Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho
Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho | |
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(A.R.F.A.D.) | |
Outras denominações | Academia Real de Fortificação, Academia de Fortificação, Academia de Fortificação de Lisboa |
Tipo de Instituição | Ensino militar |
Data de fundação | 2 fevereiro 1790 |
Data de extinção | 12 janeiro 1837 |
Paralisação | Início: valor desconhecido Fim: valor desconhecido |
Localização | |
Localização | Arsenal do Exército, Lisboa,- Início: 02 de fevereiro de 1790 Fim: 18 de junho de 1793 |
Localização | Palácio da Regência, Lisboa,- Início: 18 de julho de 1793 Fim: 1795 |
Localização | Lisboa, Lisboa, Portugal Início: 1795 Fim: 1796 |
Localização | Palácio Calhariz-Palmela, Lisboa,- Início: 1796 Fim: 1810 |
Localização | Lisboa, Lisboa, Portugal Início: 1810 Fim: 1811 |
Localização | Palácio Calhariz-Palmela, Lisboa,- Início: 1811 Fim: 1823 |
Localização |
Lisboa, Lisboa, Portugal Início: 1823 Fim: 1825 |
Localização | Palácio Calhariz-Palmela, Lisboa,- Início: 1825 Fim: 27 de dezembro de 1836 |
Antecessora | Aula de Fortificação de Lisboa |
Sucessora | Escola do Exército |
História
A Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho foi uma instituição de ensino militar, fundada por decreto de 2 de Janeiro de 1790[1] com o objetivo de desenvolver a instrução científica militar das várias armas do exército português.
Os antecedentes institucionais da Academia setecentista recuam ao reinado de D. João IV com a constituição da Lição de Artilharia e Esquadria no Terreiro do Paço em 1641. A Lição passaria a designar-se Aula de Fortificação e Arquitetura Militar de Lisboa[2], sendo incumbido da sua direção o cosmógrafo do reino, Luís Serrão Pimentel[3]. Em 1647, localizava-se no Paço da Ribeira das Naus, e durante a década de 50 a adquiriu a designação de Academia Militar da Corte. Após o terramoto de 1755, transferiu-se do Terreiro do Paço para a Calçada da Estrela. Ministravam-se as disciplinas de matemática, fortificação e castrametação, e a frequência dos seus estudos permitia acesso à arma de Infantaria encontrando-se o oficial na condição de "Exercício de Engenheiro". Em 1779, a Academia Militar da Corte era extinta, sendo sucedida pela Academia Real de Marinha[4].
O estabelecimento de uma nova academia de estudos militares justificava-se, segundo o preâmbulo que sustenta o decreto fundador, pela extinção da Aula de Engenharia e pela circunstância de não se ter verificado o reforço dos estudos de matemática na Academia Real de Marinha, como inscrito nos Estatutos de 1779[5]. Desta feita resultava não se terem "continuado as lições de Fortificação, e Desenho, como Eu havia neles ordenado", constituídas num terceiro ano que nunca foi criado naquela Academia. De forma que "aqueles alunos quando terminavam a frequência da Academia Real de Marinha não possuíam a habilitação académica indispensável ao desempenho das funções que deveriam exercer (...) e que, anteriormente, a Aula de Fortificação e Arquitetura Militar, a Academia Militar da Corte e as Aulas dos Regimentos de Artilharia de 1762/1763 haviam proporcionado aos seus instruendos"[6].
Apesar de os novos estudos configurarem um desenvolvimento importante da instrução militar e de engenharia, o ensino ministrado na Academia que, à data da sua criação, se aproximava do modelo francês - representante da especialização científica e profissional-, instaria, ainda assim, à progressiva união das questões da engenharia militar e de engenharia civil[7][8].
No que concerne, em específico, à instrução de artilharia, a criação da Academia Real justificava-se pelo insucesso em que resultou a anterior tentativa de desenvolvimento da instrução daquela arma, levada a cabo, durante a segunda metade do século XVIII, através de uma rede de Aulas Regimentais de Artilharia, de que são exemplo a Aula de Artilharia de São Julião da Barra ou a Aula de Artilharia de Lagos. A esta rede de Aulas faltaria a necessária "unidade de ensino"; acusando-se quer o atraso científico do ensino ministrado, face ao avanço europeu observado à época, quer a insuficiência científica do próprio corpo docente, não sendo, por isso, considerados "à altura da ciência da artilharia os indivíduos encarregados de a ensinar"[9].
Em 8 de Abril de 1800, Jerónimo José Nogueira, coronel comandante de Regimento de Artilharia, requeria autorização para empregar os compêndios seguidos na Academia Real no ensino da Aula daquele regimento. Uma vez que os alunos artilheiros da Academia Real se encontravam integrados nos Regimentos e respectivas Aulas de Artilharia, não poderiam adotar outros compêndios que não os determinados para o ensino daquelas, devendo-os ler "precisa, e inalteravelmente", sob pena de expulsão. Em consequência, segundo a observação crítica de Jerónimo Nogueira, os alunos seguiam compêndios "de uma escolha muito inferior para o progresso do adiantamento, e dos conhecimentos elementares da Profissão", resultando em prejuízo da sua aprendizagem na Academia Real[10]. Não obstante, observe-se, segundo referência de Cristóvão Sepúlveda, que a qualidade dos compêndios empregues no ensino da Academia Real viria a ser considerada pelo corpo docente a partir de 1810, "instando [aquele] pela substituição, absolutamente necessária e urgente, dos livros antiquados que se adoptavam no ensino dos diferentes cursos"[11].
