralização do ensino ocorrida na década de 80 com a criação de escolas industriais fora dos grandes centros urbanos de Lisboa e Porto<ref>Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 130.</ref>, onde já se encontravam instituídos o [[Instituto Industrial de Lisboa]] e a [[Escola Industrial do Porto]]. A instituição curricular do desenho industrial, por decreto de 3 de Janeiro de 1884, procurou responder à necessidade de preparar com essa valência os alunos destinados a frequentar o ensino industrial, sendo inicialmente proposta a criação de oito escolas de desenho industrial (três em Lisboa, três no Porto, uma nas Caldas da Rainha e uma em [[Escola de Desenho Industrial de Coimbra|Coimbra]]), e, posteriormente, as que se considerasse necessário criar<ref>Decreto de 3 de Janeiro de 1884, Diário do Governo'','' no. 5, 7 de Janeiro de 1884, 50.</ref>, nomeadamente, a de Braga.


Por decreto de 10 de Janeiro de 1889, a Aula de Desenho Industrial de Braga era integrada na Escola Industrial, então, criada na mesma cidade, com o fim de "''ministrar o ensino teórico e prático apropriado às industrias predominantes na mesma cidade''"<ref>Decreto, 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo'','' n. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 465.</ref>. A Escola Industrial inaugurou o primeiro ano letivo em 1 de Outubro de 1890<ref>"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, n. 6, 1 de Janeiro de 1893, 57.</ref>.  
De acordo com a legislação de 1884, as escolas ou cadeiras de desenho industrial eram entendidas como possíveis "''núcleos das escolas industriais futuras''", podendo vir a constituir uma escola industrial se a sua frequência escolar e as necessidades da indústria local assim o justificassem<ref>"Regulamento geral das escolas industriaes e escolas de desenho industrial", 6 de Maio de 1884, Diário do Governo, no. 103, 7 de Maio de 1884, 1161.</ref>. Consequentemente, por decreto de 10 de Janeiro de 1889, a "''aula de desenho industrial''" era integrada na Escola Industrial, então, criada em Braga com o fim de "''ministrar o ensino teórico e prático apropriado às industrias predominantes''"<ref name=":10">Decreto de 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo'','' no. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 465.</ref>. A Escola Industrial inaugurou o primeiro ano letivo em 1 de Outubro de 1890<ref name=":5">"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1893, 57.</ref>.


Em 1891, o ensino industrial e comercial foi objeto de reforma por João Franco, Ministro do M.O.P.C.I. A estrutura de ensino distinguia as escolas industriais entre completas, incompletas e elementares, localizando-se as primeiras, exclusivamente, em Lisboa e no Porto. A Escola Industrial de Braga classificou-se como incompleta e recebeu a designação de Escola Industrial "Bartolomeu dos Mártires" (Arcebispo de Braga no séc. XVI) de Braga<ref>Decreto, 8 de Outubro de 1891, Diário do Governo, n. 227, 9 de Outubro de 1891, 2413.</ref>.     
Em 1891, o ensino industrial e comercial foi objeto de reorganização por João Franco, Ministro do M.O.P.C.I., pela qual se clarificou os objectivos de cada grau e se reorganizou o quadro disciplinar em função dos mesmos<ref>Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 168.</ref>. Esta reforma seria complementada pela reforma de 1893, da autoria de Bernardino Machado, e de 1897, da autoria de Augusto José da Cunha. A estrutura de ensino de 1891 distinguia as escolas industriais entre completas, incompletas e elementares, localizando-se as primeiras, exclusivamente, em Lisboa e no Porto. A Escola Industrial de Braga era classificada como incompleta, uma vez não leccionar todas as disciplinas existentes, e recebeu a designação de Escola Industrial "Bartolomeu dos Mártires" (Arcebispo de Braga no séc. XVI) de Braga<ref name=":3">Decreto de 8 de Outubro de 1891, Diário do Governo, no. 227, 9 de Outubro de 1891, 2413.</ref>.     


A reforma republicana datada de 30 de Junho de 1914 estabeleceu cursos elementares de comércio anexos às escolas industriais e desenho industrial. A reforma aplicou-se também à Escola Industrial "Bartolomeu dos Mártires" e, em consequência, alterou-se a sua designação para Escola Industrial e Comercial "Bartolomeu dos Mártires" de Braga<ref>Decreto n. 615, 30 de Junho de 1914, Diário do Governo, n. 107, 30 de Junho de 1914, 441.</ref>.     
A reforma republicana datada de 30 de Junho de 1914 estabeleceu cursos elementares de comércio anexos às escolas industriais e desenho industrial. A reforma aplicou-se também à Escola Industrial "Bartolomeu dos Mártires" que, em consequência, alterou a sua designação para Escola Industrial e Comercial "Bartolomeu dos Mártires" de Braga<ref>Decreto n.º 615, 30 de Junho de 1914, Diário do Governo, no. 107, 30 de Junho de 1914, 441.</ref>.     
===Outras informações===<!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
===Outras informações===<!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
A Escola de Desenho Industrial foi instalada de forma repartida pelas salas do edifício onde funcionavam os tribunais por cedência da Câmara Municipal de Braga em 1885<ref>Gomes, "Escolas industriais e comerciais", 113.</ref>.  Entre 1889 e 1890, adotada a designação de Escola Industrial de Braga, foi instalada numa casa localizada no largo das Carvalheiras, por não ter sido possível instala-la no primeiro edifício cedido pela Câmara. Como explicou o inspector das escolas industriais da circunscrição do norte, José Silva Leitão, no período entre Agosto de 1889 e Julho de 1890, a instalação foi demorada devido a vários expedientes. Apenas ficou pronta em Junho de 1890<ref>"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, n. 6, 1 de Janeiro de 1891, 78-79.</ref>. Durante o ano de 1890 foram realizadas obras para ser instalada uma oficina anexa à escola e a aquisição de imobiliário alemão, bem como de material de desenho<ref>"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, n. 6, 1 de Janeiro de 1891, 79.</ref>.  
A direção da Escola Industrial foi incumbida a Bernardino Pacheco Alves Passos em 1889<ref name=":4">"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1891, 80.</ref>. Em 1897, ocupava o lugar o visconde de Fraião, Francisco Manuel de Oliveira Carvalho<ref name=":7">Decreto de 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, no. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3333.</ref>.  


Anexas à Escola encontravam-se instaladas oficinas destinadas aos trabalhos em metal, madeira e tecelagem<ref>Decreto, 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo'','' n. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 465.</ref>. Em 7 de Janeiro de 1891, foi inaugurada uma oficina de lavores femininos, na qual se achavam inscritas 10 alunas<ref>"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, n. 6, 1 de Janeiro de 1893, 40.</ref>. Segundo relatório de José Silva Leitão, ainda no ano letivo de 1890-1891 foram adquiridos materiais para "''a montagem do laboratório químico'' (...) ''para o gabinete de física; uma colecção de modelos de órgãos de máquinas para o estudo do desenho de máquinas encomendada na Suíça; todo o material necessário para a oficina de lavores femininos, constando de máquinas de costura e outros utensílios próprios d'aquela oficina, bem como de modelos para bordar''"<ref>"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, n. 6, 1 de Janeiro de 1893, 41.</ref>. Em 1891, decretou-se a criação das oficinas de serralharia e carpintaria, anexas à Escola Industrial<ref>Decreto, 8 de Outubro de 1891, Diário do Governo, n. 227, 9 de Outubro de 1891, 2413.</ref>. Pela reforma de 1897, estabeleciam-se as oficinas de carpintaria, marcenaria e entalhador<ref>Decreto, 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, n. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3319.</ref>.
Entre 1885 e 1891, inscreveram-se na Escola de Desenho Industrial e na Escola Industrial de Braga 733 alunos do género masculino e 38 alunas do género feminino, totalizando 202 aprovações, 179 e 23, respectivamente<ref name=":5" />. No ano letivo de 1887-1888, inscreveram-se 116 alunos do sexo masculino, e matricularam-se 104, na Escola de Desenho Industrial de Braga<ref>"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1887-1888", 31 de Julho de 1888, Apêndice ao Diário do Governo, no. 5, 1 de Janeiro de 1889, 132.</ref>; no ano letivo de 1889-1890 inscreveram-se 168 alunos, dos quais dois do género feminino<ref name=":11" />; e no ano letivo seguinte inscreveram-se 150 alunos, dos quais 32 do género feminino<ref>"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1893, 46.</ref>.  


