Manuel Álvares Calheiros: diferenças entre revisões

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===Dados biográficos=== <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
===Dados biográficos=== <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
Até ao momento não foi possível determinar a data ou o local de nascimento de Manuel Álvares Calheiros. Sobre a sua formação, Sousa Viterbo afirma que cursou com distinção a Academia Militar da Corte e a Academia do Alentejo<ref name=":02">Viterbo, <i>Diccionario Historico e Documental dos Architectos</i>, 1:159-160.</ref>, mas é provável que tenha cursado apenas a primeira, também designada como [[Aula de Fortificação de Lisboa]], tendo concluído os estudos em 1751. Estava de algum modo ligado à família de Francisco Xavier de Mendonça Furtado - irmão de Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal -, pois em uma carta identifica-se como “''criado da sua casa''”<ref>Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 61, d. 5397. Ofício de Manuel Álvares Calheiros para o Secretario de Estado da Marinha e Ultramar FXMF remetendo cumprimentos. Pará, 22 de Outubro de 1767.</ref>. Morreu em Belém do Pará, no Brasil, em 1768.


Henrique João Wilkens nasceu em 1736 e morreu em 2 de outubro de 1802. As indicações bibliográficas divergem quanto à sua nacionalidade, que poderia ser inglesa ou portuguesa. Viterbo supôs que fosse inglês, pois, seguramente, ''"falava, lia e escrevia neste idioma"''<ref name=":0" />. Mas Francisco Xavier de Mendonça Furtado diz em uma carta que ele era "''nascido e criado em Portugal''"<ref name=":1" />.
===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->
Manuel Álvares Calheiros foi nomeado ajudante de infantaria com exercício de engenheiro em 16 de Maio de 1751, juntamente com [[Luís Afonso Cabral]]. O decreto informava que recebiam o posto atendendo à aplicação com que ambos se tinham distinguido nos estudos das Academia Militares da Corte e do Alentejo, provavelmente um em cada<ref name=":02" />.
 
Esteve, seguramente, envolvido nos trabalhos de reconstrução de Lisboa, tendo assinado uma planta parcial da cidade mandada delinear por [[Manuel da Maia]] em 1756. Junto à margem, na parte inferior da planta, consta uma inscrição que esclarece o processo: “''Desta diligência foi encarregado o Sargento Mor [[Filipe Rodrigues de Oliveira]] em 12 de Abril de 1756, para o que acompanhado dos quatro ajudantes Manoel Alvares Calheiros, [[Pedro Gualter da Fonseca]], [[Lourenço José Botelho]], e [[Tomás Rodrigues da Costa]], e de alguns Discípulos da Academia Militar, balizasse, e delineasse sobre o terreno os sítios expressados nesta planta, que entregou ao Engenheiro Mor desenhada como aqui se vê em 5 de Novembro do dito ano''”<ref>Museu da Cidade, MC. DES. 0982. Filipe Rodrigues de Oliveira, Manuel Alvares Calheiros, Pedro Gualter  da Fonseca, Lourenço José Botelho, Tomás Rodrigues da Costa, ''Planta que compreende os terrenos das partes contiguas de Lisboa desde o Largo do Convento do Rato, Rua da nova Colonia de S. Bento, Poço dos Negros, Rua Direita da Esperança, Quartéis de Alcântara, até topar na sua Ribeira continuando por ella até encontrar a direcção do Arco do Carvalhão; e dahi proseguindo pello muro, e Cazas junto a S. João dos Bem Cazados, Bica Agoa Livre de Bellas, Largo do Rato, até fenecer por junto da Orta do Conde de Soure, e parte do nascente da Rua da Nova Colonia de S. Bento; a qual mandou delinear o Mestre de Campo General, e Engenheiro Mor do Reyno Manoel da Maya em virtude de huma ordem de S. Magestade a elle dirigida e comunicada ao Illustrissimo e Excellentissimo Duque Regedor das Justiças em 6 de Abril de 1756.'' Desenho a tinta da china, aguarelado.</ref>.
 
Em 15 de Julho de 1757, um decreto de D. José I determina que os capitães de infantaria com exercício de engenheiros, Manuel Álvares Calheiros e [[Tomás Rodrigues da Costa]], deveriam passar a sargentos-mor de infantaria com exercício de engenheiro para servirem no Grão Pará, com soldo dobrado<ref>Viterbo, <i>Diccionario Historico e Documental dos Architectos</i>, 2:404.</ref><ref>Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 42, d. 3887. Decreto do rei D. José I ordenando que a Manuel Álvares Calheiros  e Tomás Rodrigues da Costa, lhes sejam contadas a antiguidade dos capitães de infantaria com exercício de engenheiros, para se puderem atribuir as patentes de sargento-mor de infantaria com  o mesmo exercício, no Estado do Pará. Lisboa, 15 de Julho de 1757.</ref>. Ambos chegaram ao Pará em Outubro deste ano, sendo Calheiros nomeado mestre da [[Aula de Fortificação de Belém]], pelo governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado<ref>Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 44, d. 4039. Ofício do Governador do Estado do Grão Pará e Maranhão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, para o secretario de estado da Marinha e Ultramar, Tomé Joaquim da Costa Corte Real, sobre o envio de dois sargentos-mores para o Reino, para que pudessem aperfeiçoar–se no seu ofício; solicitando também o envio de livros para que se possa proceder ao estabelecimento de uma Aula de Fortificação na capitania do Pará. Pará, 21 de Fevereiro de 1759.</ref>.


