João Ferreira da Maia: diferenças entre revisões

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===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->
===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->
A sua carreira começou em Setembro de 1869, pelo que não deve ter concluído os dois cursos que ingressou na Universidade de Coimbra. Em Julho de 1872 tornou-se alferes-aluno. Em Janeiro de 1876, alferes engenheiro. <ref name=":0" />
A sua carreira começou em Setembro de 1869, pelo que não deve ter concluído os dois cursos em que ingressou na Universidade de Coimbra. Em Julho de 1872 tornou-se alferes-aluno. Em Janeiro de 1876, alferes engenheiro. <ref name=":0" />


Em 1876, foi requisitado ao Ministério da Marinha, pelo Ministério da Guerra, para as [[Direcção das Obras Públicas de Moçambique|Obras Públicas de Moçambique]]. <ref name=":4" /> Em Outubro desse ano, foi promovido a tenente de engenharia. Foi chefe da secção de Lourenço Marques, em data desconhecida. Conhece-se a sua participação no dessecamento dos pântanos de Lourenço Marques. <ref name=":2" />
Em 1876, foi requisitado ao Ministério da Marinha, pelo Ministério da Guerra, para as [[Direcção das Obras Públicas de Moçambique|Obras Públicas de Moçambique]]. <ref name=":4" /> Em Outubro desse ano, foi promovido a tenente de engenharia. Foi chefe da secção de Lourenço Marques, em data desconhecida. Conhece-se a sua participação no dessecamento dos pântanos de Lourenço Marques. <ref name=":2" />
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A seu pedido, foi exonerado da [[Direcção das Obras Públicas de Moçambique|Direção das Obras Públicas de Moçambique]] em 1879, após uma querela com o governador geral, que negou o primeiro requerimento do agente. O seu pedido era motivado pelo sue estado de saúde debilitado, dado o clima da região. Foi substituído pelo condutor de 1ª classe [[Jeremias Wheelhouse]]. <ref name=":3">'Cartas de Julho de 1879, Moçambique' in "Obras Públicas - Processos Individuais - letras: G-J. Caixa 1". Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), Angola, 1876-1932.</ref>
A seu pedido, foi exonerado da [[Direcção das Obras Públicas de Moçambique|Direção das Obras Públicas de Moçambique]] em 1879, após uma querela com o governador geral, que negou o primeiro requerimento do agente. O seu pedido era motivado pelo sue estado de saúde debilitado, dado o clima da região. Foi substituído pelo condutor de 1ª classe [[Jeremias Wheelhouse]]. <ref name=":3">'Cartas de Julho de 1879, Moçambique' in "Obras Públicas - Processos Individuais - letras: G-J. Caixa 1". Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), Angola, 1876-1932.</ref>


Em 1881, foi dispensado da Secretaria da Guerra, mais propriamente do quartel da Serra do Pilar, e regressou ao Ultramar. Vai desempenhar o cargo de Diretor na [[Direcção das Obras Públicas de Angola|Direção das Obras Públicas de Angola]], que havia solicitado em Janeiro de 1881. <ref name=":3" />
Em 1881, foi dispensado da Secretaria da Guerra, mais propriamente do quartel da Serra do Pilar, e regressou ao Ultramar. Vai desempenhar o cargo de Diretor nas [[Direcção das Obras Públicas de Angola|Obras Públicas de Angola]], que havia solicitado em Janeiro de 1881. <ref name=":3" />


Nesse mesmo ano, realizou a obra do Hospital Maria Pia em Luanda. <ref>Helena Gonçalves Pinto, "Hospital Maria Pia" in Arquiteturas da Saúde, 2014</ref> Contam-se outras obras sem data especificada, como a exploração do asfalto do Lubango, o corte de estacas nas lagoas do Lage para a ponte de Ambriz e a inspeção da ponte sobre o rio Lucala.<ref name=":2" />
Nesse mesmo ano, realizou a obra do Hospital Maria Pia em Luanda. <ref>Helena Gonçalves Pinto, "Hospital Maria Pia" in Arquiteturas da Saúde, 2014</ref> Contam-se outras obras sem data especificada, como a exploração do asfalto do Lubango, o corte de estacas nas lagoas do Lage para a construção da ponte de Ambriz e a inspeção da ponte sobre o rio Lucala.<ref name=":2" />


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Revisão das 17h47min de 23 de dezembro de 2021


João Ferreira da Maia
Nome completo João António Ferreira da Maia
Outras Grafias João António Ferreira Maia
Pai José António Ferreira Maia
Mãe Margarida Rosa Maia
Cônjuge Maria de Conceição da Fonseca
Filho(s) João António Ferreira Maia Júnior
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 15 abril 1846
Valença do Minho, Viana do Castelo, Portugal
Morte 12 junho 1884
Luanda, Luanda, Angola
Sexo Masculino
Religião Cristã
Residência
Residência Moçambique
Data Início: 1876
Fim: 1879

Residência Angola
Data Início: 1881
Fim: 1884

Residência Valença do Minho, Viana do Castelo, Portugal
Data Início: 15 de abril de 1846
Formação
Formação Filosofia
Data Início: 1868
Fim: 1872
Instituição de Formação Universidade de Coimbra
Local de Formação Coimbra, Coimbra, Portugal

Formação Matemática
Data Início: 1868
Fim: 1872
Instituição de Formação Universidade de Coimbra
Local de Formação Coimbra, Coimbra, Portugal

Formação Matemática
Data Início: 1872
Fim: 1876
Local de Formação Lisboa, Lisboa, Portugal
Postos
Posto Alferes
Data Início: 1872
Fim: 1876
Arma Engenharia

Posto Tenente
Data Início: outubro de 1876
Fim: fevereiro de 1881
Arma Engenharia

Posto Capitão
Data Início: fevereiro de 1881
Arma Engenharia
Cargos
Cargo Engenheiro de 2ª Classe
Data Início: 1876
Fim: outubro de 1876

Cargo Chefe de secção
Data Início: outubro de 1876
Fim: fevereiro de 1880

Cargo Director
Data Início: 1881
Fim: 1884

Cargo Presidente
Actividade
Actividade Inspecção
Local de Actividade Angola

Biografia

Dados biográficos

João António Ferreira da Maia nasceu a 15 de Abril de 1846 em Valença, distrito de Viana do Castelo. Filho de José António Ferreira Maia e D. Margarida Maia. Casou-se a 21 de Setembro de 1872 com D. Maria de Conceição da Fonseca. [1]

Frequentou a Universidade de Coimbra durante os últimos anos da década de 60. Nessa instituição, foi bacharel do curso filosófico e do curso matemático. Foi premiado no primeiro ano de Matemática, no ano letivo de 1868-1869. [2]

Em 1872, matriculou-se no curso de engenharia da Escola do Exército. [3] Em 1876, terminou o em comissão na Direção Geral de Engenharia. [4]

Faleceu no dia 12 de Junho 1884, com um "ataque cerebral complicado". É claro na correspondência que anuncia a sua morte que o Major era querido e admirado pelos seus colegas. "Vítima de uma dedicação pelo serviço, e do mundo que se interessava pela causa pública". Segundo Jerónimo Ferreira de Amaral, este indivíduo faleceu devido aos trabalhos árduos que teve de desempenhar no Ultramar. [5]

Carreira

A sua carreira começou em Setembro de 1869, pelo que não deve ter concluído os dois cursos em que ingressou na Universidade de Coimbra. Em Julho de 1872 tornou-se alferes-aluno. Em Janeiro de 1876, alferes engenheiro. [1]

Em 1876, foi requisitado ao Ministério da Marinha, pelo Ministério da Guerra, para as Obras Públicas de Moçambique. [4] Em Outubro desse ano, foi promovido a tenente de engenharia. Foi chefe da secção de Lourenço Marques, em data desconhecida. Conhece-se a sua participação no dessecamento dos pântanos de Lourenço Marques. [5]

A seu pedido, foi exonerado da Direção das Obras Públicas de Moçambique em 1879, após uma querela com o governador geral, que negou o primeiro requerimento do agente. O seu pedido era motivado pelo sue estado de saúde debilitado, dado o clima da região. Foi substituído pelo condutor de 1ª classe Jeremias Wheelhouse. [6]

Em 1881, foi dispensado da Secretaria da Guerra, mais propriamente do quartel da Serra do Pilar, e regressou ao Ultramar. Vai desempenhar o cargo de Diretor nas Obras Públicas de Angola, que havia solicitado em Janeiro de 1881. [6]

Nesse mesmo ano, realizou a obra do Hospital Maria Pia em Luanda. [7] Contam-se outras obras sem data especificada, como a exploração do asfalto do Lubango, o corte de estacas nas lagoas do Lage para a construção da ponte de Ambriz e a inspeção da ponte sobre o rio Lucala.[5]


Outras informações

Em 1869, vivia no Largo do Lyceu nº7, em Coimbra. [2]

Colaborou com o condutor Augusto César Simões em Moçambique, durante o ano de 1876. [4]

Foi Presidente da Câmara Municipal de Lourenço Marques. [5]

Obras

Notas

  1. 1,0 1,1 'Tabela sobre João Ferreira Maia de 1876, Obras Públicas de Moçambique' in "Obras Públicas - Processos Individuais - letras: G-J. Caixa 1". Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), Angola, 1876-1932.
  2. 2,0 2,1 "Anuário da Universidade de Coimbra 1868-1869", Coimbra, Imprensa da Universidade, 1868.
  3. Arquivo Histórico Militar, AHM/100/SIL, “Listagem Antigos Alunos Da Academia de Fortificação, Escola Do Exército, Escola de Guerra, Escola Militar”. 1790-1940.
  4. 4,0 4,1 4,2 'Requisições do Ministério da Guerra ao Ministério da Marinha' in "Obras Públicas - Processos Individuais - letras: G-J. Caixa 1". Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), Angola, 1876-1932.
  5. 5,0 5,1 5,2 5,3 Jerónimo Joaquim Ferreira de Amaral, 'Carta sobre o falecimento de João Ferreira da Maia' in "Obras Públicas - Processos Individuais - letras: G-J. Caixa 1". Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), Angola, 1876-1932.
  6. 6,0 6,1 'Cartas de Julho de 1879, Moçambique' in "Obras Públicas - Processos Individuais - letras: G-J. Caixa 1". Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), Angola, 1876-1932.
  7. Helena Gonçalves Pinto, "Hospital Maria Pia" in Arquiteturas da Saúde, 2014

Fontes

Arquivo Histórico Militar, AHM/100/SIL, 1790-1940. “Listagem Antigos Alunos Da Academia de Fortificação, Escola Do Exército, Escola de Guerra, Escola Militar”, n.d.

Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), 768/1 1D MU, "Obras Públicas - Processos Individuais - letras: G-J. Caixa 1", Angola, 1876-1932.

Bibliografia

"Anuário da Universidade de Coimbra 1868-1869". Coimbra, Imprensa da Universidade, 1868. https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjA1eKQ1dn0AhWqCGMBHSmbCT0QFnoECB0QAQ&url=https%3A%2F%2Fdigitalis-dsp.uc.pt%2Frepublica%2FUCBG-8-118-1-3%2FUCBG-8-118-1-1868-1869%2FUCBG-8-118-1-1868-1869_item2%2FUCBG-8-118-1-1868-1869_PDF%2FUCBG-8-118-1-1868-1869_PDF_24-C-R0120%2FUCBG-8-118-1-1868-1869_0000_Obra_Completa_t24-C-R0120.pdf&usg=AOvVaw1cle4aq0VFzzttJwWkazV1

Ligações Externas

Helena Gonçalves Pinto, "Hospital Maria Pia" in Arquiteturas da Saúde, 2014 http://www.arquitecturasdasaude.pt/mariapia.html

Autor(es) do artigo

Mariana Nicolau

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

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