Entre 1885 e 1891 inscreveram-se na Escola de Desenho Industrial e na Escola Industrial de Braga 733 alunos do género masculino e 38 alunas do género feminino, totalizando 202 aprovações, 179 e 23, respectivamente<ref>"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, n. 6, 1 de Janeiro de 1893, 57.</ref>. No ano letivo de 1887-1888, inscreveram-se 116 alunos do sexo masculino, e matricularam-se 104, na Escola de Desenho Industrial de Braga<ref>"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1887-1888", 31 de Julho de 1888, Apêndice ao Diário do Governo, n. 5, 1 de Janeiro de 1889, 132.</ref>; no ano letivo de 1889-1890 inscreveram-se 168 alunos, dos quais dois do género feminino<ref>"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, n. 6, 1 de Janeiro de 1891, 79.</ref>; e no ano letivo seguinte inscreveram-se 150 alunos, dos quais 32 do género feminino<ref>"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, n. 6, 1 de Janeiro de 1893, 46.</ref>.  
A Escola de Desenho Industrial foi instalada de forma repartida pelas salas do edifício onde funcionavam os tribunais de Braga por cedência da Câmara Municipal em 1885<ref>Gomes, "Escolas industriais e comerciais", 113.</ref>. Entre 1889 e 1890, adotada a designação de Escola Industrial de Braga, foi instalada numa casa localizada no largo das Carvalheiras, por não ter sido possível instala-la no primeiro edifício cedido pela Câmara. Como explicou o inspector das escolas industriais da circunscrição do norte, José Silva Leitão, no período entre Agosto de 1889 e Julho de 1890, a instalação foi demorada devido a vários expedientes, tendo apenas sido concretizada em Junho de 1890<ref>"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1891, 78-79.</ref>. Durante o ano de 1890 foram realizadas obras para ser instalada uma oficina anexa à escola e procedeu-se à aquisição de imobiliário alemão, bem como de material de desenho<ref name=":11">"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1891, 79.</ref>.  


A direção da Escola foi incumbida a Bernardino Pacheco Alves Passos em 1889<ref name=":4">"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, n. 6, 1 de Janeiro de 1891, 80.</ref>. Em 1897, ocupava o lugar o visconde de Fraião, Francisco Manuel de Oliveira Carvalho<ref name=":7">Decreto, 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, n. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3333.</ref>.
Na Escola Industrial de Braga encontravam-se anexas oficinas destinadas aos trabalhos em metal, madeira e tecelagem<ref name=":10" />. Em 7 de Janeiro de 1891, foi inaugurada uma oficina de lavores femininos, na qual se achavam inscritas 10 alunas<ref>"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1893, 40.</ref>. Segundo relatório de José Silva Leitão, ainda no ano letivo de 1890-1891 foram adquiridos materiais para "''a montagem do laboratório químico'' (...) ''para o gabinete de física; uma colecção de modelos de órgãos de máquinas para o estudo do desenho de máquinas encomendada na Suíça; todo o material necessário para a oficina de lavores femininos, constando de máquinas de costura e outros utensílios próprios d'aquela oficina, bem como de modelos para bordar''"<ref>"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1893, 41.</ref>. Em 1891, decretou-se a criação das oficinas de serralharia e carpintaria, a par da oficina de lavores femininos já existente<ref name=":3" />. Pela reforma de 1897 foram estabelecidas as oficinas de carpintaria, marcenaria e entalhador<ref name=":9">Decreto de 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, no. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3320.</ref>.
 
==Professores== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
==Curricula== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
==Curricula== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
<!--Nota: no caso de instituições que não sejam de ensino, a criação de novos campos tem que ser debatida previamente-->
<!--Nota: no caso de instituições que não sejam de ensino, a criação de novos campos tem que ser debatida previamente-->


A oferta letiva da Escola de Desenho Industrial de Braga (1884) distribuía-se pelo grau elementar, composto das classes preparatória e complementar, e o grau industrial, em que se ministravam o primeiro e o terceiro ramos, mais precisamente, o desenho ornamental (desenho geométrico; de ornato; estudo da perspectiva e aguadas; modelação em cera ou barro) e o desenho mecânico (desenho geométrico; perspectiva e aguadas; desenho à vista de máquinas; elaboração de cortes, etc.)<ref>Decreto, 11 de Dezembro de 1884, Diário do Governo'','' n. 288, 18 de Dezembro de 1884, 3211.</ref><ref>Portaria, 6 de Maio de 1884, Diário do Governo'','' n. 103, 7 de Maio de 1884, 1161.</ref>.  
A Escola de Desenho Industrial de Braga ministrava o ensino do desenho de grau elementar ou geral, composto da classe preparatória, dedicada ao desenho linear à vista e destinada a crianças até aos 12 anos antes da sua inscrição no ensino industrial, e da classe complementar, dedicada ao desenho real à vista e destinada a adultos tanto aprendizes como mestres; e de grau industrial ou especial, dividido em três ramos, dois quais se ministrava o primeiro ramo de desenho ornamental e o terceiro ramo de desenho mecânico (não leccionava o segundo ramo de desenho arquitectural). No ensino do primeiro ramo leccionavam-se pelas disciplinas de Desenho geométrico, Desenho de ornatos, Perspectiva e aguadas e Modelação, e, no terceiro ramo, as disciplinas de Desenho geométrico, Perspectivas e aguadas, Desenho à vista de máquinas e Elaboração de cortes<ref name=":0">"Regulamento geral das escolas industriaes e escolas de desenho industrial", 6 de Maio de 1884, Diário do Governo, no. 103, 7 de Maio de 1884, 1161. O mesmo documento apresenta as saídas profissionais relativas a cada ramo de ensino.</ref>. Em 1888, a publicação do ''Regulamento das escolas industriaes e de desenho industrial'' introduziu algumas modificações no quadro de disciplinas dos dois últimos ramos: no ensino de desenho ornamental, acrescentaram-se as matérias de Conhecimento dos estilos e Composição; no ensino de desenho mecânico, acrescentaram-se as matérias de Desenho rigoroso de máquinas, traçado de maquinismos, elaboração de cortes, alçados, planos e épures de máquinas; Noções gerais sobre movimentos e máquinas simples; Composição e elaboração de projectos de máquinas<ref>"Regulamento das escolas industriaes e de desenho industrial", 23 de Fevereiro de 1888, Diário do Governo, no. 44, 24 de Fevereiro de 1888, 438.</ref>.  