Em 1823, segundo José Silvestre Ribeiro, baseado em artigo publicado na Gazeta de Lisboa, que o historiador não identificou, a qualidade da instrução ministrada na Academia Real havia decaído, pelo que se verificava ficarem "os alunos (...) ignorando muitas coisas essenciais; e, sobre tudo, faltavam-lhes os exercícios práticos e campos de instrução". Este estado de decadência era explicado, em primeiro lugar, pela pouca qualidade científica dos compêndios empregues cujas "doutrinas não eram as mais exatas, nem as mais bem ordenadas, não estando bem traduzidos". Acrescia a ausência de instrução prática dos alunos e, a falta de qualidade do estudo e prática do desenho que, devido ao "sistema seguido" na aula, resultava "que os alunos da academia ensinavam uns aos outros a desenhar" como forma de compensar a falta do próprio ensino[12]. Nesse ano, a própria viabilidade da Academia seria considerada, face à despesa gerada pela instituição, em reunião de Cortes, bem como a sua possível extinção e consequente substituição pelos estudos ministrados no Real Colégio Militar[13].
Uma outra descrição datada de 1822 e da autoria de Adriano Balbi apresenta semelhante posição crítica sobre os compêndios, ainda que referenciando a condução de exercícios práticos pelos professores, previamente, aos exames[14]. A descritiva concluía favoravelmente acerca do desempenho destes últimos, sendo o seu valor reforçado pela circunstância de contrariar os efeitos negativos que o emprego de compêndios desatualizados tinha na aprendizagem dos alunos da Academia: "Os professores preenchem com os seus profundos conhecimentos o que há de deficiente nos compêndios, que em verdade estão muito longe dos progressos que as ciências hão feito nestes últimos anos"[15]. Este mesmo corpo docente representaria ao governo sobre essa problemática[16].
Mercê do complexo contexto político e militar, nacional e europeu, que marcou a primeira metade do século XIX, a Academia Real de Fortificação foi encerrada entre 21 de Março de 1809 e 1811. Novamente, no decorrer da Guerra Civil portuguesa (1832-1834)[17], finda a qual, se procedeu à reforma do ensino ministrado. No qual se depreendem os compêndios e autores empregues no ensino, sendo estes, até então, aqueles "que haviam sido adotados na época da criação daquele estabelecimento", asseverava uma carta publicada no jornal Nacional em 1835, cujo autor Silvestre Ribeiro não nomeia:
"Sucedendo que, desta vez, baixassem as providências solicitadas. Foram introduzidos novos autores, que estavam mais em dia com a ciência; foram ampliadas doutrinas de outros, que não foi possível, ou não se julgou conveniente substituir desde logo; foi alterada, em pontos importantes a ordem dos trabalhos escolares; e, finalmente, os estudos adquiririam um certo desenvolvimento, resultante do maior estímulo que tiveram os professores, e da melhor e mais bem sustentada aplicação dos alunos"[16].
Adotaram-se compêndios redigidos por autores estrangeiros, como Müller e Bezout, relativos à artilharia e à balística, e dos professores da Academia Real, Pedro Celestino Soares, sobre fortificação, Evaristo Ferreira, sobre hidráulica, e Joaquim das Neves Franco, sobre minas[11]. A distribuição das matérias foi também objeto de reforma, sendo criado um lugar de diretor da aula de desenho para consolidar o ensino, de acordo com as matérias leccionadas em cada ano[16].
Apesar das reformas efectuadas, ainda assim Silvestre Ribeiro considerou que, no período entre 1823 e 1837, "a Academia de fortificação foi vegetando" muito devido à necessidade que fazia de uma reforma mais aprofundada do seu plano de estudos[18].
Em 1823, o orçamento da Academia Real era levado a discussão nas cortes, tendo resultado na criação de uma comissão incumbida de apresentar um plano de reforma do estabelecimento. Não obstante o plano apresentado ter sido rejeitado em votação, a comissão propunha, entre outras medidas, a supressão da cadeira de hidráulica e de um lugar, de um total de dois, de lente substituto da aula de desenho[19]. Novamente, em 1836, os poderes públicos procuraram concretizar a reforma financeira da instituição, sendo os lentes ordenados a propor um plano de reforma. Em consequência, a Academia Real passou a ocupar, provisoriamente, as salas do Colégio Real dos Nobres[20]. Teve igualmente localização no Palácio da Regência no Rossio, o Palácio do Duque de Palmela ao Calhariz, e um palácio na rua Formosa[21].
Afora as contínuas necessidades de reforma, considerava-se que a missão da Academia Real, centrada na instrução das ciências militares, apenas poderia ser cumprida na condição de estar "criada uma Escola de Ciências físicas, e matemáticas, na qual os Alunos adquirissem todos os princípios necessários" à persecução dos estudos militares. Por consequência, parte da reforma da Academia Real apenas foi concretizada aquando da criação da Escola Politécnica de Lisboa em 1837[22].
Nesse ano a Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho foi extinta, adoptando-se "a designação de Escola do Exército", sua sucessora institucional, que se achava incumbida da instrução dos "Oficiais do Exército Português de um modo completo", até então não verificado segundo algumas perspectivas[23].
Outras informações
A admissão dos alunos na Academia Real com vista à obtenção de patente de oficial engenheiro ou de artilharia era condicionada à apresentação de certificado de aprovação no primeiro e segundo ano do curso matemático da Academia Real de Marinha. Para os alunos que se destinassem às patentes de oficiais de infantaria ou cavalaria apenas era necessária aprovação no primeiro ano daquele curso. Todos os alunos deveriam comprovar, junto do professor de primeiro ano, que detinham os conhecimentos suficientes de língua francesa. No caso específico dos oficiais de engenharia, os alunos deveriam também comprovar ser dotados de uma "constituição robusta, e que não tem defeito na vista, ou alguma tremura nas mãos"[24].
Determinava-se a existência de 12 partidos (bolsas de estudo) destinados aos alunos para oficiais engenheiros, ainda que o número de alunos não pudesse ultrapassar os seis por ano. Eram também estabelecidos "dezoito Partidos", repartidos entre cada aula - fortificação, artilharia e hidráulica, com preferência para os alunos que tivessem frequentado os dois anos de matemática[25].
Em 1793, contabilizava-se um total de 56 alunos inscritos nas três cadeiras leccionadas[26]. O número de alunos variou entre os 80 e os 100, com representação das várias armas do exército[14], nas primeiras décadas do século XIX. No ano letivo de 1826-1827, matricularam-se um total de 98 alunos com a seguinte distribuição anual: 21 alunos no 1.º ano; 33 alunos no 2.º ano; 34 alunos no 3.º ano; e 10 alunos no 4.º ano. Destes, 77 eram militares e 21 paisanos[27]. Em 1834, a contabilização geral apresentada por José Silvestre Ribeiro sobre as matrículas na Academia Real variava entre os 80 alunos e os 130 alunos, número que se ultrapassava várias vezes[16]. Cristóvão Sepúlveda apresenta o número de 2 736 matrículas entre 1790 e 1837, das quais apenas 281 foram concluídas nos cursos de infantaria e cavalaria, e apenas 181 no curso de engenharia militar[28].
O primeiro lugar de diretor da Academia Real de Fortificação recaiu em Luís André de Puy, professor na instituição e tenente-coronel do Real Corpo de Engenheiros[29].
Aquando da sua fundação a Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho foi estabelecida no edifício da Fundação de Cima, no Arsenal do Exército, no Campo de Santa Clara. Em 1793, após incêndio em 18 de Junho desse ano, foi transferida para o Largo do Regedor, perto do Rossio. Em 1795, as aulas da Academia estavam instaladas no Paço da Praça do Comércio[30]. Depois de 1796, a Academia ocupou o segundo andar do Palácio do Duque de Palmela, D. Pedro de Sousa e Holstein, no Calhariz. Em 1810, era transferida interinamente para o andar inferior do Palácio do Correio Geral, na Calçada do Combro. Voltava ao Calhariz em 1811 e, em 1825, após ter ocupado desde 1823 o Palácio do Rossio, antigo Paço dos Estáos. A Academia Real permaneceu no Palácio do Calhariz até 27 de Dezembro de 1836. Nessa data foi instalada no edifício do Real Colégio dos Nobres[31], onde se manteve até à sua extinção.
Professores
O corpo docente da Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho era composto por cinco professores, distribuídos por cada ano, e um professor de desenho. Cada professor seria coadjuvado por um professor substituto na realização dos exercícios, e em caso de impedimento[32]. Em 1834, encontravam-se vagos três lugares de professor e era considerado necessário proceder a uma extensão do corpo docente, que foi concretizada com a contratação de cinco comissionados "para interinamente coadjuvarem o serviço académico", cuja escolha recaiu em alunos distintos da instituição[33].
Professores proprietários da Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho, segundo a cadeira que regeram. Na primeira cadeira de fortificação, entre 11 de Dezembro de 1789 e 1821, Matias José Dias Azedo[34][35]; entre 15 de Junho de 1818 e 21 de Novembro de 1823, José Lane[36]; entre 25 de Julho de 1824 e 2 de Outubro de 1828: Fortunato José Barreiros[37]; entre 5 de Outubro de 1833 e 1837, Fortunato José Barreiros[38]; em 1829, Caetano Paulo Xavier[39], entre 19 de Agosto de 1830 e Agosto de 1833, José da Silva dos Anjos[38]; e em 1833: Fortunato José Barreiras[40].
Na segunda cadeira de fortificação, entre 11 de Dezembro de 1789 e 17 de Abril de 1821, Pedro Joaquim Xavier[41][42][43]; entre 17 de Agosto de 1821 e 28 de Setembro de 1827, António Anacleto de Seara[44][45][46]; entre 28 de Outubro de 1827 e 2 de Outubro de 1828, João Carlos de Tam[47]; entre 3 de Outubro de 1833 e 26 de Agosto de 1835, João Carlos de Tam[46]; e entre 8 de Outubro de 1835 e 1837, Francisco Pedro Celestino Soares.
Na cadeira de Artilharia, entre 11 de Dezembro de 1791 e 29 de Fevereiro de 1816, José António da Rosa[48][36]; entre 10 de Junho de 1818 e 23 de Novembro 1821, Cipriano José da Silva[49][36]; entre 4 de Dezembro de 1821 e 2 de Outubro de 1828, Joaquim Gregório de Alpoim[50][51] ; em 14 de Dezembro de 1827, e entre 8 de Outubro de 1835 e 1837, Joaquim das Neves Franco[51].
Na cadeira de Hidráulica, em 3 de Janeiro de 1799 e 11 de Julho de 1823, Vicente António da Silva Corrêa[52][49][36]; entre 25 de Julho de 1824 e 1825, Joaquim José Tristão[51]; e entre 28 de Setembro de 1827 e 1837, Evaristo José Ferreira[51].
Na cadeira de Hidráulica prática, em 11 de Agosto de 1804, José Terésio Michelete[51]; em 1805, José Tereno Micheloti[53]; e entre 1812 e 1817, José Teresio Michelloti[54][55].
Na cadeira de Desenho, entre 11 de Dezembro de 1789 e 1794, António José Moreira[56][36]; entre 25 de Setembro de 1794 e 5 de Dezembro de 1820, Pedro Celestino Soares[56][52][36]; entre 22 de Dezembro de 1820 e 28 de Novembro de 1823, Lourenço Homem da Cunha de Eça[51]; e entre 28 de Setembro de 1827 e 1833, João José Ferreira de Sousa[57][58].
