Lourenço da Cunha: diferenças entre revisões
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Da escassa informação existente sobre Lourenço da Cunha, sabe-se que terá obtido formação em Roma, de onde regressou em 1744, tendo aí assimilado os conhecimentos necessários à realização de quadraturas e cenografias permitindo-lhe ser mencionado como ''“o maior Pintor Portuguez que temos tido no genero de Architectura e perspectiva, igualou talvez Baccarelli na pratica, e excedendo-o na theorica...”''<ref>Machado, ''Collecção de Memorias Relativas às Vidas dos Pintores | Da escassa informação existente sobre Lourenço da Cunha, sabe-se que terá obtido formação em Roma, de onde regressou em 1744, tendo aí assimilado os conhecimentos necessários à realização de quadraturas e cenografias permitindo-lhe ser mencionado como ''“o maior Pintor Portuguez que temos tido no genero de Architectura e perspectiva, igualou talvez Baccarelli na pratica, e excedendo-o na theorica...”''<ref>Machado, ''Collecção de Memorias Relativas às Vidas dos Pintores'', 196-197.</ref>. | ||
===Carreira=== | ===Carreira=== |
Revisão das 11h51min de 19 de maio de 2023
Lourenço da Cunha | |
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Nome completo | Lourenço da Cunha |
Outras Grafias | valor desconhecido |
Pai | valor desconhecido |
Mãe | valor desconhecido |
Cônjuge | Jacinta Inês |
Filho(s) | José Anastácio da Cunha |
Irmão(s) | valor desconhecido |
Nascimento | 1709 |
Morte | 1760 |
Sexo | Masculino |
Religião | valor desconhecido |
Residência | |
Residência | Itália |
Data | Fim: 1744 |
Residência | Lisboa, Lisboa, Portugal |
Data | Início: 1744 Fim: 1760 |
Formação | |
Formação | Pintura |
Data | Fim: 1744 |
Local de Formação | Roma, Roma, Itália |
Biografia
Dados biográficos
Da escassa informação existente sobre Lourenço da Cunha, sabe-se que terá obtido formação em Roma, de onde regressou em 1744, tendo aí assimilado os conhecimentos necessários à realização de quadraturas e cenografias permitindo-lhe ser mencionado como “o maior Pintor Portuguez que temos tido no genero de Architectura e perspectiva, igualou talvez Baccarelli na pratica, e excedendo-o na theorica...”[1].
Carreira
Regressado de Roma, ingressa a 25 de outubro de 1744 na Irmandade de S. Lucas, servindo na mesa de 1745 a 1753, e servindo duas vezes como juiz.
Após o regresso de Roma e admissão à Academia de S. Lucas, trabalha como cenógrafo sob alçada de Inácio de Oliveira Bernardes, regendo mais tarde os teatros dos Congregados do Espírito Santo e o do Bairro Alto competindo diretamente com o Teatro Régio dirigido por Giovanni Carlo Bibiena[2].
Outras informações
Do seu casamento com Jacinta Inês, nasce José Anastácio da Cunha, de quem o próprio Lourenço da Cunha terá sido o mestre de Matemática, e o qual se torna lente de Matemática e Geometria na Universidade de Coimbra.
Obras
s.d. – Pinta: capela na Igreja dos Clérigos Pobres; Lisboa.
s.d. – Pinta: coro das Trinas do Mocambo, Lisboa (desaparecida).
s.d. – Pinta: retábulo para a “barraca” de S. Julião.
s.d. – Pinta: teto da casa do capítulo em São Domingos de Benfica, Lisboa.
1740 – Pinta: teto da igreja do Santuário de Nossa Senhora do Cabo, Cabo Espichel.
1740 - Pinta: perspectiva no Solar do Albuquerques (atribuição por Serrão, “O Conceito de Totalidade nos Espaços do Barroco Nacional", 267.).
Notas
Fontes
Machado, Cirilo Volkmar. Collecção de memórias, relativas às vidas dos pintores, e escultores, architetos, e gravadores portuguezes, e dos estrangeiros, que estiverão em Portugal / recolhidas e ordenadas por Cyrillo Volkmar Machado, pintor ao serviço de S. Magestade o senhor D. João VI. Lisboa: Victorino Rodrigues da Silva, 1823.
Raczynski, Atanazy. Dictionnaire historico-artistique du Portugal pour faire suite à lªouvrage ayant pour titre: Les arts en Portugal, lettres adressées à la Société artistique et scientifique de Berlin et accompagnées de documents / par Le Comte A. Raczynski. Paris: Jules Renouard et Cie, Libraires-Éditeurs, 1847.
Bibliografia
Cabeleira, João. “Arquitecturas Imaginárias. Espaço real e ilusório no Barroco português.” PhD thesis., Universidade do Minho, 2015.
Carmen Almada e Luís Tovar Figueira, “Igreja do Cabo Espichel: recuperação de um interior.” Monumentos 16, (2002): 122-127.
Magno Moraes Mello, “Falsos espaços e ilusão arquitectónica no tecto da nave do Santuário do Cabo Espichel.” Sesimbra Cultural, 4 (1994): 27-29.
Mello, Magno. A pintura de tectos em perspectiva no Portugal de D. João V , Lisboa: Estampa, 1998.
Mello, Magno. “De Bacherelli aux Jésuites. Itinéraire de la perspective à la cour portugaise au XVIIIe siècle.” Em L'Artiste et L'Œuvre a L'Epreuve de la Perspective, Cojannot-Le Blanc, Marianne; Dalai, Marisa; Dubourg Glatigny, Pascal (ed.). Roma: Ecole Française de Rome, 2006.
Oriol Trindade, António. "Um olhar sobre a perspectiva linear em Portugal nas pinturas de cavalete, tectos e abóbadas: 1470-1816." PhD Thesis., Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, 2008.
Raggi, Giuseppina. "Arquitecturas do engano: a longa construção da ilusão." PhD thesis., Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2004.
Serrão, Vítor. “O Conceito de Totalidade nos Espaços do Barroco Nacional: A Obra da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres em Beja (1672-1698).” Revista da Faculdade de Letras, 5-XXI-XXII (1997): 245-267.
Autor(es) do artigo
João Cabeleira
Lab2PT - Universidade do Minho
http://orcid.org/0000-0002-6800-8557
Financiamento
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
DOI
https://doi.org/10.34619/6115-vowv
Citar este artigo
Cabeleira, João. "Lourenço da Cunha", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 19/05/2023). Consultado a 03 de junho de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Louren%C3%A7o_da_Cunha. DOI: https://doi.org/10.34619/6115-vowv