O plano de estudos da Escola Industrial de Braga (1889) contemplava dois graus de ensino, elementar e industrial. Às disciplinas leccionadas, segundo decreto de 10 de Janeiro de 1889<ref name=":1">Decreto, 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo'','' n. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 465.</ref>, acresciam as discriminadas no relatório do inspector José Silva Leitão referente ao ano letivo de 1889-1890<ref name=":2">"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, n. 6, 1 de Janeiro de 1891, 80; 83-84.</ref>, abaixo mencionadas. No ano letivo de 1890-1891, a cadeira de desenho foi desdobrada, "''sendo contratados 3 professores estrangeiros para ensinar os três ramos ornamental, arquictónico e de máquinas''"<ref>"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, n. 6, 1 de Janeiro de 1893, 57.</ref>.  
O plano de estudos da Escola Industrial de Braga de 1889 ministrava os dois graus de ensino industrial, elementar e industrial com o seguinte quadro de disciplinas: Aritmética e geometria elementar, Química industrial, Princípios de física e elementos de mecânica, Língua francesa e Desenho industrial. A estas disciplinas, estabelecidas por decreto de 10 de Janeiro de 1889<ref name=":1">Decreto de 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo'','' no. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 465.</ref>, acresciam as discriminadas no relatório do inspector José Silva Leitão referente ao ano letivo de 1889-1890: Desenho de ornato, Desenho geométrico, Desenho arquitectónico, Desenho de máquinas, Perspectiva, Matemática e Oficina de lavores femininos<ref name=":2">"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1891, 80; 83-84.</ref>.
 
Em 1891, a reforma do ensino industrial e comercial dividiu o ensino industrial leccionado nas escolas industriais em três secções, instrução geral, instrução industrial e técnica oficinal. Em consequência, a Escola Industrial "Bartolomeu dos Mártires" foi dotada de um novo quadro disciplinar, limitado a quatro disciplinas pertencentes à primeira e segunda secções: "''Aritmética, geometria elementar e suas aplicações comerciais e industriais; princípios gerais de física, química e história natural''", "''Desenho elementar, das classes I preparatória e II complementar''", "''Desenho arquitectónico, das classes I artístico e modelação; e II desenho técnico''" e "''Desenho ornamental, das classes I desenho de ornato e modelação e II composição ornamental''". Nas disciplinas pertencentes à segunda secção excluia-se o ensino das matérias da segunda classe<ref name=":3" />. Esta reforma não especificava os cursos ministrados em cada escola industrial (divididos entre cursos elementares e gerais, e cursos industriais), apenas que se instituiriam "''conforme as condições de cada''"<ref name=":3" />. A reforma de Bernardino Machado, de 1893, complementou aquela peça legislativa. No caso da Escola Industrial de Braga o quadro disciplinar era mantido, especificando-se os cursos existentes: cursos elementares para o sexo masculino e para o sexo feminino, e os cursos industriais de pintor decorador, modista, costureira, serralheiro civil, ourives cinzelador, formador, estucador, entalhador, marceneiro e carpinteiro civil<ref>Decreto de 5 de Outubro de 1893, Diário do Governo, no. 226, 6 de Outubro de 1893, 2571.</ref>.
 
A reforma de 1897 modificou o quadro de disciplinas com a supressão da disciplina de Desenho arquitectónico, mantendo apenas o Desenho "''ornamental e modelação''" e o acréscimo de Língua portuguesa. Nesta reforma não se mencionava a existência de uma oficina de lavores femininos e estabeleciam-se apenas dois cursos, de desenho industrial, e profissional<ref name=":9" />.


Em 1891, a reforma do ensino industrial e comercial dividiu o ensino em três ramos, a saber, instrução geral, instrução industrial e técnica oficinal, e, em consequência, estabeleceu um novo plano de estudos para a Escola Industrial "Bartolomeu dos Mártires"<ref name=":3">Decreto, 8 de Outubro de 1891, Diário do Governo, n. 227, 9 de Outubro de 1891, 2413.</ref>.
{| class="wikitable"
{| class="wikitable"
| colspan="5" |'''Escola de Desenho Industrial de Braga (1884 - 1889). Plano de estudos de 1884.'''
| colspan="5" |'''Plano de estudos de 1884 e 1888 (Escola de Desenho Industrial de Braga (1884 - 1889))'''
|-
|-
|'''Ano'''
|'''Graus de ensino'''
|'''Nome da Cadeira<ref name=":0">"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1887-1888", 31 de Julho de 1888, Apêndice ao Diário do Governo, n. 5, 1 de Janeiro de 1889, 132.</ref>'''
|'''Nome da Cadeira'''
|'''Matérias'''
|'''Matérias'''
|'''Livros'''
|'''Livros'''
|'''Professores'''
|'''Professores'''
|-
|-
| rowspan="2" |Elementar ou geral
|Classe preparatória, ou desenho simples linear à vista
|Desenho de linhas rectas e combinações elementares, e desenho de curvas; esboços de contornos de objectos sólidos; rudimentos de perspectiva; noções de beleza de forma, especialmente em objectos comuns; desenho à vista dos contornos dos objectos.
|
|
|-
|Classe complementar, ou desenho real à vista
|Aprofundamento do desenho linear à vista; elementos de ornato vegetal e geométrico; rudimentos de perspectiva e assombreamento; teoria das cortes; reprodução de objectos em contorno e aparência.
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|-
| rowspan="6" |Industrial ou especial: 1.º ramo de desenho ornamental
|Desenho geométrico                                                                                                                                                                 
|Desenho geométrico ou rigoroso, com auxílio dos instrumentos respectivos (régua, compasso, transferidor, esquadro, duplo-decímetro, etc.).
|
|
|-
|Desenho de ornato
|Elementos ornamentais naturais (figura, flores, frutos, animais, etc.), geométricos, e as combinações de ambos.
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|-
|Perspectiva e aguadas / Estudo da perspectiva das aguadas e das aguarelas (1888)
|Estudo da perspectiva e das aguadas.
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|Desenho de ornato                                                                                                                                                                 
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|-
|Modelação
|Modelação em cera ou barro, de figuras, animais, flores, frutos, etc (Em 1888 acrescentou-se a formação em gesso).
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|-
|-
|Conhecimento dos estilos (1888)
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|Desenho geométrico
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|-
|Composição (1888)
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|-
|-
| rowspan="6" |Industrial ou especial: 3.º ramo de desenho mecânico
|Desenho geométrico
|Desenho geométrico ou rigoroso, com auxílio dos instrumentos respectivos (régua, compasso, transferidor, esquadro, duplo-decímetro, etc.).
|
|
|Desenho arquitectónico
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|-
|Perspectivas e aguadas / Perspectiva, aguadas e aguarelas (1888)
|Estudo da perspectiva e das aguadas.
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|-
|-
|Desenho à vista de máquinas / Desenho à vista de máquinas e aparelhos industriais (1888)
|Desenho à vista de máquinas e aparelhos industriais, em croquis exact s e rápidos.
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|Desenho de figura
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|Elaboração de cortes, etc. / Desenho rigoroso de máquinas, traçado de maquinismos; elaboração de cortes, alçados, planos e épures de máquinas (1888)
|Elaboração de cortes, planos, épures e construção minuciosa e geral de máquinas motoras e industriais.
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|Noções gerais sobre movimentos e máquinas simples (1888)
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|Modelação
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|Composição e elaboração de projectos de máquinas (1888)
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Linha 110: Linha 154:


{| class="wikitable"
{| class="wikitable"
| colspan="5" |'''Escola Industrial de Braga (1889 - 1891). Plano de estudos de 1889'''
| colspan="5" |'''Plano de estudos de 1889 (Escola Industrial de Braga (1889 - 1891))'''
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|'''Ano'''
|'''Ano'''
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|Princípios de física e mecânica<ref name=":1" />                                          
|Aritmética e geometria elementar                                          
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|Professor proprietário em 1889: Bernardino Pacheco Alves Passos<ref name=":4" />.
|Professor proprietário em 1889: António Baptista Lopes<ref name=":4" />.
Professor proprietário tirocinante em 1889: Álvaro Raimundo Lopes Valadas<ref>Despacho de 12 de Dezembro de 1889, Diário do Governo, no. 10, 14 de Janeiro de 1890, 81.</ref>.
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|Química industrial<ref name=":1" />
|Química industrial
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|Aritmética e geometria elementar<ref name=":1" />
|Princípios de física e mecânica
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|Professor proprietário em 1889: António Baptista Lopes<ref name=":4" />.
|Professor proprietário em 1889: Bernardino Pacheco Alves Passos<ref name=":4" />.
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|Língua francesa<ref name=":1" />
|Língua francesa
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|Desenho ornamental<ref name=":2" />
|Desenho industrial
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|Desenho ornamental
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Linha 149: Linha 200:
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|Desenho geomético<ref name=":2" />
|Desenho geomético
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Linha 155: Linha 206:
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|Desenho arquitectónico<ref name=":2" />
|Desenho arquitectónico
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Linha 161: Linha 212:
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|Desenho de máquinas<ref name=":2" />
|Desenho de máquinas
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Linha 170: Linha 221:
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|Professor proprietário em 1889: Francisco Manuel de Oliveira Carvalho<ref name=":5">"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, n. 6, 1 de Janeiro de 1893, 57.</ref>.
|Professor proprietário em 1889: Francisco Manuel de Oliveira Carvalho<ref name=":5" />.
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|Perspectiva<ref name=":2" />
|Perspectiva
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|Matemática<ref name=":2" />
|Matemática
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|1891
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|Oficina de lavores femininos<ref name=":2" />
|Oficina de lavores femininos
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Linha 192: Linha 243:


{| class="wikitable"
{| class="wikitable"
| colspan="5" |'''Escola Industrial "Bartolomeu dos Mártires" de Braga. Plano de estudos de 1891.'''
| colspan="5" |'''Plano de estudos de 1891, 1893 e 1897 (Escola Industrial "Bartolomeu dos Mártires" de Braga (1891-1914))'''
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|'''Ano'''
|'''Ano'''
Linha 201: Linha 252:
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|"''Aritmética, geometria elementar e suas aplicações comerciais e industriais''" (1.º Grupo)<ref name=":3" />.
|Aritmética, geometria elementar e suas aplicações comerciais e industriais; princípios gerais de física, química e de história natural / Aritmética (a); Geometria (b); Princípios de física e química e elementos de história natural (c) (1893)
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|Professor proprietário em 24 de Outubro de 1891: Avelino Germano da Costa Freiras<ref name=":6">Portaria, 24 de Outubro de 1891, Diário do Governo, n. 241, 26 de Outubro de 1891, 2566.</ref>.
|Professor proprietário em 24 de Outubro de 1891: Avelino Germano da Costa Freiras<ref name=":6">Portaria de 24 de Outubro de 1891, Diário do Governo, no. 241, 26 de Outubro de 1891, 2566.</ref>.
Professor proprietário em 14 de Dezembro de 1897: António Maria Pinheiro Torres e Almeida<ref name=":7" /><ref name=":8">"Lista do pessoal de ensino elementar industrial e comercial, referida a 31 de Janeiro de 1903", 3 de Fevereiro de 1903, Diário do Governo, n. 25, 3 de Fevereiro de 1903, 380.</ref>.
Professor proprietário em 14 de Dezembro de 1897 e em 31 de Janeiro de 1903: António Maria Pinheiro Torres e Almeida<ref name=":7" /><ref name=":8">"Lista do pessoal de ensino elementar industrial e comercial, referida a 31 de Janeiro de 1903", 3 de Fevereiro de 1903, Diário do Governo, no. 25, 3 de Fevereiro de 1903, 380.</ref>.


Professor temporário em 1903: Eduardo Emílio Monteverde<ref name=":8" />.
Professor temporário em 1903: Eduardo Emílio Monteverde<ref name=":8" />.
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|"''Princípios gerais de física, química e de história natural''" (1.º Grupo)<ref name=":3" />.
|Desenho elementar / Desenho geral (1893)
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|Classes I preparatória e II complementar.
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|Professor proprietário em 24 de Outubro de 1891: Avelino Germano da Costa Freiras<ref name=":6" />.
Professor proprietário em 14 de Dezembro de 1897 e 31 de Janeiro de 1903: António Maria Pinheiro Torres e Almeida<ref name=":72">Decreto, 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, n. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3333.</ref><ref name=":8" />.
 
Professor temporário em 1903: Eduardo Emílio Monteverde<ref name=":8" />.
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|"''Desenho elementar, das classes I preparatória e II complementar''" (4.º Grupo)<ref name=":3" />.
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|Professor proprietário entre 14 de Dezembro de 1897 e 31 de Janeiro de 1903: Francisco Manuel de Oliveira Carvalho, visconde de Fraião<ref name=":7" /><ref name=":8" />.
|Professor proprietário entre 14 de Dezembro de 1897 e 31 de Janeiro de 1903: Francisco Manuel de Oliveira Carvalho, visconde de Fraião<ref name=":7" /><ref name=":8" />.
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|
|"''Desenho arquitectónico, das classes I desenho artístico e modelação; e II desenho técnico''" (5.º Grupo)<ref name=":3" />.
|Desenho arquitectónico (suprimida em 1897)
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|Classes I desenho arquitectónico artístico e modelação.
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|-
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|"''Desenho ornamental, das classes I desenho de ornato e modelação e II composição ornamental''" (6.º Grupo)<ref name=":3" />.
|Desenho ornamental / Desenho ornamental e modelação (1897)
|
|''C''lasses I desenho de ornato e modelação.
|
|
|Professor proprietário em 14 de Dezembro de 1897 e 31 de Janeiro de 1903: Domingos Rebelo Barbosa<ref name=":7" /><ref name=":8" />.
|Professor proprietário em 14 de Dezembro de 1897 e 31 de Janeiro de 1903: Domingos Rebelo Barbosa<ref name=":7" /><ref name=":8" />.
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|Língua portuguesa
|Oficina de lavores femininos (suprimida em 1897)
|Costura, bordados, corte, rendas, flores artificiais, pintura menor decorativa em objectos de adorno, etc..
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|Professor proprietário em 14 de Dezembro de 1897 e 31 de Janeiro de 1903: João da Costa Lima<ref name=":7" /><ref name=":8" />.
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|Curso de desenho industrial e profissional (1897)<ref>Decreto, 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, n. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3319.</ref>.
|Língua portuguesa (1897)  
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|Professor proprietário em 14 de Dezembro de 1897 e 31 de Janeiro de 1903: João da Costa Lima<ref name=":7" /><ref name=":8" />.
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| colspan="5" |Professor proprietário de "''aritmética, geometria elementar e suas aplicações comerciais e industriais; princípios gerais de física, e de história natural''" em 1891: Avelino Germano da Costa Freiras<ref name=":6" />.
|}  
|}  


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<references />
<references />
==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
Decreto, 3 de Janeiro de 1884, Diário do Governo'','' n. 5, 7 de Janeiro de 1884, 50[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1884&mes=1&tipo=a-diario&pm=&res= .]
Decreto de 3 de Janeiro de 1884, Diário do Governo'','' no. 5, 7 de Janeiro de 1884, 50[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1884&mes=1&tipo=a-diario&pm=&res= .]
 
