Academia Politécnica do Porto: diferenças entre revisões

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==História==<!--História geral da instituição. Este é o local para colocar toda a informação que justifica o que está na infobox e outra complementar, subdividida em períodos, se necessário-->
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A Academia Politécnica do Porto foi uma instituição de instrução técnica criada por decreto de 13 de Janeiro de 1837, sucedendo à extinta [[Academia Real de Marinha e Comércio do Porto|Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto]], criada por iniciativa privada e concretização régia. O propósito da nova Academia era o do "''ensino das ciências industriais''" ministrado aos engenheiros civis "''de todas as classes, tais como os engenheiros de minas, os engenheiros construtores e os engenheiros de pontes e estradas''"; bem como, a oficiais de marinha, pilotos, comerciantes, agricultores, diretores de fábricas e artistas<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:160.</ref>. Não obstante, sublinha-se a preponderância, no plano de estudos, "''do ensino das 'engenharias' em detrimento da matriz naval e comercial que orientou a criação da antiga'' [Academia]"<ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 109.</ref>. Nesse sentido, o ensino ministrado na Academia Politécnica surgiu como estímulo ao processo de industrialização do Porto, enquadrado na redefinição económica da cidade, necessária dada a independência do Brasil, em 1822, e a consequente diminuição do comércio realizado com aqueles portos<ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 108.</ref>.  
A Academia Politécnica do Porto foi uma instituição de instrução técnica criada por decreto de 13 de Janeiro de 1837, sucedendo à extinta [[Academia Real de Marinha e Comércio do Porto|Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto]]. Ao contrário desta última, a nova Academia apresentava um plano de estudos centrado no "''ensino das 'engenharias' em detrimento da matriz naval e comercial que orientou a criação da antiga''"<ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 109.</ref>, assemelhando-se ao currículo da [[Escola Politécnica de Lisboa]] igualmente criada naquele ano<ref name=":29">Azevedo, "O Porto na Época Moderna", 147.</ref>. A preponderância da instrução técnica explica-se pela necessidade de redefinir a economia da cidade do Porto e proceder à sua industrialização após a independência do Brasil em 1822 e a consequente diminuição do comércio com aquele porto<ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 108.</ref>. Ainda assim, mantendo os estudos navais e comerciais<ref name=":29" />, o ensino da Academia era destinado a um largo leque profissional, mais precisamente, aos engenheiros civis "''de todas as classes, tais como os engenheiros de minas, os engenheiros construtores e os engenheiros de pontes e estradas''", bem como, aos oficiais de marinha, pilotos, comerciantes, agricultores, diretores de fábricas e artistas<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:160.</ref>.  


Em 1839, regulava-se as faltas dos alunos e a forma pela qual o seu aproveitamento nas cadeiras era determinado, nomeadamente, por atos públicos, entre outros instrumentos de avaliação<ref>Ribeiro, 6:163-168.</ref>.
Ao longo da sua vigência a Academia Politécnica debateu-se com a falta de espaço, recursos materiais e uma organização exígua motivada pelos limitados recursos financeiros de que era dotada. Dez anos passados da sua fundação, na abertura do ano letivo, um professor da instituição, que José Silvestre Ribeiro não identifica, acusava a incapacidade da instituição em formar engenheiros uma vez "''sem cadeira de construções, sem cadeira especial de mecânica aplicada, e'' [ensinando] ''os princípios de mecânica à segunda cadeira, mui sobrecarregada já''", encontrando-se ainda a mecânica industrial a cargo do professor de física. Igualmente, a cadeira de desenho encontrava-se sobrecarregada devido à diversidade dos ramos de desenho que compunham o seu programa<ref>Ribeiro, 6:172.</ref>.


A organização e composição disciplinar do ensino ministrado na Academia Politécnica não deixavam de merecer críticas, nomeadamente, no discurso de abertura do ano letivo de 1847-1848 lido por um professor da instituição, que José Silvestre Ribeiro não identifica. Acusa-se a incapacidade da instituição em formar engenheiros uma vez "''sem cadeira de construções, sem cadeira especial de mecânica aplicada, e'' [ensinando] ''os princípios de mecânica à segunda cadeira, mui sobrecarregada já''", encontrando-se ainda a mecânica industrial a cargo do professor de física. Igualmente, a cadeira de desenho encontrava-se sobrecarregada devido à diversidade dos ramos de desenho que compunham o seu programa<ref>Ribeiro, 6:172.</ref>.
Afora as limitações nas distribuições das disciplinas, a que concerne um problema de quadros no corpo docente, criticava-se igualmente a duração do curso de comércio e de piloto. Refere o discurso, citado por José Silvestre Ribeiro, que o conselho escolar procurou remediar essa situação no ensino transferindo a disciplina de Mecânica teórica e industrial para a cadeira de Geometria descritiva, e a nova disciplina de Construções para a sexta cadeira, estabelecendo para esta última um regime bienal<ref name=":30">Ribeiro, 6:173.</ref>. Não obstante, a problemática ter-se-á mantido agravada pela "''censura dos governos e dos parlamentos, pelos cortes que fazem nas somas aplicadas aos estabelecimentos científicos''"<ref name=":30" />. Segundo este discurso crítico, a sexta cadeira, onde era leccionada a disciplina de Construções Públicas, havia sido suprimida pela "''reforma de fazenda''", o que de facto sucedeu em 1844, como desenvolvido abaixo. A questão não seria de somenos importância como colocava o referido professor sublinhando a sua indispensabilidade: "''Pelo orçamento ficou suprimida a cadeira em que se ensinavam construções numa academia destinada a formar engenheiros civis de todas as classes!''"<ref name=":31">Ribeiro, 6:174.</ref>.  


Afora as limitações nas distribuições das disciplinas, a que concerne um problema de quadros no corpo docente, criticava-se igualmente a extensa duração do curso de comércio e de piloto. Refere o discurso, citado por José Silvestre Ribeiro, que o conselho escolar procurou remediar essa situação no ensino transferindo a disciplina de Mecânica teórica e industrial para a cadeira de Geometria descritiva, e a nova disciplina de Construções para a sexta cadeira, estabelecendo para esta última um regime bienal<ref>Ribeiro, 6:173.</ref>. Não obstante, a problemática ter-se-á mantido agravada pela "''censura dos governos e dos parlamentos, pelos cortes que fazem nas somas aplicadas aos estabelecimentos científicos''"<ref>Ribeiro, 6:173.</ref>.  
Segundo escrito de autoria não identificada por José Silvestre Ribeiro, as condições que a Academia Politécnica dispunha para o ensino e a própria organização científica não lhe permitiam "''ministrar uma instrução preparatória igual à que se professava nas faculdades de matemática e filosofia da Universidade de Coimbra, e na Escola Politécnica de Lisboa''", pois o quadro de cadeiras da Academia não correspondia "''ao ensino superior de engenharia civil nos seus principais ramos''". Esta incapacidade derivava, segundo o autor, das decisões tomadas pelo conselho académico da Academia quanto aos programas ministrados que haviam redundado em sacrificado "''a instrução em algumas doutrinas, das mais importantes numa escola desta ordem, cuja feição característica era o ensino da ciência industrial nas modestas proporções da arte e do ofício''". A mais, outras dificuldades, como as necessidades materiais afetas aos estudos e à componente prática do ensino, viriam a constituir obstáculos à persecução do ensino e a marcar a vida da própria instituição sendo claro "''com quantas dificuldades tiveram a lutar os lentes desta academia''"<ref name=":31" /><ref>Hélder Pinto apresenta informação detalhada acerca destas dificuldades. Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 123-124.</ref>.  


Segundo este discurso crítico, a sexta cadeira viria a ser suprimida pela "''reforma de fazenda''". A questão não seria de somenos importância como colocava o referido professor sublinhando a indispensabilidade daquela: "''Pelo orçamento ficou suprimida a cadeira em que se ensinavam construções numa academia destinada a formar engenheiros civis de todas as classes!''"<ref>Ribeiro, 6:174.</ref>.
Nesse sentido, observe-se a descrição que Silvestre Ribeiro redigiu sobre o ano letivo de 1850-1851 e as dificuldades verificadas então: "''A academia necessitava de um jardim botânico e experimental; e sentia a falta de simplicidade no curso de pilotagem, de instrumentos de física, e de uma cadeira para o ensino do curso de construções''"<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:177.</ref>. No ano lectivo seguinte, a corporação dos professores "''pedia novo local para laboratório químico, e observatório astronómico''"<ref>Ribeiro, 6:178.</ref>.  


Segundo escrito de autoria não identificada por José Silvestre Ribeiro, as condições que a Academia Politécnica dispunha para o ensino e a própria organização científica não lhe permitiam "''ministrar uma instrução preparatória igual à que se professava nas faculdades de matemática e filosofia da Universidade de Coimbra, e na Escola Politécnica de Lisboa''", pois o quadro de cadeiras da Academia não correspondia "''ao ensino superior de engenharia civil nos seus principais ramos''". Esta incapacidade derivava, segundo o autor, das decisões tomadas pelo conselho académico da Academia quanto aos programas ministrados que haviam redundado em sacrificado "''a instrução em algumas doutrinas, das mais importantes numa escola desta ordem, cuja feição característica era o ensino da ciência industrial nas modestas proporções da arte e do ofício''". A mais, outras dificuldades, como as necessidades materiais afetas aos estudos e à componente prática do ensino, viriam a constituir obstáculos à persecução do ensino e a marcar a vida da própria instituição sendo claro "''com quantas dificuldades tiveram a lutar os lentes desta academia''"<ref>Ribeiro, 6:174.</ref>.
Em 1854, segundo o relatório do Conselho Superior de Instrução Pública, o conselho académico da Academia Politécnica apresentara um extenso programa de reivindicações: "''1.º Concessão da igreja profanada, e do claustro a ela contíguo, do extinto convento das religiosas carmelitas do Porto, para o estabelecimento do laboratório químico. 2.º Reestabelecimento da 6.ª cadeira'' (...) ''sendo o restabelecimento da indicada cadeira para o ensino das construções públicas, e para aliviar a 3.ª cadeira. 3.º Estabelecimento de um observatório astronómico. 4.º Conveniência de se concederem licenças aos militares da guarnição do Porto e dos corpos das províncias do norte para frequentarem a Academia Politécnica do Porto, enquanto aos cursos preparatórios para admissão nas escolas do exército''". Solicitava igualmente o financiamento necessário ao recheio dos gabinetes, destinados ao ensino prático, e a criação de quatro novas cadeiras, a saber, "''de economia política''", "''de construções navais''", "de ''geologia,'' ''mineralogia,'' ''e artes de minas''", e uma "''cadeira de agricultura, economia rural e tecnologia''". Segundo José Silvestre Ribeiro, a resposta do Conselho Superior a estas solicitações foi negativa<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 10:31-32.</ref>.


Nesse sentido, observe-se a descrição que Silvestre Ribeiro redigiu sobre o ano letivo de 1850-1851 e as dificuldades verificadas então: "''A academia necessitava de um jardim botânico e experimental; e sentia a falta de simplicidade no curso de pilotagem, de instrumentos de física, e de uma cadeira para o ensino do curso de construções''"<ref>Ribeiro, 6:177.</ref>. No ano lectivo seguinte a corporação dos professores "''pedia novo local para laboratório químico, e observatório astronómico''"<ref>Ribeiro, 6:178.</ref>.  
Afora as alterações a cadeiras isoladas decretadas nas décadas de 40, 50 e 90 do século XIX, bem como na primeira década do século seguinte, que abaixo se mencionam, o quadro disciplinar e os cursos ministrados seriam apenas revistos mais profundamente com as reformas aplicadas por decreto de lei de 31 de Dezembro de 1868<ref name=":3" /> e por carta de lei de 21 de Julho de 1885<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 17:261.</ref>, regulamentada em 1888<ref>Ribeiro, 17:519.</ref>. Esta última viria igualmente a atender em certa medida às dificuldades financeiras vividas pela instituição, dotando-a de novas fontes de financiamento<ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 135.</ref>.  


Em 1854, segundo o relatório do Conselho Superior de Instrução Pública, o conselho académico da Academia Politécnica havia representado pela "''1.º Concessão da igreja profanada, e do claustro a ela contíguo, do extinto convento das religiosas carmelitas do Porto, para o estabelecimento do laboratório químico. 2.º Reestabelecimento da 6.ª cadeira'' (...) ''sendo o restabelecimento da indicada cadeira para o ensino das construções públicas, e para aliviar a 3.ª cadeira. 3.º Estabelecimento de um observatório astronómico. 4.º Conveniência de se concederem licenças aos militares da guarnição do Porto e dos corpos das províncias do norte para frequentarem a Academia Politécnica do Porto, enquanto aos cursos preparatórios para admissão nas escolas do exército''". A mais, solicitava-se o financiamento necessário ao recheio dos gabinetes, destinado ao ensino prático, e a criação de quatro novas cadeiras, a saber, "''de economia política''", "''de construções navais''", "de ''geologia,'' ''mineralogia,'' ''e artes de minas''", e uma "''cadeira de agricultura, economia rural e tecnologia''". O Conselho Superior "''opinava contra esta criação''", segundo José Silvestre Ribeiro<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 10:31-32.</ref>.
Em função da reforma republicana do ensino superior português, em 19 de Abril de 1911, foram criadas as Universidades de Lisboa e do Porto, sendo a Academia Politécnica extinta e sucedida pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e a Escola de Engenharia anexa para onde foram transferidos os cursos de engenharia da extinta Academia<ref>Pinto, 175.</ref>.  
===Outras informações===<!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
Foram directores da Academia Politécnica: o professor João Baptista Ribeiro entre 1837 e 1868, o professor Joaquim Torcato Álvares Ribeiro, interinamente entre 1865 e 1868<ref>Bastos, ''Memória Histórica da Academia'', 116.</ref>, o professor Adriano Machado entre 1869 e 1886, e Gomes Teixeira entre 1886 até à extinção da instituição<ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 350.</ref>.


Ainda em 1854, ordenava o governo que o diretor e o conselho da Academia Politécnica apresentassem ao ministério do reino proposta de "''reforma dos programas''"<ref>Ribeiro, 10:36.</ref>, que contudo, em 1861, ainda não havia sido remetida, sendo sujeita a nova ordem em 20 de Fevereiro daquele ano<ref>Ribeiro, 10:37.</ref>.
Aquando da sua fundação consideravam-se estabelecimentos anexos à Academia Politécnica do Porto os estabelecimentos existentes na [[Academia Real de Marinha e Comércio do Porto|Academia Real de Marinha e Comércio]]. A esses acresciam ainda: "''1.º Um gabinete de historia natural industrial; 2.º um gabinete de máquinas; 3.º um laboratório químico, e oficina metalúrgica; 4.º um jardim botânico e experimental''"<ref name=":32">Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:162.</ref>. O estabelecimento efetivo do jardim botânico e experimental, e do laboratório químico apenas se concretizou em 1844<ref name=":33">Ribeiro, 6:170.</ref>. A relação apresentada dizia respeito aos estabelecimentos que se pretendiam ver estabelecidos e, por isso, não corresponde à criação de facto daqueles. Nesse sentido, leia-se a crítica exarada por um professor da Academia sobre a discrepância entre os estabelecimentos anexos determinado pela lei e as dificuldades suscitadas na sua concretização: "''Todavia, o que é mais para estranhar é como se decreta entre nós estabelecimentos sem prover aos meios de os custear'' (...) ''A reforma literária de 1837, como outras provisões dessa administração, daria a um estrangeiro que confiasse na letra das nossas leis e decretos, a ideia mais avantajada de nós''". No caso particular da Academia Politécnica do Porto, o professor registava o seguinte: "''Para das demonstrações de física e química, pelo incansável zelo dos professores da Academia Politécnica improvisou-se um gabinete e um laboratório, e mendigaram-se, até por empréstimo de generosos particulares, exemplares para as demonstrações de história natural'' (...) ''O gabinete de máquinas, o jardim botânica e experimental, a oficina metalúrgica, nunca tiveram existência. E se o gabinete de física possui uma máquina elétrica de grande custo, fora ela comprada pela junta da companhia para a casa que ela fundara, hoje extinta, de sociedade de náufragos. E nem o observatório nem os estudos topográficos foram providos dos novos e melhorados instrumentos que a aplicação do princípio de repetição e o adiantamento das artes tem introduzido''"<ref name=":31" />.


A reforma profunda dos planos de estudo e quadro de disciplinas da Academia Politécnica apenas seria realizada em 1885, por carta de lei de 21 de Julho de 1885<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 17:261.</ref>. Em 1888 era publicado o respetivo regulamento<ref>Ribeiro, 17:519.</ref>.
O número de alunos matriculados na Academia Politécnica sofreu um acréscimo entre o ano letivo de 1847-1848, quando contava 179 alunos, e 1857-1858, registando-se a matrícula de 207 alunos, sendo oito militares<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 10:35.</ref><ref>José Silvestre Ribeiro apresenta outras estatísticas sobre as matrículas de alunos e respectivas aprovações, entre 1837 e 1877, consultável em Ribeiro, 10:40.</ref>. No ano letivo de 1848-1849 contabilizavam-se 145 alunos, e, no seguinte, 103 alunos. Em 1850-1851, 92 alunos, e, em 1852-1853, registou um total de 219 alunos<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:176-178.</ref> e no seguinte 129 alunos<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 10:31.</ref>. No ano letivo de 1854-1855, mercê das licenças concedidas pelo Ministério do Reino para frequência das aulas da Academia Politécnica, o número de alunos matriculados ascenderia aos 243<ref>Ribeiro, 10:32.</ref>.   
===Outras informações===<!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
Aquando da sua fundação consideravam-se estabelecimentos anexos à Academia Politécnica do Porto os estabelecimentos existentes na [[Academia Real de Marinha e Comércio do Porto|Academia Real de Marinha e Comércio]]. A esses acresciam ainda: "''1.º Um gabinete de historia natural industrial; 2.º um gabinete de máquinas; 3.º um laboratório químico, e oficina metalúrgica; 4.º um jardim botânico e experimental''"<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:162.</ref>. O estabelecimento efetivo do jardim botânico e experimental, e do laboratório químico apenas se concretizaria em 1844<ref>Ribeiro, 6:170.</ref>. A relação apresentada respeita, essencialmente, à letra da lei e como tal não deve ser considerada a sua concretização prática correspondente. Nesse sentido, leia-se a crítica exarada por um professor da Academia sobre a discrepância entre os estabelecimentos anexos determinado pela lei e as dificuldades suscitadas na sua concretização prática: "''Todavia, o que é mais para estranhar é como se decreta entre nós estabelecimentos sem prover aos meios de os custear'' (...) ''A reforma literária de 1837, como outras provisões dessa administração, daria a um estrangeiro que confiasse na letra das nossas leis e decretos, a ideia mais avantajada de nós''". No caso particular da Academia Politécnica do Porto, o professor registava o seguinte: "''Para das demonstrações de física e química, pelo incansável zelo dos professores da Academia Politécnica improvisou-se um gabinete e um laboratório, e mendigaram-se, até por empréstimo de generosos particulares, exemplares para as demonstrações de história natural'' (...) ''O gabinete de máquinas, o jardim botânica e experimental, a oficina metalúrgica, nunca tiveram existência. E se o gabinete de física possui uma máquina elétrica de grande custo, fora ela comprada pela junta da companhia para a casa que ela fundara, hoje extinta, de sociedade de náufragos. E nem o observatório nem os estudos topográficos foram providos dos novos e melhorados instrumentos que a aplicação do princípio de repetição e o adiantamento das artes tem introduzido''"<ref>Ribeiro, 6:174.</ref>.   


O número de alunos matriculados na Academia Politécnica sofreu um acréscimo entre o ano letivo de 1847-1848, quando contava 179 alunos, e 1857-1858, registando-se a matrícula de 207 alunos, sendo oito militares<ref>Ribeiro, 10:35.</ref><ref>José Silvestre Ribeiro apresenta outras estatísticas sobre as matrículas de alunos e respectivas aprovações, entre 1837 e 1877, consultável em Ribeiro, 10:40.</ref>. No ano letivo de 1848-1849 contabilizavam-se 145 alunos, e, no seguinte, 103 alunos. Em 1850-1851, 92 alunos, e, em 1852-1853, registou um total de 219 alunos<ref>Ribeiro, 6:176-178.</ref> e no seguinte 129 alunos<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 10:31.</ref>. No ano letivo de 1854-1855, mercê das licenças concedidas pelo Ministério do Reino para frequência das aulas da Academia Politécnica, o número de alunos matriculados ascenderia aos 243<ref>Ribeiro, 10:32.</ref>. 
Em 1838, a Câmara Municipal do Porto requereu que os alunos do Colégio de Meninos Órfãos frequentassem gratuitamente as aulas da Academia Politécnica. Essa frequência ocorria à semelhança do que havia sido estabelecido junto da [[Academia Real de Marinha e Comércio do Porto]], alojada no mesmo edifício que o Colégio, pelo que a Academia Politécnica terá mantido aquela localização<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:163.</ref>. Em 1845, por decreto de 8 de Outubro, os poderes públicos destinavam os antigos edifício e cerca do extinto Convento das Carmelitas, na cidade do Porto, para instalação futura da Academia Politécnica, a Escola Médico-Cirúrgica do Porto e a Guarda Municipal<ref>Ribeiro, 6:171.</ref>. No entanto, apenas em 1852, por decreto de 20 de Outubro, vieram a ser demarcados os espaços do edifício destinados a cada instituição<ref>Ribeiro, 6:178.</ref>. Seis anos depois as obras no "''edifício da Academia Politécnica do Porto''" continuariam sem conclusão<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 10:34.</ref> e, em consequência, era nomeada uma comissão para organizar o "''plano definitivo para as obras indispensáveis no edifício''", em que se achava igualmente a "''[[Escola Industrial do Porto|Escola Industrial Portuense]]''"<ref>A comissão era composta pelo governador civil do Porto, dos directores da Academia Politécnica do Porto e da Escola Industrial Portuense, bem como de um lente de cada instituição, e do director das obras públicas do districto. Cf. Ribeiro, 10:36.</ref>. Apesar da apresentação do plano em 26 de Janeiro de 1863, que propunha igualmente albergar a Academia de Belas Artes e a Biblioteca Pública<ref>Ribeiro, 10:37.</ref>, o edifício apenas seria terminado já na transição para o século XX<ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 35.</ref>.  
 
Uma vez que a Academia Politécnica substituiu a [[Academia Real de Marinha e Comércio do Porto]], e, em 1838, a Câmara Municipal do Porto ter requerido que os alunos do Colégio de Meninos Órfãos frequentassem gratuitamente as aulas daquela Academia, à semelhança do que havia sido realizado na instituição antecessora, tudo leva a crer que a primeira tenha mantido a localização no edifício daquele Colégio<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:163.</ref>. Em 1845, por decreto de 8 de Outubro, os poderes públicos destinavam os antigos edifício e cerca do extinto Convento das Carmelitas, na cidade do Porto, para instalação futura da Academia Politécnica, a Escola Médico-Cirúrgica do Porto e a Guarda Municipal<ref>Ribeiro, 6:171.</ref>. No entanto, apenas em 1852, por decreto de 20 de Outubro, os poderes públicos demarcariam os espaços do edifício destinados a cada instituição<ref>Ribeiro, 6:178.</ref>. Seis anos depois as obras no, então, "edifício da Academia Politécnica do Porto" continuariam sem conclusão<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 10:34.</ref>. Era nomeada uma comissão para organizar "''plano definitivo para as obras indispensáveis no edifício''", em que se achava igualmente a "''Escola Industrial Portuense''"<ref>A comissão era composta pelo governador civil do Porto, dos directores da Academia Politécnica do Porto e da Escola Industrial Portuense, bem como de um lente de cada instituição, e do director das obras públicas do districto. Cf. Ribeiro, 10:36.</ref>. O plano seria apresentado em 26 de Janeiro de 1863, e propunha albergar também a Academia de Belas Artes e a Biblioteca Pública<ref>Ribeiro, 10:37.</ref>.  
==Professores== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
==Professores== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
O número de professores proprietários que compunham o corpo docente não é apresentado por José Silvestre Ribeiro, deixando apenas a nota de existirem "t''antos professores proprietários, quantos são os cursos''". Estabeleciam-se seis lugares de professor substitutos na qualidade de "''demonstradores natos''", ou seja, eram responsáveis por executarem a componente prática das disciplinas. Um professor substituto encontrava-se afeto e especialmente dedicado aos trabalhos da cadeira de desenho<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:162.</ref>.  
O número de professores proprietários que compunham o corpo docente não é apresentado por José Silvestre Ribeiro, deixando apenas a nota de existirem "t''antos professores proprietários, quantos são os cursos''". Estabeleciam-se seis lugares de professor substitutos na qualidade de "''demonstradores natos''", ou seja, eram responsáveis por executarem a componente prática das disciplinas. Um professor substituto encontrava-se afeto e especialmente dedicado aos trabalhos da cadeira de desenho<ref name=":32" />.  


Após a Revolução Setembrista de 1836, os professores da [[Academia Real de Marinha e Comércio do Porto|Academia de Marinha e Comércio do Porto]] foram reintegrados, ou viriam a sê-lo, na Academia Politécnica do Porto, nos lugares vagos existentes, ou naqueles que vagassem<ref>Ribeiro, 6:169.</ref>.  
Após a Revolução Setembrista de 1836, os professores da [[Academia Real de Marinha e Comércio do Porto|Academia de Marinha e Comércio do Porto]] foram reintegrados, ou viriam a sê-lo, na Academia Politécnica do Porto, nos lugares vagos existentes, ou naqueles que vagassem<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:169.</ref>.  


==Curricula== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->  
==Curricula== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->  
<!--Nota: no caso de instituições que não sejam de ensino, a criação de novos campos tem que ser debatida previamente-->
<!--Nota: no caso de instituições que não sejam de ensino, a criação de novos campos tem que ser debatida previamente-->  


A oferta curricular apresentada aquando da fundação da Academia Politécnica do Porto compunha-se de seis cursos, a saber, de engenheiro de marinha e de oficial de marinha, com a duração mínima de cinco anos; e de piloto, de comércio, de agricultura e de artes com a duração mínima de três anos<ref>Ribeiro, 6:161.</ref>. Em razão das dificuldades suscitadas pelo número diminuto de cadeiras que a Academia dispunha, refere autor anónimo citado por Silvestre Ribeiro, o conselho académico da instituição decidiria pela especialização do curso de engenheiro, subdividindo-o em quatro cursos especiais, a saber, de engenheiro de minas, construtores de navios, geógrafos, e engenheiros de pontes e estradas, e assim, sacrificara "''o ensino à multiplicidade dos cursos''"<ref>Ribeiro, 6:179.</ref>.  
Aquando da fundação, a oferta curricular da Academia Politécnica compunha-se de seis cursos, a saber, de engenheiro de marinha e de oficial de marinha, com a duração mínima de cinco anos; e de piloto, de comércio, de agricultura e de artes com a duração mínima de três anos<ref>Ribeiro, 6:161.</ref>. Em razão das dificuldades suscitadas pelo número diminuto de cadeiras que a Academia dispunha, refere autor anónimo citado por Silvestre Ribeiro, o conselho académico da instituição decidiria pela especialização do curso de engenheiro, subdividindo-o em quatro cursos especiais, a saber, de engenheiro de minas, construtores de navios, geógrafos e engenheiros de pontes e estradas, e assim, sacrificara "''o ensino à multiplicidade dos cursos''"<ref>Ribeiro, 6:179.</ref>. Simultaneamente, era estabelecido que a Academia Politécnica albergasse as aulas correspondentes às leccionadas no Liceu Nacional do Porto<ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 115.</ref>, as quais seriam frequentadas pelos alunos do liceu em substituição, mais precisamente a 7.ª, 8.ª e 9.ª cadeiras<ref name=":4">Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:161.</ref>. 


Em 1885, a oferta curricular da Academia Politécnica do Porto compunha-se de dois cursos especiais, de engenheiros civis compreendendo as obras públicas, as minas e as industriais; e o segundo de comércio<ref>A distribuição das disciplinas pelos planos dos diversos cursos pode ser consultada em Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 17:264-267.</ref>. Ministrava três cursos preparatórios para as matrículas da [[Escola do Exército]], da Escola Naval, das Escolas Médico-Cirúrgicas e da Escola de Farmácia<ref>Ribeiro, 17:264.</ref>.
As condições e privilégios resultantes da conclusão dos cursos, tanto para civis como para militares, parecem não ter tido aplicação prática, nomeadamente, quanto ao acesso a empregos públicos, sendo o curso da Academia Politécnica habilitação favorável; ou quanto à recusa de licenças de oficiais para frequentarem o curso preparatório para ingresso na [[Escola do Exército]]<ref>Ribeiro, 6:175.</ref>. Apenas em 1844, a Academia começou a ministrar os cursos preparatórios requeridos na admissão à [[Escola do Exército]], em semelhança da [[Escola Politécnica de Lisboa]]. À semelhança os alunos, que tivessem concluído o curso de oficiais de marinha, podiam ser nomeados para guardas marinhas e permitido servir na Armada Real<ref name=":33" />. Não obstante, as dificuldades na obtenção de licenças por parte dos oficiais ter-se-ão mantido<ref>Ribeiro, 6:176.</ref>.  


O ensino de aparelho e manobra navais era assegurado por um mestre, subordinado ao professor de disciplina de navegação. O ensino da arquitetura civil e naval era ministrado na [[Academia Portuense de Belas Artes]]. A componente de instrução prática da Academia Politécnica era realizada através de "''experiências, manipulações, e os mais exercícios práticos'' [realizados] ''nos gabinetes da academia, nas oficinas da Academia Portuense de Belas Artes, e nas salas do Conservatório das Artes e Ofícios, que serão para esse fim estabelecimentos comuns''".  
Em 1868, a oferta curricular da Academia foi reformulada com a supressão do curso de oficiais de marinha, de agricultores, de directores de fábrica, e de artistas. Uma redução dos cursos ministrados que, como sublinha Hélder Pinto, "''mostra bem o carácter que se pretendia para esta instituição'' ''como Escola de Engenharia''"<ref name=":3">Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 121.</ref>. Com a mesma orientação, a reforma de 1885 reorganizou a oferta de cursos segundo duas áreas disciplinares, Engenharia e Comércio, pelo que reduzia a sua oferta ao curso de engenheiros civis, compreendendo as obras públicas, as minas e industriais; e ao curso de comércio<ref>A distribuição das disciplinas pelos planos dos diversos cursos pode ser consultada em Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 17:264-267.</ref>. Eram ainda ministrados três cursos preparatórios para as matrículas da [[Escola do Exército]], da Escola Naval, das Escolas Médico-Cirúrgicas e da Escola de Farmácia<ref>Ribeiro, 17:264.</ref>.


Simultaneamente, era estabelecido que a Academia Politécnica albergasse aulas que correspondiam a aulas leccionadas no Liceu Nacional do Porto, e cujos alunos passariam a frequentar em substituição<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:161.</ref><ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 115.</ref>.   
A identidade da Academia Politécnica enquanto "''escola de 'ciências industriais', em detrimento da sua vertente de 'escola de comércio' que tinha herdado da sua antecessora''" foi reforçada pela supressão do curso de Comércio em 1897<ref name=":21">Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 169.</ref>. Esta supressão, bem como as atrás mencionadas, surgiu no contexto da criação do [[Escola Industrial do Porto|Instituto Industrial do Porto]] em 1852, a sua posterior transformação em Instituto Industrial e Comercial em 1886, e a progressiva absorção do ensino técnico e comercial no Porto por estas instituições. Nesse sentido, a supressão do curso de comércio era igualmente justificada pela sobreposição de disciplinas entre as instituições<ref>Pinto, 132.</ref>. Observe-se, também, que, em 1881, seria apresentado, sem sucesso, um projecto de fusão entre aquele Instituto e a Academia, dando origem a um "''Instituto Politécnico''" que, dessa forma, procurava contrariar a especialização observada em cada instituição<ref>Pinto, 133.</ref>.   


As condições e privilégios resultantes da conclusão dos cursos, tanto para civis como para militares, parecem não ter tido aplicação prática, nomeadamente, quanto ao acesso a empregos públicos, sendo o curso da Academia Politécnica habilitação favorável; ou quanto à recusa de licenças de oficiais para frequentarem o curso preparatório para ingresso na [[Escola do Exército]]<ref>Ribeiro, 6:175.</ref>. Apenas em 1844, a Academia começou a ministrar os cursos preparatórios requeridos na admissão à [[Escola do Exército]], em semelhança da [[Escola Politécnica de Lisboa]]. Simultaneamente, permitia-se a nomeação para guardas marinhas, e consequente serviço na Armada Real, aos alunos que tivessem concluído o curso de oficiais de marinha<ref>Ribeiro, 6:170.</ref>. Não obstante, as dificuldades na obtenção de licenças por parte dos oficiais ter-se-ão mantido<ref>Ribeiro, 6:176.</ref>.  
A partir de 1902, à semelhança da Universidade de Coimbra e da Escola Politécnica de Lisboa, a Academia ministrou o curso de habilitação para o professores dos liceus nas áreas de matemática, ciências físico-químicas, ciências histórico-naturais e desenho<ref>Pinto, 171.</ref>.  


Em 1844, a cadeira de Artilharia e táctica naval foi suprimida por decreto, com força de lei, de 20 de Setembro<ref>Ribeiro, 6:170.</ref>, sendo que, segundo Hélder Pinto, pode ser observada como "''um dos passos oficiais no distanciamento gradual da APP em relação ao seu passado como Academia de Marinha'' [não sendo] ''essencial numa instituição que se pretendia vocacionada para o ensino das 'sciencias industriaes'''"<ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 116.</ref>. Em 1852, as disciplinas eram distribuídas por um conjunto de 10 cadeiras<ref>Ribeiro, 6:178.</ref>.
O ensino de aparelho e manobra navais era assegurado por um mestre, subordinado ao professor de disciplina de navegação. O ensino da arquitetura civil e naval era ministrado na [[Academia Portuense de Belas Artes]]. A componente de instrução prática da Academia Politécnica era realizada através de "''experiências, manipulações, e os mais exercícios práticos'' [realizados] ''nos gabinetes da academia, nas oficinas da Academia Portuense de Belas Artes, e nas salas do Conservatório das Artes e Ofícios, que serão para esse fim estabelecimentos comuns''"<ref name=":4" />.  


Em 1857, em resultado das queixas e propostas do conselho académico da Academia Politécnica o quadro de oferta disciplinar era alargado passando a integrar "''uma cadeira destinada para o ensino da economia política, e dos princípios de direito administrativo e comercial''", com a opção de se tornar bienal<ref name=":0">Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 10:33</ref>. No ano seguinte, era aprovada pelo Conselho Superior de Instrução Pública a criação de uma cadeira destinada à leccionação das disciplinas de "''construções públicas, pontes, estradas e máquinas a vapor, a fim de ser completo o curso de engenheiros civis''"<ref>Ribeiro, 10:37.</ref>.  
O plano de estudos de 1837 determinava a existência de 11 grupos disciplinares, correspondidos em igual número de cadeiras<ref name=":5">Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:160-161.</ref>. Em 1844, a sexta cadeira, em que se leccionavam a Artilharia e táctica naval, foi suprimida por decreto, com força de lei, de 20 de Setembro<ref>Ribeiro, 6:170.</ref>, podendo a supressão ser observada como "''um dos passos oficiais no distanciamento gradual da APP em relação ao seu passado como Academia de Marinha'' [não sendo] ''essencial numa instituição que se pretendia vocacionada para o ensino das 'sciencias industriaes'''"<ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 116.</ref>.  


Em 1883, por carta de lei de 14 de Junho, era reestabelecida a sexta cadeira "''tendo por objetivo o ensino da mineralogia, geologia, metalúrgica e arte de minas''", disciplinas que transitavam da sétima cadeira<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 17:115.</ref>.  
Em 1857, em resultado das queixas e propostas do conselho académico da Academia Politécnica o quadro de oferta disciplinar era alargado com a criação da 12.ª cadeira, por decreto de lei de 15 de Julho<ref>Pinto, 119.</ref>, "''destinada para o ensino da economia política, e dos princípios de direito administrativo e comercial''", com a opção de se tornar bienal<ref name=":0">Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 10:33</ref>. No ano seguinte, era aprovada pelo Conselho Superior de Instrução Pública a criação de uma cadeira destinada à leccionação das disciplinas de "''construções públicas, pontes, estradas e máquinas a vapor, a fim de ser completo o curso de engenheiros civis''"<ref>Ribeiro, 10:37.</ref>. A constituição destas matérias em cadeira própria em 1858 sucedeu à sua anterior inclusão na sexta cadeira, entre 1838 e 1844, e na terceira cadeira a partir daquele último ano<ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 116-117.</ref>.
 
O quadro disciplinar foi objecto de reforma profunda, em 1868, sendo decretada a criação de duas cadeiras, de Química Orgânica e de Mecânica. Contudo, apenas a última foi efetivamente constituída como a 13.ª cadeira, "Mecânica aplicada ás construções civis". Com uma organização bienal, no primeiro ano leccionava-se a "''Resistência de materiais - Estabilidade de construções - Construções em geral - Vias de comunicação - Pontes de todas as espécies - Teoria das máquinas de vapor''"; e, no segundo ano, leccionava-se a "''Hidráulica - Construções hidráulicas - Caminhos de ferro - Teoria das sombras - Perspectiva linear e estereotomia das obras de madeira''". Por sua vez, a disciplina de Química Orgânica terá sido, muito provavelmente, leccionada na nona cadeira, segundo Hélder Pinto<ref>Pinto, 121; 123.</ref>.
 
Em 1883, por carta de lei de 14 de Junho, era reestabelecida a sexta cadeira, porém, "''tendo por objetivo o ensino da mineralogia, geologia, metalúrgica e arte de minas''"<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 17:115.</ref>, tal como havia sido proposto em 1864<ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 122.</ref>.
 
Com a reforma de 1885, o quadro disciplinar da Academia foi reformulado e alargado, estabelecendo-se 18 cadeiras<ref name=":2">Pinto, 131.</ref>. Não obstante, posto que as principais alterações já estivessem em prática, aquela reforma veio principalmente confirmá-las. Ou seja, "''as cadeiras da APP, mesmo antes desta reforma, já não seguiam à risca o estipulado pelos estatutos de 1837'' [pelo que] ''na prática, a reforma de 1885 veio por um lado formalizar o que já se praticava''", procedendo ao desdobramento de cadeiras e permitindo o "''aprofundamento e ampliação das matérias ensinadas''"<ref>Pinto, 130.</ref>. O programa detalhado de cada cadeira encontra-se publicado pelo ''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'' referente ao ano lectivo de 1886-1887<ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1886-1887'', 1-41.</ref>. 
 
Em função da supressão do curso de Comércio em 1897, a respectiva cadeira foi substituída pela de Tecnologia Industrial, em que se leccionava eletrotecnia e indústrias químicas<ref name=":21" />. No ano seguinte, foi autorizado o desdobramento provisório da sexta e nona cadeiras, Física e, Mineralogia e Geologia, respectivamente. O alargamento do quadro disciplinar a um total de 20 cadeiras foi decretado em 2 de Setembro de 1901, sendo criada a 19.ª cadeira, de Física matemática, e a 20.ª cadeira, de Mineralogia<ref name=":22">Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 169-170.</ref>.    


{| class="wikitable"
{| class="wikitable"
Linha 98: Linha 104:
|'''Ano'''
|'''Ano'''
|'''Nome da Cadeira'''
|'''Nome da Cadeira'''
|'''Matérias'''<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:160-161.</ref>
|'''Matérias'''
|'''Livros'''
|'''Livros'''<ref name=":1">''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1877-1878'', 54-55.</ref>
|'''Professores'''
|'''Professores'''
|-
|-
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|
|Primeiro grupo disciplinar
|1.ª cadeira: Aritmética, geometria elementar, trigonometria plana, álgebra
|"''Aritmética, geometria elementar, trigonometria plana, álgebra até às equações do segundo grau''"
|
|
|
|Francoeur. ''Geometria analytica no plano e no espaço, albegra superior e trigonometria espherica''. Coimbra: [s. ed.], [s. d.].
|Professor proprietário entre 1837 e 1876: António Luiz Soares<ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 191-197.</ref>.
Professor proprietário entre 1876 e 1877: Joaquim de Azevedo Sousa Vieira da Silva Albuquerque<ref>Pinto, 197.</ref>.
Professor proprietário entre 1877 e 1882: José Pereira da Costa Cardoso<ref name=":6">Pinto, 198-199.</ref>.
Professor proprietário entre 1882 e 1883: Rodrigo de Melo e Castro de Aboim<ref name=":7">Pinto, 199.</ref>.
Professor proprietário entre 1883 e 1884: Isidoro António Ferreira<ref name=":7" />.
Professor proprietário entre 1884 e 1885: Luiz Ignacio Woodhouse<ref name=":8">Pinto, 200.</ref>.


|-
|-
|
|
|Segundo grupo disciplinar
|2.ª cadeira: Álgebra com aplicação à geometria, cálculo diferencial e integral, princípios de mecânica.
|
|
"''Continuação da álgebra, sua aplicação à geometria, cálculo diferencial e integral, princípios de mecânica''"
|Sturm, Charles. ''Cours d'analyse de l'École polytechnique'', 5.ª ed.
|Professor proprietário entre 1837 e 1858: João Ricardo da Costa<ref>Pinto, 191-194.</ref>.
Professor proprietário entre 1858 e 1877; e entre 1878 e 1881: Pedro de Amorim Viana<ref>Pinto, 194-199.</ref>.
 
Professor proprietário entre 1877 e 1878; e entre 1881 e 1883: J. d'Azevedo S. V. da Silva Albuquerque<ref name=":6" />.
 
Professor proprietário entre 1883 e 1884: Luiz Ignacio Woodhouse<ref name=":7" />.
 
