Escola de Desenho Industrial de Coimbra: diferenças entre revisões

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==História==<!--História geral da instituição. Este é o local para colocar toda a informação que justifica o que está na infobox e outra complementar, subdividida em períodos, se necessário-->
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A Escola de Desenho Industrial de Coimbra foi uma instituição de instrução industrial criada por decreto de 3 de Janeiro de 1884, sendo Ministro do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria (M.O.P.C.I.), António Augusto de Aguiar<ref>Decreto de 3 de Janeiro de 1884, Diário do Governo'','' no. 5, 7 de Janeiro de 1884, 50.</ref>. O primeiro ano lectivo foi inaugurado em 20 de Fevereiro de 1885<ref>Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 30.</ref>. A sua criação ocorreu 32 anos após o estabelecimento do ensino industrial, em 1852, e no contexto da descentralização do ensino ocorrida na década de 80 com a criação de escolas industriais fora dos grandes centros urbanos de Lisboa e Porto<ref>Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 130.</ref>. A instituição curricular do desenho industrial procurou responder à necessidade de preparar com essa valência os alunos destinados a frequentar o ensino industrial. A par da Escola Industrial da Covilhã, estabeleceram-se oito escolas de desenho industrial, nomeadamente, uma em Coimbra, cuja instrução deveria incidir no "''desenho exclusivamente industrial''" e ser dirigida "''com aplicação à indústria ou indústrias predominantes nas localidades onde são estabelecidas''"<ref>Decreto, 3 de Janeiro de 1884, ''Diário do Governo,'' n. 5, 7 de Janeiro de 1884, 50.</ref>. No caso conimbricense registava-se "''um ambiente de desenvolvimento económico, que favoreceu a fundação da Escola''", com destaque para as atividades artesanais e industriais, nomeadamente, alimentar, metalúrgica e metalomecânica<ref>Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 24-25; 27.</ref>.   
A Escola de Desenho Industrial de Coimbra foi uma instituição de instrução industrial criada por decreto de 3 de Janeiro de 1884, sob tutela do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria (M.O.P.C.I.), sendo ministro António Augusto de Aguiar<ref name=":10">Decreto de 3 de Janeiro de 1884, Diário do Governo'','' no. 5, 7 de Janeiro de 1884, 50.</ref>. O primeiro ano lectivo foi inaugurado em 20 de Fevereiro de 1885<ref>Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 30.</ref>. A sua criação ocorreu 32 anos após o estabelecimento do ensino industrial, em 1852, e no contexto da descentralização do ensino ocorrida na década de 80 com a criação de escolas industriais fora dos grandes centros urbanos de Lisboa e Porto<ref>Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 130.</ref>, onde já se encontravam instituídos o [[Instituto Industrial de Lisboa]] e a [[Escola Industrial do Porto]]. A instituição curricular do desenho industrial procurou responder à necessidade de preparar com essa valência os alunos destinados a frequentar o ensino industrial. A par da Escola Industrial da Covilhã, estabeleceram-se oito escolas de desenho industrial nas quais a instrução devia ser concretizada "''com aplicação à indústria ou indústrias predominantes nas localidades onde são estabelecidas''"<ref name=":10" />. A rede de ensino seria desenvolvida posteriormente com a criação de outras escolas, como a de [[Escola de Desenho Industrial de Braga|Braga]]. No caso conimbricense observava-se "''um ambiente de desenvolvimento económico, que favoreceu a fundação da Escola''", caracterizado pelas actividades atividades artesanais e industriais, nomeadamente, alimentar, metalúrgica e metalomecânica<ref>Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 24-25; 27.</ref>.   


Em 5 de Dezembro de 1884, sob proposta do inspector de escolas industriais e das escolas de desenho industrial, a Escola de Desenho Industrial, de Coimbra, toma a designação de "Brotero", em homenagem a Félix de Avelar Brotero (1744-1828), diretor do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra e pioneiro nos estudos de botânica, agricultura e agronomia em Portugal<ref>Decreto, 5 de Dezembro de 1884, Diário do Governo'','' n. 282, 11 de Dezembro de 1884, 3138.</ref>.
Em 5 de Dezembro de 1884, sob proposta do inspector de escolas industriais e das escolas de desenho industrial, a Escola de Desenho Industrial, de Coimbra, toma a designação de "Brotero", em homenagem a Félix de Avelar Brotero (1744-1828), diretor do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra e pioneiro nos estudos de botânica, agricultura e agronomia em Portugal<ref>Portaria de 5 de Dezembro de 1884, Diário do Governo'','' no. 282, 11 de Dezembro de 1884, 3138.</ref>.


Segundo o decreto de 3 de Janeiro de 1884, era esperado que "''as cadeiras ou escolas de desenho, multiplicadas com o tempo, ir-se-ão constituindo gradualmente em escolas industriais''"<ref>Portaria, 6 de Maio de 1884, Diário do Governo'','' n. 103, 7 de Maio de 1884, 1160-1162. </ref>. Este seria o primeiro argumento apresentado pelos vereadores da Câmara Municipal de Coimbra, António Augusto Gonçalves, diretor da Escola de Desenho Industrial, e Manuel Augusto Rodrigues da Silva, para o estabelecimento de uma Escola Industrial em Coimbra. A proposta apresentada em sessão camarária de 20 de Outubro de 1887 sustentava-se também em vista da "''numerosa concorrência à Escola Brotero''" e da "''urgência de acudir às indústrias locais, fornecendo-lhes suficientes meios de instrução''"<ref>Martinho, "Os professores estrangeiros ao serviço", 32. </ref>.   
De acordo com a legislação de 1884, as escolas ou cadeiras de desenho industrial eram entendidas como possíveis "''núcleos das escolas industriais futuras''", podendo vir a constituir uma escola industrial se a sua frequência escolar e as necessidades da indústria local assim o justificassem<ref>"Regulamento geral das escolas industriaes e escolas de desenho industrial", 6 de Maio de 1884, Diário do Governo, no. 103, 7 de Maio de 1884, 1161.</ref>. Este seria o primeiro argumento apresentado pelos vereadores da Câmara Municipal de Coimbra, António Augusto Gonçalves, diretor da Escola de Desenho Industrial, e Manuel Augusto Rodrigues da Silva, para o estabelecimento de uma Escola Industrial em Coimbra. A proposta apresentada em sessão camarária de 20 de Outubro de 1887 sustentava-se também em vista da "''numerosa concorrência à Escola Brotero''" e da "''urgência de acudir às indústrias locais, fornecendo-lhes suficientes meios de instrução''"<ref>Martinho, "Os professores estrangeiros ao serviço", 32. </ref>.   


A proposta recebeu aval dos poderes públicos e por decreto de 10 de Janeiro de 1889, da autoria de Emídio Navarro, ministro do M.O.P.C.I., era criada a Escola Industrial de Coimbra, com a designação "Brotero", que incorporou a "''aula de desenho industrial «Brotero»''"<ref name=":0">Decreto, 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo'','' n. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 465-466.</ref>. A Escola inaugurou as suas aulas em 4 de Janeiro de 1890<ref>Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 33.</ref>. Para que tal tenha sido possível tornou-se necessário alargar o corpo docente exímio, que até então contava com apenas um professor, sendo para efeito abertos concursos no estrangeiro (Roma, Berlim, Bruxelas, Berna, Viena de Áustria e Paris) com fim de "''contratar professores de qualidade nas especialidades mais carecidas''"<ref>Martinho, 34.</ref>.  
A proposta recebeu aval dos poderes públicos e por decreto de 10 de Janeiro de 1889, da autoria de Emídio Navarro, ministro do M.O.P.C.I., era criada a Escola Industrial de Coimbra, com a designação "Brotero", que incorporou a "''aula de desenho industrial «Brotero»''"<ref name=":0">Decreto de 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo'','' no. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 465-466.</ref>. A Escola inaugurou as suas aulas em 4 de Janeiro de 1890<ref>Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 33.</ref>. Para que tal tenha sido possível tornou-se necessário alargar o corpo docente exímio, que até então contava com apenas um professor, sendo para efeito abertos concursos no estrangeiro (Roma, Berlim, Bruxelas, Berna, Viena de Áustria e Paris) com fim de "''contratar professores de qualidade nas especialidades mais carecidas''"<ref>Martinho, 34.</ref>.  


Em 1891, o ensino industrial e comercial foi objeto de reorganização por João Franco, Ministro do M.O.P.C.I., pela qual se clarificou os objectivos de cada grau e se reorganizou o quadro disciplinar em função dos mesmos<ref>Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 168.</ref>. Esta reforma seria complementada pela reforma de 1893, da autoria de Bernardino Machado, e de 1897, da autoria de Augusto José da Cunha. A estrutura de ensino de 1891 distinguia as escolas industriais entre completas, incompletas e elementares, localizando-se as primeiras, exclusivamente, em Lisboa e no Porto. A Escola Industrial de Coimbra era classificada como incompleta uma vez não leccionar todas as disciplinas existentes<ref name=":32">Decreto de 8 de Outubro de 1891, Diário do Governo, no. 227, 9 de Outubro de 1891, 2413.</ref>.    
Em 1891, o ensino industrial e comercial foi objeto de reorganização por João Franco, Ministro do M.O.P.C.I., pela qual se clarificou os objectivos de cada grau e se reorganizou o quadro disciplinar em função dos mesmos<ref>Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 168.</ref>. Esta reforma seria complementada pela reforma de 1893, da autoria de Bernardino Machado, e de 1897, da autoria de Augusto José da Cunha. A estrutura de ensino de 1891 distinguia as escolas industriais entre completas, incompletas e elementares, localizando-se as primeiras, exclusivamente, em Lisboa e no Porto. A Escola Industrial de Coimbra era classificada como incompleta uma vez não leccionar todas as disciplinas existentes<ref name=":32">Decreto de 8 de Outubro de 1891, Diário do Governo, no. 227, 9 de Outubro de 1891, 2413.</ref>.    


A partir de 1914 e até 1918, a Escola Industrial Brotero passou a integrar uma secção comercial, em função da reforma republicana que instituiu as últimas anexas às escolas industriais, pelo que alterou a sua designação para Escola Industrial e Comercial de Brotero. Uma orgânica que se alterou entre 1919 e 1920, período em que a secção comercial foi autonomizada e criada a Escola Comercial de Coimbra, que, porém, à falta de sede, permaneceu no edifício da Escola Industrial. Novamente, em 1921, a Escola Comercial era integrada na Escola Industrial, retomando a designação de Escola Industrial e Comercial de Coimbra<ref>Figueira, ''Escola Brotero. Memórias de Sempre.,'' citado em Rodrigues Costa, "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 2"''.'' Visualizado em 11 Agosto, 2022. Figueira, ''Escola Brotero. Memórias de Sempre.,'' citado em Rodrigues Costa, "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 3". Visualizado em 11 Agosto, 2022.</ref>.  
A partir de 22 de Junho de 1914 e até 1918, a Escola Industrial "Brotero" passou a integrar uma secção comercial, em função da reforma republicana que anexou aquelas secções às escolas industriais, e alterou a sua designação para Escola Industrial e Comercial "Brotero" de Coimbra<ref>Decreto n.º 586, 22 de Junho de 1914, Diário do Govêrno, I Série, no. 101, 22 de Junho de 1914, 386.</ref>.  


===Outras informações===<!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
===Outras informações===<!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
Foram diretores da Escola Industrial Albino Augusto Manique de Melo<ref>Figueira, "A Sempre-Escola", 6.</ref>, António Augusto Gonçalves e, Sidónio Pais em 1905<ref>Pélico, "Notas ligeiras sobre a Escola Industrial", citado em Rodrigues Costa, "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 1". Visualizado em 10 Agosto, 2022.</ref>.
Foram diretores da Escola Industrial Albino Augusto Manique de Melo, pelo menos, entre 1889 e 1891<ref name=":5" />, António Augusto Gonçalves e Sidónio Pais em 1905<ref>Pélico, "Notas ligeiras sobre a Escola Industrial", citado em Rodrigues Costa, "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 1". Visualizado em 10 Agosto, 2022.</ref>.


A matrícula na Escola Industrial era permitida a alunos com idades compreendidas entre os seis e os 12 anos, sendo necessária aprovação prévia em desenho elementar para a frequência nos ramos do desenho industrial<ref>Portaria, 6 de Maio de 1884, Diário do Governo'','' n. 103, 7 de Maio de 1884, 1160-1162.</ref>. No primeiro ano lectivo da Escola de Desenho Industrial inscreveram-se 152 alunos com idades entre os seis e os 40 anos. Entre os alunos contavam-se três matriculas com sexo feminino, sendo os alunos de sexo masculino todos profissionais, nomeadamente, "''alfaiates, canteiros, carpinteiros, empregados, funileiros, marceneiros, ourives, paliteiros, pedreiros, pintores de louça, sapateiros, segeiros, serralheiros, tipógrafos''"<ref>Figueira, ''Escola Brotero. Memórias de Sempre.,'' citado em Rodrigues Costa, "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 2". Visualizado em 11 Agosto, 2022.</ref>.
No primeiro ano lectivo da Escola de Desenho Industrial inscreveram-se 152 alunos com idades entre os seis e os 40 anos. Entre os alunos contavam-se três matriculas com sexo feminino, sendo os alunos de sexo masculino todos profissionais, nomeadamente, "''alfaiates, canteiros, carpinteiros, empregados, funileiros, marceneiros, ourives, paliteiros, pedreiros, pintores de louça, sapateiros, segeiros, serralheiros, tipógrafos''"<ref>Figueira, ''Escola Brotero. Memórias de Sempre.,'' citado em Rodrigues Costa, "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 2"''.'' Visualizado em 11 Agosto, 2022.</ref>.


A Escola de Desenho Industrial de Coimbra não conheceu uma localização fixa no período do seu funcionamento. Em Setembro de 1884, a Câmara Municipal de Coimbra abdicava de adquirir o edifício da antiga Igreja da Trindade de forma a "''facilitar a instalação na cidade de Coimbra da escola de desenho industrial''"<ref>"[Louvor à Câmara Municipal de Coimbra]", 27 de Setembro de 1884, Diário do Governo'','' n. 221, 29 de Setembro de 1884, 2469.</ref>. Porém, a Escola de Desenho não chegou a estabelecer-se naquele espaço e, em alternativa, a partir de 1885, ocupou parte do refeitório dos frades Crúzios no Mosteiro de Santa Cruz, espaço cedido pela Associação dos Artistas de Coimbra<ref>Anacleto, "Coimbra: Alargamento do espaço urbano", 169.</ref>. No ano seguinte, a Câmara Municipal de Coimbra cedeu o espaço situado no piso superior ao refeitório para ocupação pela Escola de Desenho<ref>Anacleto, 170.</ref>.
A Escola de Desenho Industrial de Coimbra não conheceu uma localização fixa no período do seu funcionamento. Em Setembro de 1884, a Câmara Municipal de Coimbra abdicava de adquirir o edifício da antiga Igreja da Trindade de forma a "''facilitar a instalação na cidade de Coimbra da escola de desenho industrial''"<ref>"[Louvor à Câmara Municipal de Coimbra]", 27 de Setembro de 1884, Diário do Governo'','' n. 221, 29 de Setembro de 1884, 2469.</ref>. Porém, a Escola de Desenho não chegou a estabelecer-se naquele espaço e, em alternativa, a partir de 1885, ocupou parte do refeitório dos frades Crúzios no Mosteiro de Santa Cruz, espaço cedido pela Associação dos Artistas de Coimbra<ref>Anacleto, "Coimbra: Alargamento do espaço urbano", 169.</ref>. No ano seguinte, a Câmara Municipal de Coimbra cedeu o espaço situado no piso superior ao refeitório para ocupação pela Escola de Desenho<ref name=":11">Anacleto, 170.</ref>.


Posteriormente a 1889, já como Escola Industrial "Brotero", ocupou os espaços do andares superiores e térreos da ala oeste e fachada sul do Claustro da Manga, no Mosteiro de Santa Cruz, assim como, o próprio Claustro e a antiga Capela do Noviciado, que acresciam aos espaços já utilizados pelas aulas da Escola de Desenho Industrial<ref>Anacleto, 170.</ref>. No ano letivo de 1890-1891 foram realizadas obras nos edifícios que circundavam o Claustro de Manga para que albergassem as oficinas de serralharia, carpintaria, marcenaria, modelação e cerâmica, e gravura e ornamentação de metais<ref>Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 42.</ref>, tendo a Câmara Municipal de Coimbra cedido, para esse efeito, "''a parte baixa do antigo cerco do noviciado''"<ref>Figueira, ''Escola Brotero. Memórias de Sempre.,'' citado em Rodrigues Costa, "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 3". Visualizado em 11 Agosto, 2022.</ref>.   
Posteriormente a 1889, já como Escola Industrial "Brotero", para além dos espaços ocupados anteriormente pelas aulas de desenho, ocupou os andares térreos e superiores da ala oeste e fachada sul do Claustro da Manga, no Mosteiro de Santa Cruz, assim como, o próprio Claustro e a antiga Capela do Noviciado<ref name=":11" />. No ano letivo de 1890-1891 foram realizadas obras nos edifícios que circundavam o Claustro de Manga para que albergassem as oficinas de serralharia, carpintaria, marcenaria, modelação e cerâmica, e gravura e ornamentação de metais<ref name=":6">Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 42.</ref>, tendo a Câmara Municipal de Coimbra cedido, para esse efeito, "''a parte baixa do antigo cerco do noviciado''"<ref name=":12">Figueira, ''Escola Brotero. Memórias de Sempre.,'' citado em Rodrigues Costa, "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 3". Visualizado em 11 Agosto, 2022.</ref>.   


Entre 1889 e 1910, foram realizados estudos de arquitetura para erigir novo edifício para estabelecer definitivamente a Escola Industrial de Coimbra, os quais não conheceram conclusão prática. Devido a um incêndio ocorrido no Claustro da Manga, em 1917, a Escola Industrial seria transferida para o edifício da Casa da Quinta do Mosteiro, onde estava instalada a Direção das Obras Públicas<ref>Anacleto, "Coimbra: Alargamento do espaço urbano", 171; Figueira, "Escola-de-toda-a-Cidade", 8.</ref> e, hoje, a Associação Académica de Coimbra, mantendo-se as oficinas no Claustro<ref>Figueira, ''Escola Brotero. Memórias de Sempre.,'' citado em Rodrigues Costa, "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 3". Visualizado em 11 Agosto, 2022.</ref>.     
Entre 1889 e 1910, foram realizados estudos de arquitetura para erigir um novo edifício onde estabelecer definitivamente a Escola, os quais não tiveram conclusão prática. Devido a um incêndio ocorrido no Claustro da Manga, em 1917, a Escola Industrial seria transferida para o edifício da Casa da Quinta do Mosteiro onde estava instalada a Direção das Obras Públicas<ref>Anacleto, "Coimbra: Alargamento do espaço urbano", 171; Figueira, "Escola-de-toda-a-Cidade", 8.</ref>, conservando-se as oficinas no Claustro do Mosteiro de Santa Cruz<ref name=":12" />.     


A partir de 1921, a Escola Industrial e Comercial de Coimbra encontrava-se instalada no Hospício da Maternidade, afeto à Faculdade de Medicina, e antiga hospedaria do Convento de Santa Cruz<ref>Figueira, ''Escola Brotero. Memórias de Sempre.,'' citado em Rodrigues Costa, "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 3". Visualizado em 11 Agosto, 2022.</ref>.   
A partir de 1921, a Escola Industrial e Comercial de Coimbra encontrava-se instalada no Hospício da Maternidade, afeto à Faculdade de Medicina, e antiga hospedaria do Convento de Santa Cruz<ref name=":12" />.   


Pela reforma de 1889 estabeleceram-se anexas à Escola as oficinas de trabalhos em metal, madeira e barro<ref name=":0" />. Em 1897, encontravam-se anexas à Escola as oficinas de serralharia, cerâmica, entalhador e formação<ref>Decreto, 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, n. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3318-3324.</ref>.   
Pela reforma de 1889 estabeleceram-se anexas à Escola as oficinas de trabalhos em metal, madeira e barro<ref name=":0" />. Em 1897, encontravam-se anexas à Escola as oficinas de serralharia, cerâmica, entalhador e formação<ref>Decreto de 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, no. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3320.</ref>.   
==Curricula== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
==Curricula== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
<!--Nota: no caso de instituições que não sejam de ensino, a criação de novos campos tem que ser debatida previamente-->
<!--Nota: no caso de instituições que não sejam de ensino, a criação de novos campos tem que ser debatida previamente-->
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Segundo a organização de que foi dotado em 1884, o ensino de desenho industrial era dividido em dois graus: o primeiro, elementar ou geral, e, o segundo, industrial ou especial, por sua vez subdividido em três ramos, ornamental, arquitetural e mecânico, cuja frequência isolada era bienal. Sendo obrigatória a leccionação do primeiro grau em todas as cadeiras de desenho (Preparatório, ou desenho simples linear à vista; Complementar, ou desenho real à vista), determinava-se que na Escola de Desenho Industrial de Coimbra fossem regidos os ramos especiais de desenho ornamental (desenho geométrico; de ornato; estudo da perspectiva e aguadas; modelação em cera ou barro) e desenho arquitetural (desenho geométrico; estudo da perspectiva e aguadas; estereotomia e corte de madeiras para construção; desenho arquitetural e ornato arquitetónico; desenho topográfico; elaboração de cortes, plantas, perfis, projeções, detalhes, épures e uso de tintas convencionais)<ref>"Regulamento geral das escolas industriaes e escolas de desenho industrial", 6 de Maio de 1884, Diário do Governo, no. 103, 7 de Maio de 1884, 1161.</ref>.
Segundo a organização de que foi dotado em 1884, o ensino de desenho industrial era dividido em dois graus: o primeiro, elementar ou geral, e, o segundo, industrial ou especial, por sua vez subdividido em três ramos, ornamental, arquitetural e mecânico, cuja frequência isolada era bienal. Sendo obrigatória a leccionação do primeiro grau em todas as cadeiras de desenho (Preparatório, ou desenho simples linear à vista; Complementar, ou desenho real à vista), determinava-se que na Escola de Desenho Industrial de Coimbra fossem regidos os ramos especiais de desenho ornamental (desenho geométrico; de ornato; estudo da perspectiva e aguadas; modelação em cera ou barro) e desenho arquitetural (desenho geométrico; estudo da perspectiva e aguadas; estereotomia e corte de madeiras para construção; desenho arquitetural e ornato arquitetónico; desenho topográfico; elaboração de cortes, plantas, perfis, projeções, detalhes, épures e uso de tintas convencionais)<ref>"Regulamento geral das escolas industriaes e escolas de desenho industrial", 6 de Maio de 1884, Diário do Governo, no. 103, 7 de Maio de 1884, 1161.</ref>.


O plano de estudos da Escola Industrial de Coimbra, em 1889, compunha-se das disciplinas de "''Aritmética e geometria elementar; Química industrial; Princípios de física e elementos de mecânica; Língua francesa; Desenho industrial''"<ref name=":2">Decreto, 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo'','' n. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 465-466.</ref>. A estas acresceria a disciplina de Desenho ornamental, segundo António Martinho<ref name=":8" />  
O plano de estudos da Escola Industrial de Coimbra, em 1889, compunha-se das disciplinas de "''Aritmética e geometria elementar; Química industrial; Princípios de física e elementos de mecânica; Língua francesa; Desenho industrial''"<ref name=":2">Decreto de 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo'','' no. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 466.</ref>. Ainda nesse ano o quadro de disciplinas foi alargado com o desdobramento da cadeira de Desenho industrial em três relativas aos ramos de desenho em que se dividia o seu ensino, arquitectónico, ornamental e mecânico<ref name=":4">"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1893, 56.</ref>.


Em 1891, a reforma do ensino industrial e comercial dividiu o ensino industrial leccionado nas escolas industriais em três secções, instrução geral, instrução industrial e técnica oficinal. Em consequência, o quadro disciplinar foi alargado passando a constar sete disciplinas pertencentes à primeira e segunda secções: "''Aritmética, geometria elementar e suas aplicações comerciais e industriais; princípios gerais de física, química e de história natural''"'','' "''Desenho elementar, das classes I preparatória e II complementar''", "''Desenho arquitectónico, das classes I artístico e modelação; e II desenho técnico''", "''Desenho ornamental, das classes I desenho de ornato e modelação e II composição ornamental''", "''Desenho mecânico''", "''Física e mecânica industrial''" e "''Química industrial''"<ref name=":32" />. A estas disciplinas acrescia o curso de gravura e ornamentação dos metais, iniciado em 1891 por proposta do professor Emil Lock<ref name=":6">Martinho, 42.</ref> e a disciplina de desenho geométrico, proposta pelo professor Leopoldo Battistini e iniciada em 1892<ref>Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 46.</ref>.
Em 1891, a reforma do ensino industrial e comercial dividiu o ensino industrial leccionado nas escolas industriais em três secções, instrução geral, instrução industrial e técnica oficinal. Em consequência, o quadro disciplinar foi alargado passando a constar sete disciplinas pertencentes à primeira e segunda secções: "''Aritmética, geometria elementar e suas aplicações comerciais e industriais; princípios gerais de física, química e de história natural''"'','' "''Desenho elementar, das classes I preparatória e II complementar''", "''Desenho arquitectónico, das classes I artístico e modelação; e II desenho técnico''", "''Desenho ornamental, das classes I desenho de ornato e modelação e II composição ornamental''", "''Desenho mecânico''", "''Física e mecânica industrial''" e "''Química industrial''"<ref name=":32" />. A estas disciplinas acrescia o curso de gravura e ornamentação dos metais, iniciado em 1891 por proposta do professor Emil Lock<ref name=":6" /> e a disciplina de desenho geométrico, proposta pelo professor Leopoldo Battistini e iniciada em 1892<ref>Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 46.</ref>. A reforma de 1893 manteve o quadro disciplinar de 1891, procedendo apenas a alterações nas designações das disciplinas, e particularizou a oferta de cursos da Escola: cursos elementares para ambos os sexos (cursos gerais) e cursos industriais de pintor cerâmico, modista, costureira, serralheiro civil, formador, estucador, encadernador, oleiro e louceiro formista, marceneiro, carpinteiro civil, serralheiro mecânico e fogueiro condutor de máquinas<ref>Decreto de 5 de Outubro de 1893, Diário do Governo, no. 226, 6 de Outubro de 1893, 2571.</ref>.


Pela reforma de 1897, da autoria de Augusto José da Cunha, Ministro do M.O.P.C.I., estabeleceu-se uma nova organização das escolas industriais e de comércio. Na Escola Industrial "Brotero" estabeleciam-se três cursos, Desenho industrial, Profissional e Industrial, acrescendo ainda um curso livre de química, com base na cadeira de Química industrial. O currículo era modificado e passava a compor-se das disciplinas de Desenho elementar, Desenho arquitetónico; ornamental e modelação, Língua portuguesa, Aritmética e Geometria, Corografia e História pátria, Geografia geral, Língua francesa, Princípios de física e química, Física e mecânica industrial e Química industrial<ref name=":1">Decreto, 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, n. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3318-3324.</ref>. <br />
A reforma de 1897 reorganizou as escolas industriais e de comércio, estabelecendo três cursos na Escola Industrial "Brotero": curso de desenho industrial, curso profissional e curso industrial, acrescendo ainda um curso livre de química baseado na cadeira de Química industrial. O quadro de disciplinas foi alterado com a supressão de Desenho mecânico; o acréscimo da Modelação à disciplina de Desenho ornamental, que juntamente com o Desenho arquitectónico passavam a compor uma só disciplina com duas partes; e a criação das disciplinas de Princípios de física e química, Língua francesa, Língua portuguesa, Corografia e História pátria e Geografia geral<ref name=":1">Decreto de 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, no. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3320.</ref>. <br />


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| rowspan="2" |Elementar ou geral
| rowspan="2" |Elementar ou geral
|Classe preparatória, ou desenho simples linear à vista.
|Classe preparatória, ou desenho simples linear à vista
|Desenho de linhas rectas e combinações elementares, e desenho de curvas; esboços de contornos de objectos sólidos; rudimentos de perspectiva; noções de beleza de forma, especialmente em objectos comuns; desenho à vista dos contornos dos objectos.
|Desenho de linhas rectas e combinações elementares, e desenho de curvas; esboços de contornos de objectos sólidos; rudimentos de perspectiva; noções de beleza de forma, especialmente em objectos comuns; desenho à vista dos contornos dos objectos.
|
|
|Professor proprietário: António Augusto Gonçalves<ref>Figueira, "A Sempre-Escola", 6.</ref>.
|Professor proprietário em 1884: António Augusto Gonçalves<ref>"Relatorio das escolas Industriaes e de desenho industrial da circumscripção do Norte", 31 de Julho de 1885, Diário do Governo, no. 185, 18 de Agosto de 1886, 2248.</ref>.
|-
|-
|Classe complementar, ou desenho real à vista.
|Classe complementar, ou desenho real à vista
|Aprofundamento do desenho linear à vista; elementos de ornato vegetal e geométrico; rudimentos de perspectiva e assombreamento; teoria das cortes; reprodução de objectos em contorno e aparência.
|Aprofundamento do desenho linear à vista; elementos de ornato vegetal e geométrico; rudimentos de perspectiva e assombreamento; teoria das cortes; reprodução de objectos em contorno e aparência.
|
|
Linha 103: Linha 103:
|-
|-
| rowspan="4" |Industrial ou especial: 1.º ramo de desenho ornamental
| rowspan="4" |Industrial ou especial: 1.º ramo de desenho ornamental
|Desenho geométrico.                                                                                                                                                                  
|Desenho geométrico                                                                                                                                                                   
|Desenho geométrico ou rigoroso, com auxílio dos instrumentos respectivos (régua, compasso, transferidor, esquadro, duplo-decímetro, etc.).
|Desenho geométrico ou rigoroso, com auxílio dos instrumentos respectivos (régua, compasso, transferidor, esquadro, duplo-decímetro, etc.).
|
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|-
|-
|Desenho de ornato.
|Desenho de ornato
|Elementos ornamentais naturais (figura, flores, frutos, animais, etc.), geométricos, e as combinações de ambos.
|Elementos ornamentais naturais (figura, flores, frutos, animais, etc.), geométricos, e as combinações de ambos.
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|-
|-
|Perspectiva e aguadas.
|Perspectiva e aguadas
|Estudo da perspectiva e das aguadas.
|Estudo da perspectiva e das aguadas.
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|-
|-
|Modelação.
|Modelação
|Modelação em cera ou barro, de figuras, animais, flores, frutos, etc.
|Modelação em cera ou barro, de figuras, animais, flores, frutos, etc.
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|
Linha 124: Linha 124:
|-
|-
| rowspan="6" |Industrial ou especial: 2.º ramo de desenho arquitectural
| rowspan="6" |Industrial ou especial: 2.º ramo de desenho arquitectural
|Desenho geométrico.
|Desenho geométrico
|Desenho geométrico ou rigoroso, com auxílio dos instrumentos respectivos (régua, compasso, transferidor, esquadro, duplo-decímetro, etc.).
|Desenho geométrico ou rigoroso, com auxílio dos instrumentos respectivos (régua, compasso, transferidor, esquadro, duplo-decímetro, etc.).
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|-
|-
|Perspectivas e aguadas.
|Perspectivas e aguadas
|Estudo da perspectiva e das aguadas.
|Estudo da perspectiva e das aguadas.
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Linha 168: Linha 168:
|
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|
|
|Professor proprietário em 1889: Albino Augusto Manique de Melo<ref name=":7">Rodrigues Costa, "Coimbra, as origens da Escola Brotero". Visualizado em 10 Agosto, 2022.</ref>.
|Professor proprietário entre 1889 e 1890: Albino Augusto Manique de Melo<ref name=":7">Rodrigues Costa, "Coimbra, as origens da Escola Brotero". Visualizado em 10 Agosto, 2022.</ref><ref name=":5">"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1891, 80.</ref>.
|-
|-
|
|
Linha 174: Linha 174:
|
|
|
|
|Professor proprietário em 1889: Charles Lepierre<ref name=":8">Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 41.</ref>.
|Professor proprietário entre 1889 e 1890: Charles Lepierre<ref name=":8">Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 41.</ref><ref name=":5" />.
|-
|-
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|
Linha 180: Linha 180:
|
|
|
|
|Professor proprietário entre 1889: Emil Lock<ref name=":8" />.
|Professor proprietário interino entre 1889 e 1890: Emil Lock<ref name=":8" /><ref name=":4" />.
|-
|-
|
|
Linha 192: Linha 192:
|
|
|
|
|Professor proprietário entre 1889: Emil Lock<ref name=":8" />.
|Professor proprietário em 1889: António Augusto Gonçalves<ref name=":8" />.
|-
|
|Desenho arquitectónico (desdobramento)
|
|
|Professor proprietário em 1890: Hans Dickel<ref name=":5" />.
|-
|
|Desenho ornamental (desdobramento)
|
|
|Professor proprietário em 1890: Leopoldo Battistini<ref name=":5" />.
|-
|
|Desenho mecânico (desdobramento)
|
|
|Professor proprietário em 1890: Emil Joch<ref name=":5" />.
|}
|}


{| class="wikitable"
{| class="wikitable"
| colspan="5" |'''Plano de estudos de 1891 (Escola Industrial "Brotero" de Coimbra (1889-1914))'''
| colspan="5" |'''Plano de estudos de 1891 e 1893 (Escola Industrial "Brotero" de Coimbra (1889-1914))'''
|-
|-
|'''Ano'''
|'''Ano'''
Linha 205: Linha 223:
|-
|-
|
|
|Aritmética, geometria elementar e suas aplicações comerciais e industriais; princípios gerais de física, química e de história natural.
|Aritmética, geometria elementar e suas aplicações comerciais e industriais; princípios gerais de física, química e de história natural / Aritmética (a); Geometria (b); Princípios de física e química e elementos de história natural (c) (1893).
|
|
|
|
Linha 211: Linha 229:
|-
|-
|
|
|Desenho elementar.
|Desenho elementar / Desenho geral (1893)
|Classes I preparatória e II complementar.
|Classes I preparatória e II complementar.
|
|
Linha 217: Linha 235:
|-
|-
|
|
|Desenho arquitectónico.
|Desenho arquitectónico
|Classes I artístico e modelação; e II desenho técnico.
|Classes I artístico e modelação; e II desenho técnico.
|
|
|Professor proprietário em 1891-1895: Hans Dickel<ref name=":82">Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 41.</ref>.
|Professor proprietário em 1891-1895: Hans Dickel<ref name=":8" />.
Professor proprietário entre 1895 e 1897: August Stamm<ref name=":33">Martinho, 46.</ref><ref name=":102">Martinho, 47.</ref>.
Professor proprietário entre 1895 e 1896: August Stamm<ref name=":33">Martinho, 46.</ref><ref name=":102">Martinho, 47.</ref>.


Professor proprietário entre 1895 e 1896: Leopoldo Battistini<ref name=":33" />.
Professor proprietário auxiliar entre 1895 e 1896: Leopoldo Battistini<ref name=":33" />.


Professor proprietário em 1896: Augusto Silva Pinto<ref name=":42">Martinho, 47.</ref>.
Professor proprietário em 1897: Augusto de Carvalho da Silva Pinto'''<ref name=":102" />'''.
|-
|-
|
|
|Desenho ornamental.
|Desenho ornamental
|Classes I desenho de ornato e modelação e II composição ornamental.
|Classes I desenho de ornato e modelação e II composição ornamental.
|
|
Linha 234: Linha 252:
|-
|-
|
|
|Desenho mecânico.
|Desenho mecânico
|
|
|
|
|Professor proprietário em 1896: Costa Pessoa<ref name=":5">Martinho, 47.</ref>.
|Professor proprietário em 1896: Costa Pessoa'''<ref name=":102" />'''.
|-
|-
|
|
|Física e mecânica industrial.
|Física e mecânica industrial
|
|
|
|
|Professor proprietário em 1896: Costa Pessoa<ref name=":5" />.
|Professor proprietário em 1896: Costa Pessoa'''<ref name=":102" />'''.
|-
|-
|
|
Linha 252: Linha 270:
|-
|-
|
|
|Gravura e ornamentação dos metais (1891).
|Gravura e ornamentação dos metais (1891)
|
|
|
|
|Professor proprietário em 1891 e 1897: Emil Lock<ref name=":62">Martinho, 42.</ref><ref name=":103">Martinho, 47.</ref>.
|Professor proprietário em 1891 e 1897: Emil Lock<ref name=":62">Martinho, 42.</ref><ref name=":102" />.
|-
|-
|
|
|Desenho geométrico (1892).  
|Desenho geométrico (1892)   
|
|
|
|
|Professor proprietário em 1892: Hans Dickel<ref name=":92">Martinho, 46.</ref>.
|Professor proprietário entre 1892 e 1895: Hans Dickel<ref name=":33" />.
Professor proprietário em 1892: Emil Lock<ref name=":92" />.
Professor proprietário entre 1892 e 1896: Emil Lock<ref name=":33" /><ref name=":102" />.
|}
|}
{| class="wikitable"
{| class="wikitable"
| colspan="5" |'''Plano de estudos de 1897 (Escola Industrial "Brotero" de Coimbra (1889-1914))'''
| colspan="5" |'''Plano de estudos de 1897 (Escola Industrial "Brotero" de Coimbra (1889-1914))'''
|-
|-
|'''Ano'''
|'''Ano'''
|'''Nome da Cadeira<ref name=":1" />'''
|'''Nome da Cadeira'''
|'''Matérias'''
|'''Matérias'''
|'''Livros'''
|'''Livros'''
Linha 279: Linha 295:
|
|
|
|
|
|Professor proprietário entre 1897 e 1903: António Augusto Gonçalves<ref name=":3">Decreto de 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, no. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3333.</ref><ref name=":9">"Lista do pessoal de ensino elementar industrial e comercial, referida a 31 de Janeiro de 1903", 3 de Fevereiro de 1903, Diário do Governo, no. 25, 3 de Fevereiro de 1903, 380.</ref>.
|-
|-
|
|
|Desenho arquitectónico
|a) Desenho arquitectónico; c) Desenho ornamental e modelação.
|
|
|
|
|
|a) Professor proprietário entre 1897 e 1903: Augusto de Carvalho da Silva Pinto<ref name=":3" /><ref name=":9" />.
c) Professor proprietário entre 1897 e 1903: Leopoldo Battistini<ref name=":3" /><ref name=":9" />.
c) Professor proprietário em 1903: Arthur Prat<ref>Despacho de 14 de Setembro de 1903, Diário do Governo, no. 209, 19 de Setembro de 1903, 3256.</ref>.
c) Professor proprietário em 1905: José Pereira Dias<ref name=":13">Despacho de 9 de Outubro de 1905, Diário do Governo, no. 250, 4 de Novembro de 1905, 3859.</ref>.
|-
|-
|
|
|Desenho ornamental e modelação
|Língua portuguesa
|
|
|
|
|
|Professor proprietário em 1905: Amadeus Ferraz Carvalho<ref name=":13" />.
|-
|-
|
|
Linha 297: Linha 318:
|
|
|
|
|
|Professor proprietário em 1897: João Albino de Sousa Rodrigues<ref name=":3" />.
|-
Professor proprietário em 1903: José Alberto Pereira de Carvalho<ref name=":9" />.
|
|Corografia e História pátria
|
|
|
|-
|-
|
|
|Geografia geral
|a) Corografia e História pátria; b) Geografia geral.
|
|
|
|-
|
|Língua portuguesa
|
|
|
|
Linha 321: Linha 331:
|
|
|
|
|
|Professor proprietário entre 1898 e 1903: Eugénio de Castro e Almeida<ref>Decreto de 6 de Outubro de 1898, Diário do Governo, no. 226, 10 de Outubro de 1898, 2676.</ref><ref name=":9" />.
|-
|-
|
|
|Princípios de física e química
|a) Princípios de física e química
|
|
|
|
|
|Professor proprietário em 1897: Albino Augusto Manique de Melo<ref name=":3" />.
Professor proprietário temporário em 1903: Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais<ref name=":9" />.
|-
|-
|
|
Linha 333: Linha 344:
|
|
|
|
|
|Professor proprietário entre 1897 e 1903: Francisco da Costa Pessoa<ref name=":3" /><ref name=":9" />.
|-
|-
|
|
Linha 339: Linha 350:
|
|
|
|
|
|Professor proprietário entre 1897 e 1911: Charles Lepierre<ref name=":3" /><ref>Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 48.</ref>.
|-
| colspan="5" |Professor auxiliar em 1900: Pedro Doria Nazareth<ref>Despacho de 1 de Agosto de 1900, Diário do Governo, no. 172, 3 de Agosto de 1900, 2149.</ref>.
|}
|}
==Notas==<!-- As notas e a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago full note with bibliography-->
==Notas==<!-- As notas e a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago full note with bibliography-->
<references />
<references />
==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
Decreto, 3 de Janeiro de 1884, Diário do Governo'','' n. 5, 7 de Janeiro de 1884, 50[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1884&mes=1&tipo=a-diario&pm=&res= .]
Decreto de 3 de Janeiro de 1884, Diário do Governo'','' no. 5, 7 de Janeiro de 1884, 50[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1884&mes=1&tipo=a-diario&pm=&res= .]


Decreto, 5 de Dezembro de 1884, Diário do Governo'','' n. 282, 11 de Dezembro de 1884, 3138[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1884&mes=12&tipo=a-diario&pm=&res= .]
Decreto de 5 de Outubro de 1893, Diário do Governo, no. 226, 6 de Outubro de 1893, 2570-2580[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1893&mes=10&tipo=a-diario&filename=1893/10/06/D_0226_1893-10-06&pag=5&txt=conductor%20de%20machinas .]


Decreto, 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo'','' n. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 465-466[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1889&mes=2&tipo=a-diario&pm=&res= .]
Decreto de 6 de Outubro de 1898, Diário do Governo, no. 226, 10 de Outubro de 1898, 2676[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1898&mes=10&tipo=a-diario&filename=1898/10/10/D_0226_1898-10-10&pag=4&txt=Brotero .]


Decreto de 8 de Outubro de 1891, Diário do Governo, no. 227, 9 de Outubro de 1891, 2408-2416[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1891&mes=10&tipo=a-diario&pm=&res= .]
Decreto de 8 de Outubro de 1891, Diário do Governo, no. 227, 9 de Outubro de 1891, 2408-2416[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1891&mes=10&tipo=a-diario&pm=&res= .]


Decreto, 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, n. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3318-3324[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1897&mes=12&tipo=a-diario&pm=&res= .]
Decreto de 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo'','' no. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 465-466[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1889&mes=2&tipo=a-diario&pm=&res= .]


"[Louvor à Câmara Municipal de Coimbra]", 27 de Setembro de 1884, Diário do Governo'','' n. 221, 29 de Setembro de 1884, 2469[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1884&mes=9&tipo=a-diario&filename=1884/09/29/D_0221_1884-09-29&pag=5&txt=Escola%20de%20Desenho%20Industrial .]
Decreto de 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, no. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3319-3334[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1897&mes=12&tipo=a-diario&pm=&res= .]


"Regulamento geral das escolas industriaes e escolas de desenho industrial", 6 de Maio de 1884, Diário do Governo, no. 103, 7 de Maio de 1884, 1161-1162.
Decreto n.º 586, 22 de Junho de 1914, Diário do Govêrno, I Série, no. 101, 22 de Junho de 1914, 386[https://files.diariodarepublica.pt/gratuitos/1s/1914/06/10100.pdf .]


Despacho de 1 de Agosto de 1900, Diário do Governo, no. 172, 3 de Agosto de 1900, 2149[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1900&mes=8&tipo=a-diario&filename=1900/08/03/D_0172_1900-08-03&pag=5&txt=Brotero .]
Despacho de 9 de Outubro de 1905, Diário do Governo, no. 250, 4 de Novembro de 1905, 3859[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1905&mes=11&tipo=a-diario&filename=1905/11/04/D_0250_1905-11-04&pag=15&txt=Brotero .]
Despacho de 14 de Setembro de 1903, Diário do Governo, no. 209, 19 de Setembro de 1903, 3256[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1903&mes=9&tipo=a-diario&filename=1903/09/19/D_0209_1903-09-19&pag=4&txt=Brotero .]
"Lista do pessoal de ensino elementar industrial e comercial, referida a 31 de Janeiro de 1903", 3 de Fevereiro de 1903, Diário do Governo, no. 25, 3 de Fevereiro de 1903, 380-381[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1903&mes=2&tipo=a-diario&pm=&res= .]
"[Louvor à Câmara Municipal de Coimbra]", 27 de Setembro de 1884, Diário do Governo'','' no. 221, 29 de Setembro de 1884, 2469[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1884&mes=9&tipo=a-diario&filename=1884/09/29/D_0221_1884-09-29&pag=5&txt=Escola%20de%20Desenho%20Industrial .]
Portaria de 5 de Dezembro de 1884, Diário do Governo'','' no. 282, 11 de Dezembro de 1884, 3138[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1884&mes=12&tipo=a-diario&pm=&res= .]
"Regulamento geral das escolas industriaes e escolas de desenho industrial", 6 de Maio de 1884, Diário do Governo, no. 103, 7 de Maio de 1884, 1159-1162[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1884&mes=5&tipo=a-diario&filename=1884/05/07/D_0103_1884-05-07&pag=4&txt=escolas%20industriaes .]
"Relatorio das escolas Industriaes e de desenho industrial da circumscripção do Norte", 31 de Julho de 1885, Diário do Governo, no. 185, 18 de Agosto de 1886, 2248[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1886&mes=8&tipo=a-diario&filename=1886/08/18/D_0185_1886-08-18&pag=4&txt=Brotero .]
"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1891, 75-108[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1891&mes=1&tipo=b-appendice&res= .]
"Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1893, 38-87[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1893&mes=1&tipo=b-appendice&res= .]
==Bibliografia == <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
==Bibliografia == <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
Alves, Luís Alberto Marques. "Contributos para o estudo do ensino industrial em Portugal (1851-1910)". Tese de Doutoramento, Universidade do Porto, 1998[http://hdl.handle.net/10216/10899 .]
Alves, Luís Alberto Marques. "Contributos para o estudo do ensino industrial em Portugal (1851-1910)". Tese de Doutoramento, Universidade do Porto, 1998[http://hdl.handle.net/10216/10899 .]
Martinho, António Manuel Matoso. "Professores estrangeiros ao serviço da Escola Industrial Brotero (1888-1911)". ''Educação e Tecnologia''. 20 (Setembro 1997), 23-109[http://bdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/890/1/ .]


Figueira, Maria de Lourdes. "A Sempre-Escola". ''Brotero. Comemorações [125 anos]. Campeão das Províncias'', 525 (Maio 2010): 6-7[https://issuu.com/campeaodasprovincias/docs/revista_avelar_brotero .]
Martinho, António Manuel Matoso. "Professores estrangeiros ao serviço da Escola Industrial Brotero (1888-1911)". ''Educação e Tecnologia'', no. 20 (Setembro 1997): 23-109[http://bdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/890/1/ .]
 
Figueira, Maria de Lourdes. "A Sempre-Escola". ''Brotero. Comemorações [125 anos]. Campeão das Províncias'', no. 525 (Maio 2010): 6-7[https://issuu.com/campeaodasprovincias/docs/revista_avelar_brotero .]


Figueira, Maria de Lourdes. "Escola-de-toda-a-Cidade". ''Brotero. Comemorações [125 anos]. Campeão das Províncias'', 525 (Maio 2010): 8[https://issuu.com/campeaodasprovincias/docs/revista_avelar_brotero .]
Figueira, Maria de Lourdes. "Escola-de-toda-a-Cidade". ''Brotero. Comemorações [125 anos]. Campeão das Províncias'', no. 525 (Maio 2010): 8[https://issuu.com/campeaodasprovincias/docs/revista_avelar_brotero .]


Maria de Lourdes. ''Escola Brotero. Memórias de Sempre. 2.''ª ed''.'' Coimbra: Escola Secundária Avelar Brotero, 2012, citado em Rodrigues Costa. "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 2". Visualizado em 11 Agosto, 2022[https://acercadecoimbra.blogs.sapo.pt/coimbra-a-brotero-uma-escola-com-79201 .]  
Anacleto, Regina. "Coimbra: Alargamento do espaço urbano no cotovelo dos séculos XIX e XX". ''Belas-Artes:'' ''Revista Boletim da Academia Nacional de Belas Artes'', 3.ª série, no. 32-34 (2013-2016): 127-187[https://academiabelasartes.pt/wp-content/uploads/2020/02/Revista-Boletim-n.%C2%BA-32-a-34.pdf .]


Maria de Lourdes Figueira, ''Escola Brotero. Memórias de Sempre. 2.''ª ed''.'' Coimbra: Escola Secundária Avelar Brotero, 2012, citado em Rodrigues Costa. "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 3". Visualizado em 11 Agosto, 2022[https://acercadecoimbra.blogs.sapo.pt/coimbra-a-brotero-uma-escola-com-79568 .]
Rodrigues Costa. "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 1". Visualizado em 11 Agosto, 2022[https://acercadecoimbra.blogs.sapo.pt/coimbra-a-brotero-uma-escola-com-78884 .]


Regina Anacleto, "Coimbra: Alargamento do espaço urbano no cotovelo dos séculos XIX e XX". ''Belas-Artes:'' ''Revista Boletim da Academia Nacional de Belas Artes'', 3.ª série, no. 32-34 (2013-2016): 127-187[https://academiabelasartes.pt/wp-content/uploads/2020/02/Revista-Boletim-n.%C2%BA-32-a-34.pdf .]
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Sílvio Pélico, "Notas ligeiras sobre a Escola Industrial e Comercial de Brotero, e de alguns dos seus mais notáveis diretores de professores já falecidos". ''Brotero. Ano lectivo. Revista Técnica e Cultural.'' no. 11 (Maio 1955): 57-63, citado em Rodrigues Costa. "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 1". Visualizado em 11 Agosto, 2022[https://acercadecoimbra.blogs.sapo.pt/coimbra-a-brotero-uma-escola-com-78884 .]
Rodrigues Costa. "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 3". Visualizado em 11 Agosto, 2022[https://acercadecoimbra.blogs.sapo.pt/coimbra-a-brotero-uma-escola-com-79568 .]


Rodrigues Costa. "Coimbra, as origens da Escola Brotero". Visualizado em 10 Agosto, 2022[https://acercadecoimbra.blogs.sapo.pt/coimbra-as-origens-da-escola-brotero-30425 .]
Rodrigues Costa. "Coimbra, as origens da Escola Brotero". Visualizado em 10 Agosto, 2022[https://acercadecoimbra.blogs.sapo.pt/coimbra-as-origens-da-escola-brotero-30425 .]
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<!-- Comentários vossos e bibliografia citada pelas fontes -->Martinho, António Manuel Pelicano Matoso. <nowiki>''</nowiki>A Escola Avelar Brotero - 1884-1974: Contributo para a história do ensino técnico-profissional<nowiki>''</nowiki>. Tese de Doutoramento, FPCEUC, 1994. (Não disponível)[http://hdl.handle.net/10316/960 .]  
<!-- Comentários vossos e bibliografia citada pelas fontes -->"História". Escola Secundária Avelar Brotero[http://www.brotero.pt/index.php/escola .]


Secção de história no sítio da Escola Secundária Avelar Brotero[http://www.brotero.pt/index.php/escola .]
Martinho, António Manuel Pelicano Matoso. <nowiki>''</nowiki>A Escola Avelar Brotero - 1884-1974: Contributo para a história do ensino técnico-profissional<nowiki>''</nowiki>. Tese de Doutoramento, FPCEUC, 1994[http://hdl.handle.net/10316/960 .]


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Edição atual desde as 17h05min de 18 de março de 2024


Escola de Desenho Industrial de Coimbra
(valor desconhecido)
Outras denominações Escola de Desenho Industrial "Brotero", Escola Industrial de Coimbra, Escola Industrial "Brotero"
Tipo de Instituição Ensino civil
Data de fundação 3 janeiro 1884
Data de extinção 22 junho 1914
Paralisação
Início: valor desconhecido
Fim: valor desconhecido
Localização
Localização Mosteiro de Santa Cruz, Coimbra,-
Início: 1885
Fim: 1917

Localização Casa da Quinta do Mosteiro, Coimbra,-
Início: 1917
Fim: 1921

Localização Hospício da Maternidade, Coimbra,-
Início: 1921
Antecessora valor desconhecido

Sucessora Escola Industrial e Comercial de Coimbra


História

A Escola de Desenho Industrial de Coimbra foi uma instituição de instrução industrial criada por decreto de 3 de Janeiro de 1884, sob tutela do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria (M.O.P.C.I.), sendo ministro António Augusto de Aguiar[1]. O primeiro ano lectivo foi inaugurado em 20 de Fevereiro de 1885[2]. A sua criação ocorreu 32 anos após o estabelecimento do ensino industrial, em 1852, e no contexto da descentralização do ensino ocorrida na década de 80 com a criação de escolas industriais fora dos grandes centros urbanos de Lisboa e Porto[3], onde já se encontravam instituídos o Instituto Industrial de Lisboa e a Escola Industrial do Porto. A instituição curricular do desenho industrial procurou responder à necessidade de preparar com essa valência os alunos destinados a frequentar o ensino industrial. A par da Escola Industrial da Covilhã, estabeleceram-se oito escolas de desenho industrial nas quais a instrução devia ser concretizada "com aplicação à indústria ou indústrias predominantes nas localidades onde são estabelecidas"[1]. A rede de ensino seria desenvolvida posteriormente com a criação de outras escolas, como a de Braga. No caso conimbricense observava-se "um ambiente de desenvolvimento económico, que favoreceu a fundação da Escola", caracterizado pelas actividades atividades artesanais e industriais, nomeadamente, alimentar, metalúrgica e metalomecânica[4].

Em 5 de Dezembro de 1884, sob proposta do inspector de escolas industriais e das escolas de desenho industrial, a Escola de Desenho Industrial, de Coimbra, toma a designação de "Brotero", em homenagem a Félix de Avelar Brotero (1744-1828), diretor do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra e pioneiro nos estudos de botânica, agricultura e agronomia em Portugal[5].

De acordo com a legislação de 1884, as escolas ou cadeiras de desenho industrial eram entendidas como possíveis "núcleos das escolas industriais futuras", podendo vir a constituir uma escola industrial se a sua frequência escolar e as necessidades da indústria local assim o justificassem[6]. Este seria o primeiro argumento apresentado pelos vereadores da Câmara Municipal de Coimbra, António Augusto Gonçalves, diretor da Escola de Desenho Industrial, e Manuel Augusto Rodrigues da Silva, para o estabelecimento de uma Escola Industrial em Coimbra. A proposta apresentada em sessão camarária de 20 de Outubro de 1887 sustentava-se também em vista da "numerosa concorrência à Escola Brotero" e da "urgência de acudir às indústrias locais, fornecendo-lhes suficientes meios de instrução"[7].

A proposta recebeu aval dos poderes públicos e por decreto de 10 de Janeiro de 1889, da autoria de Emídio Navarro, ministro do M.O.P.C.I., era criada a Escola Industrial de Coimbra, com a designação "Brotero", que incorporou a "aula de desenho industrial «Brotero»"[8]. A Escola inaugurou as suas aulas em 4 de Janeiro de 1890[9]. Para que tal tenha sido possível tornou-se necessário alargar o corpo docente exímio, que até então contava com apenas um professor, sendo para efeito abertos concursos no estrangeiro (Roma, Berlim, Bruxelas, Berna, Viena de Áustria e Paris) com fim de "contratar professores de qualidade nas especialidades mais carecidas"[10].

Em 1891, o ensino industrial e comercial foi objeto de reorganização por João Franco, Ministro do M.O.P.C.I., pela qual se clarificou os objectivos de cada grau e se reorganizou o quadro disciplinar em função dos mesmos[11]. Esta reforma seria complementada pela reforma de 1893, da autoria de Bernardino Machado, e de 1897, da autoria de Augusto José da Cunha. A estrutura de ensino de 1891 distinguia as escolas industriais entre completas, incompletas e elementares, localizando-se as primeiras, exclusivamente, em Lisboa e no Porto. A Escola Industrial de Coimbra era classificada como incompleta uma vez não leccionar todas as disciplinas existentes[12]

A partir de 22 de Junho de 1914 e até 1918, a Escola Industrial "Brotero" passou a integrar uma secção comercial, em função da reforma republicana que anexou aquelas secções às escolas industriais, e alterou a sua designação para Escola Industrial e Comercial "Brotero" de Coimbra[13].

Outras informações

Foram diretores da Escola Industrial Albino Augusto Manique de Melo, pelo menos, entre 1889 e 1891[14], António Augusto Gonçalves e Sidónio Pais em 1905[15].

No primeiro ano lectivo da Escola de Desenho Industrial inscreveram-se 152 alunos com idades entre os seis e os 40 anos. Entre os alunos contavam-se três matriculas com sexo feminino, sendo os alunos de sexo masculino todos profissionais, nomeadamente, "alfaiates, canteiros, carpinteiros, empregados, funileiros, marceneiros, ourives, paliteiros, pedreiros, pintores de louça, sapateiros, segeiros, serralheiros, tipógrafos"[16].

A Escola de Desenho Industrial de Coimbra não conheceu uma localização fixa no período do seu funcionamento. Em Setembro de 1884, a Câmara Municipal de Coimbra abdicava de adquirir o edifício da antiga Igreja da Trindade de forma a "facilitar a instalação na cidade de Coimbra da escola de desenho industrial"[17]. Porém, a Escola de Desenho não chegou a estabelecer-se naquele espaço e, em alternativa, a partir de 1885, ocupou parte do refeitório dos frades Crúzios no Mosteiro de Santa Cruz, espaço cedido pela Associação dos Artistas de Coimbra[18]. No ano seguinte, a Câmara Municipal de Coimbra cedeu o espaço situado no piso superior ao refeitório para ocupação pela Escola de Desenho[19].

Posteriormente a 1889, já como Escola Industrial "Brotero", para além dos espaços ocupados anteriormente pelas aulas de desenho, ocupou os andares térreos e superiores da ala oeste e fachada sul do Claustro da Manga, no Mosteiro de Santa Cruz, assim como, o próprio Claustro e a antiga Capela do Noviciado[19]. No ano letivo de 1890-1891 foram realizadas obras nos edifícios que circundavam o Claustro de Manga para que albergassem as oficinas de serralharia, carpintaria, marcenaria, modelação e cerâmica, e gravura e ornamentação de metais[20], tendo a Câmara Municipal de Coimbra cedido, para esse efeito, "a parte baixa do antigo cerco do noviciado"[21].

Entre 1889 e 1910, foram realizados estudos de arquitetura para erigir um novo edifício onde estabelecer definitivamente a Escola, os quais não tiveram conclusão prática. Devido a um incêndio ocorrido no Claustro da Manga, em 1917, a Escola Industrial seria transferida para o edifício da Casa da Quinta do Mosteiro onde estava instalada a Direção das Obras Públicas[22], conservando-se as oficinas no Claustro do Mosteiro de Santa Cruz[21].

A partir de 1921, a Escola Industrial e Comercial de Coimbra encontrava-se instalada no Hospício da Maternidade, afeto à Faculdade de Medicina, e antiga hospedaria do Convento de Santa Cruz[21].

Pela reforma de 1889 estabeleceram-se anexas à Escola as oficinas de trabalhos em metal, madeira e barro[8]. Em 1897, encontravam-se anexas à Escola as oficinas de serralharia, cerâmica, entalhador e formação[23].

Curricula

Segundo a organização de que foi dotado em 1884, o ensino de desenho industrial era dividido em dois graus: o primeiro, elementar ou geral, e, o segundo, industrial ou especial, por sua vez subdividido em três ramos, ornamental, arquitetural e mecânico, cuja frequência isolada era bienal. Sendo obrigatória a leccionação do primeiro grau em todas as cadeiras de desenho (Preparatório, ou desenho simples linear à vista; Complementar, ou desenho real à vista), determinava-se que na Escola de Desenho Industrial de Coimbra fossem regidos os ramos especiais de desenho ornamental (desenho geométrico; de ornato; estudo da perspectiva e aguadas; modelação em cera ou barro) e desenho arquitetural (desenho geométrico; estudo da perspectiva e aguadas; estereotomia e corte de madeiras para construção; desenho arquitetural e ornato arquitetónico; desenho topográfico; elaboração de cortes, plantas, perfis, projeções, detalhes, épures e uso de tintas convencionais)[24].

O plano de estudos da Escola Industrial de Coimbra, em 1889, compunha-se das disciplinas de "Aritmética e geometria elementar; Química industrial; Princípios de física e elementos de mecânica; Língua francesa; Desenho industrial"[25]. Ainda nesse ano o quadro de disciplinas foi alargado com o desdobramento da cadeira de Desenho industrial em três relativas aos ramos de desenho em que se dividia o seu ensino, arquitectónico, ornamental e mecânico[26].

Em 1891, a reforma do ensino industrial e comercial dividiu o ensino industrial leccionado nas escolas industriais em três secções, instrução geral, instrução industrial e técnica oficinal. Em consequência, o quadro disciplinar foi alargado passando a constar sete disciplinas pertencentes à primeira e segunda secções: "Aritmética, geometria elementar e suas aplicações comerciais e industriais; princípios gerais de física, química e de história natural", "Desenho elementar, das classes I preparatória e II complementar", "Desenho arquitectónico, das classes I artístico e modelação; e II desenho técnico", "Desenho ornamental, das classes I desenho de ornato e modelação e II composição ornamental", "Desenho mecânico", "Física e mecânica industrial" e "Química industrial"[12]. A estas disciplinas acrescia o curso de gravura e ornamentação dos metais, iniciado em 1891 por proposta do professor Emil Lock[20] e a disciplina de desenho geométrico, proposta pelo professor Leopoldo Battistini e iniciada em 1892[27]. A reforma de 1893 manteve o quadro disciplinar de 1891, procedendo apenas a alterações nas designações das disciplinas, e particularizou a oferta de cursos da Escola: cursos elementares para ambos os sexos (cursos gerais) e cursos industriais de pintor cerâmico, modista, costureira, serralheiro civil, formador, estucador, encadernador, oleiro e louceiro formista, marceneiro, carpinteiro civil, serralheiro mecânico e fogueiro condutor de máquinas[28].

A reforma de 1897 reorganizou as escolas industriais e de comércio, estabelecendo três cursos na Escola Industrial "Brotero": curso de desenho industrial, curso profissional e curso industrial, acrescendo ainda um curso livre de química baseado na cadeira de Química industrial. O quadro de disciplinas foi alterado com a supressão de Desenho mecânico; o acréscimo da Modelação à disciplina de Desenho ornamental, que juntamente com o Desenho arquitectónico passavam a compor uma só disciplina com duas partes; e a criação das disciplinas de Princípios de física e química, Língua francesa, Língua portuguesa, Corografia e História pátria e Geografia geral[29].

Plano de estudos de 1884 (Escola de Desenho Industrial de Coimbra (1884-1889))
Graus de ensino Nome da Cadeira Matérias Livros Professores
Elementar ou geral Classe preparatória, ou desenho simples linear à vista Desenho de linhas rectas e combinações elementares, e desenho de curvas; esboços de contornos de objectos sólidos; rudimentos de perspectiva; noções de beleza de forma, especialmente em objectos comuns; desenho à vista dos contornos dos objectos. Professor proprietário em 1884: António Augusto Gonçalves[30].
Classe complementar, ou desenho real à vista Aprofundamento do desenho linear à vista; elementos de ornato vegetal e geométrico; rudimentos de perspectiva e assombreamento; teoria das cortes; reprodução de objectos em contorno e aparência.
Industrial ou especial: 1.º ramo de desenho ornamental Desenho geométrico Desenho geométrico ou rigoroso, com auxílio dos instrumentos respectivos (régua, compasso, transferidor, esquadro, duplo-decímetro, etc.).
Desenho de ornato Elementos ornamentais naturais (figura, flores, frutos, animais, etc.), geométricos, e as combinações de ambos.
Perspectiva e aguadas Estudo da perspectiva e das aguadas.
Modelação Modelação em cera ou barro, de figuras, animais, flores, frutos, etc.
Industrial ou especial: 2.º ramo de desenho arquitectural Desenho geométrico Desenho geométrico ou rigoroso, com auxílio dos instrumentos respectivos (régua, compasso, transferidor, esquadro, duplo-decímetro, etc.).
Perspectivas e aguadas Estudo da perspectiva e das aguadas.
Estereotomia e corte de madeiras Estereotomia e corte das madeiras para construção.
Desenho arquitectónico e ornato arquitectural Desenho arquitectónico e ornato arquitectural.
Desenho topográfico Desenho topográfico.
Elaboração de cortes, plantas, perfis, etc. Elaboração de cortes, plantas, perfis, projeções, detalhes, épures e emprego de tintas convencionais.
Plano de estudos de 1889 (Escola Industrial "Brotero" de Coimbra (1889-1914))
Ano Nome da Cadeira Matérias Livros Professores
Aritmética e geometria elementar Professor proprietário entre 1889 e 1890: Albino Augusto Manique de Melo[31][14].
Química industrial Professor proprietário entre 1889 e 1890: Charles Lepierre[32][14].
Princípios de física e elementos de mecânica Professor proprietário interino entre 1889 e 1890: Emil Lock[32][26].
Língua francesa Professor proprietário em 1889: Eugénio de Castro e Almeida[31].
Desenho industrial Professor proprietário em 1889: António Augusto Gonçalves[32].
Desenho arquitectónico (desdobramento) Professor proprietário em 1890: Hans Dickel[14].
Desenho ornamental (desdobramento) Professor proprietário em 1890: Leopoldo Battistini[14].
Desenho mecânico (desdobramento) Professor proprietário em 1890: Emil Joch[14].
Plano de estudos de 1891 e 1893 (Escola Industrial "Brotero" de Coimbra (1889-1914))
Ano Nome da Cadeira Matérias Livros Professores
Aritmética, geometria elementar e suas aplicações comerciais e industriais; princípios gerais de física, química e de história natural / Aritmética (a); Geometria (b); Princípios de física e química e elementos de história natural (c) (1893).
Desenho elementar / Desenho geral (1893) Classes I preparatória e II complementar.
Desenho arquitectónico Classes I artístico e modelação; e II desenho técnico. Professor proprietário em 1891-1895: Hans Dickel[32].