Decreto de 5 de Outubro de 1893, Diário do Governo, no. 226, 6 de Outubro de 1893, 2570-2580[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1893&mes=10&tipo=a-diario&filename=1893/10/06/D_0226_1893-10-06&pag=5&txt=conductor%20de%20machinas .]
 
Decreto de 8 de Outubro de 1891, Diário do Governo, no. 227, 9 de Outubro de 1891, 2408-2416[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1891&mes=10&tipo=a-diario&pm=&res= .]
 
Decreto de 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo'','' no. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 465-466[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1889&mes=2&tipo=a-diario&pm=&res= .]


Decreto, 11 de Dezembro de 1884, Diário do Governo'','' n. 288, 18 de Dezembro de 1884, 3211[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1884&mes=1&tipo=a-diario&pm=&res= .]
Decreto de 11 de Dezembro de 1884, Diário do Governo'','' no. 288, 18 de Dezembro de 1884, 3211[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1884&mes=1&tipo=a-diario&pm=&res= .]


Decreto, 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo'','' n. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 465-466[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1889&mes=2&tipo=a-diario&pm=&res= .]
Decreto de 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, no. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3319-3334[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1897&mes=12&tipo=a-diario&pm=&res= .]


Decreto, 8 de Outubro de 1891, Diário do Governo, n. 227, 9 de Outubro de 1891, 2413[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1891&mes=10&tipo=a-diario&pm=&res= .]
Decreto n.º 615, 30 de Junho de 1914, Diário do Govêrno, no. 107, 30 de Junho de 1914, 441[https://files.dre.pt/1s/1914/06/10700/04410441.pdf .]


Decreto, 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, n. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3319-3334[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1897&mes=12&tipo=a-diario&pm=&res= .]
Despacho de 12 de Dezembro de 1889, Diário do Governo, no. 10, 14 de Janeiro de 1890, 81[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1890&mes=1&tipo=a-diario&filename=1890/01/14/D_0010_1890-01-14&pag=9&txt=Escola%20Industrial%20de%20Braga .]


Decreto n. 615, 30 de Junho de 1914, Diário do Governo, n. 107, 30 de Junho de 1914, 441[https://files.dre.pt/1s/1914/06/10700/04410441.pdf .]
"Lista do pessoal de ensino elementar industrial e comercial, referida a 31 de Janeiro de 1903", 3 de Fevereiro de 1903, Diário do Governo, no. 25, 3 de Fevereiro de 1903, 380-381[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1903&mes=2&tipo=a-diario&pm=&res= .]


"Lista do pessoal de ensino elementar industrial e comercial, referida a 31 de Janeiro de 1903", 3 de Fevereiro de 1903, Diário do Governo, n. 25, 3 de Fevereiro de 1903, 380-381[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1903&mes=2&tipo=a-diario&pm=&res= .]
Portaria de 24 de Outubro de 1891, Diário do Governo, no. 241, 26 de Outubro de 1891, 2566[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1891&mes=10&tipo=a-diario&pm=&res= .]


Portaria, 6 de Maio de 1884, Diário do Governo'','' n. 103, 7 de Maio de 1884, 1160-1162[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1884&mes=5&tipo=a-diario&pm=&res= .]
"Regulamento das escolas industriaes e de desenho industrial", 23 de Fevereiro de 1888, Diário do Governo, no. 44, 24 de Fevereiro de 1888, 437-443[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1888&mes=2&tipo=a-diario&filename=1888/02/24/D_0044_1888-02-24&pag=3&txt=escolas%20industriaes .]


Portaria, 24 de Outubro de 1891, Diário do Governo, n. 241, 26 de Outubro de 1891, 2566[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1891&mes=10&tipo=a-diario&pm=&res= .]
"Regulamento geral das escolas industriaes e escolas de desenho industrial", 6 de Maio de 1884, Diário do Governo, no. 103, 7 de Maio de 1884, 1159-1162[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1884&mes=5&tipo=a-diario&filename=1884/05/07/D_0103_1884-05-07&pag=4&txt=escolas%20industriaes .]


"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1887-1888", 31 de Julho de 1888, Apêndice ao Diário do Governo, n. 5, 1 de Janeiro de 1889, 127-142[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1889&mes=1&tipo=b-appendice&pm=&res= .]
"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1887-1888", 31 de Julho de 1888, Apêndice ao Diário do Governo, no. 5, 1 de Janeiro de 1889, 127-142[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1889&mes=1&tipo=b-appendice&pm=&res= .]


"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, n. 6, 1 de Janeiro de 1891, 75-108[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1891&mes=1&tipo=b-appendice&res= .]
"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1891, 75-108[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1891&mes=1&tipo=b-appendice&res= .]


"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, n. 6, 1 de Janeiro de 1893, 38-87[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1893&mes=1&tipo=b-appendice&res= .]
"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1893, 38-87[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1893&mes=1&tipo=b-appendice&res= .]


==Bibliografia == <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
==Bibliografia == <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
Agrupamento de Escolas Carlos Amarante, "O agrupamento". Visualizado 17 Agosto, 2022[https://aecarlosamarante.pt/historia/ .]
Agrupamento de Escolas Carlos Amarante, "O agrupamento". Visualizado 17 Agosto, 2022[https://aecarlosamarante.pt/historia/ .]


José Ferreira Gomes, "Escolas industriais e comerciais criadas no século XIX". ''Revista Portuguesa de Pedagogia'', no. 12 (1978), 79-151''[https://www.uc.pt/fpce/40anos/fundadores/jfgomes/Escolas_industriais_e_comerciais_criadas_no_seculo_XIX_-_Joaquim_Ferreira_Gomes.pdf .]''
Alves, Luís Alberto Marques. "Contributos para o estudo do ensino industrial em Portugal (1851-1910)". Tese de Doutoramento, Universidade do Porto, 1998[http://hdl.handle.net/10216/10899 .]
 
Gomes, José Ferreira. "Escolas industriais e comerciais criadas no século XIX". ''Revista Portuguesa de Pedagogia'', no. 12 (1978): 79-151''[https://www.uc.pt/fpce/40anos/fundadores/jfgomes/Escolas_industriais_e_comerciais_criadas_no_seculo_XIX_-_Joaquim_Ferreira_Gomes.pdf .]''


==Ligações Internas==
==Ligações Internas==
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==Ligações Externas== <!--Ligações externas a sítios de internet, etc. que não foram utilizadas concretamente na construção da biografia -->
==Ligações Externas== <!--Ligações externas a sítios de internet, etc. que não foram utilizadas concretamente na construção da biografia -->
<!-- Comentários vossos e bibliografia citada pelas fontes -->Sítio da Direcção-Geral do Património Cultural sobre a Escola Industrial e Comercial "Bartolomeu dos Mártires"[http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=21972 .]
<!-- Comentários vossos e bibliografia citada pelas fontes -->Alves, Luís Alberto Marques. "Os professores e o ensino industrial (último quartel do século XIX a meados do século XX)". ''Sísifo. Revista de Ciências da Educação'', no. 11 (Janeiro/Abril 2010): 35-43[https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/56612 .]
 
Alves, Luís Alberto Marques. "Os Professores e o Ensino Industrial na Segunda Metade do Século XIX". Em ''Estudos em Homenagem a Luís António de Oliveira Ramos'', 131-141. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2004[https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/8528 .]
 
"Escola Industrial e Comercial de Braga / Escola Industrial e Comercial de Carlos Amarante / Escola Secundária de Carlos Amarante". SIPA. Sistema de Informação para o Património Arquitectónico[http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=21972 .]