Na cadeira de Gravação, em 1795, Luís André de Puy[59].
Na cadeira de Artilharia Prática, em 11 de Agosto de 1804, José Teresio Michelotti[60].
Curricula
Os Estatutos da Academia Real de 1790 definiram um quadro disciplinar composto de três cadeiras, a que acrescia a prática do desenho, e, mais tarde, a cadeira de Hidráulica, criada por decreto de 30 de Janeiro de 1799[61]. Os alunos cursavam o Curso Militar, com a duração de três anos para os oficiais de infantaria e cavalaria, e de quatro anos para os oficiais de engenharia e artilharia[62]. Finda a frequência das aulas na Academia Real, os alunos deveriam completar tirocínios em corpos específicos da Arma a que se destinavam, os quais concluídos com sucesso lhes garantiam o acesso às patentes.
A organização e distribuição das lições e exercícios semanais seguia a forma estabelecida nos Estatutos da Academia Real de Marinha, devendo os exercícios de desenho decorrer todos os dias durante uma hora e um quarto[63]. A distribuição das matérias pelas cadeiras estabelecia-se da seguinte maneira[64]: na primeira cadeira de fortificação leccionavam-se "Fortificação Regular, o Ataque e Defensa das Praças, e os princípios fundamentais de qualquer Fortificação"[62], segundo o "compêndio de Arquitectura Militar de Antoni, e a tactica do general Azedo"[65]; na segunda cadeira de fortificação leccionava-se a "Fortificação Irregular, a Fortificação Efectiva, e a Fortificação de Campanha"[62], segundo o "compêndio de Arquitetura Militar de Antoni, e a tática do general Azedo"[66]. A partir de 1834, adotam-se livros "de Celestino Soares sobre fortificação" e livros de Joaquim das Neves Franco sobre minas[67]; na cadeira Artilharia leccionava-se "Teórica de Artilharia, das Minas, e Contraminas, e a sua aplicação ao ataque, e defensa das Praças"[62], segundo o "Tratado de Artilharia, de Müller; Tratado de Artilharia, de Decker"[68] e "a tradução em português do Tratado de Artilharia de Müller, e o das Minas composto pelo general Rosa"[69]. A partir de 1834, adotam-se livros de balística da autoria de Müller e Bezout[70]; na cadeira de hidráulica, a partir de 1799, leccionavam-se "Arquitetura Civil, o Corte das pedras, e madeiras, o Orçamento dos Edifícios, e tudo mais que for relativo ao conhecimento dos materiais, que entram na sua composição; como também se explicarão os melhores métodos, que hoje se praticam na construção de caminhos e calçadas. No mesmo ano se ensinará igualmente a Hidráulica, e as mais partes que lhes são análogas, como a Arquitetura das Pontes, dos Canais, dos Portos, Diques, e Comportas"[62], segundo a "Hidráulica de Bossut"[71], as Regras de Desenho para a delineação das plantas, perfis e perspectivas pertencentes à architectura militar e civil, por António José Moreira, datado de 1793[72] e a "Architectura militar de Antoni, traduzida do italiano, para se explicar na Academia Real de Fortificação, Artilharia, e Desenho, por Mathias José Dias Azedo. Tomo 1.º. Em que se trata da Fortificação Regular. Lisboa, na typ. Regia Silveana. Ano de 1790.". Tomos 2.º ao 6.º traduzidos entre 1790 e 1791[73]. Em 1834, manteve-se o livro de Bossut e adotou-se o "apêndice de duas memórias escritas pelo professor Evaristo J. Ferreira"[74]; na cadeira de desenho leccionava-se a prática do desenho sobre "o que forem aprendendo em todas as três Aulas; como também a copiar, e reduzir plantas, representar perfis, e configurar diversos terrenos, e a traçar com perfeição a letra redonda"[62], segundo o "Compendio militar, escrito segundo a doutrina dos melhores auctores para instrucção dos discipulos d'Academia Real de Fortificações, Artelharia, e Desenho, e oferecido ao maretissimo senhor D. João Principe do Brasil; por Mathias José Dias Azedo (...) terceira parte que trata dos Elementos de Tatica. - Lisboa, na Régia Tipografia Silveana, ano de 1796"[75].
Os Estatutos da Academia Real estabeleceram a realização de exercícios práticos no campo enquanto tal fosse permitido pela meteorologia: "O Lente do primeiro ano ensinará o uso dos Instrumentos pertencentes à Geometria prática; fará medir distâncias inacessíveis, nivelar terrenos, e tirar diversas plantas; como também construir trincheiras, fazer sapas, e tudo quanto puder praticar-se das matérias que tiver explicado. O Lente do segundo ano fará tirar a planta de alguns terrenos próprios para se traçar o projeto de uma Fortificação irregular; ensinará a construir todos os diferentes Fortes, e Redutos de Campanha; assim como a Castrametação, e tudo quanto puder praticar-se relativamente às matérias que tiver tratado. O Lente do terceiro ano ensinará o manejo das bocas de fogo, que se usam na Artilharia; fará construir Baterias, e exercitará os Discípulos em tudo o que for suscetível de praticar-se. O Lente de Desenho ensinará também a tirar uma planta sem Instrumento, configurando as diferentes irregularidades do terreno, e fazendo aplicação das regras da Ótica, e Perspetiva"[24]. Regista-se a realização de exercícios práticos no Campo Grande em 1790, na aldeia da Golegã em 1792, e na Trafaria em 1793[76].