Professor proprietário entre 1884 e 1885: Francisco Gomes Teixeira<ref name=":8" />.
|-
|
|
|3.ª cadeira: Geometria descritiva
|
|
|Delaunay, Charles. ''Traité de mécanique rationelle'', 5.ª ed.
Leroy, Charles. ''Traité de géométrie descriptive'', 9.ª ed.
Bour, Edmond. ''Cours de mécanique et machines: professé à l'école polytechnique.'' Paris: Gauthier-Villars, 1887.
Claudel. ''Aide-mémoire des ingénieurs, des architectes'', ''& c.'', 8.ª ed.
|Professor proprietário entre 1837 e 1869: José Victorino Damásio<ref>Pinto, 191-196.</ref>.
Professor proprietário entre 1869 e 1877: António pinto de Magalhães Aguiar<ref name=":9">Pinto, 196-197.</ref>.
Professor proprietário entre 1877 e 1878: Pedro de Amorim Viana<ref>Pinto, 198.</ref>.
Professor proprietário entre 1878 e 1885: J. d'Azevedo S. V. da Silva Albuquerque<ref>Pinto, 198-200.</ref>.
|-
|-
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|
|Terceiro grupo disciplinar
|4.ª cadeira: Desenho
|"''Geometria descritiva, e suas aplicações''"
|
|
|
|
|Professor proprietário entre 1862 e 1885: Francisco da Silva Cardoso<ref name=":15">''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1884-1885'', 26.</ref>.
Professor substituto entre 1851 e 1862: Francisco da Silva Cardoso<ref name=":15" />.
Professor substituto entre 1863 e 1885: Guilherme António Correia<ref name=":16">''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1884-1885'', 29.</ref>.
|-
|-
|
|
|Quarto grupo disciplinar
|5.ª cadeira: Trigonometria esférica, princípios de astronomia e geodésia, navegação teórica e prática
|"''Desenho relativo aos diferentes cursos''"
|
|
|
|Dubois, Edmond. ''Cours d'astronomie'', 2.ª ed.
Francoeur, Louis-Benjamin. ''Géodésie, ou Traité de la figure de la terre et de ses parties''.
Souza Pinto, Rodrigo de. ''Elementos de Astronomia.''
|Professor proprietário entre 1837 e 1844: Diogo Kopke<ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 191-192.</ref>.
Professor proprietário entre 1844 e 1868: Joaquim Torquato Alvares Ribeiro<ref>Pinto, 192-195.</ref>.
Professor proprietário entre 1868 e 1877: Gustavo Adolfo Gonçalves e Sousa<ref name=":9" />.
Professor proprietário entre 1877 e 1881: António Pinto de Magalhães Aguiar<ref name=":6" />.
Professor proprietário entre 1881 e 1882: Rodrigo de Melo e Castro de Aboim<ref name=":7" />.
Professor proprietário entre 1882 e 1883: Joaquim Duarte Moreira de Sousa<ref name=":7" />.
Professor proprietário entre 1883 e 1884: Roberto Rodrigues Mendes<ref name=":7" />.
Professor proprietário entre 1884 e 1885: Luiz Ignacio Woodhouse<ref name=":8" />.
|-
|-
|
|
|Quinto grupo disciplinar
|6.ª cadeira: Artilharia e táctica naval (até 1844);
|"''Trigonometria esférica, princípios de astronomia, de geodésia, navegação teórica e prática''"
Mineralogia, geologia, metalúrgica e arte de minas (a partir de 1883)
|
|
|
|
|Professor proprietário entre 1883 e 1885: Wenceslau de Sousa Pereira Lima<ref name=":15" />.
Professor substituto entre 1884 e 1885: Manuel Amândio Gonçalves<ref name=":16" />.
|-
|-
|
|
|Sexto grupo disciplinar (1837-1844)<ref>Ribeiro, 6:170.</ref>
|7.ª cadeira: História natural aplicada às artes e aos ofícios
|"''Artilharia e táctica naval''"
|
|
|
|Edwards, Milne. ''Zoologie'', 11.ª ed.
|Professor proprietário entre 1854 e 1881: Arnaldo Anselmo Ferreira Braga<ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1880-1881'', 77.</ref>.
Professor proprietário entre 1882 e 1885: José Diogo Arroio<ref name=":17">''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1884-1885'', 26-27.</ref>.
Professor substituto entre 1851 e 1859: Francisco de Sales Gomes Cardoso<ref name=":18">''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1884-1885'', 27-28.</ref>.
Professor substituto entre 1873 e 1876: Adriano de Paiva de Faria Leite Brandão<ref name=":19">''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1884-1885'', 27.</ref>.
Professor substituto entre 1877 e 1880: António Joaquim Ferreira da Silva<ref name=":19" />.
Professor substituto entre 1881 e 1882: José Diogo Arroio<ref name=":17" />.
Professor substituto entre 1883 e 1884: Wenceslau de Sousa Pereira Lima<ref name=":15" />.
Professor substituto entre 1884 e 1885: Manuel Amândio Gonçalves<ref name=":16" />.
|-
|-
|
|
|Sétimo grupo disciplinar
|8.ª cadeira: Física e mecânica industriais
|"''História natural dos três reinos da natureza aplicada às artes e ofícios''"
|
|
|
|Jamin, Jules. ''Petit traité de physique à l'usage des établissements d'instruction''...''.'' [s. l. ]: [s. ed], 1870.
|Professor proprietário entre 1838 e 1878: José de Parada e Silva Leitão<ref name=":24">''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1877-1878'', 31.</ref>.
Professor proprietário entre 1876 e 1885: Adriano de Paiva de Faria Leite Brandão<ref name=":19" />.
Professor substituto entre 1851 e 1859: Francisco de Sales Gomes Cardoso<ref name=":18" />.
Professor substituto entre 1873 e 1876: Adriano de Paiva de Faria Leite Brandão<ref name=":19" />.
Professor substituto entre 1877 e 1880: António Joaquim Ferreira da Silva<ref name=":19" />.
Professor substituto entre 1881 e 1882: José Diogo Arroio<ref name=":17" />.
Professor substituto entre 1883 e 1884: Wenceslau de Sousa Pereira Lima<ref name=":15" />.
Professor substituto entre 1884 e 1885: Manuel Amândio Gonçalves<ref name=":16" />.
|-
|-
|
|
|Oitavo grupo disciplinar
|9.ª cadeira: Química, artes químicas, e lavra de minas
|"''Física e mecânica industriais''"
|
|
|
|Grimaux, Édouard. ''Chimie inorganique élémentaire.''
|Professor proprietário entre 1876 e 1880: Adriano de Paiva de Faria Leite Brandão<ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1877-1878'', 34.</ref><ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1880-1881'', 80.</ref>.
Professor proprietário entre 1880 e 1885: António Joaquim Ferreira da Silva<ref name=":19" />.
Professor substituto entre 1851 e 1859: Francisco de Sales Gomes Cardoso<ref name=":18" />.
Professor substituto entre 1873 e 1876: Adriano de Paiva de Faria Leite Brandão<ref name=":19" />.
Professor substituto entre 1877 e 1880: António Joaquim Ferreira da Silva<ref name=":19" />.
Professor substituto entre 1881 e 1882: José Diogo Arroio<ref name=":17" />.
Professor substituto entre 1883 e 1884: Wenceslau de Sousa Pereira Lima<ref name=":15" />.
Professor substituto entre 1884 e 1885: Manuel Amândio Gonçalves<ref name=":16" />.
|-
|-
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|
|Nono grupo disciplinar
|10.ª cadeira: Botânica, agricultura, economia rural, e veterinária
|"''Química, artes químicas, e lavra de minas''"
|
|
|
|Richard, Achille. ''Nouveaux éléments de botanique et de physiologie végétale Eléments de botanique.''
Maout, Emmanuel, e Joseph Decaisne. ''Flore élémentaire des jardins et des champs.''
|Professor proprietário entre 1838 e 1859: António da Costa Paiva<ref name=":24" />.
Professor proprietário entre 1859 e 1885: Francisco de Sales Gomes Cardoso<ref name=":18" />.
Professor substituto entre 1851 e 1859: Francisco de Sales Gomes Cardoso<ref name=":18" />.
Professor substituto entre 1873 e 1876: Adriano de Paiva de Faria Leite Brandão<ref name=":19" />.
Professor substituto entre 1877 e 1880: António Joaquim Ferreira da Silva<ref name=":19" />.
Professor substituto entre 1881 e 1882: José Diogo Arroio<ref name=":17" />.
Professor substituto entre 1883 e 1884: Wenceslau de Sousa Pereira Lima<ref name=":15" />.
Professor substituto entre 1884 e 1885: Manuel Amândio Gonçalves<ref name=":16" />.
|-
|-
|
|
|Décimo grupo disciplinar
|11.ª cadeira: Comércio e economia industrial
|"''Botânica, agricultura, economia rural, e veterinária''"
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|
|Pequito, Rodrigo. ''Curso de contabilidade mercantil.''
Garnier, Joseph. ''Traité complet d'arithmétique théorique et appliquée au Commerce à la banque, aux finances, à l'industrie.''
|Professor proprietário entre 1867 e 1885: José Joaquim Rodrigues de Freitas<ref name=":20">''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1884-1885'', 28.</ref>.
Professor substituto entre 1864 e 1867: José Joaquim Rodrigues de Freitas<ref name=":20" />.
Professor substituto entre 1869 e 1885: António Alexandre Oliveira Lobo<ref name=":16" />.
|-
|-
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|
|Décimo primeiro grupo disciplinar
|12.ª cadeira: Economia política, princípios de direito administrativo e comercial (1857)
|"''Comércio e economia industrial''"
|
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|
|Le Hardy de Beaulieu, Charles. ''Traité élémentaire d'économie politique'', 2.ª ed.
|Professor proprietário entre 1858 e 1885: Adriano d'Abreu Cardoso Machado<ref name=":20" />.
Professor substituto entre 1864 e 1867: José Joaquim Rodrigues de Freitas<ref name=":20" />.
Professor substituto entre 1869 e 1885: António Alexandre Oliveira Lobo<ref name=":16" />.
|-
|-
|
|
|13.ª cadeira: Mecânica aplicada às construções civis (1868)
|
|
|"''economia política, e dos princípios de direito administrativo e comercial''"<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 10:33.</ref>
|Bresse, Jacques. "Première partie: Résistences des matériaux et stabilité des constructions". Em ''Cours de mécanique appliquée professé à l'École des Ponts et Chaussées'', 2.ª ed.
|
Sganzin, Joseph''. Programme ou résumé des leçons d'un cours de construction.''
|
 
Leroy, Charles. ''Traité de stéréotomie'', 6.ª ed.
 
Pambour, François. ''Théorie des machines à vapeur'', 2.ª ed.
|Professor proprietário entre 1869 e 1877: José Pereira da Costa Cardoso<ref name=":9" />.
Professor proprietário entre 1877 e 1880: Gustavo Adolfo Gonçalves e Sousa<ref name=":6" />.
 
Professor proprietário entre 1881 e 1882: Eduardo Augusto Falcão<ref name=":7" />.
 
Professor proprietário entre 1882 e 1884: Manuel da Terra Pereira Viana<ref name=":7" />.
 
Professor proprietário entre 1884 e 1885: Roberto Rodrigues Mendes<ref name=":8" />.
|-
| colspan="5" |Professores substitutos da secção de Matemática (1.ª, 2.ª, 3.ª, 5.ª e 13.ª cadeiras<ref name=":10">Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 129.</ref>):
entre 1851 e 1858, Pedro de Amorim Viana; entre 1851 e 1868: Gustavo Adolfo Gonçalves e Sousa; entre 1860 e 1869: António Pinto de Magalhães Aguiar; entre 1877 e 1881: Rodrigo de Melo e Castro de Aboim<ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 193-194; 189-199.</ref>; entre 1882 e 1883: Manuel da Terra Pereira Viana<ref name=":15" />;
|}
|}


Linha 182: Linha 313:
|'''Ano'''
|'''Ano'''
|'''Nome da Cadeira'''
|'''Nome da Cadeira'''
|'''Matérias'''
|'''Matérias''<ref name=":23">Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 17:263.</ref>'''''
|'''Livros'''
|'''Livros<ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1886-1887'', 44-47.</ref>'''
|'''Professores'''
|'''Professores'''
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|Primeira cadeira
|1.ª Cadeira: Geometria analítica; álgebra superior; trigonometria esférica
|"''Geometria analítica; álgebra superior; trigonometria'' ''esférica: três lições semanais''"<ref name=":1">Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 17:262.</ref>.
|Geometria analítica; álgebra superior; trigonometria esférica.
|
|Texeira, Gomes F. ''Introducção á theoria das funcções.''
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|Professor proprietário entre 1885 e 1911: Luiz Ignacio Woodhouse<ref name=":11">Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 201-204.</ref>.


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|Segunda cadeira
|2.ª Cadeira: Cálculo diferencial e integral; calculo das diferenças e das variações
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"''Cálculo diferencial e integral; calculo das diferenças e das variações: três lições semanais''"<ref name=":1" />.
Cálculo diferencial e integral; calculo das diferenças e das variações.
|Gilbert, Ph. ''Cours d'analyse infinitésimale. Partie élémentaire'', 2.ª ed., 1 vol.. Paris e Louvain: [s. ed.], 1878.
|Professor proprietário entre 1885 e 1911: Francisco Gomes Teixeira<ref name=":11" />.
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|3.ª Cadeira: Mecânica racional; cinemática
|Mecânica racional; cinemática.
|Laurent, H. ''Traité de mécanique rationelle, á l'usage des candidats á l'Aggrégation et á la Licence'', 2.ª ed., 2 vols.. Paris: [s. ed.], 1877-1878.
|Professor proprietário entre 1885 e 1909: J. d' Azevedo S. V. da Silva Albuquerque<ref name=":11" />.
Professor proprietário entre 1909 e 1911: Duarte Leite Pereira da Silva<ref>Pinto, 204.</ref>.
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|4.ª Cadeira: Geometria descritiva
|Geometria descritiva. 1.ª parte: Geometria descritiva e projetiva; grafo estática.
|La Gournerie, Jules de. ''Traité de géometrie descriptive'', 2.ª ed., 3 partes. Paris: 1880; 1885.
|Professor proprietário entre 1885 e 1886: Francisco Gomes Teixeira<ref name=":12">Pinto, 201.</ref>.
Professor proprietário entre 1886 e 1890: Duarte Leite Pereira da Silva<ref>Pinto, 201-202.</ref>.
Professor proprietário entre 1890 e 1911: José Alves Bonifácio<ref>Pinto, 202-204.</ref>.
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|Terceira cadeira
|5.ª Cadeira: Astronomia e geodesia
|"''Mecânica racional; cinemática: três lições semanais''"<ref name=":1" />.
|Astronomia e geodésia; Topografia.
|
|Faye, H. ''Cours d'astronomie de l'École Polytechnique,'' 2. vols.. Paris: [s. ed.], 1881-1883.
Habets, Alfred. ''Cours de Topographie.''
 
Calheiros. ''Apontamentos de geodesia.''
|Professor proprietário entre 1885 e 1888: Luiz Ignacio Woodhouse<ref name=":12" />.
Professor proprietário entre 1888 e 1910: Duarte Leite Pereira da Silva<ref name=":11" />.
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|6.ª Cadeira: Física
|Física geral; Física industrial.
|Jamin, J. ''Petit traité de physique á l'usage des établissements d'instruction, des aspirants au baccalauréats et des candidats aux écoles du gouvernement'', 1 vol.. Paris: [s. ed.], 1882.
Ganot, A. ''Traité élémentaire de physique'', 19.ª ed., 1 vol.. Paris: [s. ed.], 1884.
|Professor proprietário entre 1885 e 1897: Adriano de Paiva de Faria Leite Brandão<ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1885-1886'', 68.</ref><ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1896-1897'', 14.</ref>.
Professor proprietário entre 1907 e 1911: Alexandre Alberto de Sousa Pinto<ref name=":25">''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1910-1911'', 9.</ref>.
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|Quarta cadeira
|7.ª Cadeira: Química inorgânica
|"''Geometria descritiva. 1.ª parte: Geometria descritiva e projetiva; grafo estática: três lições semanais''"<ref name=":1" />.
|Química inorgânica geral; Química inorgânica industrial.
|
|''Agenda du chimist á l'usage des ingénieurs, physiciens, chimistes, etc''. Paris: Librairie Hachette, [s. d.].
|
Barthelot, M. ''Traité élémentaire de chimie inorganique'', 2.ª ed., 2 vols.. Paris: [s. ed.], 1880.
 
Lapa, J. I. Ferreira. ''Technologia rural ou artes chimicas agricolo-florestaes'', 1 vol.. Lisboa: [s. ed.], 1875-1885.
 
Payen, Anselme. ''Précis de chimie industrielle, á l'usage: 1.e des écoles d'arts et manufactures et des arts et métiers; 2.e des écoles préparatoires aux professions industrielles; 3.e des fabricants et des agriculteurs'', 6.ª ed., 2 t.. Paris: [s. ed.], 1877-1878.
 
Silva, A. J. Ferreira da. ''Tratado de chimica elementar'', 1 vol. Porto: [s. ed.], 1883.
 
Debray, Henri. ''Cours élémentaire de chimie'', 2 vols..
|Professor proprietário entre 1885 e 1911: José Diogo Arroio<ref name=":26">''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1910-1911'', 6.</ref>.
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|Quinta cadeira
|8.ª Cadeira: Química orgânica e analítica
|"''Astronomia e geodésia. 1parte: Astronomia e geodésia: três lições semanais. 2.ª parte: Topografia: uma lição semanal''"<ref name=":1" />.
|Química orgânica geral e biológica; Química analítica; Química orgânica industrial.
|
|Os mesmos títulos utilizados na 7cadeira.
|
|Professor proprietário entre 1885 e 1911: António Joaquim Ferreira da Silva<ref name=":26" />.
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|Sexta cadeira
|9.ª Cadeira: Mineralogia, paleontologia e geologia
|"''Física. 1.ª parte: Física geral: três lições semanais. 2.ª parte: Física industrial: uma lição semanal''"<ref name=":1" />.
|Mineralogia; Paleontologia; Geologia.
|
|Lapparent, Albert de. ''Cours de minéralogie'', 1. vol.. Paris: [s. ed.], 1884.
|
Gonçalves Guimarães, A. J. ''Tratado elementar de mineralogia'', 1 vol.. Porto: [s. ed.], 1883.
|Professor interino em 1885 e 1886: Manuel Amânico Gonçalves<ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1885-1886'', 93.</ref>.
Professor proprietário entre 1886 e 1910: Wenceslau de Sousa Pereira Lima<ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1886-1887'', 24.</ref><ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1909-1910'', 7.</ref>.
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|Sétima cadeira
|10.ª Cadeira: Botânica
|"''Química inorgânica. 1.ª parte: Química inorgânica geral: três lições semanais. 2.ª parte: Química inorgânica industrial: uma lição semanal''"<ref name=":2">Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 17:263.</ref>.
|Botânica; Botânica industrial; Matérias primas de origem vegetal.
|
|Cauvet, Désiré. ''Cours élémentaire de botanique''. Paris: [s. ed.], 1885.
|
Le Maout, Emmanuel, e Joseph Decaisne. ''Flores des jardins et des champs''.
 
Brotero, Félix Avelar. ''Flora lusitanica.''
|Professor proprietário em 1885 e 1890: Francisco Sales Gomes Cardoso<ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1885-1886'', 100.</ref><ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1889-1890'', 15.</ref>.
Professor proprietário entre 1890 e 1911: Manuel Amândio Gonçalves<ref name=":27">''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1910-1911'', 7.</ref>.
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|Oitava cadeira
|11.ª Cadeira: Zoologia
|"''Química orgânica e analítica.1.º  parte: Química orgânica geral e biológica: duas lições semanais. 2.ª parte: Química analítica: uma lição semanal. 3.ª parte: Química orgânica industrial: uma lição semanal''"<ref name=":2" />.
|Zoologia; Zoologia industrial; Matérias primas de origem animal.
|
|Lanessan, Jean-Louis de. ''Manuel de histoire naturelle médicale.''
|
|Professor proprietário entre 1881 e 1885: José Diogo Arroio<ref name=":26" />.
Professor proprietário entre 1885 e 1890: Manuel Amândio Gonçalves<ref name=":27" />.
 
Professor proprietário entre 1890 e 1910: Aarão Ferreira de Lacerca<ref name=":28">''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1910-1911'', 8.</ref>.
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|Nona cadeira
|12.ª Cadeira: Resistência dos materiais e estabilidade das construções
|"''Mineralogia, paleontologia e geologia: três lições semanais''"<ref name=":2" />.
|Resistência dos materiais e estabilidade das construções; Materiais de construção. Resistência dos materiais. Grafoestática aplicada. Processos geraes de construção.
|
|Flamant, Alfred. ''Stabilité des constructions et résitance des matériaux''. [s. l.]: [s. ed.], 1886.
|
|Professor proprietário entre 1885 e 1899: Roberto Rodrigues Mendes<ref name=":13">Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 201-203.</ref>.
Professor proprietário entre 1899 e 1911: Manuel da Terra Pereira Viana<ref name=":14">Pinto, 203-204.</ref>.
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|Décima cadeira
|13.ª Cadeira: Hidráulica e máquinas
|"''Botânica. 1.ª parte: Botânica: três lições semanais. 2.ª parte: Botânica industrial. Matérias primas de origem vegetal: uma lição semanal''"<ref name=":2" />.
|Hidráulica; Máquinas em geral; Máquinas hidráulicas; Termodinâmica; Máquinas térmicas; Motores eléctricos; Máquinas diversas; Construção de máquinas.
|
|Collignon, Édouard. ''Cours de mécanique, appliquée aux constructions''.  
|
|Professor proprietário entre 1885 e 1899: Manuel da Terra Pereira Viana<ref name=":13" />.  
Professor proprietário entre 1899 e 1911: Rodrigo Rodrigues Mendes<ref name=":14" />.
|-
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|Décima primeira cadeira
|14.ª Cadeira: Construções e vias de comunicação
|"''Zoologia. 1.ª parte: Zoologia: três lições semanais. 2.ª parte: Zoologia industrial. Matérias primas de origem animal: uma lição semanal''"<ref name=":2" />.
|Construções e vias de comunicação; Edifícios; Abastecimento de água e esgotos; Hidráulica agrícola; Rios e canais; Portos de mar e faróis; Estradas;  Caminhos de ferro; Pontes.
|
|Durand-Claye, Ch. L., e L. Marx. ''Routes et chemins vicinaux''.
|
Debauve, Alphonse. ''Manuel de l'ingénieur des ponts et chaussées.''
|Professor proprietário entre 1885 e 1887: Roberto Rodrigues Mendes<ref name=":12" />.
Professor proprietário entre 1887 e 1911: Victorino Teixeira Laranjeira<ref name=":11" />.
|-
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|Décima segunda cadeira
|15.ª Cadeira: Montanística e docimasia
|"''Resistência dos materiais e estabilidade das construções'' ''(Materiais de construção. Resistência dos materiais. Grafoestática aplicada. Processos geraes de construção): três lições semanais''"<ref name=":2" />.
|Docimasia; Metalurgia; Arte de minas.
|
|Balling, Carl. ''Manuel pratique de l'art de l'essayeur : guide pour l'essai des minerais, des produits métallurgiques et des combustibles.''
|
Callon, Jules. ''Cours de exploitation des mines.''
 
Gruner, Emmanuel Louis''. Traité de métallurgie.''
 
Haton de la Goupillière,Julien-Napoléon. ''Cours de exploitation des mines''.
|Professor proprietário entre 1886 e 1911: Manuel Rodrigues de Miranda Júnior<ref name=":28" />.
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|Décima terceira cadeira
|16.ª Cadeira: Economia politica. Estatística. Princípios de direito público, administrativo e comercial. Legislação.
|"''Hidráulica e máquinas: curso bienal. 1.º Ano: Hidráulica. Máquinas em geral. Máquinas hidráulicas: três lições semanais. 2.° Ano: Termodinâmica; máquinas térmicas. Motores eléctricos. Máquinas diversas. Construção de máquinas: três lições semanais''"<ref name=":2" />.
|Economia política; Estatística; Princípios de direito público, administrativo e comercial; Legislação; Economia política; Princípios de direito publico, direito administrativo e comercial; Economia e legislação de obras públicas, de minas e industrial.
|
|Rodrigues de Freitas, J. J.. ''Principios de economia politica''.
|
''Codigo administrativo.''
 
''Codigo Commercial Portuguez''.
|Professor proprietário entre 1885 e 1888: António Alexandre Oliveira Lobo<ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1885-1886'', 122.</ref><ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1887-1888'', 26.</ref>.
Professor proprietário entre 1898 e 1911: Roberto Alves de Sousa Júnior<ref name=":25" />.
 
Professor substituto entre 1897 e 1898: Roberto Alves de Sousa Júnior<ref name=":25" />.
 
Professor substituto entre 1898 e 1911: Bento de Sousa Carqueja<ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1910-1911'', 10.</ref>.
|-
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|
|Décima quarta cadeira
|17.ª Cadeira: Comércio (1885-1897); Tecnologia rural (1897).
|"''Construções e vias de comunicação, curso bienal 1.º Ano: Edifícios. Abastecimento de agua e esgotos. Hidráulica agrícola. Rios e canais. Portos de mar e faróis: três lições semanais. 2.° Ano: Estradas. Caminhos de ferro. Pontes: três lições semanais''"<ref name=":2" />.
|Comercio; Cálculo comercial; Escrituração em geral e especialmente dos bancos; Contabilidade industrial; Economia comercial e geografia comercial (1885-1897);
|
Eletrotecnia e indústrias químicas (1897).
|
|Léfévre. ''La comptabilité.''
Pereire, Eugene. ''Tables de l'intérèt composé des annuités et des rents viagères.''
 
