Instituto Industrial de Lisboa

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Instituto Industrial de Lisboa
(IIL, IICL)
Outras denominações Instituto Industrial e Comercial de Lisboa
Tipo de Instituição Ensino civil
Data de fundação 30 dezembro 1852
Data de extinção 23 maio 1911
Paralisação
Início: valor desconhecido
Fim: valor desconhecido
Localização
Localização Instituto Industrial de Lisboa, Lisboa,-
Início: 30 de dezembro de 1852
Fim: 1911
Antecessora valor desconhecido

Sucessora Instituto Superior Técnico, Instituto Superior de Comércio


História

O Instituto Industrial de Lisboa foi uma instituição de ensino técnico industrial criada por decreto de 30 de Dezembro de 1852. A criação do ensino industrial público em Portugal enquadra-se no impulso dado à instrução técnica, nos domínios agrícola e industrial, durante o período da Regeneração (1851-1868). Na perspectiva de regeneradores e liberais, como António Fontes Pereira de Melo ou Rodrigo da Fonseca Magalhães, e de acordo com o modelo de desenvolvimento liberal, o processo de industrialização português seria concretizado com base em duas condições essenciais, o desenvolvimento das vias de comunicação e a implementação do ensino técnico, ou seja, a difusão do conhecimento técnico de base científica. Sendo este último "verdadeiramente experimental e adequado às necessidades fabris" configuraria "o pré-requisito da criação de riqueza"[1] uma vez que permitiria aperfeiçoar a produção e reduzir o seu custo, contribuindo para a capacidade concorrencial dos produtos industriais portugueses no mercado europeu. Apesar da importância dada à implementação do ensino industrial, tornava-se evidente que a sua constituição estava condicionada "às dificuldades financeiras" nacionais, as quais configuraram um "mecanismo desculpabilizador da estrutura pouco ambiciosa que se vier a implementar", nomeadamente a sua concentração inicial em Lisboa e no Porto e a incapacidade de o generalizar pelo restante território nacional até à década de 80 do século XIX[2]. Apenas nessa década se verificaria um primeiro desenvolvimento efectivo da rede de ensino industrial com a fundação de escolas industriais e de desenho industrial, sendo exemplo das últimas as Escolas criadas em Coimbra e em Braga.

Em 1852, a instrução industrial era organizada em três graus, elementar, secundário e complementar, baseados num plano de estudos com nove cadeiras[3]. O ensino dos três graus era ministrado tanto em Lisboa como no Porto, onde era criada uma Escola Industrial[4]. À criação do ensino industrial correspondeu uma tentativa de profissionalização do mercado de trabalho industrial, determinando que, passados três anos da criação, fosse exigido aos operários, em funções nas obras públicas, a apresentação de carta de curso, não podendo ser admitidos sem as mesmas[5][6]. Segundo Silvestre Ribeiro, esta disposição não terá sido totalmente cumprida nas primeiras décadas[7], o que se explica pela lenta implementação do ensino industrial resultante quer do limitado financiamento disponível, quer da dificuldade na contratação dos primeiros quadros docentes e auxiliares, por exemplo, no Instituto Industrial de Lisboa[8].

Em 1858, com a constituição de uma comissão de inquérito ao funcionamento do Instituto, conhece-se a avaliação do ensino até então prestado, sobre o qual as conclusões da comissão foram negativas. Nomeadamente, quanto à capacidade da instituição em formar quadros qualificados para as indústrias, verificando-se não ter "fornecido à indústria particular operário algum com todas as habilitações científicas", apesar de ser reconhecido que "muitos operários tinham podido receber ali instrução, que nunca lhes fora facilitada antes de existir esta escola"[9]. No ano seguinte, foi constituída nova comissão de inquérito com o objectivo de, entre outros, estudar a organização de novos cursos "de habilitação para vários serviços públicos a cargo do ministério das obras públicas, comércio e indústria" a partir do ensino ministrado naquele Instituto e em outras escolas da capital[10]. No mesmo ano, era aplicado ao Instituto Industrial novo Regulamento provisório[11].