Segundo José Silvestre Ribeiro "até 1834 [foram adoptados] os mesmos [compêndios] que haviam sido adoptados na época da criação daquele estabelecimento"[77]. Nesse ano, em consequência da solicitação do corpo docente, e enquadrado na reforma do ensino, os compêndios utilizados na Academia Real foram actualizados com "as doutrinas de outros [autores]". Encontrou-se referência aos seguintes compêndios sem menção da respectiva cadeira: Logica Racional; Evidencia Apologetica e Engenheiro Portuguez de Manuel de Azevedo Fortes[78].
Plano de estudos de 1790 | ||||
Ano | Nome da Cadeira | Matérias | Livros | Professores |
Primeiro | Primeira cadeira de Fortificação | Fortificação regular e princípios fundamentais; ataque e defesa de fortificações. | Arquitectura Militar por Antoni;
Tactica pelo general Azedo; Obras de fortificação por Celestino Soares; Obras sobre minas por Joaquim das Neves Franco. |
Professor proprietário entre 11 de Dezembro de 1789 e 1821: Matias José Dias Azedo[34][35].
Professor proprietário em substituição efetiva entre 1807 e 1818: José Lane[60][79]. Professor proprietário entre 15 de Junho de 1818 e 21 de Novembro de 1823: José Lane[36]. Professor proprietário entre 25 de Julho de 1824 e 2 de Outubro de 1828[37], e entre 5 de Outubro de 1833 e 1837[38][58]: Fortunato José Barreiros. Professor proprietário em 1829: Caetano Paulo Xavier[39]. Professor proprietário entre 19 de Agosto de 1830 e Agosto de 1833: José da Silva dos Anjos[38]. Professor substituto entre 11 de Dezembro de 1789 e 1817: José Lane[52][80]. Professor substituto em 1820: Joaquim José Tristão[81]. Professor substituto em 1836: José Martinho Tomás Dias[82]. |
Segundo | Segunda cadeira de Fortificação | Fortificação irregular, efectiva e de campanha. | Arquitectura Militar por Antoni;
Tactica pelo general Azedo. |
Professor proprietário entre 11 de Dezembro de 1789 e 17 de Abril de 1821: Pedro Joaquim Xavier [41][42][36].
Professor proprietário entre 17 de Agosto de 1821 e 28 de Setembro de 1827:António Anacleto de Seara[44][45][46]. Professor proprietário entre 28 de Outubro de 1827 e 2 de Outubro de 1828[47], e entre 3 de Outubro de 1833 e 26 de Agosto de 1835[46]: João Carlos de Tam. Professor proprietário entre 8 de Outubro de 1835 e 1837: Francisco Pedro Celestino Soares[46]. Professor substituto em 3 de Fevereiro de 1826: Francisco Pedro Celestino Soares[46]. Professor substituto entre 11 de Dezembro de 1789 e 1817: Cipriano José da Silva Bulhões[83][52][84]. Professor substituto em 1836: Joaquim Ferreira dos Passos[82]. |
Terceiro | Artilharia | Teoria de artilharia, minas, contraminas, e a sua prática no ataque e defesa a praças fortificadas. | Tratado de Artilharia por Müller;
Tratado de Artilharia por Decker;
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Professor proprietário entre 11 de Dezembro de 1791 e 29 de Fevereiro de 1816: José António da Rosa[48][36].
Professor proprietário, em substituição efetiva, em 1807: Joaquim Gregório de Alpoim[60]. Professor proprietário entre 10 de Junho de 1818 e 23 de Novembro 1821: Cipriano José da Silva[49][36]. Professor proprietário entre 4 de Dezembro de 1821 e 2 de Outubro de 1828: Joaquim Gregório de Alpoim[50][51]. Professor proprietário graduado em 14 de Dezembro de 1827: Joaquim das Neves Franco[51]. Professor proprietário entre 8 de Outubro de 1835 e 1837: Joaquim das Neves Franco[51]. Professor substituto entre 11 de Dezembro de 1789 e 1803: Joaquim José Portelli[52][36]. Professor substituto entre 12 de Outubro de 1804 e 1820: Joaquim Gregório de Alpoim[50][52][49]. Professor substituto em 28 de Julho de1823: Joaquim das Neves Franco[58][51]. Professor substituto em 1836: João Maria Feijó[82]. |
Quarto | Hidráulica (1799) | Arquitectura civil; orçamentação de edifícios; construção; hidráulica; arquitectura das pontes, canais, portos, diques e comportas. | Hidráulica por Bossut;
Regras de Desenho para a delineação das plantas, perfis e perspectivas pertencentes à architectura militar e civil, por António José Moreira, datado de 1793[86]; Apêndice de obras por Evaristo J. Ferreira; Architectura militar por Antoni, traduzida do italiano por Mathias José Dias Azedo. |
Professor proprietário em 3 de Janeiro de 1799 e 11 de Julho de 1823: Vicente António da Silva Corrêa[52][49][36].
Professor proprietário entre 25 de Julho de 1824 e 1825: Joaquim José Tristão[51]. Professor proprietário entre 28 de Setembro de 1827 e 1837: Evaristo José Ferreira[51]. O lugar de professor substituto encontrava-se vago em 30 de Junho de 1804, nunca tendo sido até então ocupado[52]. Professor substituto entre 12 de Outubro de 1804 e 17 de Agosto de 1821: António Anacleto de Seara[87][52][88]. Professor substituto entre 8 de Novembro de 1822 e 1827:Evaristo José Ferreira[89][58][51]. Professor substituto em 1836: Luís António Belo dos Reis Júnior[82]. |
Hidráulica prática (pelo menos a partir de 1805) | Professor proprietário em 11 de Agosto de 1804: José Terésio Michelete[51].