Em 1753, integrou a comitiva que foi para o Grão Pará, acompanhando o Governador e Plenipotenciário das Demarcações, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, irmão de Sebastião de Carvalho e Melo, então Conde de Oeiras e futuro Marquês de Pombal. Em 9 de março de 1754, numa carta endereçada ao irmão, Mendonça Furtado refere a um rapaz, enteado do boticário da rainha-mãe que o governador tinha feito assentar praça como soldado e, como tinha noções de geometria, foi entregue ao matemático e astrónomo Pe. Inácio  Smartoni para ser educado na engenharia e este agora pedia o posto de ajudante engenheiro, pelo que encaminhava ao rei este pedido<ref name=":1">Mendonça, Marcos Carneiro de. ''A Amazonia Na Era Pombalina''. 3 vols. Rio de Janeiro: IHGB, 1963, pp. 535, 712, 745. </ref>. Em 7 de setembro de 1755, refere, novamente, na correspondência com o irmão, a uma carta datada de 15 de março do mesmo ano em que se lhe ordena passar patente de ajudante engenheiro a Wilkens, que é identificado como o protegido da rainha-mãe<ref name=":1" />.
Em 29 de Novembro de 1757, Calheiros escreve de Belém a Tomé Joaquim da Costa Real, agradecendo o seu beneplácito. Afirma, contudo, que, cumprindo as ordens do rei, tinha saído do reino ''“sem mais patente que a promessa que havia de ser diferido”''<ref>Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, Cx. 43, d. 3922. Ofício de Manuel Álvares Calheiros para o secretário de Estado da marinha e Ultramar, Tomé Joaquim da Costa Corte Real. Pará, 29 de Novembro de 1757.</ref>. Com efeito, em 1759, Corte Real determina que os soldos dobrados devidos a Calheiros fossem pagos em Lisboa, ao seu procurador António Rocha Payal<ref>Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 44, d. 4072. Aviso do secretario de estado da Marinha e Ultramar Tomé Joaquim da Costa Corte Real, para o conselheiro do conselho Ultramarino Alexandre Metelo de Sousa e Meneses, solicitando que se satisfaçam os soldos devidos a Manuel Álvares Calheiros pelo exercício das funções de engenheiro na capitania do Pará. 14 de Maio de 1759.</ref>. Há dois recibos: um datado de outubro de 1759 confirmando o pagamento da quantia de 663 mil reis, correspondente a 26 mil reis por mês desde 16 de julho de 1757 até o final de agosto de 1759; o segundo recibo atesta que foi pago ao mesmo procurador a quantia de 140 mil reis desde setembro de 1759 até 14 de novembro de 1760.


Desde 1753 até 1802, Henrique Wilkens residiu na Amazónia realizando vários trabalhos relativos às demarcações de limites e outros. Casou-se com Inês Aranha, natural do Pará. Em 1779, faz um pedido para ir à corte<ref>Arquivo Histórico Ultramarino_ACL_CU_013_Cx.84, D.6885. 1779, Dezembro,14. Consulta do Conselho Ultramarino sobre o requerimento do capitão de Infantaria com exercício de engenheiro Henrique João Wilkens solicitando licença para ir a corte. </ref>. Refere nesta circunstância um acidente que lhe tinha deixado cego do olho esquerdo e os problemas de saúde da sua mulher, que o deveria acompanhar na viagem. A autorização é concedida, mas a viagem provavelmente não se realizou, pois em documento datado de 10 de Agosto de 1800, volta a pedir para ir a corte acompanhado de algum filho ou neto. Refere nesta circunstância a sua numerosa família. Contudo, o seu único filho conhecido é [[José Joaquim Wilkens]], que também seguiu carreira como militar no Pará. Sabe-se ainda que uma filha de Wilkens, chamada Joana, casou-se com Severino Eusébio de Matos, que foi diretor da Vila de Barcelos e que ambos são os pais de [[João Henrique de Matos]], nascido em 1784, que vira a ser coronel e  importante político do século XIX no Estado do Amazonas. Henrique João Wilkens morreu a 2 de outubro de 1802, na cachoeira do Salto, no rio Madeira, para onde tinha sido enviado para o estabelecimento de uma nova povoação. 
Em 1764, Calheiros fez um requerimento dirigido a Francisco Xavier de Mendonça Furtado, secretário de estado da Marinha e Ultramar, que contou com o beneplácito do governador Fernando da Costa de Ataíde Teive, mas do qual se desconhece o conteúdo<ref>Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx.57, d. 5161. Ofício de Fernando da Costa de Ataíde Teive Sousa Coutinho para FXMF, sobre requerimento apresentado pelo sargento-mor Manuel Álvares Calheiros solicitando o seu deferimento. Pará, 15 de Agosto de 1764.</ref>.
===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->
Começou por servir no estado do Grão-Pará como soldado em 1753. Completou a sua formação em Belém, no colégio jesuíta de Santo Alexandre, sob a tutela do Padre Inácio Smartoni. Ainda em 1753, Wilkens refere ter sido ''"empregado no conhecimento de toda a costa do Marajó, com os mais engenheiros, nas observações astronómicas com o Pe. Smartoni, nesta cidade e em Colares, nas mesmas observações em Macapá, na configuração do mapa do Amazonas, em primeiro uso que se fez do outante Hadleiano, para o dito fim"''<ref name=":2">Amoroso e Farage, ''Relatos Da Fronteira Amazônica No Século XVIII'', 65.</ref>. Em 1754, vai para o arraial de Mariuá e é enviado em missão ao Rio Negro juntamente com [[António José Landi]]. Nesta ocasião diz que construiu e formalizou o primeiro mapa desde o arraial (futura vila de Barcelos) até as cachoeiras, até então desconhecidas. Afirma ainda que participou nas observações astronómicas feitas no rio Madeira e no rio Solimões, com o astrónomo [[João Angelo Brunelli]] <ref name=":2" />.  


Em 1755, recebe a patente de ajudante de infantaria com exercício de engenheiro. Mendonça Furtado cogita integrá-lo na equipe de demarcação do Mato Grosso, juntamente o Pe. Smartoni, com quem Wilkens reside até as vésperas da expulsão dos jesuítas do Grão Pará em 1759. Em 1756, foi enviado por Mendonça Furtado à aldeia dos Abacaxis (futura vila de Borba), no rio Madeira, onde terá realizado as observações astronómicas que refere. A partir de 1762, está envolvido na fortificação de Macapá, tendo participado na primeira fortificação de campanha e depois na construção da praça e fortificação regular segundo o projeto do Sargento Mor [[Henrique António Galluzzi]].
É provável que Calheiros se tenha mantido como mestre da [[Aula de Fortificação de Belém]] durante todo tempo que esteve no Pará, até a sua morte em 1768. Mas esteve também envolvido, como os outros técnicos que foram enviados para as Demarcações, em várias outras tarefas. Sabe-se que foi, em 1759, com seus discípulos em viagem ao rio Negro com o objectivo de realizar o levantamento de coordenadas e o desenho de mapas, assim como que participou, em 1761, com [[Henrique António Galluzzi|Henrique António Galuzzi]] e [[Manuel Fritz Gotz]] da escolha do local da instalação do arsenal em Belém<ref>Araujo, ''As Cidades da Amazónia no século XVIII'', 11; 313; 321.  </ref>.  


Em 14 de agosto de 1764, foi promovido a capitão de infantaria com exercício de engenheiro, com soldo dobrado<ref name=":0" /> e, em 1769, depois da morte de Galluzzi, Wilkens assume a direção da obra da fortaleza de Macapá. Há uma série de relatórios seus sobre esta fortaleza no Arquivo Histórico Ultramarino.
===Outras informações=== <!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
Em 1768, Manuel Álvares Calheiros fez um testamento determinando como seu herdeiro o seu sobrinho Francisco José Calheiros, filho de João Gonçalves Calheiros. Este, enquanto tutor do menor e testador, ficava com a obrigação de lhe mandar dizer por seis anos em cada ano uma missa a Nossa Senhiora do Monte do Carmo, no seu dia, e a Nossa Senhora das Candeias também no seu dia. O legado incluía as terras que Calheiros possuía no Maguari por título de compra e duas léguas de terra de frente com duas de fundo (no termo das terras do Una e do sítio de Val de Caens), que tinha por carta de data de sesmaria. A carta de sesmaria foi passada por Fernando da Costa de Ataíde Teive em 10 de julho de 1768<ref>Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 61, d. 5471. Requerimento de Manuel Álvares Calheiros para o rei D. José I, solicitando a confirmação de carta de data de sesmaria de terras localizadas  [no termo das terras do lugar do Una e do sítio de Val de Cães], no Estado do Pará. [[ant.] 20 de Outubro de 1768].</ref>. O pedido de confirmação foi encaminhado ao reino ainda em 1768, e a confirmação foi emitida em 13 de abril de 1769<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês de D. José I, liv. 22, f. 319, ANTT_ PT/TT/RGM/D/0022/70826. Manuel Álvares Calheiros. Carta de Sesmaria. 13 de Abril de 1769.</ref>. Contudo, em 6 de setembro de 1768, João Gonçalves Calheiros assina em seu nome e do seu filho menor um termo em que ''“fazia a abstenção de toda a herança que lhe deixou o defunto Manuel Alvares Calheiros”''<ref>Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 65, d. 5633. Requerimento do sargento-mor Manuel José de Lima para o rei D. José I, solicitando licença para recorrer da sentença contra o testamenteiro do sargento-mor Manuel Álvares Calheiros. [[ant.] 6 de Abril de 1770]. </ref>. É provável que assim o tenha feito, por que havia em curso um processo de cobrança de pagamento de dívidas de Manuel Álvares Calheiros, cujos credores reivindicavam, inclusive, os soldos que não tinham sido pagos em vida do sargento-mor<ref>Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 64, d. 5569. Requerimento de Manuel Alvares Viana para o rei  [D.José I],solicitando que se junte o presente requerimento ao precatório que fez para penhora dos soldos vencido pelo falecido sargento-mor com exercício de engenheiro Manuel Alvares Calheiros. [[ant. 26 de Setembro de 1769].</ref>.  


Em 11 de agosto de 1780, foi nomeado segundo comissário para as demarcações do Rio Negro e recebe a patente de sargento-mor de artilharia com exercício de engenheiro<ref name=":0" />. De 23 de fevereiro a 19 de junho de 1781, comanda a Viagem ao rio Japurá, escrevendo o seu diário<ref name=":2" />. Em 1785, Wilkens estava em Ega (hoje Tefé), ponto de encontro das comitivas portuguesa e espanhola. É o ano da conversão dos índios Mura, no lago Amaná, no rio Japurá. Wilkens escreve, neste ano, o poema ''Muhuraida, ou o Triunfo da Fé''<ref>Wilkens, ''Muhuraida ou o Triunfo da Fé.'' </ref>''.'' É encarregado pelo Governador João Pereira Caldas de cuidar da fortificação do Rio Negro e escreve, a pedido do Primeiro Comissário das Demarcações João Batista Mardel, um plano de defesa para aquela região que consiste na manutenção de um exército armado na linha da fronteira. 
==Obras== <!-- Incluí projectos não realizados mas sobre os quais tenhamos informação. Pode incluir informação que não sendo segura, pode ser atribuída; por exemplo: uma determinada obra sobre a qual haja informação de que deve ser atribuída a x pessoa, não deve ser acrescentada na info-box, mas deve constar aqui-->
No Museu da Cidade de Lisboa, consta a seguinte planta, em cujo levantamento Manuel Álvares Calheiros participou:


Em 1786, Wilkens chega ao quartel espanhol de Mainas e, em 1787, é encarregado de organizar a expedição de reconhecimento dos rios Javari e Juruá<ref>Arquivo Histórico Ultramarino_ACL_CU_020, cx.13, D.477. 1787, Abril, 30. </ref>.
Filipe Rodrigues de Oliveira, Manuel Alvares Calheiros, Pedro Gualter  da Fonseca, Lourenço José Botelho, Tomás Rodrigues da Costa. 1756. ''Planta que compreende os terrenos das partes contiguas de Lisboa desde o Largo do Convento do Rato, Rua da nova Colonia de S. Bento, Poço dos Negros, Rua Direita da Esperança, Quartéis de Alcântara, até topar na sua Ribeira continuando por ella até encontrar a direcção do Arco do Carvalhão; e dahi proseguindo pello muro, e Cazas junto a S. João dos Bem Cazados, Bica Agoa Livre de Bellas, Largo do Rato, até fenecer por junto da Orta do Conde de Soure, e parte do nascente da Rua da Nova Colonia de S. Bento; a qual mandou delinear o Mestre de Campo General, e Engenheiro Mor do Reyno Manoel da Maya em virtude de huma ordem de S. Magestade a elle dirigida e comunicada ao Illustrissimo e Excellentissimo Duque Regedor das Justiças em 6 de Abril de 1756.'' Desenho a tinta da china, aguarelado. Museu da Cidade, MC. DES. 0982.


Em 1788, sob encargo de Pereira Caldas, organiza o recenseamento dos estabelecimentos dos índios Mura e recepciona, em Ega, o Bispo do Pará Frei D. Caetano Brandão, em visita pastoral. Começa a ter problemas com o governador Gama Lobo de Almada, por discordar da sua política relativamente aos espanhóis<ref>Reis, ''Lobo d’Almada Um Estadista Colonial'', 138-141.</ref>. 
<br />No Arquivo Histórico do Exército, no Rio de Janeiro, consta a seguinte planta desenhada por Manuel Álvares Calheiros:


A 26 de setembro de 1794 foi feito tenente-coronel com exercício de engenheiro no Real Corpo de Engenheiros<ref name=":0">Viterbo. <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos</i>, 3:196-197.</ref>.  
''Mapa do Rio Negro desde a Villa de Barcellos, até o rio Caxiquiari, que desagua no mesmo rio e dos mais que confundem as suas águas no dito Rio Negro'' – Colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, com convenções, com rosa dos ventos, escala em léguas, papel canson, telado, 173cm x 80cm. Inclui à volta desenhos relativos às novas povoações e tabela com Relação do Numero de Gente de que se compõem as novas Povoações. AHE, 04.17.3532.