Uma primeira proposta para a reorganização do Instituto Industrial de Lisboa e da Escola Industrial do Porto foi apresentada em 1861, sem que tenha conhecido aplicação prática[12]. O Instituto Industrial de Lisboa seria reformado duas vezes em 1864, por decreto de 20 de Dezembro, e 1869. A primeira reforma situava o ensino ministrado no Instituto Industrial de Lisboa, e do Porto, nos graus elementar e secundário, limitando-o "ao ensino técnico geral" e à instrução para as "diversas profissões industriais, e habilitando também para diferentes empregos subalternos dos serviços públicos, de obras públicas, minas, telégrafos, faróis e outros"[13]. No contexto da crise financeira de 1869, a reforma aplicada incorporou no plano de estudos do Instituto o ensino comercial, até então ministrado na escola ou secção comercial anexa ao Liceu Nacional de Lisboa. Em consequência, a designação da instituição foi alterada para Instituto para Instituto Industrial e Comercial de Lisboa[14]. Em função da última reforma, foi aprovado o Regulamento do Instituto por decreto de 20 de Novembro de 1872[15].

Já em 1879, o quadro de cadeiras do Instituto era expandido com a criação de três novas cadeiras e do curso de condutores de minas[16]. Entre outras medidas da reforma de 1879 procedeu-se à criação de novos estabelecimentos auxiliares ao ensino[17].

A reforma de 30 de Dezembro de 1886 reorganizou o sistema de instrução industrial e comercial[18]. A organização do ensino industrial, aplicável ao ensino comercial, manteve-se dividida em três graus, a saber, elementar, preparatório e especial (ou superior no caso do curso comercial), sendo todos ministrados pelos Institutos Industriais e Comerciais[19]. Em 3 de Fevereiro de 1888 era publicado o respectivo Regulamento[20].

O número elevado de alunos matriculados tornou necessário "alargar o edifício do Instituto, assim na parte escolar, como fabril", assinalado já desde 1854 pelo seu diretor[21].

Outras informações

O órgão de gestão da Escola recaía sobre a direção composta de um diretor-lente e do Conselho escolar[22]. O lugar de diretor do Instituto Industrial de Lisboa recaiu no professor José Victorino Damásio, permanecendo nele até 6 de Outubro de 1859[23]. O Conselho escolar subdividia-se no Conselho da escola, no Conselho tecnológico e no Conselho fiscal[24]. A direção geral do ensino, a determinação dos compêndios, os concursos e a polícia das escolas era cometida ao Conselho Diretor do ensino industrial, presidido pelo ministro das Obras Públicas, estando o diretor geral da Direção do Comércio e Indústria colocado no lugar de vice-presidente, e tendo por vogais os diretores das escolas[25].

A vertente prática do ensino ministrado no Instituto Industrial era assegurada por oficinas anexas[26], nomeadamente, de forjar; de fundir e moldar; de serrilharia e ajustamento; de tornear e modelar; e de manipulações químicas, as quais deveriam estabelecer-se nos arsenais do estado[27]. Não sendo certo o seu estabelecimento prático, José Silvestre Ribeiro refere que, em 1853, já haviam sido efetivamente organizadas "algumas oficinas"[28]. A constituição destas oficinas seria objeto de oposição de "vários proprietários e diretores de estabelecimentos de ferro" que contra elas representaram aos poderes públicos[29]. Em consequência foi criada uma comissão de inquérito, em 1858, para avaliar a concorrência que as oficinas do Instituto possivelmente representariam para os produtos das indústrias privadas, apesar de ser definido que as oficinas auxiliariam as próprias indústrias[30]. A conclusão da comissão seria negativa quanto ao impacto das oficinas do Instituto na indústria uma vez que "seria necessário dar à fabricação nas oficinas um desenvolvimento muito mais vasto, e esquecer inteiramente os preceitos dos regulamentos, no cálculo dos preços, para que com alguma razão se pudessem entoar altas queixas contra a ditadura fabril deste estabelecimento"[31]. A concretização da instrução prática no Instituto era criticada pela mesma comissão, que a considerava "irregular, anormal e desviada do caminho que a lei quis traçar"[32]. No ano seguinte, era constituída nova comissão com o objectivo de estudar a necessidade de "estabelecer definitivamente oficinas próprias" no Instituto, entre as quais a oficina de instrumentos de precisão[10].

Os estabelecimentos anexos estabelecidos em 1852 compreendiam ainda um museu industrial[33], uma biblioteca industrial[34] e um laboratório afeto à disciplina de química[35]. O museu industrial era organizado em duas secções, a saber, um depósito de máquinas, e, uma secção de colecções tecnológicas e comerciais. O guarnecimento científico do museu foi transferido do Conservatório de Artes e Ofícios de Lisboa, criado em 1836. Sobre esta instituição José Silvestre Ribeiro deu alargada notícia, tendo igualmente desenvolvido as propostas existentes para a fundação de uma instituição do género, publicadas durante a primeira década do século XIX[36]. Não obstante, em 1858, a descrição crítica deixada pela comissão de inquérito, que se refere anteriormente, sobre a situação do museu não era abonatória acusando a falta de espaço e a ausência de colecções, para as quais os instrumentos existentes no Conservatório de Artes e Ofícios não haviam contribuído dado o seu "diminuto valor, e de tão duvidosa utilidade"[37]. Pela reforma de 1864, a designação do museu alterou-se para museu tecnológico[38], sendo que, segundo José Silvestre Ribeiro e atendendo às diminutas condições de que dispôs, apenas terá sido inaugurado em 1867[39]. Em 1872, segundo a descritiva de Fradesso da Silveira, a situação material do museu não teria conhecido melhorias, obstando à sua utilização por aqueles a quem se dirigiam as suas colecções: "faltam às galarias as condições necessárias para a exposição permanente e eficaz (...) Modestamente dotado no princípio, e agora quase em penúria, desde que a dotação destinada a novas aquisições para gabinetes de física e geologia, colecções tecnológicas, e laboratório de química, desceu a 1:7005000 reis, o museu da indústria, anexo ao instituto industrial e comercial de Lisboa, tem tido desenvolvimento muito superior ao que se poderia esperar dos seus pequenos recursos. Deve-se, em grande parte, o estado atual do museu aos cuidados, ao zelo, à incessante vigilância, à discreta direção, com que tem contribuído para a organização, arranjo e conservação das colecções os diretores do instituto, os seus professores e os seus empregados"[40].

Segundo Silvestre Ribeiro as oficinas do Instituto foram encerradas em 1860, à semelhança do que ocorrera com as da Escola Industrial do Porto, exceptuando-se a oficina de instrumentos de precisão dado não haver estabelecimento semelhante no país[41]. Em 1879, foi determinada a criação de "coleções de exemplares, modelos e desenhos necessários para o ensino, junto das cadeiras 7.ª, 8.ª e 9.ª", sendo também afeto orçamento próprio para a sua constituição[42].

Segundo a reforma de 1886, junto dos Institutos Industriais e Comerciais deveriam achar-se estabelecidos uma biblioteca, um laboratório químico, um gabinete de física, um laboratório mecânico, um museu, e "uma escola prática de telegrafia e laboratório eletrotécnico"[43]. No caso do Instituto lisbonense os estabelecimentos anexos eram completados com a oficina de instrumentos de precisão, já existente[44]. O plano de organização deixava também aberta a possibilidade de se constituírem "pequenas oficinas que a experiência demonstrar serem necessárias para o ensino prático dos alunos"[45].

Curricula

O ensino industrial português era organizado em três graus, elementar, secundário e complementar, baseados num plano de estudos com nove cadeiras, respectivamente distribuídas pelos graus e cursos como assinalado à frente.

O plano de estudos do Instituto Industrial compreendia nove cadeiras respeitantes aos três graus de instrução industrial, a saber, elementar, secundário e complementar[46], cujos cursos eram ministrados em regime noturno[47]. Em comparação com a Escola Industrial do Porto o curso complementar do Instituto era mais completo acrescendo a da oitava e nona cadeiras, que se encontravam omissas do plano de estudos da primeira. Em consequência, o Instituto Industrial de Lisboa estava capacitado a passar cartas dos cursos de diretor mecânico e diretor químico, que não existiam na Escola do Porto[48]. Nos primeiros anos de funcionamento do Instituto Industrial de Lisboa os alunos terão frequentado cursos livres em alternativa aos regulares, sendo esta medida adotada igualmente no Porto[49].

O Instituto Industrial de Lisboa passava as cartas de curso segundo a frequência das cadeiras respectivas: "1.ª e 2.ª cadeiras, operário habilitado; 1.ª, 2ª e 5.ª cadeiras, oficial mecânico; 1.ª, 2.ª e 4.ª cadeiras com oficina de manipulações químicas, oficial químico; 1.ª, 2.ª e 4.ª cadeiras com oficina de forjar, oficial forjador; 1.ª, 2.ª e 4.ª cadeiras com oficina de fundir e moldar, oficial fundidor; 1.ª, 2.ª e 5.ª cadeiras com oficina de serrilharia e ajustamento, oficial serralheiro ajustador; 1.ª, 2.ª e 5.ª cadeiras com oficina de tornear e moldar, oficial torneiro ajustador; 1.ª, 2.ª, 3.ª e 5.ª cadeiras, oficinas; 1.ª, 2.ª e 3.ª cadeiras, mestre mecânico; 1.ª, 2.ª, 4.ª e 7.ª cadeiras com oficina de manipulações químicas, mestre químico; 1.ª, 2.ª, 3.ª, 4.ª, 5.ª, 6.ª e 8.ª cadeiras com as oficinas de forjar, fundir e moldar, serrilharia e ajustamento, e, tornear e moldar, diretor mecânico; 1.ª, 2.ª, 4.ª, 5.ª, 6.ª e 8.ª cadeiras com oficina de manipulações químicas, diretor químico"[50].

Os alunos eram incumbidos de trabalhos físicos nas oficinas quando tivessem concluído as duas primeiras cadeiras respeitantes ao grau elementar da instrução industrial[51].

Dois anos após a fundação ainda não se verificavam concluídas a maioria das oficinas e, em consequência, por proposta do seu diretor, o Instituto Industrial ministrou cursos livres de algumas disciplinas, cujo ensino não dependia materialmente daqueles estabelecimentos[52].

Em 1857, era estabelecido um curso de telegrafia elétrica com base numa consulta do Conselho de Obras Públicas e Minas, aprovado pelo conselho escolar[53].

Em consequência da transferência da secção de comércio do Liceu Nacional de Lisboa para o Instituto Industrial em 1869, passou a constar no plano de estudos uma cadeira dedicada ao ensino comercial e na oferta do Instituto o curso de comércio. A cadeira viria a ser desdobrada em duas unidades, as disciplinas "privativamente comerciais", e "da geografia e história comercial, elementos de direito comercial e marítimo, estatística comercial, etc."[54]. Em 1880, o curso de comércio era reorganizado e a sua oferta desdobrada no curso elementar e o curso superior de comércio, com a duração de um e quatro anos, respectivamente[55]. Eram afetas a este plano as disciplinas de "física geral e as suas aplicações; química aplicada às artes; princípios de economia política e industrial, e estatística comercial", e definidos os preparatórios de acesso ao curso[56].

Em 1879, o plano de estudos do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa era alargado com a criação de três cadeiras[57], totalizando as 14 unidades[58]. Era também criado o curso de condutor de minas[59].

Em 1886, o plano de estudos do Instituto era idêntico ao Instituto Industrial e Comercial do Porto, exceptuando as últimas três cadeiras que lhe eram específicas. Totalizava as 28 cadeiras. A oferta de ambos os Institutos Industriais e Comerciais compunha-se de cursos industriais elementares, para operários de diferentes ofícios e artes; cursos preparatórios para acesso aos cursos industriais especiais ou ao curso superior de comércio; os cursos especiais de "condutores de obras públicas; condutores de minas; desenhadores; diretores de fábricas; construtores de máquinas e de instrumentos de precisão; correios e telégrafos; e quaisquer outros que o governo julgue conveniente criar"[60][61]. A estes acresciam ainda o curso superior de comércio, curso especial de verificadores de alfandega e o curso especial de cônsules[62].

Plano de estudos de 1852
Graus de ensino Nome da Cadeira Matérias Livros Professores
Ensino

Elementar

Primeira cadeira "Aritmética elementar; primeiras noções de álgebra; geometria elementar"[63].
Segunda

cadeira

"Desenho linear e de ornatos industriais"[64].
Ensino

Secundário

Terceira cadeira "Elementos de geometria descritiva aplicada às artes"[65].
Quarta

cadeira

"Noções elementares de física e química"[66].
Quinta

cadeira

"Desenho de modelos e máquinas. Primeira parte"[67].
Ensino Complementar Sexta

cadeira

"Mecânica industrial"[68]. Professor proprietário em 4 de Agosto de 1853: José Victorino Damásio[69].
Sétima

cadeira

"Química aplicada ás artes"[70].
Oitava cadeira "Economia e legislação industrial"[71].
Nona cadeira "Desenho de modelos e máquinas"[72].
Plano de estudos de 1879
Graus de ensino Nome da Cadeira Matérias Livros Professores
Primeira cadeira "Aritmética elementar; primeiras noções de álgebra; geometria elementar"[73].
Segunda

cadeira

"Desenho linear e de ornatos industriais"[74].
Terceira cadeira "Elementos de geometria descritiva aplicada às artes"[75].
Quarta

cadeira

"Noções elementares de física e química"[76].
Quinta

cadeira

"Desenho de modelos e máquinas. Primeira parte"[77].
Sexta

cadeira

"Mecânica industrial"[78].
Sétima

cadeira

"Química aplicada ás artes"[79].
Oitava cadeira "Economia e legislação industrial"[80].
Nona cadeira "Desenho de modelos e máquinas"[81].
"Mineralogia e geologia aplicadas, e elementos de geografia física"[82].
"Artes de minas, metalurgia e princípios de legislação mineira portuguesa"[83].
"Princípios de química e física, e introdução à história natural dos três reinos"[84].
Plano de estudos de 1886
Anos Nome da Cadeira Matérias Livros Professores
Primeira cadeira "Rudimentos de matemática"[85].
Segunda cadeira "Rudimentos de física, de química, e de eletrotecnia"[86].
Terceira cadeira "Rudimentos de mecânica"[86].
Quarta cadeira "Aritmética, álgebra e geometria sintética"[86].
Quinta cadeira "Geometria descritiva, estereotomia, e topografia"[86].
Sexta cadeira "Trigonometria plana, princípios de geometria analítica, de álgebra superior e de calculo infinitesimal"[86].
Sétima cadeira "Física geral e suas aplicações à indústria"[86].
Oitava cadeira "Eletrotecnia. Telegrafia e outras applicações da eletricidade"[86].
Nona cadeira "Química mineral e orgânica"[86].
Décima cadeira "Tecnologia química (cerâmica, tinturaria, estamparia e outras aplicações da química); matérias primas de origem mineral e suas transformações; caracteres físicos e químicos dessas mercadorias, seu valor comercial, suas falsificações e meios práticos de as reconhecer"[86].
Décima primeira cadeira "Zoologia e botânica elementares e higiene das industrias"[86].
Décima segunda cadeira "Mecânica geral e sua aplicação às máquinas"[86].
Décima terceira cadeira "Materiais de construção. Processos geraes de construção. Resistência de materiais e estabilidade de construções"[86].
Décima quarta cadeira "Estradas. Caminhos de ferro. Rios e canais. Portos"[86].
Décima quinta cadeira "Mineralogia e geologia"[86].
Décima sexta cadeira "Arte de minas e metalurgia"[86].
Décima sétima cadeira "Desenho linear, de figura, ornato, paisagem do natural e modelação"[86].
Décima oitava cadeira "Desenho de máquinas, construção de peças elementares e respectiva tecnologia"[86].
Décima nona cadeira "Desenho arquitetónico e topográfico. Cortes e plantas de minas"[87].
Vigésima cadeira "Geografia geral, historia elementar e geografia comercial"[88].
Vigésima primeira cadeira "Economia politica, princípios de direito administrativo e legislação industrial"[88].
Vigésima segunda cadeira "Contabilidade geral e operações comerciais"[88].
Vigésima terceira cadeira Língua francesa[88].
Vigésima quarta cadeira Língua inglesa[88].
Vigésima quinta cadeira Língua alemã[88].
Vigésima sexta cadeira "Matérias primas de origem orgânica, suas transformações e respectiva tecnologia; caracteres físicos e químicos dessas mercadorias e seu valor comercial; falsificações e meios práticos de as reconhecer; classificação geral das mercadorias; legislação aduaneira"[88].
Vigésima sétima cadeira "Direito comercial e marítimo, princípios de direito internacional e legislação consular"[88].
Vigésima oitava cadeira "Operações financeiras"[88].

Notas

  1. Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 91.
  2. Alves, 92-93.
  3. Decreto de 30 de Dezembro de 1852, Diário do Governo, no. 1, 1 de Janeiro de 1853, 5.
  4. Veja-se para a relação entre a Escola Industrial do Porto e o Instituto Industrial de Lisboa preconizada no Regulamento provisório de ambas as instituições, datado de 1853, Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:106.
  5. Ribeiro, 7:381.
  6. Alves, "Contributos para o estudo do ensino industrial", 116.
  7. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:381.
  8. Ribeiro, 7:352.
  9. Ribeiro, 13:236.
  10. 10,0 10,1 Ribeiro, 13:238.
  11. Ribeiro, 13:239-241.
  12. Uma descrição sumária de algumas alterações pensadas na proposta de reforma de 1861 pode ser consultada em Ribeiro, 13:241-242.
  13. Ribeiro, 13:244.
  14. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:358; 13:244.
  15. Ribeiro, 13:245.
  16. Ribeiro, 13:245.
  17. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 16:483.
  18. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:332.
  19. Ribeiro, 17:333.
  20. Ribeiro, 17:514.
  21. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 13:226.
  22. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:105.
  23. Ribeiro, 7:351.
  24. Ribeiro, 7:354.
  25. Ribeiro, 7:350.
  26. Uma descrição mais aprofundada sobre as operações realizáveis pelos alunos em cada uma das oficinas pode ser consultada em Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 13:227.
  27. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:347-349.
  28. Ribeiro, 7:357.
  29. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 13:234.
  30. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 13:228.
  31. Ribeiro, 13:235.
  32. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 13:236.
  33. Relativamente ao museu do Instituto Industrial de Lisboa e o surgimento das primeiras propostas na década de 30 do século XIX, para o desenvolvimento de uma instituição desse tipo, designada Conservatório das Artes e Ofícios de Lisboa, vide Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 3:376-382.
  34. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:348.
  35. Ribeiro, 7:356.
  36. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 3:376-379.
  37. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 13:235.
  38. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 3:380.
  39. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:357.
  40. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 3:380.
  41. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:357.
  42. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 16:483.
  43. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:338.
  44. Ribeiro, 17:339.
  45. Ribeiro, 17:339.
  46. Ribeiro, 7:347-348.
  47. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:351.
  48. Ribeiro, 7:348.
  49. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 12:168.
  50. Ribeiro, 7:348.
  51. Ribeiro, 7:350.
  52. Ribeiro, 7:356.
  53. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 13:233.
  54. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:358.
  55. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:211;213.
  56. Ribeiro, 17:16.
  57. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 13:245.
  58. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 16:483.
  59. Ribeiro, 16:483.
  60. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:335.
  61. A distribuição das cadeiras pelos respectivos cursos a que estavam afetas pode ser consultada em Ribeiro, 17:402-411.
  62. Ribeiro, 17:336.
  63. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:347.
  64. Ribeiro, 7:347.
  65. Ribeiro, 7:347.
  66. Ribeiro, 7:347.
  67. Ribeiro, 7:347.
  68. Ribeiro, 7:347.
  69. Ribeiro, 7:351.
  70. Ribeiro, 7:347.
  71. Ribeiro, 7:347.
  72. Ribeiro, 7:347.
  73. Ribeiro, 7:347.
  74. Ribeiro, 7:347.
  75. Ribeiro, 7:347.
  76. Ribeiro, 7:347.
  77. Ribeiro, 7:347.
  78. Ribeiro, 7:347.
  79. Ribeiro, 7:347.
  80. Ribeiro, 7:347.
  81. Ribeiro, 7:347.
  82. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 13:245.
  83. Ribeiro, 13:245.
  84. Ribeiro, 13:245.
  85. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:334.
  86. 86,00 86,01 86,02 86,03 86,04 86,05 86,06 86,07 86,08 86,09 86,10 86,11 86,12 86,13 86,14 86,15 86,16 Ribeiro, 17:334.
  87. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:335.
  88. 88,0 88,1 88,2 88,3 88,4 88,5 88,6 88,7 88,8 Ribeiro, 17:335.

Fontes

Bibliografia

Alves, Luís Alberto Marques. "Contributos para o estudo do ensino industrial em Portugal (1851-1910)". Tese de Doutoramento, Universidade do Porto, 1998. Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 3. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1873.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 7. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1878.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 13. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1885.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 16. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1889.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 17. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1892.

Ligações Internas

Para consultar as pessoas relacionadas com esta instituição, nomeadamente professores e alunos, siga o link:Categoria:Instituto Industrial de Lisboa

Ligações Externas

Matos, Ana Cardoso de. «From the Instituto Industrial de Lisboa to the Instituto Superior Técnico: places for the teaching of electricity in Portugal». Em 24th International Congress of History of Science, Technology and Medicine. Manhester, 2013.

Autor(es) do artigo

João de Almeida Barata

https://orcid.org/0000-0001-9048-0447

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

Apoio especial “Verão com Ciência 2022” da UID 4666 – CHAM — Centro de Humanidades, financiado por fundos nacionais através da FCT/MCTES (PIDDAC)

DOI

https://doi.org/10.34619/8xux-p8nz

Citar este artigo

Almeida Barata, João de. "Instituto Industrial de Lisboa", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 01/02/2024). Consultado a 13 de maio de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Instituto_Industrial_de_Lisboa. DOI: https://doi.org/10.34619/8xux-p8nz