Professor proprietário em 1805: José Tereno Micheloti[53]. Professor proprietário entre 1812 e 1817: José Teresio Michelloti[54][55]. | |||
Desenho | Desenho de acordo com as matérias das restantes aulas; cópia e redução de plantas; representação de perfil e terreno; e caligrafia. | Compêndio militar de acordo com as lições dadas na Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho;
Terceira parte dos Elementos de Tatica por Matias José Dias Azedo datado de 1796. |
Professor proprietário entre 11 de Dezembro de 1789 e 1794:António José Moreira[56][36].
Professor proprietário entre 25 de Setembro de 1794 e 5 de Dezembro de 1820: Pedro Celestino Soares[56][52][36]. Professor proprietário entre 22 de Dezembro de 1820 e 28 de Novembro de 1823: Lourenço Homem da Cunha de Eça[51]. Professor proprietário entre 28 de Setembro de 1827 e em 1833: João José Ferreira de Sousa[57][58]. Professor substituto entre 11 de Dezembro de 1789 e 25 de Setembro de 1794: Pedro Celestino Soares[56][52]. Professor substituto entre 25 de Setembro de 1794 e 1817: Anastácio Joaquim Rodrigues[90][52][91]. Professor substituto em 26 de Julho de 1802: Lourenço Homem da Cunha de Eça[51]. Professor substituto entre 26 de Janeiro de 1819 e 22 de Dezembro de 1822: Lourenço Homem da Cunha de Eça[49]. Professor substituto entre 22 de dezembro de 1820 e 18 de Janeiro de 1823: João Carlos de Tam[92][93]. Professor substituto extraordinário entre 26 de Março de 1821 e 28 de Setembro de 1827: António José da Silveira[51]. Professor substituto extraordinário entre 28 de Setembro de 1827: Miguel Joaquim Pires[51]. Professor substituto entre 28 de Setembro de 1827 e 1833: António José da Silveira[51]. Professor substituto em 18 de Janeiro de 1823: António Jereda Silveira[93]. Professor substituto extraordinário em 1833: Miguel Joaquim Pires[58]. Professor substituto entre 7 de Julho de 1835 e 1837: Miguel Joaquim Pires[51]. Professor substituto graduado com exercícios na cadeira entre 3 de Novembro de 1802 e 1817 Lourenço Homem da Cunha de Eça[52][94]. Diretor da Aula de Desenho, e de gravura das Cartas Geográficas e Hidrográficas entre 1794 e 1811: Luís André de Puy[95]. Coadjuvante ao serviço da aula entre 3 de Novembro de 1824 e 28 de Janeiro de 1826: José Manuel Sacoto Galache[51]. Coadjuvante ao serviço da aula entre 10 de Fevereiro de 1826 e 28 de Setembro de 1827: Miguel Joaquim Pires[51]. | |
Gravação (pelo menos a partir de 1795)[59]. | Professor proprietário em 1795: Luís André de Puy[59]. | |||
Artilharia Prática (1804).[60] | Professor proprietário em 11 de Agosto de 1804: José Teresio Michelotti[60]. | |||
Relação dos professores cuja disciplina, em que leccionaram, não foi possível apurar:
Professor substituto em 6 de Fevereiro de 1818: Joaquim José Tristão[51]. Professor substituto em 18 de Janeiro de 1823: Joaquim José Freitão[93]. Professor substituto em 28 de Julho de 1823: Joaquim das Neves Franco[96]. Professor substituto em 3 de Fevereiro de 1826: Francisco Pedro Celestino Soares[51]. Professor substituto em 3 de Fevereiro de 1826: José da Silva dos Anjos[51]. Professor substituto em 1833: Diogo Vasconcelos Cabral[58]. |
Notas
- ↑ "Estatutos da Academia Real de Fortificação, Artelharia, e Desenho", publicado em Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790, 579-582.
- ↑ Estão disponíveis para consulta informações sobre esta Lição em Bueno, Desenho e Desígnio, 139.
- ↑ Sampaio, História da Academia Militar, 1:13.
- ↑ Sampaio, 1:15.
- ↑ "Lei de 2 de Janeiro de 1790", publicado em Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790, 578.
- ↑ Sampaio, História da Academia Militar, 1:41.
- ↑ Bueno, Desenho e desígnio, 218.
- ↑ A questão da especialização científica e institucional dos dois ramos da engenharia não foi de somenos importância, configurando importante debate em Portugal no século XIX. Pode consultar-se mais informações sobre este processo nas entradas relativas à Escola do Exército e Associação dos Engenheiros Civis Portugueses.
- ↑ Cordeiro, Apontamentos para a História da Artilharia, 266.
- ↑ Arquivo Histórico Militar, Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 30, pç. 35. Ofício do Coronel Jerónimo José Nogueira, datado de 8 de Abril de 1800.
- ↑ 11,0 11,1 Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:149.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:371.
- ↑ Sampaio, História da Academia Militar, 1:50-51.
- ↑ 14,0 14,1 Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientíficos, 2:372.
- ↑ Andriano Balbi, Essai Statistique sur le royaume de Portugal. T. 2. 1822, citado em Ribeiro, 2:372.
- ↑ 16,0 16,1 16,2 16,3 Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:196.
- ↑ Sampaio, História da Academia Militar, 1:61.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 5:220.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:373-374.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:197.
- ↑ Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:150.
- ↑ Decreto de 12 de Janeiro de 1837, Diário do Governo, no. 15, 18 de Janeiro de 1837, 84.
- ↑ Decreto de 12 de Janeiro de 1837, Diário do Governo, no. 15, 18 de Janeiro de 1837, 85.
- ↑ 24,0 24,1 "Estatutos da Academia Real de Fortificação, Artelharia, e Desenho", publicado em Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790, 580.
- ↑ "Estatutos da Academia Real de Fortificação, Artelharia, e Desenho", publicado em Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790, 581.