==Autor(es) do artigo==
==Autor(es) do artigo==
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==Financiamento==
==Financiamento==
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
Apoio especial “Verão com Ciência 2022” da UID 4666 – CHAM — Centro de Humanidades, financiado por fundos nacionais através da FCT/MCTES (PIDDAC)
<!--Acrescentar as referências requeridas pelos vossos contratos, bolsas, etc. -->
<!--Acrescentar as referências requeridas pelos vossos contratos, bolsas, etc. -->
==DOI==
==DOI==


<!--A acrescentar posteriormente-->
<!--A acrescentar posteriormente-->https://doi.org/10.34619/mscj-yidq
 
==Citar este artigo==
==Citar este artigo==
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{{Citar este artigo|autor=Almeida Barata, João de|DOI=[https://doi.org/10.34619/mscj-yidq https://doi.org/10.34619/mscj-yidq]}}


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[[Categoria:TechNetEMPIRE Instituições]]

Edição atual desde as 17h03min de 18 de março de 2024


Escola de Desenho Industrial de Braga
(valor desconhecido)
Outras denominações Aula de desenho industrial, Escola Industrial de Braga, Escola Industrial "Bartolomeu dos Mártires"
Tipo de Instituição Ensino civil
Data de fundação 11 dezembro 1884
Data de extinção 30 junho 1914
Paralisação
Início: valor desconhecido
Fim: valor desconhecido
Localização
Localização Braga, Braga, Portugal
Início: 11 de dezembro de 1884
Fim: 1890

Localização Largo das Carvalheiras, Braga,-
Início: 1890
Fim: 30 de junho de 1914
Antecessora valor desconhecido

Sucessora Escola Industrial e Comercial "Bartolomeu dos Mártires" de Braga


História

A Escola de Desenho Industrial de Braga foi uma instituição de ensino industrial criada por decreto de 11 de Dezembro de 1884, sob tutela do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria (M.O.P.C.I.), sendo ministro António Augusto de Aguiar[1]. O primeiro ano letivo foi inaugurado em 21 de Novembro de 1885. A sua criação ocorreu 32 anos após o estabelecimento do ensino industrial, em 1852, e no contexto da descentralização do ensino ocorrida na década de 80 com a criação de escolas industriais fora dos grandes centros urbanos de Lisboa e Porto[2], onde já se encontravam instituídos o Instituto Industrial de Lisboa e a Escola Industrial do Porto. A instituição curricular do desenho industrial, por decreto de 3 de Janeiro de 1884, procurou responder à necessidade de preparar com essa valência os alunos destinados a frequentar o ensino industrial, sendo inicialmente proposta a criação de oito escolas de desenho industrial (três em Lisboa, três no Porto, uma nas Caldas da Rainha e uma em Coimbra), e, posteriormente, as que se considerasse necessário criar[3], nomeadamente, a de Braga.

De acordo com a legislação de 1884, as escolas ou cadeiras de desenho industrial eram entendidas como possíveis "núcleos das escolas industriais futuras", podendo vir a constituir uma escola industrial se a sua frequência escolar e as necessidades da indústria local assim o justificassem[4]. Consequentemente, por decreto de 10 de Janeiro de 1889, a "aula de desenho industrial" era integrada na Escola Industrial, então, criada em Braga com o fim de "ministrar o ensino teórico e prático apropriado às industrias predominantes"[5]. A Escola Industrial inaugurou o primeiro ano letivo em 1 de Outubro de 1890[6].

Em 1891, o ensino industrial e comercial foi objeto de reorganização por João Franco, Ministro do M.O.P.C.I., pela qual se clarificou os objectivos de cada grau e se reorganizou o quadro disciplinar em função dos mesmos[7]. Esta reforma seria complementada pela reforma de 1893, da autoria de Bernardino Machado, e de 1897, da autoria de Augusto José da Cunha. A estrutura de ensino de 1891 distinguia as escolas industriais entre completas, incompletas e elementares, localizando-se as primeiras, exclusivamente, em Lisboa e no Porto. A Escola Industrial de Braga era classificada como incompleta, uma vez não leccionar todas as disciplinas existentes, e recebeu a designação de Escola Industrial "Bartolomeu dos Mártires" (Arcebispo de Braga no séc. XVI) de Braga[8].

A reforma republicana datada de 30 de Junho de 1914 estabeleceu cursos elementares de comércio anexos às escolas industriais e desenho industrial. A reforma aplicou-se também à Escola Industrial "Bartolomeu dos Mártires" que, em consequência, alterou a sua designação para Escola Industrial e Comercial "Bartolomeu dos Mártires" de Braga[9].

Outras informações

A direção da Escola Industrial foi incumbida a Bernardino Pacheco Alves Passos em 1889[10]. Em 1897, ocupava o lugar o visconde de Fraião, Francisco Manuel de Oliveira Carvalho[11].

Entre 1885 e 1891, inscreveram-se na Escola de Desenho Industrial e na Escola Industrial de Braga 733 alunos do género masculino e 38 alunas do género feminino, totalizando 202 aprovações, 179 e 23, respectivamente[6]. No ano letivo de 1887-1888, inscreveram-se 116 alunos do sexo masculino, e matricularam-se 104, na Escola de Desenho Industrial de Braga[12]; no ano letivo de 1889-1890 inscreveram-se 168 alunos, dos quais dois do género feminino[13]; e no ano letivo seguinte inscreveram-se 150 alunos, dos quais 32 do género feminino[14].

A Escola de Desenho Industrial foi instalada de forma repartida pelas salas do edifício onde funcionavam os tribunais de Braga por cedência da Câmara Municipal em 1885[15]. Entre 1889 e 1890, adotada a designação de Escola Industrial de Braga, foi instalada numa casa localizada no largo das Carvalheiras, por não ter sido possível instala-la no primeiro edifício cedido pela Câmara. Como explicou o inspector das escolas industriais da circunscrição do norte, José Silva Leitão, no período entre Agosto de 1889 e Julho de 1890, a instalação foi demorada devido a vários expedientes, tendo apenas sido concretizada em Junho de 1890[16]. Durante o ano de 1890 foram realizadas obras para ser instalada uma oficina anexa à escola e procedeu-se à aquisição de imobiliário alemão, bem como de material de desenho[13].

Na Escola Industrial de Braga encontravam-se anexas oficinas destinadas aos trabalhos em metal, madeira e tecelagem[5]. Em 7 de Janeiro de 1891, foi inaugurada uma oficina de lavores femininos, na qual se achavam inscritas 10 alunas[17]. Segundo relatório de José Silva Leitão, ainda no ano letivo de 1890-1891 foram adquiridos materiais para "a montagem do laboratório químico (...) para o gabinete de física; uma colecção de modelos de órgãos de máquinas para o estudo do desenho de máquinas encomendada na Suíça; todo o material necessário para a oficina de lavores femininos, constando de máquinas de costura e outros utensílios próprios d'aquela oficina, bem como de modelos para bordar"[18]. Em 1891, decretou-se a criação das oficinas de serralharia e carpintaria, a par da oficina de lavores femininos já existente[8]. Pela reforma de 1897 foram estabelecidas as oficinas de carpintaria, marcenaria e entalhador[19].