Professor proprietário entre 1895 e 1896: August Stamm[33][34].

Professor proprietário auxiliar entre 1895 e 1896: Leopoldo Battistini[33].

Professor proprietário em 1897: Augusto de Carvalho da Silva Pinto[34].

Desenho ornamental Classes I desenho de ornato e modelação e II composição ornamental.
Desenho mecânico Professor proprietário em 1896: Costa Pessoa[34].
Física e mecânica industrial Professor proprietário em 1896: Costa Pessoa[34].
Química industrial
Gravura e ornamentação dos metais (1891) Professor proprietário em 1891 e 1897: Emil Lock[35][34].
Desenho geométrico (1892) Professor proprietário entre 1892 e 1895: Hans Dickel[33].

Professor proprietário entre 1892 e 1896: Emil Lock[33][34].

Plano de estudos de 1897 (Escola Industrial "Brotero" de Coimbra (1889-1914))
Ano Nome da Cadeira Matérias Livros Professores
Desenho elementar Professor proprietário entre 1897 e 1903: António Augusto Gonçalves[36][37].
a) Desenho arquitectónico; c) Desenho ornamental e modelação. a) Professor proprietário entre 1897 e 1903: Augusto de Carvalho da Silva Pinto[36][37].

c) Professor proprietário entre 1897 e 1903: Leopoldo Battistini[36][37].

c) Professor proprietário em 1903: Arthur Prat[38].

c) Professor proprietário em 1905: José Pereira Dias[39].

Língua portuguesa Professor proprietário em 1905: Amadeus Ferraz Carvalho[39].
Aritmética e Geometria Professor proprietário em 1897: João Albino de Sousa Rodrigues[36].

Professor proprietário em 1903: José Alberto Pereira de Carvalho[37].

a) Corografia e História pátria; b) Geografia geral.
Língua francesa Professor proprietário entre 1898 e 1903: Eugénio de Castro e Almeida[40][37].
a) Princípios de física e química Professor proprietário em 1897: Albino Augusto Manique de Melo[36].

Professor proprietário temporário em 1903: Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais[37].

Física e mecânica industrial Professor proprietário entre 1897 e 1903: Francisco da Costa Pessoa[36][37].
Química industrial Professor proprietário entre 1897 e 1911: Charles Lepierre[36][41].
Professor auxiliar em 1900: Pedro Doria Nazareth[42].

Notas

  1. 1,0 1,1 Decreto de 3 de Janeiro de 1884, Diário do Governo, no. 5, 7 de Janeiro de 1884, 50.
  2. Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 30.
  3. Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 130.
  4. Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 24-25; 27.
  5. Portaria de 5 de Dezembro de 1884, Diário do Governo, no. 282, 11 de Dezembro de 1884, 3138.
  6. "Regulamento geral das escolas industriaes e escolas de desenho industrial", 6 de Maio de 1884, Diário do Governo, no. 103, 7 de Maio de 1884, 1161.
  7. Martinho, "Os professores estrangeiros ao serviço", 32.
  8. 8,0 8,1 Decreto de 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo, no. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 465-466.
  9. Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 33.
  10. Martinho, 34.
  11. Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 168.
  12. 12,0 12,1 Decreto de 8 de Outubro de 1891, Diário do Governo, no. 227, 9 de Outubro de 1891, 2413.
  13. Decreto n.º 586, 22 de Junho de 1914, Diário do Govêrno, I Série, no. 101, 22 de Junho de 1914, 386.
  14. 14,0 14,1 14,2 14,3 14,4 14,5 "Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1889-1890", 31 de Julho de 1890, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1891, 80.
  15. Pélico, "Notas ligeiras sobre a Escola Industrial", citado em Rodrigues Costa, "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 1". Visualizado em 10 Agosto, 2022.
  16. Figueira, Escola Brotero. Memórias de Sempre., citado em Rodrigues Costa, "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 2". Visualizado em 11 Agosto, 2022.
  17. "[Louvor à Câmara Municipal de Coimbra]", 27 de Setembro de 1884, Diário do Governo, n. 221, 29 de Setembro de 1884, 2469.
  18. Anacleto, "Coimbra: Alargamento do espaço urbano", 169.
  19. 19,0 19,1 Anacleto, 170.
  20. 20,0 20,1 Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 42.
  21. 21,0 21,1 21,2 Figueira, Escola Brotero. Memórias de Sempre., citado em Rodrigues Costa, "Coimbra: a Brotero uma escola com passado e com presente 3". Visualizado em 11 Agosto, 2022.
  22. Anacleto, "Coimbra: Alargamento do espaço urbano", 171; Figueira, "Escola-de-toda-a-Cidade", 8.
  23. Decreto de 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, no. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3320.
  24. "Regulamento geral das escolas industriaes e escolas de desenho industrial", 6 de Maio de 1884, Diário do Governo, no. 103, 7 de Maio de 1884, 1161.
  25. Decreto de 10 de Janeiro de 1889, Diário do Governo, no. 44, 23 de Fevereiro de 1889, 466.
  26. 26,0 26,1 "Relatorio sobre as escolas industriaes e de desenho industrial da circumscripção do norte respectivo ao anno lectivo de 1890-1891", 30 de Setembro de 1891, Apêndice ao Diário do Governo, no. 6, 1 de Janeiro de 1893, 56.
  27. Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 46.
  28. Decreto de 5 de Outubro de 1893, Diário do Governo, no. 226, 6 de Outubro de 1893, 2571.
  29. Decreto de 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, no. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3320.
  30. "Relatorio das escolas Industriaes e de desenho industrial da circumscripção do Norte", 31 de Julho de 1885, Diário do Governo, no. 185, 18 de Agosto de 1886, 2248.
  31. 31,0 31,1 Rodrigues Costa, "Coimbra, as origens da Escola Brotero". Visualizado em 10 Agosto, 2022.
  32. 32,0 32,1 32,2 32,3 Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 41.
  33. 33,0 33,1 33,2 33,3 Martinho, 46.
  34. 34,0 34,1 34,2 34,3 34,4 34,5 Martinho, 47.
  35. Martinho, 42.
  36. 36,0 36,1 36,2 36,3 36,4 36,5 36,6 Decreto de 14 de Dezembro de 1897, Diário do Governo, no. 283, 15 de Dezembro de 1897, 3333.
  37. 37,0 37,1 37,2 37,3 37,4 37,5 37,6 "Lista do pessoal de ensino elementar industrial e comercial, referida a 31 de Janeiro de 1903", 3 de Fevereiro de 1903, Diário do Governo, no. 25, 3 de Fevereiro de 1903, 380.
  38. Despacho de 14 de Setembro de 1903, Diário do Governo, no. 209, 19 de Setembro de 1903, 3256.
  39. 39,0 39,1 Despacho de 9 de Outubro de 1905, Diário do Governo, no. 250, 4 de Novembro de 1905, 3859.
  40. Decreto de 6 de Outubro de 1898, Diário do Governo, no. 226, 10 de Outubro de 1898, 2676.
  41. Martinho, "Professores estrangeiros ao serviço", 48.
  42. Despacho de 1 de Agosto de 1900, Diário do Governo, no. 172, 3 de Agosto de 1900, 2149.

Fontes

Decreto de 3 de Janeiro de 1884, Diário do Governo, no. 5, 7 de Janeiro de 1884, 50.

Decreto de 5 de Outubro de 1893, Diário do Governo, no. 226, 6 de Outubro de 1893, 2570-2580.

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Ligações Internas

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Categoria:Escola de Desenho Industrial de Coimbra

Ligações Externas

"História". Escola Secundária Avelar Brotero.

Martinho, António Manuel Pelicano Matoso. ''A Escola Avelar Brotero - 1884-1974: Contributo para a história do ensino técnico-profissional''. Tese de Doutoramento, FPCEUC, 1994.

Autor(es) do artigo

João de Almeida Barata

https://orcid.org/0000-0001-9048-0447

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

Apoio especial “Verão com Ciência 2022” da UID 4666 – CHAM — Centro de Humanidades, financiado por fundos nacionais através da FCT/MCTES (PIDDAC)

DOI

https://doi.org/10.34619/dtgj-tiaj

Citar este artigo

Almeida Barata, João de. "Escola de Desenho Industrial de Coimbra", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 18/03/2024). Consultado a 13 de maio de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Escola_de_Desenho_Industrial_de_Coimbra. DOI: https://doi.org/10.34619/dtgj-tiaj