- ↑ Almanach para o anno de M. DCC. XCIII., 471.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 5:219.
- ↑ Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:152.
- ↑ Sampaio, Historia da Academia Militar, 1:49.
- ↑ Almanach para o anno de 1795., 17.
- ↑ Borges (coord.), Viver Academia Militar, 70-71.
- ↑ "Estatutos da Academia Real de Fortificação, Artelharia, e Desenho", publicado em Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790, 579-580.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:196-197.
- ↑ 34,0 34,1 Arquivo Histórico Militar, Divisão 3, sç. 5 ,série 8, cx. 31, pç. 112. Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho.
- ↑ 35,0 35,1 Antunes, Apontamentos para a história da Escola, 92.
- ↑ 36,00 36,01 36,02 36,03 36,04 36,05 36,06 36,07 36,08 36,09 36,10 36,11 36,12 36,13 Antunes, Apontamentos para a história da Escola, 92.
- ↑ 37,0 37,1 Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:149.
- ↑ 38,0 38,1 38,2 38,3 Antunes, Apontamentos para a história da Escola, 93.
- ↑ 39,0 39,1 Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 3:199.
- ↑ Arquivo Histórico Militar, Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 32, pç. 186. Relação dos Empregados, Militares e Civis, que servirão na dita Academia, no tempo da usurpação, com as declaraçoes respectivas a os quesitos exigidos na Portaria do Ministerio da Guerra de 23 de Junho de 1835.
- ↑ 41,0 41,1 Arquivo Histórico Militar, Divisão 3, sç. 5 ,série 8, cx. 31, pç. 112. Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho.
- ↑ 42,0 42,1 Arquivo Histórico Ultramarino. CU. Brasil-Geral, cx. 39, d. 3123. Requerimento do naturalista António Mendes de Carvalho Cavalli ao Príncipe D. João.
- ↑ Antunes, Apontamentos para a história da Escola, 92.
- ↑ 44,0 44,1 Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 3:28.
- ↑ 45,0 45,1 Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 8:514.
- ↑ 46,0 46,1 46,2 46,3 46,4 46,5 Antunes, Apontamentos para a história da Escola, 93.
- ↑ 47,0 47,1 Arquivo Histórico Militar, Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 32, pç. 186. Relação dos Empregados, Militares e Civis, que servirão na dita Academia, no tempo da usurpação, com as declaraçoes respectivas a os quesitos exigidos na Portaria do Ministerio da Guerra de 23 de Junho de 1835.
- ↑ 48,0 48,1 Vieira, "O ensino científico-militar em Portugal", 12.
- ↑ 49,0 49,1 49,2 49,3 49,4 49,5 Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 796.
- ↑ 50,0 50,1 50,2 Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 3:218.
- ↑ 51,00 51,01 51,02 51,03 51,04 51,05 51,06 51,07 51,08 51,09 51,10 51,11 51,12 51,13 51,14 51,15 51,16 51,17 51,18 51,19 51,20 51,21 51,22 51,23 51,24 Antunes, Apontamentos para a história da Escola, 93.
- ↑ 52,00 52,01 52,02 52,03 52,04 52,05 52,06 52,07 52,08 52,09 52,10 52,11 52,12 Arquivo Histórico Militar, Divisão 3, sç. 5 ,série 8, cx. 31, pç. 112. Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho.
- ↑ 53,0 53,1 Almanach do anno de 1805., 551.
- ↑ 54,0 54,1 Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 510.
- ↑ 55,0 55,1 Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 24.
- ↑ 56,0 56,1 56,2 56,3 56,4 Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 1:205-206.
- ↑ 57,0 57,1 Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 8:597.
- ↑ 58,0 58,1 58,2 58,3 58,4 58,5 58,6 Arquivo Histórico Militar, Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 32, pç. 186. Relação dos Empregados, Militares e Civis, que servirão na dita Academia, no tempo da usurpação, com as declaraçoes respectivas a os quesitos exigidos na Portaria do Ministerio da Guerra de 23 de Junho de 1835.
- ↑ 59,0 59,1 59,2 Almanach para o anno de 1795., 18.
- ↑ 60,0 60,1 60,2 60,3 60,4 Arquivo Histórico Militar, Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 31, pç. 104. Relação das pessoas empregadas na Instrucção, Serviço, e Policia da Academia Real de Fortificação, Artilheria, e Desenho, em 18 de Dezembro de 1815.
- ↑ Almanach para o anno de 1800., 479.
- ↑ 62,0 62,1 62,2 62,3 62,4 62,5 "Estatutos da Academia Real de Fortificação, Artelharia, e Desenho", publicado em Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790, 579.
- ↑ "Estatutos da Academia Real de Fortificação, Artelharia, e Desenho", publicado em Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790, 581-582.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:372.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:372.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:372.
- ↑ Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:149.
- ↑ Sampaio, História da Academia Militar, 1:58.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:372.
- ↑ Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:149.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:372.
- ↑ Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 2:181.
- ↑ Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 8:731.
- ↑ Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:149.
- ↑ Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 15:55.
- ↑ Cordeiro, Apontamentos para a Historia da Artilheria, 267.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:196.
- ↑ Arquivo Histórico Militar, Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 31, pç. 53. Relação de livros a enviar à Secretaria dos Negócios da Marinha.
- ↑ Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 796.
- ↑ Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 24.
- ↑ Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 796.
- ↑ 82,0 82,1 82,2 82,3 Arquivo Histórico Militar, Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 32, pç. 188. Relação nominal dos Lentes e mais Empregados da Academia de Fortificação, Artilheria e Desenho, em declaração dos que tem capacidade e aptidão necessaria para bem exercerem os seus empregos, e quaes os que por falta destas indispensaveis qualidades não cumprem as suas obrigaçoes de hum modo conveniente ao Serviço Publico.
- ↑ Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 1:145.
- ↑ Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 129.