 
Éric, Gérard. ''Leçons sur électricité'', 5 ed, 2 vols.. Paris: [s. ed.], 1897-1898<ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1898-1899'', 27.</ref>.
|Professor proprietário entre 1885 e 1896: José Joaquim Rodrigues de Freitas<ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1885-1886'', 129.</ref><ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1895-1896'', 16.</ref>.
Professor proprietário entre 1898 e 1911: José Pedro Teixeira<ref name=":25" />.
|-
|-
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|
|Décima quinta cadeira
|18.ª Cadeira: Desenho
|"''Montanística [sobre extração e fusão de metais] e docimasia, curso bienal. 1.° Ano: 1.ª parte: Docimasia: uma lição semanal. 2.º parte: Metalurgia: duas lições semanais. 2.° Ano: Arte de minas: três lições semanais''"<ref name=":2" />.
|Desenho de figura, paisagem e ornato; Desenho de arquitetura e aguadas; Desenho topográfico; Desenho de máquinas.
|
|
|
|Professor proprietário entre 1886 e 1893: Francisco da Silva Cardoso<ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1886-1887'', 26.</ref><ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1892-1893'', 16.</ref>.
Professor proprietário entre 1895 e 1908: António da Silva<ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1894-1895'', 17.</ref><ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1907-1908'', 13.</ref>.
|-
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|Décima sexta cadeira
|19Cadeira: Física matemática (1901)
|"''Economia política. Estatística. Princípios de direito público, administrativo e comercial. Legislação. 1.ª parte: Economia política. Estatística. Princípios de direito publico, direito administrativo e comercial: duas lições semanais. 2parte: Economia e legislação de obras públicas, de minas e industrial: uma lição semanal"''<ref name=":2" />.
|
|
|
|Éric, Gérard. ''Leçons sur électricité'', 5 ed, vol. 1. Paris: [s. ed.], 1897.
Witz, Aimé. ''Thermodynamique à l'usage des ingénieurs''<ref>''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1902-1903'', 36.</ref>.
|Professor proprietário entre 1901 e 1911: Francisco de Paula de Azevedo<ref name=":25" />.
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|Décima sétima cadeira
|20Cadeira: Mineralogia (1901)
|"''Comercio, curso, bienal. 1.º Ano. 1.ª parte:'' ''Cálculo comercial. Escrituração em geral e especialmente dos bancos: duas lições semanais. 2parte: Contabilidade industrial: uma lição semanal.  2.º ano: Economia comercial e geografia comercial: três lições por semana''"<ref name=":2" />.
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|Professor proprietário entre 1910 e 1911: Aarão Ferreira de Lacerda<ref name=":28" />.
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| colspan="5" |Professores substitutos da secção de Matemática (1.ª, 2.ª, 3, 4.ª, 5, 12.ª, 13.ª e 14.ª cadeiras<ref name=":10" />):
|Desenho
entre 1890 e 1897: José Pedro Teixeira<ref>Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 202.</ref>.
|"''1.ª parte: Desenho de figura, paisagem e ornato: três lições semanais. 2parte: Desenho de arquitetura e aguadas: três lições semanais. 3parte: Desenho topográfico. Desenho de máquinas (esboços à vista acompanhados de cotas, para reduzir a desenho geométrico): três lições semanais''"<ref>Ribeiro, 17:263-264.</ref>.
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|}
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==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1877-1878''. Porto: Typographia Central, 1878[https://www.fc.up.pt/fa/index.php?p=nav&f=books.0156.W_0156_000002#faimg .]
''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1880-1881.'' Porto: ''Typographia Central'', 1880[https://www.fc.up.pt/fa/index.php?p=nav&f=books.0156.W_0156_000002#faimg .]
''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1884-1885''. Porto: Typographia Occidental, 1885[https://www.fc.up.pt/fa/index.php?p=nav&f=books.0163.W_0163_000003#faimg .]
''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1885-1886''. Porto: Typographia Occidental, 1885[https://www.fc.up.pt/fa/index.php?p=nav&f=books.0164.W_0164_000004#faimg .]
''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1886-1887''. Porto: Typographia Occidental, 1886[https://www.fc.up.pt/fa/index.php?p=nav&f=books.0165.W_0165_000004#faimg .]
''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1887-1888.'' Porto: Typographia Occidental, 1888[https://www.fc.up.pt/fa/index.php?p=nav&f=books.0166.W_0166_000003#faimg .]
''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1892-1893.'' Porto: Typographia Occidental, 1893[https://www.fc.up.pt/fa/index.php?p=nav&f=books.0171.W_0171_000003#faimg .]
''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1894-1895.'' Porto: Typographia Occidental, 1895[https://www.fc.up.pt/fa/index.php?p=nav&f=books.0173.W_0173_000003#faimg .]
''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1895-1896.'' Porto: Typographia Occidental, 1896[https://www.fc.up.pt/fa/index.php?p=nav&f=books.0174.W_0174_000003#faimg .]
''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1896-1897''. Porto: Typographia Occidental, 1897[https://www.fc.up.pt/fa/index.php?p=nav&f=books.0175.W_0175_000003#faimg .]
''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1898-1899''. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1899[https://www.fc.up.pt/fa/index.php?p=nav&f=books.0177.W_0177_000003#faimg .]
''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1902-1903''. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1903[https://www.fc.up.pt/fa/index.php?p=nav&f=books.0181.W_0181_000003#faimg .]
''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1907-1908''. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1908[https://www.fc.up.pt/fa/index.php?p=nav&f=books.0186.W_0186_000002#faimg .]
''Annuario da Academia Polytechnica do Porto'', ''anno lectivo de 1910-1911''. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1911[https://www.fc.up.pt/fa/index.php?p=nav&f=books.0189.W_0189_000002#faimg .]


==Bibliografia== <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
==Bibliografia== <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
Azevedo, Rafael Ávila de. "O Porto na Época Moderna: Da Academia Real da Marinha e Comércio do Porto à Academia Politécnica do Porto". ''Revista de História'', no. 4 (1981): 133-150[https://hdl.handle.net/10216/13550 .]
Bastos, Artur de Magalhães. ''Memória Histórica da Academia Politécnica do Pôrto''. Porto: Universidade do Porto, 1937[https://www.fc.up.pt/fa/index.php?p=nav&f=books.0138.W_0138_000003#faimg .]
Pinto, Hélder. "A Matemática na Academia Politécnica do Porto". Dissertação de Doutoramento, Universidade de Lisboa, 2012[https://repositorio.ul.pt/handle/10451/8653 .]
Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia''. Vol. 6. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876[https://permalinkbnd.bnportugal.gov.pt/records/item/70034-redirection .]
Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia''. Vol. 6. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876[https://permalinkbnd.bnportugal.gov.pt/records/item/70034-redirection .]


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[[:Categoria:Academia Politécnica do Porto]]
[[:Categoria:Academia Politécnica do Porto]]


==Ligações Externas== <!--Ligações externas a sítios de internet, etc. que não foram utilizadas concretamente na construção da biografia -->
== Ligações Externas ==
<!-- Comentários vossos e bibliografia citada pelas fontes -->
 
==Autor(es) do artigo==
==Autor(es) do artigo==
João de Almeida Barata
João de Almeida Barata


https://orcid.org/0000-0001-9048-0447
https://orcid.org/0000-0001-9048-0447
==Financiamento==
 
== Financiamento ==
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
<!--Acrescentar as referências requeridas pelos vossos contratos, bolsas, etc. -->


==DOI==
Apoio especial “Verão com Ciência 2022” da UID 4666 – CHAM — Centro de Humanidades, financiado por fundos nacionais através da FCT/MCTES (PIDDAC)
<!--A acrescentar posteriormente-->https://doi.org/10.34619/qgid-ut59
 
== DOI ==<!--A acrescentar posteriormente-->
 
https://doi.org/10.34619/qgid-ut59


==Citar este artigo==
==Citar este artigo==


{{Citar este artigo|autor=Barata, João de Almeida|DOI=[https://doi.org/10.34619/qgid-ut59 https://doi.org/10.34619/qgid-ut59]}}
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Edição atual desde as 17h33min de 25 de janeiro de 2024


Academia Politécnica do Porto
(valor desconhecido)
Outras denominações Academia Politécnica da Cidade do Porto, Academia Polytechnica do Porto
Tipo de Instituição Ensino civil
Data de fundação 13 janeiro 1837
Data de extinção 19 abril 1911
Paralisação
Início: valor desconhecido
Fim: valor desconhecido
Localização
Localização Colégio de Nossa Senhora da Graça dos Meninos Órfãos, Porto,-
Início: 13 de janeiro de 1837
Fim: 1911
Antecessora Academia Real de Marinha e Comércio do Porto

Sucessora Faculdade de Ciências da Universidade do Porto


História

A Academia Politécnica do Porto foi uma instituição de instrução técnica criada por decreto de 13 de Janeiro de 1837, sucedendo à extinta Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto. Ao contrário desta última, a nova Academia apresentava um plano de estudos centrado no "ensino das 'engenharias' em detrimento da matriz naval e comercial que orientou a criação da antiga"[1], assemelhando-se ao currículo da Escola Politécnica de Lisboa igualmente criada naquele ano[2]. A preponderância da instrução técnica explica-se pela necessidade de redefinir a economia da cidade do Porto e proceder à sua industrialização após a independência do Brasil em 1822 e a consequente diminuição do comércio com aquele porto[3]. Ainda assim, mantendo os estudos navais e comerciais[2], o ensino da Academia era destinado a um largo leque profissional, mais precisamente, aos engenheiros civis "de todas as classes, tais como os engenheiros de minas, os engenheiros construtores e os engenheiros de pontes e estradas", bem como, aos oficiais de marinha, pilotos, comerciantes, agricultores, diretores de fábricas e artistas[4].

Ao longo da sua vigência a Academia Politécnica debateu-se com a falta de espaço, recursos materiais e uma organização exígua motivada pelos limitados recursos financeiros de que era dotada. Dez anos passados da sua fundação, na abertura do ano letivo, um professor da instituição, que José Silvestre Ribeiro não identifica, acusava a incapacidade da instituição em formar engenheiros uma vez "sem cadeira de construções, sem cadeira especial de mecânica aplicada, e [ensinando] os princípios de mecânica à segunda cadeira, mui sobrecarregada já", encontrando-se ainda a mecânica industrial a cargo do professor de física. Igualmente, a cadeira de desenho encontrava-se sobrecarregada devido à diversidade dos ramos de desenho que compunham o seu programa[5].

Afora as limitações nas distribuições das disciplinas, a que concerne um problema de quadros no corpo docente, criticava-se igualmente a duração do curso de comércio e de piloto. Refere o discurso, citado por José Silvestre Ribeiro, que o conselho escolar procurou remediar essa situação no ensino transferindo a disciplina de Mecânica teórica e industrial para a cadeira de Geometria descritiva, e a nova disciplina de Construções para a sexta cadeira, estabelecendo para esta última um regime bienal[6]. Não obstante, a problemática ter-se-á mantido agravada pela "censura dos governos e dos parlamentos, pelos cortes que fazem nas somas aplicadas aos estabelecimentos científicos"[6]. Segundo este discurso crítico, a sexta cadeira, onde era leccionada a disciplina de Construções Públicas, havia sido suprimida pela "reforma de fazenda", o que de facto sucedeu em 1844, como desenvolvido abaixo. A questão não seria de somenos importância como colocava o referido professor sublinhando a sua indispensabilidade: "Pelo orçamento ficou suprimida a cadeira em que se ensinavam construções numa academia destinada a formar engenheiros civis de todas as classes!"[7].

Segundo escrito de autoria não identificada por José Silvestre Ribeiro, as condições que a Academia Politécnica dispunha para o ensino e a própria organização científica não lhe permitiam "ministrar uma instrução preparatória igual à que se professava nas faculdades de matemática e filosofia da Universidade de Coimbra, e na Escola Politécnica de Lisboa", pois o quadro de cadeiras da Academia não correspondia "ao ensino superior de engenharia civil nos seus principais ramos". Esta incapacidade derivava, segundo o autor, das decisões tomadas pelo conselho académico da Academia quanto aos programas ministrados que haviam redundado em sacrificado "a instrução em algumas doutrinas, das mais importantes numa escola desta ordem, cuja feição característica era o ensino da ciência industrial nas modestas proporções da arte e do ofício". A mais, outras dificuldades, como as necessidades materiais afetas aos estudos e à componente prática do ensino, viriam a constituir obstáculos à persecução do ensino e a marcar a vida da própria instituição sendo claro "com quantas dificuldades tiveram a lutar os lentes desta academia"[7][8].

Nesse sentido, observe-se a descrição que Silvestre Ribeiro redigiu sobre o ano letivo de 1850-1851 e as dificuldades verificadas então: "A academia necessitava de um jardim botânico e experimental; e sentia a falta de simplicidade no curso de pilotagem, de instrumentos de física, e de uma cadeira para o ensino do curso de construções"[9]. No ano lectivo seguinte, a corporação dos professores "pedia novo local para laboratório químico, e observatório astronómico"[10].

Em 1854, segundo o relatório do Conselho Superior de Instrução Pública, o conselho académico da Academia Politécnica apresentara um extenso programa de reivindicações: "1.º Concessão da igreja profanada, e do claustro a ela contíguo, do extinto convento das religiosas carmelitas do Porto, para o estabelecimento do laboratório químico. 2.º Reestabelecimento da 6.ª cadeira (...) sendo o restabelecimento da indicada cadeira para o ensino das construções públicas, e para aliviar a 3.ª cadeira. 3.º Estabelecimento de um observatório astronómico. 4.º Conveniência de se concederem licenças aos militares da guarnição do Porto e dos corpos das províncias do norte para frequentarem a Academia Politécnica do Porto, enquanto aos cursos preparatórios para admissão nas escolas do exército". Solicitava igualmente o financiamento necessário ao recheio dos gabinetes, destinados ao ensino prático, e a criação de quatro novas cadeiras, a saber, "de economia política", "de construções navais", "de geologia, mineralogia, e artes de minas", e uma "cadeira de agricultura, economia rural e tecnologia". Segundo José Silvestre Ribeiro, a resposta do Conselho Superior a estas solicitações foi negativa[11].

Afora as alterações a cadeiras isoladas decretadas nas décadas de 40, 50 e 90 do século XIX, bem como na primeira década do século seguinte, que abaixo se mencionam, o quadro disciplinar e os cursos ministrados seriam apenas revistos mais profundamente com as reformas aplicadas por decreto de lei de 31 de Dezembro de 1868[12] e por carta de lei de 21 de Julho de 1885[13], regulamentada em 1888[14]. Esta última viria igualmente a atender em certa medida às dificuldades financeiras vividas pela instituição, dotando-a de novas fontes de financiamento[15].

Em função da reforma republicana do ensino superior português, em 19 de Abril de 1911, foram criadas as Universidades de Lisboa e do Porto, sendo a Academia Politécnica extinta e sucedida pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e a Escola de Engenharia anexa para onde foram transferidos os cursos de engenharia da extinta Academia[16].

Outras informações

Foram directores da Academia Politécnica: o professor João Baptista Ribeiro entre 1837 e 1868, o professor Joaquim Torcato Álvares Ribeiro, interinamente entre 1865 e 1868[17], o professor Adriano Machado entre 1869 e 1886, e Gomes Teixeira entre 1886 até à extinção da instituição[18].

Aquando da sua fundação consideravam-se estabelecimentos anexos à Academia Politécnica do Porto os estabelecimentos existentes na Academia Real de Marinha e Comércio. A esses acresciam ainda: "1.º Um gabinete de historia natural industrial; 2.º um gabinete de máquinas; 3.º um laboratório químico, e oficina metalúrgica; 4.º um jardim botânico e experimental"[19]. O estabelecimento efetivo do jardim botânico e experimental, e do laboratório químico apenas se concretizou em 1844[20]. A relação apresentada dizia respeito aos estabelecimentos que se pretendiam ver estabelecidos e, por isso, não corresponde à criação de facto daqueles. Nesse sentido, leia-se a crítica exarada por um professor da Academia sobre a discrepância entre os estabelecimentos anexos determinado pela lei e as dificuldades suscitadas na sua concretização: "Todavia, o que é mais para estranhar é como se decreta entre nós estabelecimentos sem prover aos meios de os custear (...) A reforma literária de 1837, como outras provisões dessa administração, daria a um estrangeiro que confiasse na letra das nossas leis e decretos, a ideia mais avantajada de nós". No caso particular da Academia Politécnica do Porto, o professor registava o seguinte: "Para das demonstrações de física e química, pelo incansável zelo dos professores da Academia Politécnica improvisou-se um gabinete e um laboratório, e mendigaram-se, até por empréstimo de generosos particulares, exemplares para as demonstrações de história natural (...) O gabinete de máquinas, o jardim botânica e experimental, a oficina metalúrgica, nunca tiveram existência. E se o gabinete de física possui uma máquina elétrica de grande custo, fora ela comprada pela junta da companhia para a casa que ela fundara, hoje extinta, de sociedade de náufragos. E nem o observatório nem os estudos topográficos foram providos dos novos e melhorados instrumentos que a aplicação do princípio de repetição e o adiantamento das artes tem introduzido"[7].

O número de alunos matriculados na Academia Politécnica sofreu um acréscimo entre o ano letivo de 1847-1848, quando contava 179 alunos, e 1857-1858, registando-se a matrícula de 207 alunos, sendo oito militares[21][22]. No ano letivo de 1848-1849 contabilizavam-se 145 alunos, e, no seguinte, 103 alunos. Em 1850-1851, 92 alunos, e, em 1852-1853, registou um total de 219 alunos[23] e no seguinte 129 alunos[24]. No ano letivo de 1854-1855, mercê das licenças concedidas pelo Ministério do Reino para frequência das aulas da Academia Politécnica, o número de alunos matriculados ascenderia aos 243[25].

Em 1838, a Câmara Municipal do Porto requereu que os alunos do Colégio de Meninos Órfãos frequentassem gratuitamente as aulas da Academia Politécnica. Essa frequência ocorria à semelhança do que havia sido estabelecido junto da Academia Real de Marinha e Comércio do Porto, alojada no mesmo edifício que o Colégio, pelo que a Academia Politécnica terá mantido aquela localização[26]. Em 1845, por decreto de 8 de Outubro, os poderes públicos destinavam os antigos edifício e cerca do extinto Convento das Carmelitas, na cidade do Porto, para instalação futura da Academia Politécnica, a Escola Médico-Cirúrgica do Porto e a Guarda Municipal[27]. No entanto, apenas em 1852, por decreto de 20 de Outubro, vieram a ser demarcados os espaços do edifício destinados a cada instituição[28]. Seis anos depois as obras no "edifício da Academia Politécnica do Porto" continuariam sem conclusão[29] e, em consequência, era nomeada uma comissão para organizar o "plano definitivo para as obras indispensáveis no edifício", em que se achava igualmente a "Escola Industrial Portuense"[30]. Apesar da apresentação do plano em 26 de Janeiro de 1863, que propunha igualmente albergar a Academia de Belas Artes e a Biblioteca Pública[31], o edifício apenas seria terminado já na transição para o século XX[32].

Professores

O número de professores proprietários que compunham o corpo docente não é apresentado por José Silvestre Ribeiro, deixando apenas a nota de existirem "tantos professores proprietários, quantos são os cursos". Estabeleciam-se seis lugares de professor substitutos na qualidade de "demonstradores natos", ou seja, eram responsáveis por executarem a componente prática das disciplinas. Um professor substituto encontrava-se afeto e especialmente dedicado aos trabalhos da cadeira de desenho[19].

Após a Revolução Setembrista de 1836, os professores da Academia de Marinha e Comércio do Porto foram reintegrados, ou viriam a sê-lo, na Academia Politécnica do Porto, nos lugares vagos existentes, ou naqueles que vagassem[33].

Curricula

Aquando da fundação, a oferta curricular da Academia Politécnica compunha-se de seis cursos, a saber, de engenheiro de marinha e de oficial de marinha, com a duração mínima de cinco anos; e de piloto, de comércio, de agricultura e de artes com a duração mínima de três anos[34]. Em razão das dificuldades suscitadas pelo número diminuto de cadeiras que a Academia dispunha, refere autor anónimo citado por Silvestre Ribeiro, o conselho académico da instituição decidiria pela especialização do curso de engenheiro, subdividindo-o em quatro cursos especiais, a saber, de engenheiro de minas, construtores de navios, geógrafos e engenheiros de pontes e estradas, e assim, sacrificara "o ensino à multiplicidade dos cursos"[35]. Simultaneamente, era estabelecido que a Academia Politécnica albergasse as aulas correspondentes às leccionadas no Liceu Nacional do Porto[36], as quais seriam frequentadas pelos alunos do liceu em substituição, mais precisamente a 7.ª, 8.ª e 9.ª cadeiras[37].

As condições e privilégios resultantes da conclusão dos cursos, tanto para civis como para militares, parecem não ter tido aplicação prática, nomeadamente, quanto ao acesso a empregos públicos, sendo o curso da Academia Politécnica habilitação favorável; ou quanto à recusa de licenças de oficiais para frequentarem o curso preparatório para ingresso na Escola do Exército[38]. Apenas em 1844, a Academia começou a ministrar os cursos preparatórios requeridos na admissão à Escola do Exército, em semelhança da Escola Politécnica de Lisboa. À semelhança os alunos, que tivessem concluído o curso de oficiais de marinha, podiam ser nomeados para guardas marinhas e permitido servir na Armada Real[20]. Não obstante, as dificuldades na obtenção de licenças por parte dos oficiais ter-se-ão mantido[39].

Em 1868, a oferta curricular da Academia foi reformulada com a supressão do curso de oficiais de marinha, de agricultores, de directores de fábrica, e de artistas. Uma redução dos cursos ministrados que, como sublinha Hélder Pinto, "mostra bem o carácter que se pretendia para esta instituição como Escola de Engenharia"[12]. Com a mesma orientação, a reforma de 1885 reorganizou a oferta de cursos segundo duas áreas disciplinares, Engenharia e Comércio, pelo que reduzia a sua oferta ao curso de engenheiros civis, compreendendo as obras públicas, as minas e industriais; e ao curso de comércio[40]. Eram ainda ministrados três cursos preparatórios para as matrículas da Escola do Exército, da Escola Naval, das Escolas Médico-Cirúrgicas e da Escola de Farmácia[41].

A identidade da Academia Politécnica enquanto "escola de 'ciências industriais', em detrimento da sua vertente de 'escola de comércio' que tinha herdado da sua antecessora" foi reforçada pela supressão do curso de Comércio em 1897[42]. Esta supressão, bem como as atrás mencionadas, surgiu no contexto da criação do Instituto Industrial do Porto em 1852, a sua posterior transformação em Instituto Industrial e Comercial em 1886, e a progressiva absorção do ensino técnico e comercial no Porto por estas instituições. Nesse sentido, a supressão do curso de comércio era igualmente justificada pela sobreposição de disciplinas entre as instituições[43]. Observe-se, também, que, em 1881, seria apresentado, sem sucesso, um projecto de fusão entre aquele Instituto e a Academia, dando origem a um "Instituto Politécnico" que, dessa forma, procurava contrariar a especialização observada em cada instituição[44].

A partir de 1902, à semelhança da Universidade de Coimbra e da Escola Politécnica de Lisboa, a Academia ministrou o curso de habilitação para o professores dos liceus nas áreas de matemática, ciências físico-químicas, ciências histórico-naturais e desenho[45].

O ensino de aparelho e manobra navais era assegurado por um mestre, subordinado ao professor de disciplina de navegação. O ensino da arquitetura civil e naval era ministrado na Academia Portuense de Belas Artes. A componente de instrução prática da Academia Politécnica era realizada através de "experiências, manipulações, e os mais exercícios práticos [realizados] nos gabinetes da academia, nas oficinas da Academia Portuense de Belas Artes, e nas salas do Conservatório das Artes e Ofícios, que serão para esse fim estabelecimentos comuns"[37].

O plano de estudos de 1837 determinava a existência de 11 grupos disciplinares, correspondidos em igual número de cadeiras[46]. Em 1844, a sexta cadeira, em que se leccionavam a Artilharia e táctica naval, foi suprimida por decreto, com força de lei, de 20 de Setembro[47], podendo a supressão ser observada como "um dos passos oficiais no distanciamento gradual da APP em relação ao seu passado como Academia de Marinha [não sendo] essencial numa instituição que se pretendia vocacionada para o ensino das 'sciencias industriaes'"[48].

Em 1857, em resultado das queixas e propostas do conselho académico da Academia Politécnica o quadro de oferta disciplinar era alargado com a criação da 12.ª cadeira, por decreto de lei de 15 de Julho[49], "destinada para o ensino da economia política, e dos princípios de direito administrativo e comercial", com a opção de se tornar bienal[50]. No ano seguinte, era aprovada pelo Conselho Superior de Instrução Pública a criação de uma cadeira destinada à leccionação das disciplinas de "construções públicas, pontes, estradas e máquinas a vapor, a fim de ser completo o curso de engenheiros civis"[51]. A constituição destas matérias em cadeira própria em 1858 sucedeu à sua anterior inclusão na sexta cadeira, entre 1838 e 1844, e na terceira cadeira a partir daquele último ano[52].

O quadro disciplinar foi objecto de reforma profunda, em 1868, sendo decretada a criação de duas cadeiras, de Química Orgânica e de Mecânica. Contudo, apenas a última foi efetivamente constituída como a 13.ª cadeira, "Mecânica aplicada ás construções civis". Com uma organização bienal, no primeiro ano leccionava-se a "Resistência de materiais - Estabilidade de construções - Construções em geral - Vias de comunicação - Pontes de todas as espécies - Teoria das máquinas de vapor"; e, no segundo ano, leccionava-se a "Hidráulica - Construções hidráulicas - Caminhos de ferro - Teoria das sombras - Perspectiva linear e estereotomia das obras de madeira". Por sua vez, a disciplina de Química Orgânica terá sido, muito provavelmente, leccionada na nona cadeira, segundo Hélder Pinto[53].

Em 1883, por carta de lei de 14 de Junho, era reestabelecida a sexta cadeira, porém, "tendo por objetivo o ensino da mineralogia, geologia, metalúrgica e arte de minas"[54], tal como havia sido proposto em 1864[55].

Com a reforma de 1885, o quadro disciplinar da Academia foi reformulado e alargado, estabelecendo-se 18 cadeiras[56]. Não obstante, posto que as principais alterações já estivessem em prática, aquela reforma veio principalmente confirmá-las. Ou seja, "as cadeiras da APP, mesmo antes desta reforma, já não seguiam à risca o estipulado pelos estatutos de 1837 [pelo que] na prática, a reforma de 1885 veio por um lado formalizar o que já se praticava", procedendo ao desdobramento de cadeiras e permitindo o "aprofundamento e ampliação das matérias ensinadas"[57]. O programa detalhado de cada cadeira encontra-se publicado pelo Annuario da Academia Polytechnica do Porto referente ao ano lectivo de 1886-1887[58].

Em função da supressão do curso de Comércio em 1897, a respectiva cadeira foi substituída pela de Tecnologia Industrial, em que se leccionava eletrotecnia e indústrias químicas[42]. No ano seguinte, foi autorizado o desdobramento provisório da sexta e nona cadeiras, Física e, Mineralogia e Geologia, respectivamente. O alargamento do quadro disciplinar a um total de 20 cadeiras foi decretado em 2 de Setembro de 1901, sendo criada a 19.ª cadeira, de Física matemática, e a 20.ª cadeira, de Mineralogia[59].

Plano de estudos de 1837
Ano Nome da Cadeira Matérias Livros[60] Professores
1.ª cadeira: Aritmética, geometria elementar, trigonometria plana, álgebra Francoeur. Geometria analytica no plano e no espaço, albegra superior e trigonometria espherica. Coimbra: [s. ed.], [s. d.]. Professor proprietário entre 1837 e 1876: António Luiz Soares[61].

Professor proprietário entre 1876 e 1877: Joaquim de Azevedo Sousa Vieira da Silva Albuquerque[62].

Professor proprietário entre 1877 e 1882: José Pereira da Costa Cardoso[63].

Professor proprietário entre 1882 e 1883: Rodrigo de Melo e Castro de Aboim[64].

Professor proprietário entre 1883 e 1884: Isidoro António Ferreira[64].

Professor proprietário entre 1884 e 1885: Luiz Ignacio Woodhouse[65].

2.ª cadeira: Álgebra com aplicação à geometria, cálculo diferencial e integral, princípios de mecânica. Sturm, Charles. Cours d'analyse de l'École polytechnique, 5.ª ed. Professor proprietário entre 1837 e 1858: João Ricardo da Costa[66].

Professor proprietário entre 1858 e 1877; e entre 1878 e 1881: Pedro de Amorim Viana[67].

Professor proprietário entre 1877 e 1878; e entre 1881 e 1883: J. d'Azevedo S. V. da Silva Albuquerque[63].

Professor proprietário entre 1883 e 1884: Luiz Ignacio Woodhouse[64].

Professor proprietário entre 1884 e 1885: Francisco Gomes Teixeira[65].

3.ª cadeira: Geometria descritiva Delaunay, Charles. Traité de mécanique rationelle, 5.ª ed.

Leroy, Charles. Traité de géométrie descriptive, 9.ª ed.

Bour, Edmond. Cours de mécanique et machines: professé à l'école polytechnique. Paris: Gauthier-Villars, 1887.

Claudel. Aide-mémoire des ingénieurs, des architectes, & c., 8.ª ed.

Professor proprietário entre 1837 e 1869: José Victorino Damásio[68].

Professor proprietário entre 1869 e 1877: António pinto de Magalhães Aguiar[69].

Professor proprietário entre 1877 e 1878: Pedro de Amorim Viana[70].

Professor proprietário entre 1878 e 1885: J. d'Azevedo S. V. da Silva Albuquerque[71].

4.ª cadeira: Desenho Professor proprietário entre 1862 e 1885: Francisco da Silva Cardoso[72].

Professor substituto entre 1851 e 1862: Francisco da Silva Cardoso[72].

Professor substituto entre 1863 e 1885: Guilherme António Correia[73].

5.ª cadeira: Trigonometria esférica, princípios de astronomia e geodésia, navegação teórica e prática Dubois, Edmond. Cours d'astronomie, 2.ª ed.