Em 1799, é candidato à sucessão de Lobo de Almada para o governo da capitania do Rio Negro, mas é preterido pelo Tenente José António Salgado. Em 1800, escreve uma longa carta em tom auto biográfico pedindo para ir à corte, acompanhado de algum filho ou neto, ''"para representar a sua justiça e razão aos pés de Sua Alteza Real"''<ref name=":2" />. Elabora neste ano um parecer sobre as comunicações entre as povoações do rio Negro e do Solimões. 
<br />Na mapoteca do Itamaraty, consta a seguinte documentação:
===Outras informações=== <!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->


==Obras== <!-- Incluí projectos não realizados mas sobre os quais tenhamos informação. Pode incluir informação que não sendo segura, pode ser atribuída; por exemplo: uma determinada obra sobre a qual haja informação de que deve ser atribuída a x pessoa, não deve ser acrescentada na info-box, mas deve constar aqui-->
Manuel Álvares Calheiros (175-). ''Carta do rio Marajó-Assu da Ilha Grande de Joanes e das fazendas de Gado que nele se achavam situadas em que se contemplaram as pessas seguintes conforme as ordens de S. M. F..''  MI, Ms. 771.553a -CI1752534
No Arquivo Histórico do Exército, no Rio de Janeiro consta um álbum que contém cópias de plantas de sua autoria.  


''Coleção Relativa à Fortaleza de Macapá'' – Doze mapas coloridos, cópias de outros desenhos de diversos autores e datas (incluindo Henrique João Wilkens e Francisco José da Costa Roxa e Mendonça), em papel canson, em bom estado, medindo 56cm x 33,5cm. Alguns desenhos executados  pelo cadete João Henrique de Matos e outros por Ignácio António da Silva, 2º Tenente de Artilharia. (c. 1805)<ref>Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 06.30.2627.</ref>.
<br />É provável que também sejam de sua autoria as seguintes plantas, que constam no Arquivo Histórico Ultramarino:


O poema escrito em 1785 foi publicado em foRma de livro em 1993.  
''Carta do lago, e cabeceiras do Rio Ararí, e das cabeceiras do Rio Anajaz do Tajiperú e das Fazendas que se achão situadas nas dittas terras e das que de novo se achão de situar conforme a Ordem de S.M.F.'' - Escala [ca. 1: 200.000]. - [ca. 1761]. - 1 carta ms.: color., desenho a tinta ; 20,7 x 33,7cm em folha 24 x 37cm. AHU_CARTm_013, d. 0802.


Wilkens, Henrique João. ''Muhuraida ou o Triunfo da Fé.'' Rio de Janeiro e Manaus: Biblioteca Nacional / UFAM / Governo do Estado do Amazonas, 1993.
''Carta de parte da costa da Ilha Grande de Joannes, desde o Igarapé Grande, ate o Rio Cambu e das villas, e fazendas que se achão situadas entre os ditos rios''. - . Escala [ca. 1: 200.000]. - [ca. 1761]. - 1 carta m s . : color., desenho a tinta ferrogálica ; 29,9 x 33,6cm em folha 24 x 35,9cm. AHU_CARTm_013, d. 0801


==Notas==<!-- As notas e a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago full note with bibliography-->
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==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 06.30.2627.
Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 42, d. 3887. Decreto do rei D. José I ordenando que a Manuel Álvares Calheiros  e Tomás Rodrigues da Costa, lhes sejam contadas a antiguidade dos capitães de infantaria com exercício de engenheiros, para se puderem atribuir as patentes de sargento-mor de infantaria com  o mesmo exercício, no Estado do Pará. Lisboa, 15 de Julho de 1757.
 
Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, Cx. 43, d. 3922. Ofício de Manuel Álvares Calheiros para o secretário de Estado da marinha e Ultramar, Tomé Joaquim da Costa Corte Real. Pará, 29 de Novembro de 1757.
 
Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 44, d. 4039. Ofício do Governador do Estado do Grão Pará e Maranhão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, para o secretario de estado da Marinha e Ultramar, Tomé Joaquim da Costa Corte Real, sobre o envio de dois sargentos-mores para o Reino, para que pudessem aperfeiçoar–se no seu ofício; solicitando também o envio de livros para que se possa proceder ao estabelecimento de uma Aula de Fortificação na capitania do Pará. Pará, 21 de Fevereiro de 1759.


Arquivo Histórico Ultramarino_ACL_CU_013_Cx.84, D.6885. 1779, Dezembro,14. Consulta do Conselho Ultramarino sobre o requerimento do capitão de Infantaria com exercício de engenheiro Henrique João Wilkens solicitando licença para ir a corte.
Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 44, d. 4072. Aviso do secretario de estado da Marinha e Ultramar Tomé Joaquim da Costa Corte Real, para o conselheiro do conselho Ultramarino Alexandre Metelo de Sousa e Meneses, solicitando que se satisfaçam os soldos devidos a Manuel Álvares Calheiros pelo exercício das funções de engenheiro na capitania do Pará. 14 de Maio de 1759.


Arquivo Histórico Ultramarino_ACL_CU_020, Cx.13, D.477. 1787, Abril, 30.
Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 45, d. 4138. Representação dos astrónomos e oficiais engenheiros das reais demarcações para o [secretario de Estado da Marinha e Ultramar, Tomé Joaquim da Costa Corte Real ], solicitando o envio de instrumentos necessários para a realização das demarcações no Estado do Pará. [Pará, 20 de Novembro de 1759].


Arquivo Nacional Torre do Tombo, CHR D. Maria I, l. 6, fl. 75v (nomeação como segundo comissário das Demarcações no Rio Negro e patente de Sargento Mor de Artilharia com exercício de Engenheiro).
Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_ 013, cx. 47, d. 4319. Ofício do governador e capitão general do Estado do Pará e Maranhão, Manuel Bernardo de Melo e Castro para o [secretario de Estado de Marinha e Ultramar] Francisco Xavier de Mendonça Furtado, sobre a entrega de alguns livros e instrumentos matemáticos ao sargento mor Manuel Álvares Calheiros, lente da aula de engenharia na capitania. Pará, 21 de Outubro de 1760.


Arquivo Nacional Torre do Tombo, Decretos remetidos ao Conselho de Guerra, m. 152, doc. 127 (patente de Tenente Coronel com exercício no Real Corpo de Engenheiros).
Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_ 013, cx. [?], d. 4365. Ofício do sargento-mor engenheiro Manuel Álvares Calheiros para o [secretario de Estado da Marinha e Ultramar] Francisco Xavier de Mendonça Furtado, sobre as peças de artilharia que se encontram danificadas nas fortalezas da capitania do Pará e a necessidade de se adquirir outras novas. Pará, 10 de Novembro de 1760.


Arquivo do Conselho Ultramarino, Ofícios e Mercês, l. 38, fl. 101 (Carta patente de Capitão de Infantaria com exercício de Engenheiro).
Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx.57, d. 5161. Ofício de Fernando da Costa de Ataíde Teive Sousa Coutinho para FXMF, sobre requerimento apresentado pelo sargento-mor Manuel Álvares Calheiros solicitando o seu deferimento. Pará, 15 de Agosto de 1764.


