Nicolau de Abreu Carvalho: diferenças entre revisões

Fonte: eViterbo
Saltar para a navegação Saltar para a pesquisa
Sem resumo de edição
Sem resumo de edição
 
(Há 5 edições intermédias do mesmo utilizador que não estão a ser apresentadas)
Linha 2: Linha 2:
{{Info/TechNetEMPIRE
{{Info/TechNetEMPIRE


{{#vardefine:entity|Q2708}}
{{#vardefine:entity|Q2673}}


|nome = <big><!-- nome da pessoa --></big> {{#statements:P34|from={{#var: entity}}}}
|nome = <big><!-- nome da pessoa --></big> {{#statements:P34|from={{#var: entity}}}}
Linha 218: Linha 218:
==Biografia==
==Biografia==
=== Dados biográficos === <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
=== Dados biográficos === <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
Desconhecem-se até ao momento a data e o local de nascimento e falecimento de João Mexia da Silva. Era provavelmente irmão mais novo de [[Manuel Mexia da Silva]], já que este foi nomeado ajudante engenheiro em 1681, o que a confirmar-se o posicionará como filho de [[Francisco João da Silva]], filiação que se tomou por referência.  
Teve por filhos Victória de Abreu e Carvalho, Margarida Maria da Conceição, Anna Lobo Contreiras, Luiza de Abreu e Carvalho e João de Abreu e Carvalho.  


===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->  
Frequentou a Aula da Fortificação de Lisboa entre 1706 e 1717, foi examinado e aprovado "''para poder ler na mesma Academia nos impedimentos do Domingos Vieira Lente dela''”, o que não se sabe se chegou a acontecer pois passou ao Brasil<ref>Ribeiro, "A formação dos engenheiros militares", 82.</ref>.
Foi nomeado ajudante de engenheiro das fortificações das praças da província do Alentejo em 22 Junho de 1692, colocação justificada "''por se aplicar com diligência ao estudo desta Arte''", encontrando-se o posto vago pela morte de João de Sousa Couceiro. João Mexia da Silva ficava a ganhar seis mil réis de soldo mensal <ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registo da Secretaria da Guerra, Lv. 46, fl. 8.</ref> <ref>Sepúlveda, ''História organica e politica do Exército Português'', 8:610-611.</ref>.
===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->
Em 1723 foi nomeado capitão de infantaria com exercício de engenheiro na praça da Bahia.
A carta de nomeação refere as suas capacidades de leccionar, atestadas por [[Manuel de Azevedo Fortes]]. Foi professor na [[Aula Militar da Bahia]] durante 23 anos.


Por carta patente de D. Pedro II, datada de 20 de Março de 1699, foi promovido a sargento-mor engenheiro, para que integrasse a frota de socorro à praça de Mombaça do Estado da Índia, recebendo para tal um soldo de vinte e seis réis<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho da Guerra, Registo da Secretaria da Guerra, Lv. 10, fl. 248v..</ref> <ref name=":0">Viterbo, <i>Diccionario Historico e Documental dos Architectos,</i> 2:171.</ref> <ref>Sepúlveda, ''História organica e politica do Exército Português'', 8:195.</ref>. Deste soldo, recebia oito mil réis que deveriam ser entregues em pimenta, para dar uma parte à sua esposa, Mariana Pereira de Lima<ref>Biblioteca da Ajuda, 51- IX-4, t. 2, fl. 83. Livros das cartas de Sua Majestade do ano 1699 respondidas em 1700.</ref> <ref name=":1">Sepúlveda, ''História organica e politica do Exército Português'', 15:91-92.</ref>. O vedor geral da Fazenda não cumpriu a ordem régia, razão pela qual o rei mandou nova carta ao vice-rei da Índia, em 1701, a pedir para a ordem ser cumprida<ref>Biblioteca da Ajuda, 51-IX-6, t. 3, fl. 97. Governo da Índia.</ref> <ref name=":1" />. Na missão à praça de Mombaça, João Mexia da Silva foi acompanhado por Francisco da Silva Albernaz, contudo a viagem não chegou ao seu destino, tendo a praça sido definitivamente perdida paras as forças muçulmanas<ref name=":0" />.
Ocupa o posto de sargento-mor engenheiro a partir de 1732. Em 1747 requer para si e para o seu filho o Hábito da Ordem de Cristo. O Hábito é concedido, com tença anual de 80.000 reis para si (que se propõe dividir pelas filhas) e 12.000 reis para o filho. Sousa Viterbo regista, no entanto, que não existe documentação na Chancelaria da Ordem de Cristo.
==Referências bibliográficas==<!--Ou seja, a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação-->
 
Além da leccionação e dos trabalhos na Bahia, examina minas de metais e é encarregado da fortificação da capitania de Espírito Santo (onde trabalha também no Presídio do Morro)<ref>Viterbo, ''Diccionario Historico e Documental dos Architectos,'' 1:167-170.</ref>.
==Notas==<!--Ou seja, a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação-->
<references />
<references />


