Manuel de Azevedo Fortes

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Manuel de Azevedo Fortes
Nome completo Manuel de Azevedo Fortes
Outras Grafias Manoel de Azeuedo Fortes
Pai Estevão de Azevedo
Mãe valor desconhecido
Cônjuge Maria Henriques Azevedo
Filho(s) Sem descendência
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 1660
Lisboa, Lisboa, Portugal
Morte 28 março 1749
Lisboa, Portugal
Sexo Masculino
Religião valor desconhecido
Residência
Residência Lisboa, Lisboa, Portugal
Data Início: 1695
Fim: 1708

Residência Castelo de Vide, Portalegre, Portugal
Data Início: 1709
Fim: 1720

Residência Lisboa, Lisboa, Portugal
Data Início: 1720
Fim: 1749
Formação
Formação Filosofia
Local de Formação Espanha

Formação Filosofia
Local de Formação Paris, Paris, França

Formação Matemática
Local de Formação Paris, Paris, França
Postos
Data Início: 04 de setembro de 1698

Data Início: 03 de novembro de 1703

Data Início: 19 de fevereiro de 1705

Posto Coronel
Data Início: 1708
Arma Infantaria

Posto Brigadeiro
Data Início: 1734
Cargos
Cargo Aprendiz
Data Início: 16 de abril de 1695

Cargo Engenheiro
Data Início: 1698

Cargo Professor
Data Início: 09 de agosto de 1696
Fim: 1710

Cargo Professor
Data Início: 1710
Fim: 1749

Cargo Governador
Data Início: 1706
Fim: 1719

Cargo Engenheiro-mor
Data Início: 18 de outubro de 1719
Fim: 1749
Actividade
Actividade Vistoria
Data Início: 1700
Local de Actividade Lisboa, Lisboa, Portugal

Actividade Reparação
Data Início: 1703
Local de Actividade Estremoz, Évora, Portugal

Actividade Reparação
Data Início: 1708
Fim: 1719
Local de Actividade Castelo de Vide, Portalegre, Portugal

Actividade Desenho cartográfico

Actividade Campanha militar
Data Início: maio de 1705
Local de Actividade Espanha


Biografia

Dados biográficos

Manuel de Azevedo Fortes nasceu em Lisboa em 1660 e foi exposto no Hospital Real de Todos os Santos. Seria filho natural de "Monsieur Lembrancourt, Francez nobre, erudito (...), Intendente, ou pagador geral das Tropas Francesas", que se encontrava em Portugal desde 1659, e de uma "mulher Portuguesa bem reputada". Estas informações são veiculadas a partir do seu Elogio Fúnebre publicado em 1754 por José Gomes da Cruz, membro da Real Academia de História, concluindo que "nunca assentou em Pátria certa, nem em paternidade com certeza"[1][2].

João Carlos Garcia avançou uma identificação verosímil do seu pai como sendo Jean Frémont d'Ablancourt (1625-1693), que permaneceu em Portugal entre 1659 e 1664 sob as ordens do marechal Turenne; depois de regressar a França e sendo protestante, foi forçado ao exílio a partir da promulgação do Édito de Nantes (1685), tendo falecido em Haia em 1693[2][3].

O próprio Manuel de Azevedo Fortes afirmou que fora exposto, mas ocultou sempre o nome do progenitor[4][5]. Apresentava-se como tendo nascido na corte e referiu como pai (adoptivo) Estevão de Azevedo, que lhe deu o nome de família[1]. Garcia aponta três candidatos à identificação desta figura[2], avançando como hipótese mais provável a coincidência com Estevão da Gama de Azevedo e Vasconcelos, cabeça de família nobre de Elvas, com ligações à corte e cargos militares na província do Alentejo, nomeadamente na praça de Campo Maior, mencionando ainda a hipótese de Manuel de Azevedo Fortes ter casado nessa família, já que sua mulher era D. Maria Henriques Azevedo[6][2].

Quem quer que fosse seu pai, depreende-se que foi por ele protegido. Tendo vivido até cerca de dez ou doze anos no bairro do Borratém, junto ao Rossio, foi depois educado no estrangeiro: no Colégio Imperial em Madrid aprendeu as "letras humanas", Filosofia na Universidade de Alcalá e no Colégio de Plessis, em Paris, estudou Filosofia Moderna, Teologia e Matemáticas[7][2]. Foi depois opositor a uma cadeira de Filosofia na Universidade de Siena, onde leccionou durante três anos, encargo renovado para o triénio seguinte por ordem de Francisco Maria de Médicis, governador da cidade. Supõe-se que terá sido a morte do seu pai que o fez interromper essa docência, uma vez terminada "a assistência oculta que seu Pai lhe fazia, disfarçada de caridade de benfeitor"[7][8][2]. O seu regresso a Portugal deu-se no início da década de 1690, mas em data incerta[9], também não sendo possível determinar se a protecção de Estevão de Azevedo é anterior ou posterior a esse regresso.