- ↑ Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:149.
- ↑ Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 2:181.
- ↑ Arquivo Histórico Militar, Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 30, pç. 35. Requerimento de António Anacleto de Seara para ser provido no lugar de lente proprietário.
- ↑ Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 8:513.
- ↑ Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 3:318.
- ↑ Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 2:382.
- ↑ Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 129.
- ↑ Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 3:81.
- ↑ 93,0 93,1 93,2 Arquivo Histórico Militar, Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 32, pç. 146. Relação nominal de todos os Officiaes, e mais empregados na Academia de Fortificação, Artilheria, e Desenho.
- ↑ Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 129.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:370.
- ↑ Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 7:415.
Fontes
Almanach para o anno de M. DCC. XCII.. Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1792.
Almanach para o anno de M.DCC.XCIV.. Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1794.
Almanach para o anno de 1795.. Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1795.
Almanach para o anno de 1800.. Lisboa: Officina de Antonio Rodrigues Galhardo, 1800.
Almanach do anno de 1805.. Lisboa: Impressão Regia, 1805.
Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII.. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1817.
Almanach para o anno de M.DCCC.XX.. Lisboa: Oficina de J. F. M. de Campos, 1820.
Arquivo Histórico Militar. Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 30, pç. 35. Ofício do Coronel Jerónimo José Nogueira, datado de 8 de Abril de 1800.
Arquivo Histórico Militar. Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 30, pç. 49. Mappa das pessoas empregadas no serviço da Academia Real de Fortificação, Artilheria, e Desenho.
Arquivo Histórico Militar. Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 31, pç. 104. Relação das pessoas empregadas na Instrucção, Serviço, e Policia da Academia Real de Fortificação, Artilheria, e Desenho, em 18 de Dezembro de 1815.
Arquivo Histórico Militar. Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 31, pç. 53. Relação de livros a enviar à Secretaria dos Negócios da Marinha.
Arquivo Histórico Militar. Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 32, pç. 186. Relação dos Empregados, Militares e Civis, que servirão na dita Academia, no tempo da usurpação, com as declaraçoes respectivas a os quesitos exigidos na Portaria do Ministerio da Guerra de 23 de Junho de 1835.
Arquivo Histórico Militar. Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 32, pç. 188. Relação nominal dos Lentes e mais Empregados da Academia de Fortificação, Artilheria e Desenho, em declaração dos que tem capacidade e aptidão necessaria para bem exercerem os seus empregos, e quaes os que por falta destas indispensaveis qualidades não cumprem as suas obrigaçoes de hum modo conveniente ao Serviço Publico.
Arquivo Histórico Militar, Divisão 3, sç. 5 ,série 8, cx. 31, pç. 112. Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho.
Arquivo Histórico Militar. Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 32, pç. 146. Relação nominal de todos os Officiaes, e mais empregados na Academia de Fortificação, Artilheria, e Desenho.
Arquivo Histórico Militar. Divisão 3, sç. 5, s. 8, cx. 30, pç. 35. Requerimento de António Anacleto de Seara para ser provido no lugar de lente proprietário.
Arquivo Histórico Ultramarino. CU. Brasil-Geral, cx. 39, d. 3123. Requerimento do naturalista António Mendes de Carvalho Cavalli ao Príncipe D. João.
Decreto de 12 de Janeiro de 1837, Diário do Governo n. 15, 18 de Janeiro de 1837, 84-87.
Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790. Lisboa: Typografia Maigrense, 1828.
Bibliografia
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Borges, João Vieira (coord.). Viver Academia Militar: nos 175 anos da Escola do Exército. Lisboa: By the book, 2012.
Bueno, Beatriz Piccolotto Sequeira. Desenho e desígnio. O Brasil dos engenheiros militares (1500-1822). São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2011.
Cordeiro, João Manuel. Apontamentos para a Historia da Artilheria Portugueza. Lisboa: Typographia do Commando Geral da Artilheria, 1895.
Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 2. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1872.
Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 5. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876.
Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 6. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876.
Sampaio, Rui Manuel de Almeida Trigueiros. História da Academia Militar. Vol. 1. Lisboa: Academia Militar, 1991.
Sepúlveda, Cristóvão Aires de Magalhães. Historia Organica e Politica do Exercito Português. Vol. 6. Lisboa: Imprensa Nacional, 1912.
Sepúlveda, Cristóvão Aires de Magalhães. Historia Organica e Politica do Exercito Português. Vol. 7. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1913.
Sepúlveda, Cristóvão Aires de Magalhães. Historia Organica e Politica do Exercito Português. Vol. 15. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1928.
Vieira, Belchior. “O ensino científico-militar em Portugal no século XVIII – Anastácio da Cunha, discípulo da Aula de Artilharia da Praça de Valença do Minho”. Em Anastácio da Cunha. 1744/1787. O matemático e o poeta. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1990.
Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol. 1. Lisboa: Imprensa Nacional, 1899.
Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol. 2. Lisboa: Imprensa Nacional, 1904.
Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol. 3. Lisboa: Imprensa Nacional, 1922.
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Categoria:Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho
Ligações Externas
"Resenha histórica". Academia Militar, [s. d.].
Autor(es) do artigo
João de Almeida Barata
https://orcid.org/0000-0001-9048-0447
Financiamento
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
Apoio especial “Verão com Ciência 2022” da UID 4666 – CHAM — Centro de Humanidades, financiado por fundos nacionais através da FCT/MCTES (PIDDAC)
DOI
https://doi.org/10.34619/kkvw-mj0i
Citar este artigo
Almeida Barata, João de. "Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, {{{year}}} 2022. Consultado a 05 de outubro de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Academia_Real_de_Fortifica%C3%A7%C3%A3o,_Artilharia_e_Desenho. DOI: https://doi.org/10.34619/kkvw-mj0i