== Fontes ==
== Fontes ==
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho da Guerra, Registo da Secretaria da Guerra, Lv. 10, fl. 248v..
Arquivo Histórico Ultramarino, Conselho Ultramarino, ACL_CU_005, cx. 25, d. 2245, Requerimento de Nicolau de Abreu Carvalho, anterior a 1726, solicitando o posto de sargento-mor de infantaria com exercício de engenheiro da cidade da Bahia.
==Bibliografia== <!-- Ou seja, a bibliografia e as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o autor. Atenção: primeiro descarrega-se a bibliografia e, no fim, as fontes. Em ambos os casos, bibliografia e fontes, deve seguir a norma do CHAM -->
Cardoso, Maria Luiza. "A formação de Artilheiros e de Engenheiros em Portugal e na sua Colônia Americana (1706-1750)". Em ''Anais do X Congreso Iberoamericano de Historia de la Educación Latinoamericana: Formación de Élites y Educación Superior en Iberoamérica (ss. XVI-XXI).'' Salamanca: Hergar Ediciones Antema, 2012[https://www.academia.edu/17590639/A_forma%C3%A7%C3%A3o_de_Artilheiros_e_de_Engenheiros_em_Portugal_e_na_sua_Col%C3%B4nia_Americana_1706-1750_ .]


Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registo da Secretaria da Guerra, Lv. 46, fl. 8.
Gonçalves, João Roberto Vasco. ''Vitória. Fortificações e Ilhas''. Vila Velha: Above Edições, 2017[http://www.robertovasco.com.br/wp-content/uploads/2017/03/Jo%C3%A3o-Roberto-miolo-revisado.pdf .]


Biblioteca da Ajuda, 51- IX-4, t. 2, fl. 83. Livros das cartas de Sua Majestade do ano 1699 respondidas em 1700.
Oliveira, Mário Mendonça. ''As Fortificações Portuguesas de Salvador Quando Cabeça do Brasil.'' Salvador: Fundação Gregório de Mattos, 2004.


Biblioteca da Ajuda, 51-IX-6, t. 3, fl. 97. Governo da Índia.
Ribeiro, Dulcyene Maria. "A formação dos engenheiros militares: Azevedo Fortes, Matemática e ensino da Engenharia Militar no século XVIII em Portugal e no Brasil". Tese de Doutoramento, Universidade de São Paulo, 2009.
==Bibliografia== <!-- Ou seja, a bibliografia e as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o autor. Atenção: primeiro descarrega-se a bibliografia e, no fim, as fontes. Em ambos os casos, bibliografia e fontes, deve seguir a norma do CHAM -->
Sepúlveda, Cristóvão Aires de Magalhães. ''História organica e Política do Exército Português''. Vol. 8. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1919[https://purl.pt/24869/4/ .]


Sepúlveda, Cristóvão Aires de Magalhães. ''História organica e politica do Exército Português.'' Vol. 15.  Lisboa: Imprensa da Universidade, 1928[https://purl.pt/24869/4/ .]
Smith, Robert C. ''Arquitetura colonial baiana: alguns aspectos da sua história.'' Salvador: SciELO - EDUFBA, 2010[https://books.google.pt/books?id=RL8pCgAAQBAJ&pg=PA67&lpg=PA67&dq=Nicolau+de+Abreu+Carvalho&source=bl&ots=9LCLK9wpVy&sig=5zXnAcWxSpWWlBh2MuwTYDaWaX0&hl=en&sa=X&ved=0ahUKEwih9_6W-K7XAhXHxxQKHUz4AWgQ6AEINjAC#v=onepage&q=Nicolau%20de%20Abreu%20Carvalho&f=false .]


Viterbo, Francisco de Sousa. <i>Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal</i>. Vol. 2. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904[https://archive.org/details/diccionariohisto02vite .]
Viterbo, Francisco de Sousa. ''Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal.'' Vol. 1. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1899[https://archive.org/details/diccionariohisto01vite .]
==Ligações Externas== <!--Ligações que não foram utilizadas concretamente na construção da biografia -->
==Ligações Externas== <!--Ligações que não foram utilizadas concretamente na construção da biografia -->
Campos, João de Sousa, "Mombasa [Mombaça]". HPIP - Património de Origem Portuguesa no Mundo[https://hpip.org/pt/contents/place/352 .]
Nicolau Abreu de Carvalho. Projecto Fortalezas[http://fortalezas.org/index.php?ct=personagem&id_pessoa=1371 .]
==Autor(es) do artigo==
Vera da Cunha Serrão


Departamento de História da Arte, FCSH, Universidade Nova de Lisboa
Documentação sobre Nicolau de Abreu Carvalho In [https://bdlb.bn.gov.br/redeMemoria/handle/123456789/1/browse?value=Carvalho%2C+Nicolau+de+Abreu&type=author BDLB].


https://orcid.org/0000-0002-6490-037X
==Autor(es) do artigo==
 
 
 