Em 1705, conseguiu a obtenção do hábito da Ordem de Cristo, apesar do parecer negativo da Mesa da Consciência e Ordens, uma vez que não tinha sido possível apurar a sua ascendência, o que se torna indicador do apoio que gozava na esfera régia, ainda no reinado de D. Pedro II[4][5].

Morreu a 28 de Março de 1749, em Lisboa, sem descendência. Deixou herança de todos os seus bens à Misericórdia de Lisboa, onde se incluía um legado de doze mil cruzados para distribuir anualmente roupa branca pelas enfermarias do Hospital de Todos os Santos[10].

Carreira

O início documentado da actividade de Manuel de Azevedo Fortes em Lisboa data de 18 de Abril de 1695, quando foi nomeado discípulo extraordinário da Aula de Fortificação da Corte com um salário de duzentos réis por dia, "enquanto S. Majestade lhe não nomeava outra ocupação ou lhe dava posto"[11][12][13], circunstância que em parte faz supor que a atribuição do partidário extraordinário terá sido um expediente para a sua mais rápida contratação. Cerca de um ano depois era já lente substituto da mesma aula, por nomeação de 9 de Agosto de 1696 e com oito mil réis de soldo mensal, "para ler nos impedimentos de Francisco Pimentel"[11][13]. Desde 18 de fevereiro de 1698[11][13], era "examinador dos discípulos da Aula no lugar que vagou por Mateus do Couto", sem aumento de soldo, justamente no ano em que recebe a patente militar.

Por carta patente de D. Pedro II, datada de 4 de Setembro de 1698, foi nomeado como capitão engenheiro e lente substituto da Aula de Fortificação da Corte com dez mil réis de soldo, documento onde se referem os seus merecimentos[14][15].

Quatro anos mais tarde, a 3 de Novembro de 1703, foi nomeado sargento-mor engenheiro das fortificações da corte e da província da Estremadura, mantendo a ocupação de lente substituto da Aula e auferindo com doze mil réis de soldo mensal[16][15]. Da actividade entretanto desenvolvida, encontra-se registado que, entre 1696 e 1700, visitou várias partes do reino e do Algarve para examinar minas, tendo-se deslocado, em 1701, a Setúbal para "examinar os sítios para descarga dos lastros dos navios estrangeiros", e a Coimbra no ano seguinte para ver a obra do encanamento do Mondego (executando um mapa da cidade) e a Algés para ver as fábricas de fundição de artilharia.

Em 1703, trabalhava na fortificação de Estremoz, sob as ordens do conde de Atalaia, D. Luís Manuel de Távora, e em Outubro desse mesmo ano foi mandado servir na província do Alentejo, sob as ordens do governador das armas, conde das Galveias, Dinis de Melo e Castro, "para assistir às obras das ruínas das fortificações de algumas praças", acompanhado por José Vieira, "despachado como ajudante da dita província"[17][6]. No ano de 1704, acompanhou o conde de São Vicente, D. Miguel Carlos de Távora, na visita às praças do Alentejo, tendo começado a trabalhar na condução dos regimentos holandeses até Abrantes e província da Beira, indo também inspecionar as fortificações de Badajoz, com "grande risco de vida".

Na sequência deste percurso militar recebeu, em 19 de Fevereiro de 1705, a patente de tenente do mestre de campo general da província da Beira, o holandês barão de Fagel, "servindo-lhe de intérprete e traduzindo-lhe todos os papéis"[18][6], seguindo-o de Abrantes para Castelo Branco e Salvaterra, reconhecendo os passos do rio Águeda e Ciudad Rodrigo, portanto, em pleno contexto da Guerra da Sucessão de Espanha[19][6]. Há notícia de que voltou à corte e regressou à fronteira na companhia de Fagel, tendo sido neste período que participou na campanha de Valença de Alcântara, onde se responsabilizou pela execução dos aproches, e na tomada de Albuquerque em Maio de 1705, onde terá revelado actos de bravura[20].

Não muito tempo após esta campanha, em Agosto de 1705, foi agraciado com uma tença de dezoito mil réis, a que se somaram pouco depois os mil e duzentos réis do hábito de Cristo obtido em Novembro de 1705[21][6].

A partir deste período, passa a ser citado não apenas como tenente de mestre de campo general, mas também como governador da praça de Castelo de Vide, podendo depreender-se que a nomeação terá acontecido quase em simultâneo, atendendo aos termos constantes numa segunda carta padrão, datada de 28 de Janeiro de 1716 e que concedia uma tença de cinquenta e seis mil réis na pessoa da sua mulher: "despachado nos postos de mestre de campo general e governador da praça de Castelo de Vide por espaço de oito anos e vinte e dois dias, desde 21 de Fevereiro de 1705 a 16 de Março de 1713, em que continuou no dito governo"[18][6]. Entre os serviços prestados, e para além da citada campanha de Valença e Albuquerque, é dado conta que estava em Elvas em 14 de Maio de 1706, quando a praça foi atacada, que foi feito prisioneiro em Alcântara e que sendo já coronel de infantaria participou em 1708 na defesa de Albuquerque e na reedificação das ruínas da praça de Juromenha e, depois de 1709, na reedificação da praça de Castelo de Vide, com grande investimento como as medições da obra demonstravam, trabalhos que o teriam ocupado até à data dos serviços mencionados na carta padrão, em Março de 1713.

Não é fácil cruzar este quadro cronológico com a sua actividade como lente na Aula de Fortificação de Lisboa, não sendo claro se após a morte de Francisco Pimentel em 1706, se tornou de imediato lente efectivo. Certo é que a acumulação do cargo de lente da Aula da Corte com o de governador da praça alentejana se conjuga com a notícia da actividade de pelo menos um lente substituto, ao mesmo tempo que alguns documentos foram sendo assinados por Azevedo Fortes como responsável da aula, apesar de residir no Alentejo[22][23][24].

Manuel de Azevedo Fortes foi nomeado engenheiro-mor do reino, por carta patente dada em 18 de Outubro de 1719, tendo sendo substituído no governo de Castelo de Vide pelo brigadeiro José Carlos da Palma[25][26][27].

Inicia-se assim o período que coincide com as principais reformas promovidas na Aula de Fortificação de Lisboa, que passou a ser mais usualmente designada por Academia Militar. De igual modo, a actividade académica de Azevedo Fortes assumia também outra vertente, com a criação da Real Academia da História Portuguesa em 1720. Já anteriormente, terá feito parte da Academia Portuguesa, estabelecida por D. Francisco Xavier de Menezes, 4º conde da Ericeira, e que funcionou entre 1718 e 1719[28]. Como membro da Academia Real da História, foi incumbido, em sessão de 18 Dezembro de 1720, juntamente com o padre Manuel de Campos, lente de matemática do Colégio de Santo Antão, do levantamento dos "pontos geográficos" no terreno para a elaboração de mapas do reino e suas províncias. Esta solicitação está directamente relacionada com a publicação do seu tratado de cartografia, em 1722, quando já assinava com a patente de brigadeiro dos exércitos de Sua Magestade[29][30]. Contudo, o levantamento em causa não foi realizado, em grande parte devido a conflitos de natureza metodológica com outros pares, em especial depois da entrada na academia, em 23 Dezembro de 1723, do cosmógrafo-mor Luís Francisco Pimentel, implicando, em consequência, uma participação menos empenhada de Fortes nas sessões desta academia[31].

Em "satisfação aos últimos serviços do engenheiro-mor", dos quais avulta o trabalho na Aula da Corte e o início da publicação do tratado O Engenheiro Português, foi assinado um despacho com data de 16 de Setembro de 1728, determinando que vencesse o soldo dobrado[32][6][33][15]. Em razão da idade avançada e dificuldade em assinar, como brigadeiro de infantaria e engenheiro-mor, foi autorizado em 1734 a usar chancela nas assinaturas[34][6]. No ano de 1735, recebeu a 13 de Abril carta patente como sargento-mor de batalha[35][15], cargo que corresponde a um posto de liderança no exército.

Outras informações

Em 1710, sendo governador de Castelo de Vide, mandou integrar um portal antigo de pedra lavrada (talvez proveniente das ruínas romanas de Ammaia) na reedificação de uma porta da fortificação (Porta de Aramenha ou Porta do Carro)[36].

Manuel de Azevedo Fortes, em 1716, refere que tinha sido incumbido pela Junta dos Três Estados de traduzir o livro de Antonio de Ville, Governador das Praças "e o por corrente para se dar a imprensa sem ter por este trabalho ajuda de custo"[18][6]; o livro foi de facto impresso na oficina de António Pedroso Galrão, em 1708, mas a sua tradução é também reclamada na folha de serviços de Manuel da Maia, mas pelo menos a revisão geral terá cabido a Fortes[37].