Curricula

A Escola de Desenho Industrial de Braga ministrava o ensino do desenho de grau elementar ou geral, composto da classe preparatória, dedicada ao desenho linear à vista e destinada a crianças até aos 12 anos antes da sua inscrição no ensino industrial, e da classe complementar, dedicada ao desenho real à vista e destinada a adultos tanto aprendizes como mestres; e de grau industrial ou especial, dividido em três ramos, dois quais se ministrava o primeiro ramo de desenho ornamental e o terceiro ramo de desenho mecânico (não leccionava o segundo ramo de desenho arquitectural). No ensino do primeiro ramo leccionavam-se pelas disciplinas de Desenho geométrico, Desenho de ornatos, Perspectiva e aguadas e Modelação, e, no terceiro ramo, as disciplinas de Desenho geométrico, Perspectivas e aguadas, Desenho à vista de máquinas e Elaboração de cortes[20]. Em 1888, a publicação do Regulamento das escolas industriaes e de desenho industrial introduziu algumas modificações no quadro de disciplinas dos dois últimos ramos: no ensino de desenho ornamental, acrescentaram-se as matérias de Conhecimento dos estilos e Composição; no ensino de desenho mecânico, acrescentaram-se as matérias de Desenho rigoroso de máquinas, traçado de maquinismos, elaboração de cortes, alçados, planos e épures de máquinas; Noções gerais sobre movimentos e máquinas simples; Composição e elaboração de projectos de máquinas[21].

O plano de estudos da Escola Industrial de Braga de 1889 ministrava os dois graus de ensino industrial, elementar e industrial com o seguinte quadro de disciplinas: Aritmética e geometria elementar, Química industrial, Princípios de física e elementos de mecânica, Língua francesa e Desenho industrial. A estas disciplinas, estabelecidas por decreto de 10 de Janeiro de 1889[22], acresciam as discriminadas no relatório do inspector José Silva Leitão referente ao ano letivo de 1889-1890: Desenho de ornato, Desenho geométrico, Desenho arquitectónico, Desenho de máquinas, Perspectiva, Matemática e Oficina de lavores femininos[23].

Em 1891, a reforma do ensino industrial e comercial dividiu o ensino industrial leccionado nas escolas industriais em três secções, instrução geral, instrução industrial e técnica oficinal. Em consequência, a Escola Industrial "Bartolomeu dos Mártires" foi dotada de um novo quadro disciplinar, limitado a quatro disciplinas pertencentes à primeira e segunda secções: "Aritmética, geometria elementar e suas aplicações comerciais e industriais; princípios gerais de física, química e história natural", "Desenho elementar, das classes I preparatória e II complementar", "Desenho arquitectónico, das classes I artístico e modelação; e II desenho técnico" e "Desenho ornamental, das classes I desenho de ornato e modelação e II composição ornamental". Nas disciplinas pertencentes à segunda secção excluia-se o ensino das matérias da segunda classe[8]. Esta reforma não especificava os cursos ministrados em cada escola industrial (divididos entre cursos elementares e gerais, e cursos industriais), apenas que se instituiriam "conforme as condições de cada"[8]. A reforma de Bernardino Machado, de 1893, complementou aquela peça legislativa. No caso da Escola Industrial de Braga o quadro disciplinar era mantido, especificando-se os cursos existentes: cursos elementares para o sexo masculino e para o sexo feminino, e os cursos industriais de pintor decorador, modista, costureira, serralheiro civil, ourives cinzelador, formador, estucador, entalhador, marceneiro e carpinteiro civil[24].

A reforma de 1897 modificou o quadro de disciplinas com a supressão da disciplina de Desenho arquitectónico, mantendo apenas o Desenho "ornamental e modelação" e o acréscimo de Língua portuguesa. Nesta reforma não se mencionava a existência de uma oficina de lavores femininos e estabeleciam-se apenas dois cursos, de desenho industrial, e profissional[19].

Plano de estudos de 1884 e 1888 (Escola de Desenho Industrial de Braga (1884 - 1889))
Graus de ensino Nome da Cadeira Matérias Livros Professores
Elementar ou geral Classe preparatória, ou desenho simples linear à vista Desenho de linhas rectas e combinações elementares, e desenho de curvas; esboços de contornos de objectos sólidos; rudimentos de perspectiva; noções de beleza de forma, especialmente em objectos comuns; desenho à vista dos contornos dos objectos.
Classe complementar, ou desenho real à vista Aprofundamento do desenho linear à vista; elementos de ornato vegetal e geométrico; rudimentos de perspectiva e assombreamento; teoria das cortes; reprodução de objectos em contorno e aparência.
Industrial ou especial: 1.º ramo de desenho ornamental Desenho geométrico Desenho geométrico ou rigoroso, com auxílio dos instrumentos respectivos (régua, compasso, transferidor, esquadro, duplo-decímetro, etc.).
Desenho de ornato Elementos ornamentais naturais (figura, flores, frutos, animais, etc.), geométricos, e as combinações de ambos.
Perspectiva e aguadas / Estudo da perspectiva das aguadas e das aguarelas (1888) Estudo da perspectiva e das aguadas.
Modelação Modelação em cera ou barro, de figuras, animais, flores, frutos, etc (Em 1888 acrescentou-se a formação em gesso).
Conhecimento dos estilos (1888)
Composição (1888)
Industrial ou especial: 3.º ramo de desenho mecânico Desenho geométrico Desenho geométrico ou rigoroso, com auxílio dos instrumentos respectivos (régua, compasso, transferidor, esquadro, duplo-decímetro, etc.).
Perspectivas e aguadas / Perspectiva, aguadas e aguarelas (1888) Estudo da perspectiva e das aguadas.
Desenho à vista de máquinas / Desenho à vista de máquinas e aparelhos industriais (1888) Desenho à vista de máquinas e aparelhos industriais, em croquis exact s e rápidos.
Elaboração de cortes, etc. / Desenho rigoroso de máquinas, traçado de maquinismos; elaboração de cortes, alçados, planos e épures de máquinas (1888) Elaboração de cortes, planos, épures e construção minuciosa e geral de máquinas motoras e industriais.
Noções gerais sobre movimentos e máquinas simples (1888)
Composição e elaboração de projectos de máquinas (1888)
Plano de estudos de 1889 (Escola Industrial de Braga (1889 - 1891))
Ano Nome da Cadeira Matérias Livros Professores
Aritmética e geometria elementar Professor proprietário em 1889: António Baptista Lopes[10].

Professor proprietário tirocinante em 1889: Álvaro Raimundo Lopes Valadas[25].

Química industrial Professor proprietário em 1889: António Maria Pinheiro Torres e Almeida[10].
Princípios de física e mecânica Professor proprietário em 1889: Bernardino Pacheco Alves Passos[10].
Língua francesa Professor proprietário em 1889: João da Costa Lima[10].
Desenho industrial
Desenho ornamental Professor proprietário em 1889: Ernesto Korrodi[10].
Desenho geomético
Desenho arquitectónico Professor proprietário em 1889: Augusto Stamm[10].
Desenho de máquinas Professor proprietário em 1889: Robert Roginmoser[10].
Desenho Professor proprietário em 1889: Francisco Manuel de Oliveira Carvalho[6].
Perspectiva
Matemática
Oficina de lavores femininos Professora proprietária em 1889: Albina Cândida Pereira Magro[10].
Plano de estudos de 1891, 1893 e 1897 (Escola Industrial "Bartolomeu dos Mártires" de Braga (1891-1914))
Ano Nome da Cadeira Matérias Livros Professores
Aritmética, geometria elementar e suas aplicações comerciais e industriais; princípios gerais de física, química e de história natural / Aritmética (a); Geometria (b); Princípios de física e química e elementos de história natural (c) (1893) Professor proprietário em 24 de Outubro de 1891: Avelino Germano da Costa Freiras[26].