Margarida Tavares da Conceição
 
IHA - Instituto de História da Arte, FCSH, Universidade Nova de Lisboa / IN2PAST — Laboratório Associado para a Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território
 
https://orcid.org/0000-0003-3041-9235


== Financiamento ==
== Financiamento ==
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
Instituto de História da Arte, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade NOVA de Lisboa, através do projeto estratégico financiado pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., ref. UID/PAM/00417/2019


==DOI==
==DOI==
Linha 274: Linha 266:
[[Categoria:Estado da Bahia]]
[[Categoria:Estado da Bahia]]
[[Categoria:Estado do Espírito Santo]]
[[Categoria:Estado do Espírito Santo]]
[[Categoria:Aula Militar da Bahia]]
[[Categoria:Engenheiros Militares]]
[[Categoria:Engenheiros Militares]]
[[Categoria:Professores]]
[[Categoria:Professores]]
[[Categoria: Aula de Fortificação de Lisboa]]
[[Categoria:Aula Militar da Bahia]]
[[Categoria:TechNetEMPIRE]]
[[Categoria:TechNetEMPIRE]]
[[Categoria:TechNetEMPIRE Pessoas]]
[[Categoria:TechNetEMPIRE Pessoas]]

Edição atual desde as 20h41min de 10 de janeiro de 2024



Nicolau de Abreu Carvalho
Nome completo Nicolau de Abreu Carvalho
Outras Grafias valor desconhecido
Pai valor desconhecido
Mãe valor desconhecido
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) Victória de Abreu e Carvalho, Margarida Maria da Conceição, Anna Lobo Contreiras, Luiza de Abreu e Carvalho, João de Abreu Carvalho
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento valor desconhecido
Morte valor desconhecido
Sexo Masculino
Religião valor desconhecido
Formação
Data Início: 1706
Fim: 1717
Local de Formação Lisboa, Lisboa, Portugal
Cargos
Cargo Professor


Biografia

Dados biográficos

Teve por filhos Victória de Abreu e Carvalho, Margarida Maria da Conceição, Anna Lobo Contreiras, Luiza de Abreu e Carvalho e João de Abreu e Carvalho.

Frequentou a Aula da Fortificação de Lisboa entre 1706 e 1717, foi examinado e aprovado "para poder ler na mesma Academia nos impedimentos do Domingos Vieira Lente dela”, o que não se sabe se chegou a acontecer pois passou ao Brasil[1].

Carreira

Em 1723 foi nomeado capitão de infantaria com exercício de engenheiro na praça da Bahia. A carta de nomeação refere as suas capacidades de leccionar, atestadas por Manuel de Azevedo Fortes. Foi professor na Aula Militar da Bahia durante 23 anos.

Ocupa o posto de sargento-mor engenheiro a partir de 1732. Em 1747 requer para si e para o seu filho o Hábito da Ordem de Cristo. O Hábito é concedido, com tença anual de 80.000 reis para si (que se propõe dividir pelas filhas) e 12.000 reis para o filho. Sousa Viterbo regista, no entanto, que não existe documentação na Chancelaria da Ordem de Cristo.

Além da leccionação e dos trabalhos na Bahia, examina minas de metais e é encarregado da fortificação da capitania de Espírito Santo (onde trabalha também no Presídio do Morro)[2].

Notas

  1. Ribeiro, "A formação dos engenheiros militares", 82.
  2. Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 1:167-170.

Fontes

Arquivo Histórico Ultramarino, Conselho Ultramarino, ACL_CU_005, cx. 25, d. 2245, Requerimento de Nicolau de Abreu Carvalho, anterior a 1726, solicitando o posto de sargento-mor de infantaria com exercício de engenheiro da cidade da Bahia.

Bibliografia

Cardoso, Maria Luiza. "A formação de Artilheiros e de Engenheiros em Portugal e na sua Colônia Americana (1706-1750)". Em Anais do X Congreso Iberoamericano de Historia de la Educación Latinoamericana: Formación de Élites y Educación Superior en Iberoamérica (ss. XVI-XXI). Salamanca: Hergar Ediciones Antema, 2012.

Gonçalves, João Roberto Vasco. Vitória. Fortificações e Ilhas. Vila Velha: Above Edições, 2017.

Oliveira, Mário Mendonça. As Fortificações Portuguesas de Salvador Quando Cabeça do Brasil. Salvador: Fundação Gregório de Mattos, 2004.

Ribeiro, Dulcyene Maria. "A formação dos engenheiros militares: Azevedo Fortes, Matemática e ensino da Engenharia Militar no século XVIII em Portugal e no Brasil". Tese de Doutoramento, Universidade de São Paulo, 2009.

Smith, Robert C. Arquitetura colonial baiana: alguns aspectos da sua história. Salvador: SciELO - EDUFBA, 2010.

Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol. 1. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1899.

Ligações Externas

Nicolau Abreu de Carvalho. Projecto Fortalezas.

Documentação sobre Nicolau de Abreu Carvalho In BDLB.

Autor(es) do artigo

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

Citar este artigo

. "Nicolau de Abreu Carvalho", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 10/01/2024). Consultado a 01 de junho de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Nicolau_de_Abreu_Carvalho. DOI: