Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho: diferenças entre revisões

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Entre 1710 e 1738 não temos informações sobre o funcionamento da Aula de Fortificação, que poderá ter sido interrompida e retomada em 1738 com a criação da Aula do Terço de Artilharia do Rio de Janeiro.  
A Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho do Rio de Janeiro reforma e dá contiuidade à anterior [[Aula do Terço de Artilharia do Rio de Janeiro]], mantendo-se quer o local das aulas (a Casa do Trem de Artilharia), quer o lente principal, [[António Joaquim de Oliveira]]. A criação desta academia no Rio de Janeiro vem na sequência da criação da [[Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho]]  instituida em Lisboa por D. Maria I, em 1790. Os estatutos da Real Academia do Rio de Janeiro datam de 17 de dezembro de 1792 e foram estabelecidos pelo vice rei, o 2º Conde de Resende, D. José Luís de Castro (1790-1801).


Foram várias as modificações introduzidas pela reforma. O curso ampliou-se de cinco para seis anos,  sendo o sexto  dedicado aos ensinamentos de um lente especialmente contratado que deveria ensinar ''"Aquitetura civil e corte das pedras e madeiras, o orçamento dos edificios, e tudo o mais o que for relativo ao conhecimento dos materiais que entram na sua composição; como também explicará os melhores métodos que hoje se praticam na construção dos caminhos e calçadas. No mesmo ano se ensinará igualmente a hidraulica e as mais partes que lhe são análogas, como a arquitetura das pontes, canais, diques e comportas"''<ref>Estatutos da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho da Cidade do Rio de Janeiro (Biblioteca nacional do Rio de Janeiro I-32-13-27), publicados in Cavalcanti, Nireu Oliveira. ''Arquitetos & Engenheiros: Sonho de Entidade Desde 1798.'' Rio de Janeiro: Crea-RJ, 2007, p. 47-48.</ref>.
Roberta Delson nota que "''A este respeito, os estudantes no Brasil estudavam uma combinação de arquitetura naval militar e civil, de um modo muito semelhante ao exigido aos seus colegas franceses colocados no Corps des Ponts e Chaussés''"<ref>Delson, Roberta Marx. “Para o Entendimento Da Educação Colonial: O Papel Das Academias Militares No Brasl Colónia.” In ''Colectânea de Estudos Universo Urbanístico Português 1415-1822'', 225–44. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1998, p. 237-238.</ref>. Embora se deva lembrar, como faz Beatriz Bueno, que a base da formação nas escolas portuguesas mesclava as atribuições típicas do engenheiro civil com as do tradicional engenheiro militar, ao contrário da escola francesa, onde se observa a progressiva separação das formações civil e militar. No Brasil tal especialização ocorreria apenas coma fundação da Escola Central (1858) e da Escola Politécnica do Rio de Janeiro (1874)<ref>Bueno, Beatriz Piccolotto Siqueira. ''Desenho e Desígnio: O Brasil Dos Engenheiros Militares (1500-1822)''. São Paulo: Editora da Universidade : Fapesp, 2011, p. 218.</ref>. 




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Bueno, Beatriz Piccolotto Siqueira. ''Desenho e Desígnio: O Brasil Dos Engenheiros Militares (1500-1822)''. São Paulo: Editora da Universidade : Fapesp, 2011.
Cavalcanti, Nireu Oliveira. ''Arquitetos & Engenheiros: Sonho de Entidade Desde 1798.'' Rio de Janeiro: Crea-RJ, 2007.


Delson, Roberta Marx. “Para o Entendimento Da Educação Colonial: O Papel Das Academias Militares No Brasl Colónia.” In ''Colectânea de Estudos Universo Urbanístico Português 1415-1822'', 225–44. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1998.


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Revisão das 18h47min de 8 de maio de 2019


Real Academia de Artilharia Fortificação e Desenho do Rio de Janeiro


História

A Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho do Rio de Janeiro reforma e dá contiuidade à anterior Aula do Terço de Artilharia do Rio de Janeiro, mantendo-se quer o local das aulas (a Casa do Trem de Artilharia), quer o lente principal, António Joaquim de Oliveira. A criação desta academia no Rio de Janeiro vem na sequência da criação da Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho instituida em Lisboa por D. Maria I, em 1790. Os estatutos da Real Academia do Rio de Janeiro datam de 17 de dezembro de 1792 e foram estabelecidos pelo vice rei, o 2º Conde de Resende, D. José Luís de Castro (1790-1801).

Foram várias as modificações introduzidas pela reforma. O curso ampliou-se de cinco para seis anos, sendo o sexto dedicado aos ensinamentos de um lente especialmente contratado que deveria ensinar "Aquitetura civil e corte das pedras e madeiras, o orçamento dos edificios, e tudo o mais o que for relativo ao conhecimento dos materiais que entram na sua composição; como também explicará os melhores métodos que hoje se praticam na construção dos caminhos e calçadas. No mesmo ano se ensinará igualmente a hidraulica e as mais partes que lhe são análogas, como a arquitetura das pontes, canais, diques e comportas"[1].

Roberta Delson nota que "A este respeito, os estudantes no Brasil estudavam uma combinação de arquitetura naval militar e civil, de um modo muito semelhante ao exigido aos seus colegas franceses colocados no Corps des Ponts e Chaussés"[2]. Embora se deva lembrar, como faz Beatriz Bueno, que a base da formação nas escolas portuguesas mesclava as atribuições típicas do engenheiro civil com as do tradicional engenheiro militar, ao contrário da escola francesa, onde se observa a progressiva separação das formações civil e militar. No Brasil tal especialização ocorreria apenas coma fundação da Escola Central (1858) e da Escola Politécnica do Rio de Janeiro (1874)[3].


Outras informações

Professores

António Joaquim de Oliveira

Curriculums

Referências bibliográficas

  1. Estatutos da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho da Cidade do Rio de Janeiro (Biblioteca nacional do Rio de Janeiro I-32-13-27), publicados in Cavalcanti, Nireu Oliveira. Arquitetos & Engenheiros: Sonho de Entidade Desde 1798. Rio de Janeiro: Crea-RJ, 2007, p. 47-48.
  2. Delson, Roberta Marx. “Para o Entendimento Da Educação Colonial: O Papel Das Academias Militares No Brasl Colónia.” In Colectânea de Estudos Universo Urbanístico Português 1415-1822, 225–44. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1998, p. 237-238.
  3. Bueno, Beatriz Piccolotto Siqueira. Desenho e Desígnio: O Brasil Dos Engenheiros Militares (1500-1822). São Paulo: Editora da Universidade : Fapesp, 2011, p. 218.


Bibliografia e Fontes

Bueno, Beatriz Piccolotto Siqueira. Desenho e Desígnio: O Brasil Dos Engenheiros Militares (1500-1822). São Paulo: Editora da Universidade : Fapesp, 2011.

Cavalcanti, Nireu Oliveira. Arquitetos & Engenheiros: Sonho de Entidade Desde 1798. Rio de Janeiro: Crea-RJ, 2007.

Delson, Roberta Marx. “Para o Entendimento Da Educação Colonial: O Papel Das Academias Militares No Brasl Colónia.” In Colectânea de Estudos Universo Urbanístico Português 1415-1822, 225–44. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1998.

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

DOI

Citar este artigo


Real Academia de Artilharia Fortificação e Desenho do Rio de Janeiro
 Ativos no Século XVIII, Ativos no século XIX

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