==Bibliografia== <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 61, d. 5397. Ofício de Manuel Álvares Calheiros para o Secretario de Estado da Marinha e Ultramar FXMF remetendo cumprimentos. Pará, 22 de Outubro de 1767.
Amoroso, Marta Rosa, e Farage, Nádia. ''Relatos Da Fronteira Amazônica No Século XVIII. Documentos de Henrique João Wilkens e Alexandre Rodrigues Ferreira''. São Paulo: NHII-USP, 1994.


Mendonça, Marcos Carneiro de. ''A Amazonia Na Era Pombalina''. 3 vols. Rio de Janeiro: IHGB, 1963.
Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 61, d. 5471. Requerimento de Manuel Álvares Calheiros para o rei D. José I, solicitando a confirmação de carta de data de sesmaria de terras localizadas  [no termo das terras do lugar do Una e do sítio de Val de Cães], no Estado do Pará. [[ant.] 20 de Outubro de 1768].


Moreira Neto, Carlos de Araújo. ''Henrique João Wilkens e os índios Mura.'' Rio de Janeiro: Anais da Biblioteca Nacional, 1989.
Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 64, d. 5569. Requerimento de Manuel Alvares Viana para o rei  [D.José I],solicitando que se junte o presente requerimento ao precatório que fez para penhora dos soldos vencido pelo falecido sargento-mor com exercício de engenheiro Manuel Alvares Calheiros. [[ant. 26 de Setembro de 1769].


Reis, Artur César Ferreira. ''Lobo d’Almada Um Estadista Colonial''. Manaus: [s ed.], 1940.
Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 65, d. 5633. Requerimento do sargento-mor Manuel José de Lima para o rei D. José I, solicitando licença para recorrer da sentença contra o testamenteiro do sargento-mor Manuel Álvares Calheiros. [[ant.] 6 de Abril de 1770].


Viterbo, Francisco de Sousa. <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal</i>. Vol. 3. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922[https://archive.org/details/diccionariohisto03vite .]
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês de D. José I, liv. 15, f. 186, PT/TT/RGM/D/0015/70825. Manuel Álvares Calheiros. Carta Patente. Sargento Mor de Infantaria. 16 de Setembro de 1763.


Wilkens, Henrique João. ''Muhuraida ou o Triunfo da Fé.'' Rio de Janeiro e Manaus: Biblioteca Nacional / UFAM / Governo do Estado do Amazonas, 1993.
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês de D. José I, liv. 22, f. 319, PT/TT/RGM/D/0022/70826. Manuel Álvares Calheiros. Carta de Sesmaria. 13 de Abril de 1769.
==Ligações Externas== <!--Ligações externas a sítios de internet, etc. que não foram utilizadas concretamente na construção da biografia -->
Yurgel Pantoja Caldas. "O Triunfo da Fé no Poema <i>Muhuraida</i> de Henrique João Wilkens." <i>Anais do SETA</i>, no. 1 (2007)[http://revistas.iel.unicamp.br/index.php/seta/article/view/281 .]


Yurgel Caldas. "Eles são muitos e incontáveis: estratégias coloniais e migratórias dos índios Mura contra o processo pombalino para o domínio amazônico, a partir de Muhuraida, de Henrique João Wilkens." ''Novos Cadernos NAEA'' 13, no. 1 (2010)[https://periodicos.ufpa.br/index.php/ncn/issue/view/32/showToc .]
Biblioteca Nacional de Portugal, POMB, Correspondência oficial 1754-1758, 159-163. Registos das Cartas em geral das duas Capitanias do Pará e Rio Negro, que escreve o IH.mo e Ex.mo Sr. Francisco Xavier de Mendonça Furtado, Governador e Capitão General do Estado do Grão Pará e Maranhão.  


Costa, Verónica Prudente. "Muraida. A tradição literária de viagens em questão." Tese de Doutoramento, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2013[http://www.letras.ufrj.br/posverna/doutorado/CostaVP.pdf .]
Museu da Cidade, MC. DES. 0982. Filipe Rodrigues de Oliveira, Manuel Alvares Calheiros, Pedro Gualter  da Fonseca, Lourenço José Botelho, Tomás Rodrigues da Costa, ''Planta que compreende os terrenos das partes contiguas de Lisboa desde o Largo do Convento do Rato, Rua da nova Colonia de S. Bento, Poço dos Negros, Rua Direita da Esperança, Quartéis de Alcântara, até topar na sua Ribeira continuando por ella até encontrar a direcção do Arco do Carvalhão; e dahi proseguindo pello muro, e Cazas junto a S. João dos Bem Cazados, Bica Agoa Livre de Bellas, Largo do Rato, até fenecer por junto da Orta do Conde de Soure, e parte do nascente da Rua da Nova Colonia de S. Bento; a qual mandou delinear o Mestre de Campo General, e Engenheiro Mor do Reyno Manoel da Maya em virtude de huma ordem de S. Magestade a elle dirigida e comunicada ao Illustrissimo e Excellentissimo Duque Regedor das Justiças em 6 de Abril de 1756.'' Desenho a tinta da china, aguarelado.
==Bibliografia== <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
Araujo, Renata. ''As Cidades da Amazónia no século XVIII: Belém, Macapá e Mazagão''. Porto: Faup, 1998.


Faria, M. F. "Ingegneria militare nel Brasile settecentesco: cartografia, urbanismo e fortificazione." Em Del Brenna, G. R. (ed.), ''La costruzione di uno nuovo mondo: territorio, cità, architectura tra Europa e America Latina dal XVI al XVIII secolo'', 201-226. Genova: Sagep Editrice, 1994[http://repositorio.ual.pt/handle/11144/2568 .]
Viterbo, Francisco de Sousa. ''Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal.'' Vol. 1. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1899[https://archive.org/details/diccionariohisto01vite .]


Góis, Sales Marciel. "Henrique João Wilkens: um poeta pioneiro no Amazonas." <i>Mundo Amazonico</i> 4, (2013): 183-197[https://revistas.unal.edu.co/index.php/imanimundo/article/view/43097 .]
Viterbo, Francisco de Sousa. ''Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal'', Vol. 2. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904[https://archive.org/details/diccionariohisto02vite .]
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==Autor(es) do artigo==
==Autor(es) do artigo==

Edição atual desde as 16h38min de 24 de julho de 2023


Manuel Álvares Calheiros
Nome completo valor desconhecido
Outras Grafias valor desconhecido
Pai valor desconhecido
Mãe valor desconhecido
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento valor desconhecido
Morte 1768
Belém, Pará, Brasil
Sexo Masculino
Religião valor desconhecido
Residência
Residência Lisboa, Lisboa, Portugal
Data Fim: outubro de 1757

Residência Belém, Pará, Brasil
Data Início: outubro de 1757
Fim: 1768
Formação
Data Fim: 1751
Local de Formação Lisboa, Lisboa, Portugal
Postos
Posto Ajudante com exercício de Engenheiro
Data Início: 16 de maio de 1751
Arma Infantaria

Data Fim: 15 de julho de 1757
Arma Infantaria
Cargos
Cargo Professor
Actividade
Actividade Desenho urbano
Data Início: 1756
Fim: 1756
Local de Actividade Lisboa, Lisboa, Portugal

Actividade Desenho hidrográfico
Data Início: 1759
Fim: 1759
Local de Actividade Rio Negro, Amazônia


Biografia

Dados biográficos

Até ao momento não foi possível determinar a data ou o local de nascimento de Manuel Álvares Calheiros. Sobre a sua formação, Sousa Viterbo afirma que cursou com distinção a Academia Militar da Corte e a Academia do Alentejo[1], mas é provável que tenha cursado apenas a primeira, também designada como Aula de Fortificação de Lisboa, tendo concluído os estudos em 1751. Estava de algum modo ligado à família de Francisco Xavier de Mendonça Furtado - irmão de Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal -, pois em uma carta identifica-se como “criado da sua casa[2]. Morreu em Belém do Pará, no Brasil, em 1768.

Carreira

Manuel Álvares Calheiros foi nomeado ajudante de infantaria com exercício de engenheiro em 16 de Maio de 1751, juntamente com Luís Afonso Cabral. O decreto informava que recebiam o posto atendendo à aplicação com que ambos se tinham distinguido nos estudos das Academia Militares da Corte e do Alentejo, provavelmente um em cada[1].

Esteve, seguramente, envolvido nos trabalhos de reconstrução de Lisboa, tendo assinado uma planta parcial da cidade mandada delinear por Manuel da Maia em 1756. Junto à margem, na parte inferior da planta, consta uma inscrição que esclarece o processo: “Desta diligência foi encarregado o Sargento Mor Filipe Rodrigues de Oliveira em 12 de Abril de 1756, para o que acompanhado dos quatro ajudantes Manoel Alvares Calheiros, Pedro Gualter da Fonseca, Lourenço José Botelho, e Tomás Rodrigues da Costa, e de alguns Discípulos da Academia Militar, balizasse, e delineasse sobre o terreno os sítios expressados nesta planta, que entregou ao Engenheiro Mor desenhada como aqui se vê em 5 de Novembro do dito ano[3].

Em 15 de Julho de 1757, um decreto de D. José I determina que os capitães de infantaria com exercício de engenheiros, Manuel Álvares Calheiros e Tomás Rodrigues da Costa, deveriam passar a sargentos-mor de infantaria com exercício de engenheiro para servirem no Grão Pará, com soldo dobrado[4][5]. Ambos chegaram ao Pará em Outubro deste ano, sendo Calheiros nomeado mestre da Aula de Fortificação de Belém, pelo governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado[6].

Em 29 de Novembro de 1757, Calheiros escreve de Belém a Tomé Joaquim da Costa Real, agradecendo o seu beneplácito. Afirma, contudo, que, cumprindo as ordens do rei, tinha saído do reino “sem mais patente que a promessa que havia de ser diferido”[7]. Com efeito, em 1759, Corte Real determina que os soldos dobrados devidos a Calheiros fossem pagos em Lisboa, ao seu procurador António Rocha Payal[8]. Há dois recibos: um datado de outubro de 1759 confirmando o pagamento da quantia de 663 mil reis, correspondente a 26 mil reis por mês desde 16 de julho de 1757 até o final de agosto de 1759; o segundo recibo atesta que foi pago ao mesmo procurador a quantia de 140 mil reis desde setembro de 1759 até 14 de novembro de 1760.

Em 1764, Calheiros fez um requerimento dirigido a Francisco Xavier de Mendonça Furtado, secretário de estado da Marinha e Ultramar, que contou com o beneplácito do governador Fernando da Costa de Ataíde Teive, mas do qual se desconhece o conteúdo[9].

É provável que Calheiros se tenha mantido como mestre da Aula de Fortificação de Belém durante todo tempo que esteve no Pará, até a sua morte em 1768. Mas esteve também envolvido, como os outros técnicos que foram enviados para as Demarcações, em várias outras tarefas. Sabe-se que foi, em 1759, com seus discípulos em viagem ao rio Negro com o objectivo de realizar o levantamento de coordenadas e o desenho de mapas, assim como que participou, em 1761, com Henrique António Galuzzi e Manuel Fritz Gotz da escolha do local da instalação do arsenal em Belém[10].  

Outras informações

Em 1768, Manuel Álvares Calheiros fez um testamento determinando como seu herdeiro o seu sobrinho Francisco José Calheiros, filho de João Gonçalves Calheiros. Este, enquanto tutor do menor e testador, ficava com a obrigação de lhe mandar dizer por seis anos em cada ano uma missa a Nossa Senhiora do Monte do Carmo, no seu dia, e a Nossa Senhora das Candeias também no seu dia. O legado incluía as terras que Calheiros possuía no Maguari por título de compra e duas léguas de terra de frente com duas de fundo (no termo das terras do Una e do sítio de Val de Caens), que tinha por carta de data de sesmaria. A carta de sesmaria foi passada por Fernando da Costa de Ataíde Teive em 10 de julho de 1768[11]. O pedido de confirmação foi encaminhado ao reino ainda em 1768, e a confirmação foi emitida em 13 de abril de 1769[12]. Contudo, em 6 de setembro de 1768, João Gonçalves Calheiros assina em seu nome e do seu filho menor um termo em que “fazia a abstenção de toda a herança que lhe deixou o defunto Manuel Alvares Calheiros”[13]. É provável que assim o tenha feito, por que havia em curso um processo de cobrança de pagamento de dívidas de Manuel Álvares Calheiros, cujos credores reivindicavam, inclusive, os soldos que não tinham sido pagos em vida do sargento-mor[14].

Obras

No Museu da Cidade de Lisboa, consta a seguinte planta, em cujo levantamento Manuel Álvares Calheiros participou:

Filipe Rodrigues de Oliveira, Manuel Alvares Calheiros, Pedro Gualter  da Fonseca, Lourenço José Botelho, Tomás Rodrigues da Costa. 1756. Planta que compreende os terrenos das partes contiguas de Lisboa desde o Largo do Convento do Rato, Rua da nova Colonia de S. Bento, Poço dos Negros, Rua Direita da Esperança, Quartéis de Alcântara, até topar na sua Ribeira continuando por ella até encontrar a direcção do Arco do Carvalhão; e dahi proseguindo pello muro, e Cazas junto a S. João dos Bem Cazados, Bica Agoa Livre de Bellas, Largo do Rato, até fenecer por junto da Orta do Conde de Soure, e parte do nascente da Rua da Nova Colonia de S. Bento; a qual mandou delinear o Mestre de Campo General, e Engenheiro Mor do Reyno Manoel da Maya em virtude de huma ordem de S. Magestade a elle dirigida e comunicada ao Illustrissimo e Excellentissimo Duque Regedor das Justiças em 6 de Abril de 1756. Desenho a tinta da china, aguarelado. Museu da Cidade, MC. DES. 0982.