Professor proprietário em 14 de Dezembro de 1897 e em 31 de Janeiro de 1903: António Maria Pinheiro Torres e Almeida[11][27].

Professor temporário em 1903: Eduardo Emílio Monteverde[27].

Desenho elementar / Desenho geral (1893) Classes I preparatória e II complementar. Professor proprietário entre 14 de Dezembro de 1897 e 31 de Janeiro de 1903: Francisco Manuel de Oliveira Carvalho, visconde de Fraião[11][27].

Professor proprietário em 14 de Dezembro de 1897: António Pereira da Silva Braga[11]

Desenho arquitectónico (suprimida em 1897) Classes I desenho arquitectónico artístico e modelação.
Desenho ornamental / Desenho ornamental e modelação (1897) Classes I desenho de ornato e modelação. Professor proprietário em 14 de Dezembro de 1897 e 31 de Janeiro de 1903: Domingos Rebelo Barbosa[11][27].
Oficina de lavores femininos (suprimida em 1897) Costura, bordados, corte, rendas, flores artificiais, pintura menor decorativa em objectos de adorno, etc..
Língua portuguesa (1897) Professor proprietário em 14 de Dezembro de 1897 e 31 de Janeiro de 1903: João da Costa Lima[11][27].

Notas

  1. Decreto de 11 de Dezembro de 1884, Diário do Governo, no. 288, 18 de Dezembro de 1884, 3211.
  2. Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 130.
  3. Decreto de 3 de Janeiro de 1884, Diário do Governo, no. 5, 7 de Janeiro de 1884, 50.
  4. "Regulamento geral das escolas industriaes e escolas de desenho industrial", 6 de Maio de 1884, Diário do Governo, no. 103, 7 de Maio de 1884, 1161.
  5. 5,0 5,1 Decreto de 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo, no. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 465.
  6. 6,0 6,1 6,2 "Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1893, 57.
  7. Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 168.
  8. 8,0 8,1 8,2 8,3 Decreto de 8 de Outubro de 1891, Diário do Governo, no. 227, 9 de Outubro de 1891, 2413.
  9. Decreto n.º 615, 30 de Junho de 1914, Diário do Governo, no. 107, 30 de Junho de 1914, 441.
  10. 10,0 10,1 10,2 10,3 10,4 10,5 10,6 10,7 10,8 "Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1891, 80.
  11. 11,0 11,1 11,2 11,3 11,4 11,5 Decreto de 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, no. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3333.
  12. "Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1887-1888", 31 de Julho de 1888, Apêndice ao Diário do Governo, no. 5, 1 de Janeiro de 1889, 132.
  13. 13,0 13,1 "Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1891, 79.
  14. "Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1893, 46.
  15. Gomes, "Escolas industriais e comerciais", 113.
  16. "Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1891, 78-79.
  17. "Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1893, 40.
  18. "Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1893, 41.
  19. 19,0 19,1 Decreto de 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, no. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3320.
  20. "Regulamento geral das escolas industriaes e escolas de desenho industrial", 6 de Maio de 1884, Diário do Governo, no. 103, 7 de Maio de 1884, 1161. O mesmo documento apresenta as saídas profissionais relativas a cada ramo de ensino.
  21. "Regulamento das escolas industriaes e de desenho industrial", 23 de Fevereiro de 1888, Diário do Governo, no. 44, 24 de Fevereiro de 1888, 438.
  22. Decreto de 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo, no. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 465.
  23. "Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1891, 80; 83-84.
  24. Decreto de 5 de Outubro de 1893, Diário do Governo, no. 226, 6 de Outubro de 1893, 2571.
  25. Despacho de 12 de Dezembro de 1889, Diário do Governo, no. 10, 14 de Janeiro de 1890, 81.
  26. Portaria de 24 de Outubro de 1891, Diário do Governo, no. 241, 26 de Outubro de 1891, 2566.
  27. 27,0 27,1 27,2 27,3 27,4 "Lista do pessoal de ensino elementar industrial e comercial, referida a 31 de Janeiro de 1903", 3 de Fevereiro de 1903, Diário do Governo, no. 25, 3 de Fevereiro de 1903, 380.

Fontes

Decreto de 3 de Janeiro de 1884, Diário do Governo, no. 5, 7 de Janeiro de 1884, 50.

Decreto de 5 de Outubro de 1893, Diário do Governo, no. 226, 6 de Outubro de 1893, 2570-2580.

Decreto de 8 de Outubro de 1891, Diário do Governo, no. 227, 9 de Outubro de 1891, 2408-2416.

Decreto de 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo, no. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 465-466.

Decreto de 11 de Dezembro de 1884, Diário do Governo, no. 288, 18 de Dezembro de 1884, 3211.

Decreto de 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, no. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3319-3334.

Decreto n.º 615, 30 de Junho de 1914, Diário do Govêrno, no. 107, 30 de Junho de 1914, 441.

Despacho de 12 de Dezembro de 1889, Diário do Governo, no. 10, 14 de Janeiro de 1890, 81.

"Lista do pessoal de ensino elementar industrial e comercial, referida a 31 de Janeiro de 1903", 3 de Fevereiro de 1903, Diário do Governo, no. 25, 3 de Fevereiro de 1903, 380-381.

Portaria de 24 de Outubro de 1891, Diário do Governo, no. 241, 26 de Outubro de 1891, 2566.

"Regulamento das escolas industriaes e de desenho industrial", 23 de Fevereiro de 1888, Diário do Governo, no. 44, 24 de Fevereiro de 1888, 437-443.

"Regulamento geral das escolas industriaes e escolas de desenho industrial", 6 de Maio de 1884, Diário do Governo, no. 103, 7 de Maio de 1884, 1159-1162.

"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1887-1888", 31 de Julho de 1888, Apêndice ao Diário do Governo, no. 5, 1 de Janeiro de 1889, 127-142.

"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1891, 75-108.

"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1893, 38-87.

Bibliografia

Agrupamento de Escolas Carlos Amarante, "O agrupamento". Visualizado 17 Agosto, 2022.

Alves, Luís Alberto Marques. "Contributos para o estudo do ensino industrial em Portugal (1851-1910)". Tese de Doutoramento, Universidade do Porto, 1998.

Gomes, José Ferreira. "Escolas industriais e comerciais criadas no século XIX". Revista Portuguesa de Pedagogia, no. 12 (1978): 79-151.

Ligações Internas

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Ligações Externas

Alves, Luís Alberto Marques. "Os professores e o ensino industrial (último quartel do século XIX a meados do século XX)". Sísifo. Revista de Ciências da Educação, no. 11 (Janeiro/Abril 2010): 35-43.

Alves, Luís Alberto Marques. "Os Professores e o Ensino Industrial na Segunda Metade do Século XIX". Em Estudos em Homenagem a Luís António de Oliveira Ramos, 131-141. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2004.

"Escola Industrial e Comercial de Braga / Escola Industrial e Comercial de Carlos Amarante / Escola Secundária de Carlos Amarante". SIPA. Sistema de Informação para o Património Arquitectónico.

Autor(es) do artigo

João de Almeida Barata

https://orcid.org/0000-0001-9048-0447

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

Apoio especial “Verão com Ciência 2022” da UID 4666 – CHAM — Centro de Humanidades, financiado por fundos nacionais através da FCT/MCTES (PIDDAC)

DOI

https://doi.org/10.34619/mscj-yidq

Citar este artigo

Almeida Barata, João de. "Escola de Desenho Industrial de Braga", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 18/03/2024). Consultado a 13 de maio de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Escola_de_Desenho_Industrial_de_Braga. DOI: https://doi.org/10.34619/mscj-yidq