Registam-se indícios de que Azevedo Fortes ensinou fortificação ao infante D. António, a quem dedicou a sua obra Lógica Racional, publicado em 1744[38][39].

Foi retratado pelo pintor Pierre-Antoine Quillard[40] por volta de 1727, retrato esse depois gravado por Rocheford e publicado no livro O Engenheiro Português, em 1728.

Obras

Fortificação e levantamento do território

Em 1700, participou por ordem régia na vistoria à fortificação de Lisboa, conjuntamente com Francisco Pimentel, Manuel de Azevedo Fortes, António Velho de Azevedo, Manuel do Couto e Manuel Pinto de Vilalobos, de que resultou o conjunto Plantas da cidade de Lisboa no tocante à sua fortificação e emendas nela propostas e acentadas pelos engenheiros Francisco Pimentel, e Manuel Mexia da Silva, e Manuel de Azevedo Fortes, e António Velho de Azevedo, e Manuel do Couto, e Manuel Pinto de Vilalobos na última vistoria que por ordem de sua magestade deus guarde se fez no ano de 1700.

A partir da folha de serviços constante das cartas de padrão atribuídas, pode apontar-se a participação, em 1703, nos trabalhos na fortificação de Estremoz[41][6]; em 1708, nas obras de reparação da praça de Juromenha e, a partir do ano seguinte, em maior grau, nas obras de reedificação da praça de Castelo de Vide[18][6]. Em Campo Maior, terá participado na reconstrução da fortaleza após a explosão do paiol em 1732 e, em 1734, deu o risco da igreja paroquial de São João Baptista[42][43].

Manuel de Azevedo Fortes dirigiu numerosos trabalhos com os seus ajudantes, dos quais se destacam os levantamentos topográficos na região de Lisboa. Em 1734, sendo assistido por Filipe Rodrigues de Oliveira, procedeu à inspecção do terreno durante dois meses para levantamento topográfico desde o sítio das Águas Livres até ao Bairro Alto em Lisboa[44][39]. Participou na fase inicial no processo do Aqueduto das Águas Livres, entre 1730 e 1732, juntamente com José da Silva Pais e Manuel da Maia, e terá contribuído para a dispensa de Antonio Canevari em Julho de 1732[45][39].

Dirigiu pessoalmente as obras de renovação da praça de Almeida, onde esteve entre 1737 e 1738, juntamente com o capitão José Fernandes Pinto de Alpoim; desta campanha conserva-se a Planta da Praça de Almeida, com as obras interiores e exteriores addicionadas e determinadas pelo Engenheiro-mor do Reino Manuel de Azevedo Fortes. Riscadas pelo Cappitam Jozé Fernandes Pinto Alpoym. Anno de 1736[46]. É possível ainda atribuir-lhe o desenho do Quartel de Infantaria do Terreiro das Freiras na praça de Almeida[47].

Pode inserir-se no mesmo contexto uma proposta, ou traçado de cariz académico, para a vila da Zebreira, na província da Beira, datado de 1737: Projecto para huma nova praça de guerra no citio da villa da Zebreira, para cobrir a Beira Baixa /delineada e marcada no terreno pelo Coronel António Velho de Azevedo, e o Capitão Jozé Fernandes Pinto, e o Ajudante Francisco de Barros, debaixo da direcção de Manuel de Azevedo Fortes, Engenheiro Mor [48].

Em 1739, regista-se a direcção do traçado de um forte de faxina para São José de Macapá, no Brasil[49][27].

No âmbito da actividade de Azevedo Fortes enquanto engenheiro-mor, há ainda a assinalar a emissão de pareceres relativos às obras de fortificação nos territórios coloniais, até 1740, em especial relativos ao Brasil (capitanias de Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo) e colónia do Sacramento (actual Uruguai), mas também relativos a Angola[50].

Obras cartográficas

Planta do Rio Mondego desde Coimbra até ao mar com o projecto de hum novo alveo para o dito rio. Esta planta se fez no anno de 1703 pelos engenheiros Manuel Mexia da Silva e Manuel de Azevedo Fortes dizia o original. E foi a retificar em Março de 1747 por ordem Real como consta das minhas memórias. Este foi Guilherme Joaquim Pereira de Menezes. Esta planta he uma cópia fiel da outra, a que tem o dito Joaquim Pereira, Maio de1780, Mapoteca do Instituto Geográfico Português, Mapas Antigos, nº 320[51].

Mapa Topográfico del terreno comprehendido entre Lisboa Occidental y Oriental, y la villa de Mafra con todos los caminos que se dirijen a la misma villa (cópia datada de 1718, assinado por Manuel de Azevedo Fortes e José da Silva Pais, Madrid, Real Academia de la Historia, Departamento de Cartografia y Bellas Artes, C/ I c 11 e C / IX g[51].

Carta topográfica do termo de Lisboa athe a villa de Mafra e de todos os caminhos que ha para a mesma villa, [1718], Biblioteca Nacional de Portugal, C.C. 30 P2, gravura.; cópia datada de 1718, assinada por Manuel de Azevedo Fortes e José da Silva Pais.

Carta Topographica que comprehende todo o terreno de Lisboa Occidental e Oriental té a vila de Mafra, com todos os lugares, que Contem a sua extenção tudo feito debaixo da direcção do Engenheiro mor do Reyno, e do Coronel Manouel da Maya, Madrid, Real Academia de la Historia, Departamento de Cartografia y Bellas Artes[52][51].

Planta de todo o distrito da villa de Mafra té a villa de Torres-Vedras. Terreno e lugares comprehendidos na distancia de tres Legoas. Feita por Paulo Farinha Lopes debaixo da direcção do Engenheiro mor do Reino, Real Academia de la Historia, Departamento de Cartografia y Bellas Artes [52][53].

Planta Topographica da Marinha das Cidades de Lisboa Occidental e Oriental desde o Forte de São Joseph de Riba-mar té o Convento do Grilo feito no ano de 1727 , Museu de Lisboa, Des. 1403, atribuída[54].

Obras manuscritas

[1746, cerca], Discurso Filosófico sobre o Método com que se hão-de aprender as sciencias. Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, Manucritos, 3127, fl. 148-154[55].

Discurso philosophico sobre o fluxo e refluxo do mar. Biblioteca da Ajuda, 51-VI-44, atribuído[56].

Discurso philosophico sobre a natureza dos ventos. Biblioteca da Ajuda, 51-VI-44, atribuído[56].

Discurso philosophico da lux e das cores. Biblioteca da Ajuda, 51-VI-44, atribuído[56].

Geometria e arithemetica, cópia baseada na obra de Manuel de Azevedo Fortes. Biblioteca Nacional de Portugal, PBA. 720, fl. 141-159.

Obras impressas

1708, tradução [com Manuel da Maia] de Do Governador das Praças, por Antonio de Ville Tolozano: Traduzido na lingua portugueza por ordem de Sua Magestade. Lisboa: Oficina de António Pedroso Galrão.

1720, Representação a Sua Magestade sobre a forma e direcção que devem ter os Engenheiros para melhor servirem ao dito Senhor neste Reyno, e nas suas conquistas. Lisboa: Oficina de Matias Pereira da Silva.

1722, Tratado do modo o mais Facil, e o mais exacto de fazer as Cartas Geográficas. Assim de Terra, como do Mar, e tirar as Plantas das Praças, Cidades, e edificios com Instrumentos, e sem instrumentos, para servir de Instrucçam à fabrica das Cartas Geographicas da Historia Eclesiastica, e Secular de Portugal. Lisboa Ocidental: Oficina de Pasqual da Silva.

1725, "Conta que deu dos seus estudos académicos, recitada no Paço em 22 de Outubro de 1722". Collecçam dos Documentos, Estatutos e Memorias da Academia Real da Historia Portugueza, vol. II. Lisboa Ocidental: Oficina de Pascual da Silva e José António da Silva.

1728-1729, O Engenheiro Portuguez dividido em dous tratados. Tomo Primeyro que Comprehende a Geometria Pratica sobre o papel, e sobre o terreno: o uso dos instrumentos mais necessarios aos Engenheiros: o modo de desenhar e dar aguadas nas plantas militares e  no Appendice a Trigonometria rectilinea. Obra moderna, e de grande utilidade para os Engenheiros, e mais officiaes Militares. Tomo Segundo que Comprehende a Fortificação Regular, e Irregular: o Ataque e Defensa das Praças; e no Appendice o Uso das Armas de Guerra. Lisboa: Oficina de Manuel Fernandes da Costa.

1733, Evidencia Apologética, e critica sobre o primeyro, e segundo tomo das Memórias Militares, pelos Praticantes da Academia Militar desta Corte. Obra util e proveitosa para todos os Officiaes, que servem S. Magestade nos seus exercitos, e armadas navaes. Leam todos para evitarem os erros que tem introduzido a ignorancia, e se servirem dos termos proprios das Artes, que professão. Lisboa: Oficina de Miguel Rodrigues[57].

1739, Oração Académica pronunciada na presença de suas majestades, indo a Academia ao Paço em 22 de outubro de 1739, 22 de Outubro de 1739. Collecçam dos Documentos, Estatutos e Memorias da Academia Real da Historia Portugueza, vol. IX. Lisboa Ocidental: Oficina de Pascual da Silva e José António da Silva.

1744, Lógica Racional, Geometrica e Analytica. Obra utilissima E absolutamente necessaria para entrar em qualquer sciencia, e ainda para todos os homens, que em qualquer particular, quizerem fazer uso do seu entendimento, e explicar as suas ideias por termos claros, proprios, e inteligiveis. Dedicada ao Serenessimo Senhor D. Antonio, Infante de Portugal. Lisboa: Oficina de José Antonio Plates.

Notas

  1. 1,0 1,1 Cruz, Elogio Funebre de Manoel de Azevedo Fortes, 2.
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 Garcia, "Manuel de Azevedo Fortes e os mapas da Academia", 141-143.
  3. Cristóvão Sepúlveda refere D'Ablancourt como ministro da França em Portugal. Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 5:92.
  4. 4,0 4,1 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Cristo, lv. 97, fl. 118-118v..
  5. 5,0 5,1 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Mesa da Consciência e Ordens, Habilitações para a Ordem de Cristo, Letra M, mç. 39, n.º 60.
  6. 6,00 6,01 6,02 6,03 6,04 6,05 6,06 6,07 6,08 6,09 6,10 Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 1:80-84.
  7. 7,0 7,1 Machado, Biblioteca Lusitana, 3:186-188.
  8. Cruz, Elogio Funebre de Manoel de Azevedo Fortes, 3-4.
  9. A data de 1686 seria por vezes avançada tendo em conta a publicação, por Cristovão Aires de Magalhães Sepúlveda, de uma carta patente que se refere ao número de anos num determinado cargo, contudo terá havido erro de transcrição. Ribeiro, "A formação dos engenheiros militares", 76.
  10. Dos bens referidos constam casas alugadas na Rua das Parreiras e Rua das Gáveas, mas ficou também documentado que emprestava dinheiro, inclusivamente ao marquês de Abrantes e a outros engenheiros, como Felipe Rodrigues de Oliveira, José da Silva Amado, João Alexandre de Chermont, José da Silva Pais ou José Fernandes Pinto Alpoim; não se regista menção a biblioteca pessoal; Arquivo Histórico da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Escrituras, mç. 4, nº 68, citado por Ribeiro, "A formação dos engenheiros militares", 41-42.
  11. 11,0 11,1 11,2 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, mç. 62. Consulta de 5 Fevereiro de 1703.
  12. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Decretos, mç. 64, nº 29. Despacho de 19 Fevereiro de 1705.
  13. 13,0 13,1 13,2 Ribeiro, "A formação dos engenheiros militares", 75.
  14. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria de Guerra, Registo, lv. 50, fl. 13. Carta patente, 4 de Setembro de 1698, a partir de uma consulta de 16 de Julho de 1698, com nomeação de capitão engenheiro.
  15. 15,0 15,1 15,2 15,3 Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:109-112.
  16. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria de Guerra, Registo, lv. 53, fl. 154. Carta patente com nomeação de sargento-mor. 3 Novembro de 1703.
  17. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Decretos, mç. 62, nº 69. 10 de Outubro de 1703.
  18. 18,0 18,1 18,2 18,3 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, Ofícios e Mercês, lv. 44, fl. 77. Carta padrão de 28 de Janeiro de 1716.
  19. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Decretos, mç. 64, nº 29. Despacho de 19 Fevereiro de 1705.
  20. Renata Araújo identifica neste contexto a possível correspondência com o episódio em que se terá disfarçado de "hortelão" para entrar na praça sitiada: "(...) fiando-se do talento do Senhor Manoel de Azevedo, exame igualmente perigoso e importante, o dispôs, e concluiu com juízo, e felicidade; porque disfarçado no traje de Ortelão Castelhano se introduziu na Praça, e observando o que se lhe encarregara, se restituiu ao Reino com esta prova já alta da sua capacidade, e do seu valor.", Cruz, Elogio Funebre de Manoel de Azevedo Fortes, 6; Araújo, "Manoel de Azevedo Fortes e o estatuto dos Engenheiros Portugueses", 21.
  21. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Chancelaria de D. Pedro II, Doações, Lv. 56, fl. 174 v., carta padrão assinada pela regente D. Catarina, 20 de Agosto de 1705.
  22. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, Maço 64-A, consulta de 4 de Maio de 1706, petição em que Manuel de Azevedo Fortes pede licença para ir à corte, por se encontrar ferido.
  23. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, Maço 69-A, consulta de 23 de agosto de 1710.
  24. Ribeiro, "A formação dos engenheiros militares", 79-80.
  25. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria de Guerra, Registo, Lv. 69, fl. 200 - 200 v., carta patente com nomeação como engenheiro-mor, 19 de Outubro de 1719.
  26. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria de Guerra, Registo, Lv. 69, fl. 261 v., carta de nomeação do brigadeiro José Carlos da Palma para o governo da praça de Castelo de Vide, 22 de Março de 1720.
  27. 27,0 27,1 Ribeiro, "A formação dos engenheiros militares", 24-26.
  28. Onde Manuel de Azevedo Fortes apresentou aos seus pares a "Lógica Moderna, comparada com a dos Antigos", segundo Garcia, "Manuel de Azevedo Fortes e os mapas da Academia", 146.
  29. Bueno, Desígnio e desenho: o Brasil dos engenheiros militares, 101-102.
  30. Fernandes, Manoel de Azevedo Forte , 123-140.
  31. Garcia, "Manuel de Azevedo Fortes e os mapas da Academia", 145-153.
  32. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Decretos, Maço 87, nº 13, despacho régio de 16 Setembro 1728.
  33. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria de Guerra, Registo, Lv. 74, fl. 15 v.
  34. "(...) em razão do seu cargo e da direcção da Academia Militar era obrigado a grande número de assinaturas por ser mandado informar por todos os Tribunais sobre tudo o que se oferecia pertencente às fortificações do Reino e Conquistas e se achava tão trémulo das mãos". Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, Ofícios e Mercês, lv. 87, fl. 23v.. Decreto de 10 de Novembro de 1734.
  35. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria de Guerra, Registo, lv. 77, fl. 108v.. Carta patente com nomeação como sargento-mor de batalha.
  36. R. Gusmão. "Apontamentos Archaeologicos". Archivo Pittoresco 4, (1861): 394, citado por Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 7:107-108.
  37. Carita et al., Conhecimento e Definição do Território, 55.
  38. Lisboa, Miranda e Olival, Gazetas Manuscritas, 2:256.
  39. 39,0 39,1 39,2 Garcia, "Manuel de Azevedo Fortes e os mapas da Academia", 169.
  40. Museu Nacional de Arte Antiga, Depósito do Palácio Nacional de Mafra. Pierre-Antoine Quillard, Retrato do Engenheiro-Mor do Reino, Manuel de Azevedo Fortes. c. 1727. Reprodução disponível na secção Ligações Externas desta entrada.
  41. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Decretos, mç. 62, nº 69. 10 de Outubro de 1703.
  42. Azevedo, Notícias da antiguidade, aumento e estado presente da Vila de Campo Maior.
  43. Garcia, "Manuel de Azevedo Fortes e os mapas da Academia", 144.
  44. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, mç. 93. Consulta de 9 de Junho de 1734.
  45. Lisboa, Miranda e Olival, Gazetas Manuscritas, 2:127; 249.
  46. Direcção de Infraestruturas do Exército, Gabinete de Estudos de Arqueologia e Engenharia Militar, GEAEM 543-1-2-2.
  47. Conceição, Da vila cercada à praça de guerra, 86-87; 289-290. Em Março de 1738, registam-se conflitos entre o engenheiro-mor e o governador da praça de Almeida, Jacinto Lopes Tavares da Costa, a respeito do lançamento de coelhos nos fossos da praça. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho da Guerra, Decretos, mç. 97, nº10. 17 de Março de 1738.
  48. Direcção de Infraestetuturas do Exército, Gabinete de Estudos de Arqueologia e Engenharia Militar, 3013 - 2 A - 26 A - 38
  49. Arquivo Histórico Ultramarino, ACL, CU, 013, cx. 22, d. 2065. Consulta de 3 Julho de 1739.
  50. Ver catálogo do Arquivo Histórico Ultramarino.
  51. 51,0 51,1 51,2 Garcia, "Manuel de Azevedo Fortes e os mapas da Academia", 149; 169.
  52. 52,0 52,1 Manso Porto, Cartografía histórica portuguesa, 32-33; 42-43.
  53. Garcia, "Manuel de Azevedo Fortes e os mapas da Academia",169: de notar que Farinha Lopes assina parte das estampas do Engenheiro Portuguez.
  54. Garcia, "Manuel de Azevedo Fortes e os mapas da Academia", 161.
  55. Publicado por Calafate, em Manuel de Azevedo Fortes, Lógica Racional, 11.
  56. 56,0 56,1 56,2 Ribeiro, "A formação dos engenheiros militares", 33-38.
  57. Crítica à obra Memórias Militares pertencentes ao serviço da Guerra assim terrestre como marítima, em que sucessivamente se contem as obrigaçoens dos Officiaes de Infantaria, e Cavalaria, e Artelharia, e Engenheiros..., de António do Couto de Castelo Branco, 1719; ver Araújo, "Manoel de Azevedo Fortes e o estatuto dos Engenheiros Portugueses".

Fontes

Arquivo Histórico Ultramarino, ACL, CU, 013, cx. 22, d. 2065. Consulta de 3 Julho de 1739.

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Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Chancelaria de D. Pedro II, Doações, lv. 56, fl. 174v.. Carta padrão assinada pela regente D. Catarina. 20 de Agosto de 1705.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Chancelaria da Ordem de Cristo, lv. 97, fl. 118-118v..

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, Ofícios e Mercês, lv. 44, fl. 77. Carta padrão de 28 de Janeiro de 1716.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Chancelaria de D. João V, Ofícios e Mercês, lv. 87, fl. 23v.. Decreto de 10 de Novembro de 1734.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, mç. 62. Consulta de 5 Fevereiro de 1703.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, mç. 64-A. Consulta de 4 de Maio de 1706, petição de Manuel de Azevedo Fortes.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, mç. 69-A. Consulta de 23 de agosto de 1710.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, mç. 70. Consulta de 7 de janeiro de 1711.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, mç. 93. Consulta de 9 de Junho de 1734.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Decretos, mç. 62, nº 69. 10 de Outubro de 1703.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Decretos, mç. 63, nº 76. 18 de setembro de 1704.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Decretos, mç. 64, nº 29. Despacho de 19 Fevereiro de 1705.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Decretos, mç. 87, nº 13. Despacho régio de 16 Setembro 1728.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Decretos, mç. 97, nº 10. Despacho de 17 de Março de 1738.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria de Guerra, Registo, lv. 50, fl. 13. Carta patente, 4 de Setembro de 1698, a partir de uma consulta de 16 de Julho de 1698, com nomeação de capitão engenheiro.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria de Guerra, Registo, lv. 53, fl. 154. Carta patente com nomeação de sargento-mor. 3 de Novembro de 1703.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria de Guerra, Registo, lv. 69, fl. 200-200v.. Carta patente com nomeação como engenheiro-mor. 19 de Outubro de 1719.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria de Guerra, Registo, lv. 69, fl. 261v.. Carta de nomeação do brigadeiro José Carlos da Palma para o governo da praça de Castelo de Vide. 22 de Março de 1720.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria de Guerra, Registo, lv. 74, fl. 15v.. Carta com autorização de vencimento do soldo dobrado.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria de Guerra, Registo, lv. 77, fl. 108v.. Carta patente com nomeação como sargento-mor de batalha.

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Ligações Externas

"Manuel Azevedo Fortes". Wikipédia - A enciclopédia livre.

Museu Nacional de Arte Antiga, Depósito do Palácio Nacional de Mafra. Pierre-Antoine Quillard, Retrato do Engenheiro-Mor do Reino, Manuel de Azevedo Fortes. c. 1727.

Núcleo de Toponímia, Departamento de Património Cultural da Câmara Municipal de Lisboa, "Manuel Azevedo de Fortes". Toponímia de Lisboa.

Autor(es) do artigo

Margarida Tavares da Conceição

IHA - Instituto de História da Arte, FCSH, Universidade Nova de Lisboa / IN2PAST — Laboratório Associado para a Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território

https://orcid.org/0000-0003-3041-9235

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

Instituto de História da Arte, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade NOVA de Lisboa, através do projeto estratégico financiado pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., ref. UID/PAM/00417/2019

DOI

https://doi.org/10.34619/in9n-aayr

Citar este artigo

Conceição, Margarida Tavares da. "Manuel de Azevedo Fortes", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 28/07/2023). Consultado a 23 de abril de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Manuel_de_Azevedo_Fortes. DOI: https://doi.org/10.34619/in9n-aayr