No Arquivo Histórico do Exército, no Rio de Janeiro, consta a seguinte planta desenhada por Manuel Álvares Calheiros:

Mapa do Rio Negro desde a Villa de Barcellos, até o rio Caxiquiari, que desagua no mesmo rio e dos mais que confundem as suas águas no dito Rio Negro – Colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, com convenções, com rosa dos ventos, escala em léguas, papel canson, telado, 173cm x 80cm. Inclui à volta desenhos relativos às novas povoações e tabela com Relação do Numero de Gente de que se compõem as novas Povoações. AHE, 04.17.3532.


Na mapoteca do Itamaraty, consta a seguinte documentação:

Manuel Álvares Calheiros (175-). Carta do rio Marajó-Assu da Ilha Grande de Joanes e das fazendas de Gado que nele se achavam situadas em que se contemplaram as pessas seguintes conforme as ordens de S. M. F..  MI, Ms. 771.553a -CI1752534


É provável que também sejam de sua autoria as seguintes plantas, que constam no Arquivo Histórico Ultramarino:

Carta do lago, e cabeceiras do Rio Ararí, e das cabeceiras do Rio Anajaz do Tajiperú e das Fazendas que se achão situadas nas dittas terras e das que de novo se achão de situar conforme a Ordem de S.M.F. - Escala [ca. 1: 200.000]. - [ca. 1761]. - 1 carta ms.: color., desenho a tinta ; 20,7 x 33,7cm em folha 24 x 37cm. AHU_CARTm_013, d. 0802.

Carta de parte da costa da Ilha Grande de Joannes, desde o Igarapé Grande, ate o Rio Cambu e das villas, e fazendas que se achão situadas entre os ditos rios. - . Escala [ca. 1: 200.000]. - [ca. 1761]. - 1 carta m s . : color., desenho a tinta ferrogálica ; 29,9 x 33,6cm em folha 24 x 35,9cm. AHU_CARTm_013, d. 0801

Notas

  1. 1,0 1,1 Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 1:159-160.
  2. Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 61, d. 5397. Ofício de Manuel Álvares Calheiros para o Secretario de Estado da Marinha e Ultramar FXMF remetendo cumprimentos. Pará, 22 de Outubro de 1767.
  3. Museu da Cidade, MC. DES. 0982. Filipe Rodrigues de Oliveira, Manuel Alvares Calheiros, Pedro Gualter  da Fonseca, Lourenço José Botelho, Tomás Rodrigues da Costa, Planta que compreende os terrenos das partes contiguas de Lisboa desde o Largo do Convento do Rato, Rua da nova Colonia de S. Bento, Poço dos Negros, Rua Direita da Esperança, Quartéis de Alcântara, até topar na sua Ribeira continuando por ella até encontrar a direcção do Arco do Carvalhão; e dahi proseguindo pello muro, e Cazas junto a S. João dos Bem Cazados, Bica Agoa Livre de Bellas, Largo do Rato, até fenecer por junto da Orta do Conde de Soure, e parte do nascente da Rua da Nova Colonia de S. Bento; a qual mandou delinear o Mestre de Campo General, e Engenheiro Mor do Reyno Manoel da Maya em virtude de huma ordem de S. Magestade a elle dirigida e comunicada ao Illustrissimo e Excellentissimo Duque Regedor das Justiças em 6 de Abril de 1756. Desenho a tinta da china, aguarelado.
  4. Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 2:404.
  5. Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 42, d. 3887. Decreto do rei D. José I ordenando que a Manuel Álvares Calheiros  e Tomás Rodrigues da Costa, lhes sejam contadas a antiguidade dos capitães de infantaria com exercício de engenheiros, para se puderem atribuir as patentes de sargento-mor de infantaria com  o mesmo exercício, no Estado do Pará. Lisboa, 15 de Julho de 1757.
  6. Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 44, d. 4039. Ofício do Governador do Estado do Grão Pará e Maranhão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, para o secretario de estado da Marinha e Ultramar, Tomé Joaquim da Costa Corte Real, sobre o envio de dois sargentos-mores para o Reino, para que pudessem aperfeiçoar–se no seu ofício; solicitando também o envio de livros para que se possa proceder ao estabelecimento de uma Aula de Fortificação na capitania do Pará. Pará, 21 de Fevereiro de 1759.
  7. Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, Cx. 43, d. 3922. Ofício de Manuel Álvares Calheiros para o secretário de Estado da marinha e Ultramar, Tomé Joaquim da Costa Corte Real. Pará, 29 de Novembro de 1757.
  8. Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 44, d. 4072. Aviso do secretario de estado da Marinha e Ultramar Tomé Joaquim da Costa Corte Real, para o conselheiro do conselho Ultramarino Alexandre Metelo de Sousa e Meneses, solicitando que se satisfaçam os soldos devidos a Manuel Álvares Calheiros pelo exercício das funções de engenheiro na capitania do Pará. 14 de Maio de 1759.
  9. Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx.57, d. 5161. Ofício de Fernando da Costa de Ataíde Teive Sousa Coutinho para FXMF, sobre requerimento apresentado pelo sargento-mor Manuel Álvares Calheiros solicitando o seu deferimento. Pará, 15 de Agosto de 1764.
  10. Araujo, As Cidades da Amazónia no século XVIII, 11; 313; 321.  
  11. Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 61, d. 5471. Requerimento de Manuel Álvares Calheiros para o rei D. José I, solicitando a confirmação de carta de data de sesmaria de terras localizadas  [no termo das terras do lugar do Una e do sítio de Val de Cães], no Estado do Pará. [[ant.] 20 de Outubro de 1768].
  12. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês de D. José I, liv. 22, f. 319, ANTT_ PT/TT/RGM/D/0022/70826. Manuel Álvares Calheiros. Carta de Sesmaria. 13 de Abril de 1769.
  13. Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 65, d. 5633. Requerimento do sargento-mor Manuel José de Lima para o rei D. José I, solicitando licença para recorrer da sentença contra o testamenteiro do sargento-mor Manuel Álvares Calheiros. [[ant.] 6 de Abril de 1770].
  14. Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 64, d. 5569. Requerimento de Manuel Alvares Viana para o rei  [D.José I],solicitando que se junte o presente requerimento ao precatório que fez para penhora dos soldos vencido pelo falecido sargento-mor com exercício de engenheiro Manuel Alvares Calheiros. [[ant. 26 de Setembro de 1769].

Fontes

Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 42, d. 3887. Decreto do rei D. José I ordenando que a Manuel Álvares Calheiros  e Tomás Rodrigues da Costa, lhes sejam contadas a antiguidade dos capitães de infantaria com exercício de engenheiros, para se puderem atribuir as patentes de sargento-mor de infantaria com  o mesmo exercício, no Estado do Pará. Lisboa, 15 de Julho de 1757.

Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, Cx. 43, d. 3922. Ofício de Manuel Álvares Calheiros para o secretário de Estado da marinha e Ultramar, Tomé Joaquim da Costa Corte Real. Pará, 29 de Novembro de 1757.

Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 44, d. 4039. Ofício do Governador do Estado do Grão Pará e Maranhão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, para o secretario de estado da Marinha e Ultramar, Tomé Joaquim da Costa Corte Real, sobre o envio de dois sargentos-mores para o Reino, para que pudessem aperfeiçoar–se no seu ofício; solicitando também o envio de livros para que se possa proceder ao estabelecimento de uma Aula de Fortificação na capitania do Pará. Pará, 21 de Fevereiro de 1759.

Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 44, d. 4072. Aviso do secretario de estado da Marinha e Ultramar Tomé Joaquim da Costa Corte Real, para o conselheiro do conselho Ultramarino Alexandre Metelo de Sousa e Meneses, solicitando que se satisfaçam os soldos devidos a Manuel Álvares Calheiros pelo exercício das funções de engenheiro na capitania do Pará. 14 de Maio de 1759.

Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 45, d. 4138. Representação dos astrónomos e oficiais engenheiros das reais demarcações para o [secretario de Estado da Marinha e Ultramar, Tomé Joaquim da Costa Corte Real ], solicitando o envio de instrumentos necessários para a realização das demarcações no Estado do Pará. [Pará, 20 de Novembro de 1759].

Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_ 013, cx. 47, d. 4319. Ofício do governador e capitão general do Estado do Pará e Maranhão, Manuel Bernardo de Melo e Castro para o [secretario de Estado de Marinha e Ultramar] Francisco Xavier de Mendonça Furtado, sobre a entrega de alguns livros e instrumentos matemáticos ao sargento mor Manuel Álvares Calheiros, lente da aula de engenharia na capitania. Pará, 21 de Outubro de 1760.

Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_ 013, cx. [?], d. 4365. Ofício do sargento-mor engenheiro Manuel Álvares Calheiros para o [secretario de Estado da Marinha e Ultramar] Francisco Xavier de Mendonça Furtado, sobre as peças de artilharia que se encontram danificadas nas fortalezas da capitania do Pará e a necessidade de se adquirir outras novas. Pará, 10 de Novembro de 1760.

Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx.57, d. 5161. Ofício de Fernando da Costa de Ataíde Teive Sousa Coutinho para FXMF, sobre requerimento apresentado pelo sargento-mor Manuel Álvares Calheiros solicitando o seu deferimento. Pará, 15 de Agosto de 1764.

Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 61, d. 5397. Ofício de Manuel Álvares Calheiros para o Secretario de Estado da Marinha e Ultramar FXMF remetendo cumprimentos. Pará, 22 de Outubro de 1767.

Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 61, d. 5471. Requerimento de Manuel Álvares Calheiros para o rei D. José I, solicitando a confirmação de carta de data de sesmaria de terras localizadas  [no termo das terras do lugar do Una e do sítio de Val de Cães], no Estado do Pará. [[ant.] 20 de Outubro de 1768].

Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 64, d. 5569. Requerimento de Manuel Alvares Viana para o rei  [D.José I],solicitando que se junte o presente requerimento ao precatório que fez para penhora dos soldos vencido pelo falecido sargento-mor com exercício de engenheiro Manuel Alvares Calheiros. [[ant. 26 de Setembro de 1769].

Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 65, d. 5633. Requerimento do sargento-mor Manuel José de Lima para o rei D. José I, solicitando licença para recorrer da sentença contra o testamenteiro do sargento-mor Manuel Álvares Calheiros. [[ant.] 6 de Abril de 1770].

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês de D. José I, liv. 15, f. 186, PT/TT/RGM/D/0015/70825. Manuel Álvares Calheiros. Carta Patente. Sargento Mor de Infantaria. 16 de Setembro de 1763.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês de D. José I, liv. 22, f. 319, PT/TT/RGM/D/0022/70826. Manuel Álvares Calheiros. Carta de Sesmaria. 13 de Abril de 1769.

Biblioteca Nacional de Portugal, POMB, Correspondência oficial 1754-1758, 159-163. Registos das Cartas em geral das duas Capitanias do Pará e Rio Negro, que escreve o IH.mo e Ex.mo Sr. Francisco Xavier de Mendonça Furtado, Governador e Capitão General do Estado do Grão Pará e Maranhão.

Museu da Cidade, MC. DES. 0982. Filipe Rodrigues de Oliveira, Manuel Alvares Calheiros, Pedro Gualter  da Fonseca, Lourenço José Botelho, Tomás Rodrigues da Costa, Planta que compreende os terrenos das partes contiguas de Lisboa desde o Largo do Convento do Rato, Rua da nova Colonia de S. Bento, Poço dos Negros, Rua Direita da Esperança, Quartéis de Alcântara, até topar na sua Ribeira continuando por ella até encontrar a direcção do Arco do Carvalhão; e dahi proseguindo pello muro, e Cazas junto a S. João dos Bem Cazados, Bica Agoa Livre de Bellas, Largo do Rato, até fenecer por junto da Orta do Conde de Soure, e parte do nascente da Rua da Nova Colonia de S. Bento; a qual mandou delinear o Mestre de Campo General, e Engenheiro Mor do Reyno Manoel da Maya em virtude de huma ordem de S. Magestade a elle dirigida e comunicada ao Illustrissimo e Excellentissimo Duque Regedor das Justiças em 6 de Abril de 1756. Desenho a tinta da china, aguarelado.

Bibliografia

Araujo, Renata. As Cidades da Amazónia no século XVIII: Belém, Macapá e Mazagão. Porto: Faup, 1998.

Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol. 1. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1899.

Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol. 2. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904.

Autor(es) do artigo

Renata Araújo

CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa e Universidade do Algarve

https://orcid.org/0000-0002-7249-1078

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

https://doi.org/10.34619/szsl-jv1d

Citar este artigo

Araújo, Renata. "Manuel Álvares Calheiros", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 24/07/2023). Consultado a 28 de abril de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Manuel_%C3%81lvares_Calheiros. DOI: https://doi.org/10.34619/szsl-jv1d