Francoeur, Louis-Benjamin. Géodésie, ou Traité de la figure de la terre et de ses parties.

Souza Pinto, Rodrigo de. Elementos de Astronomia.

Professor proprietário entre 1837 e 1844: Diogo Kopke[74].

Professor proprietário entre 1844 e 1868: Joaquim Torquato Alvares Ribeiro[75].

Professor proprietário entre 1868 e 1877: Gustavo Adolfo Gonçalves e Sousa[69].

Professor proprietário entre 1877 e 1881: António Pinto de Magalhães Aguiar[63].

Professor proprietário entre 1881 e 1882: Rodrigo de Melo e Castro de Aboim[64].

Professor proprietário entre 1882 e 1883: Joaquim Duarte Moreira de Sousa[64].

Professor proprietário entre 1883 e 1884: Roberto Rodrigues Mendes[64].

Professor proprietário entre 1884 e 1885: Luiz Ignacio Woodhouse[65].

6.ª cadeira: Artilharia e táctica naval (até 1844);

Mineralogia, geologia, metalúrgica e arte de minas (a partir de 1883)

Professor proprietário entre 1883 e 1885: Wenceslau de Sousa Pereira Lima[72].

Professor substituto entre 1884 e 1885: Manuel Amândio Gonçalves[73].

7.ª cadeira: História natural aplicada às artes e aos ofícios Edwards, Milne. Zoologie, 11.ª ed. Professor proprietário entre 1854 e 1881: Arnaldo Anselmo Ferreira Braga[76].

Professor proprietário entre 1882 e 1885: José Diogo Arroio[77].

Professor substituto entre 1851 e 1859: Francisco de Sales Gomes Cardoso[78].

Professor substituto entre 1873 e 1876: Adriano de Paiva de Faria Leite Brandão[79].

Professor substituto entre 1877 e 1880: António Joaquim Ferreira da Silva[79].

Professor substituto entre 1881 e 1882: José Diogo Arroio[77].

Professor substituto entre 1883 e 1884: Wenceslau de Sousa Pereira Lima[72].

Professor substituto entre 1884 e 1885: Manuel Amândio Gonçalves[73].

8.ª cadeira: Física e mecânica industriais Jamin, Jules. Petit traité de physique à l'usage des établissements d'instruction.... [s. l. ]: [s. ed], 1870. Professor proprietário entre 1838 e 1878: José de Parada e Silva Leitão[80].

Professor proprietário entre 1876 e 1885: Adriano de Paiva de Faria Leite Brandão[79].

Professor substituto entre 1851 e 1859: Francisco de Sales Gomes Cardoso[78].

Professor substituto entre 1873 e 1876: Adriano de Paiva de Faria Leite Brandão[79].

Professor substituto entre 1877 e 1880: António Joaquim Ferreira da Silva[79].

Professor substituto entre 1881 e 1882: José Diogo Arroio[77].

Professor substituto entre 1883 e 1884: Wenceslau de Sousa Pereira Lima[72].

Professor substituto entre 1884 e 1885: Manuel Amândio Gonçalves[73].

9.ª cadeira: Química, artes químicas, e lavra de minas Grimaux, Édouard. Chimie inorganique élémentaire. Professor proprietário entre 1876 e 1880: Adriano de Paiva de Faria Leite Brandão[81][82].

Professor proprietário entre 1880 e 1885: António Joaquim Ferreira da Silva[79]. Professor substituto entre 1851 e 1859: Francisco de Sales Gomes Cardoso[78].

Professor substituto entre 1873 e 1876: Adriano de Paiva de Faria Leite Brandão[79].

Professor substituto entre 1877 e 1880: António Joaquim Ferreira da Silva[79].

Professor substituto entre 1881 e 1882: José Diogo Arroio[77].

Professor substituto entre 1883 e 1884: Wenceslau de Sousa Pereira Lima[72].

Professor substituto entre 1884 e 1885: Manuel Amândio Gonçalves[73].

10.ª cadeira: Botânica, agricultura, economia rural, e veterinária Richard, Achille. Nouveaux éléments de botanique et de physiologie végétale Eléments de botanique.

Maout, Emmanuel, e Joseph Decaisne. Flore élémentaire des jardins et des champs.

Professor proprietário entre 1838 e 1859: António da Costa Paiva[80].

Professor proprietário entre 1859 e 1885: Francisco de Sales Gomes Cardoso[78]. Professor substituto entre 1851 e 1859: Francisco de Sales Gomes Cardoso[78].

Professor substituto entre 1873 e 1876: Adriano de Paiva de Faria Leite Brandão[79].

Professor substituto entre 1877 e 1880: António Joaquim Ferreira da Silva[79].

Professor substituto entre 1881 e 1882: José Diogo Arroio[77].

Professor substituto entre 1883 e 1884: Wenceslau de Sousa Pereira Lima[72].

Professor substituto entre 1884 e 1885: Manuel Amândio Gonçalves[73].

11.ª cadeira: Comércio e economia industrial Pequito, Rodrigo. Curso de contabilidade mercantil.

Garnier, Joseph. Traité complet d'arithmétique théorique et appliquée au Commerce à la banque, aux finances, à l'industrie.

Professor proprietário entre 1867 e 1885: José Joaquim Rodrigues de Freitas[83].

Professor substituto entre 1864 e 1867: José Joaquim Rodrigues de Freitas[83].

Professor substituto entre 1869 e 1885: António Alexandre Oliveira Lobo[73].

12.ª cadeira: Economia política, princípios de direito administrativo e comercial (1857) Le Hardy de Beaulieu, Charles. Traité élémentaire d'économie politique, 2.ª ed. Professor proprietário entre 1858 e 1885: Adriano d'Abreu Cardoso Machado[83].

Professor substituto entre 1864 e 1867: José Joaquim Rodrigues de Freitas[83].

Professor substituto entre 1869 e 1885: António Alexandre Oliveira Lobo[73].

13.ª cadeira: Mecânica aplicada às construções civis (1868) Bresse, Jacques. "Première partie: Résistences des matériaux et stabilité des constructions". Em Cours de mécanique appliquée professé à l'École des Ponts et Chaussées, 2.ª ed.

Sganzin, Joseph. Programme ou résumé des leçons d'un cours de construction.

Leroy, Charles. Traité de stéréotomie, 6.ª ed.

Pambour, François. Théorie des machines à vapeur, 2.ª ed.

Professor proprietário entre 1869 e 1877: José Pereira da Costa Cardoso[69].

Professor proprietário entre 1877 e 1880: Gustavo Adolfo Gonçalves e Sousa[63].

Professor proprietário entre 1881 e 1882: Eduardo Augusto Falcão[64].

Professor proprietário entre 1882 e 1884: Manuel da Terra Pereira Viana[64].

Professor proprietário entre 1884 e 1885: Roberto Rodrigues Mendes[65].

Professores substitutos da secção de Matemática (1.ª, 2.ª, 3.ª, 5.ª e 13.ª cadeiras[84]):

entre 1851 e 1858, Pedro de Amorim Viana; entre 1851 e 1868: Gustavo Adolfo Gonçalves e Sousa; entre 1860 e 1869: António Pinto de Magalhães Aguiar; entre 1877 e 1881: Rodrigo de Melo e Castro de Aboim[85]; entre 1882 e 1883: Manuel da Terra Pereira Viana[72];

Plano de estudos de 1885
Ano Nome da Cadeira Matérias[86] Livros[87] Professores
1.ª Cadeira: Geometria analítica; álgebra superior; trigonometria esférica Geometria analítica; álgebra superior; trigonometria esférica. Texeira, Gomes F. Introducção á theoria das funcções. Professor proprietário entre 1885 e 1911: Luiz Ignacio Woodhouse[88].
2.ª Cadeira: Cálculo diferencial e integral; calculo das diferenças e das variações

Cálculo diferencial e integral; calculo das diferenças e das variações.

Gilbert, Ph. Cours d'analyse infinitésimale. Partie élémentaire, 2.ª ed., 1 vol.. Paris e Louvain: [s. ed.], 1878. Professor proprietário entre 1885 e 1911: Francisco Gomes Teixeira[88].
3.ª Cadeira: Mecânica racional; cinemática Mecânica racional; cinemática. Laurent, H. Traité de mécanique rationelle, á l'usage des candidats á l'Aggrégation et á la Licence, 2.ª ed., 2 vols.. Paris: [s. ed.], 1877-1878. Professor proprietário entre 1885 e 1909: J. d' Azevedo S. V. da Silva Albuquerque[88].

Professor proprietário entre 1909 e 1911: Duarte Leite Pereira da Silva[89].

4.ª Cadeira: Geometria descritiva Geometria descritiva. 1.ª parte: Geometria descritiva e projetiva; grafo estática. La Gournerie, Jules de. Traité de géometrie descriptive, 2.ª ed., 3 partes. Paris: 1880; 1885. Professor proprietário entre 1885 e 1886: Francisco Gomes Teixeira[90].

Professor proprietário entre 1886 e 1890: Duarte Leite Pereira da Silva[91].

Professor proprietário entre 1890 e 1911: José Alves Bonifácio[92].

5.ª Cadeira: Astronomia e geodesia Astronomia e geodésia; Topografia. Faye, H. Cours d'astronomie de l'École Polytechnique, 2. vols.. Paris: [s. ed.], 1881-1883.

Habets, Alfred. Cours de Topographie.

Calheiros. Apontamentos de geodesia.

Professor proprietário entre 1885 e 1888: Luiz Ignacio Woodhouse[90].

Professor proprietário entre 1888 e 1910: Duarte Leite Pereira da Silva[88].

6.ª Cadeira: Física Física geral; Física industrial. Jamin, J. Petit traité de physique á l'usage des établissements d'instruction, des aspirants au baccalauréats et des candidats aux écoles du gouvernement, 1 vol.. Paris: [s. ed.], 1882.

Ganot, A. Traité élémentaire de physique, 19.ª ed., 1 vol.. Paris: [s. ed.], 1884.

Professor proprietário entre 1885 e 1897: Adriano de Paiva de Faria Leite Brandão[93][94].

Professor proprietário entre 1907 e 1911: Alexandre Alberto de Sousa Pinto[95].

7.ª Cadeira: Química inorgânica Química inorgânica geral; Química inorgânica industrial. Agenda du chimist á l'usage des ingénieurs, physiciens, chimistes, etc. Paris: Librairie Hachette, [s. d.].

Barthelot, M. Traité élémentaire de chimie inorganique, 2.ª ed., 2 vols.. Paris: [s. ed.], 1880.

Lapa, J. I. Ferreira. Technologia rural ou artes chimicas agricolo-florestaes, 1 vol.. Lisboa: [s. ed.], 1875-1885.

Payen, Anselme. Précis de chimie industrielle, á l'usage: 1.e des écoles d'arts et manufactures et des arts et métiers; 2.e des écoles préparatoires aux professions industrielles; 3.e des fabricants et des agriculteurs, 6.ª ed., 2 t.. Paris: [s. ed.], 1877-1878.

Silva, A. J. Ferreira da. Tratado de chimica elementar, 1 vol. Porto: [s. ed.], 1883.

Debray, Henri. Cours élémentaire de chimie, 2 vols..

Professor proprietário entre 1885 e 1911: José Diogo Arroio[96].
8.ª Cadeira: Química orgânica e analítica Química orgânica geral e biológica; Química analítica; Química orgânica industrial. Os mesmos títulos utilizados na 7.ª cadeira. Professor proprietário entre 1885 e 1911: António Joaquim Ferreira da Silva[96].
9.ª Cadeira: Mineralogia, paleontologia e geologia Mineralogia; Paleontologia; Geologia. Lapparent, Albert de. Cours de minéralogie, 1. vol.. Paris: [s. ed.], 1884.

Gonçalves Guimarães, A. J. Tratado elementar de mineralogia, 1 vol.. Porto: [s. ed.], 1883.

Professor interino em 1885 e 1886: Manuel Amânico Gonçalves[97].

Professor proprietário entre 1886 e 1910: Wenceslau de Sousa Pereira Lima[98][99].

10.ª Cadeira: Botânica Botânica; Botânica industrial; Matérias primas de origem vegetal. Cauvet, Désiré. Cours élémentaire de botanique. Paris: [s. ed.], 1885.

Le Maout, Emmanuel, e Joseph Decaisne. Flores des jardins et des champs.

Brotero, Félix Avelar. Flora lusitanica.

Professor proprietário em 1885 e 1890: Francisco Sales Gomes Cardoso[100][101].

Professor proprietário entre 1890 e 1911: Manuel Amândio Gonçalves[102].

11.ª Cadeira: Zoologia Zoologia; Zoologia industrial; Matérias primas de origem animal. Lanessan, Jean-Louis de. Manuel de histoire naturelle médicale. Professor proprietário entre 1881 e 1885: José Diogo Arroio[96].

Professor proprietário entre 1885 e 1890: Manuel Amândio Gonçalves[102].

Professor proprietário entre 1890 e 1910: Aarão Ferreira de Lacerca[103].

12.ª Cadeira: Resistência dos materiais e estabilidade das construções Resistência dos materiais e estabilidade das construções; Materiais de construção. Resistência dos materiais. Grafoestática aplicada. Processos geraes de construção. Flamant, Alfred. Stabilité des constructions et résitance des matériaux. [s. l.]: [s. ed.], 1886. Professor proprietário entre 1885 e 1899: Roberto Rodrigues Mendes[104].

Professor proprietário entre 1899 e 1911: Manuel da Terra Pereira Viana[105].

13.ª Cadeira: Hidráulica e máquinas Hidráulica; Máquinas em geral; Máquinas hidráulicas; Termodinâmica; Máquinas térmicas; Motores eléctricos; Máquinas diversas; Construção de máquinas. Collignon, Édouard. Cours de mécanique, appliquée aux constructions. Professor proprietário entre 1885 e 1899: Manuel da Terra Pereira Viana[104].

Professor proprietário entre 1899 e 1911: Rodrigo Rodrigues Mendes[105].

14.ª Cadeira: Construções e vias de comunicação Construções e vias de comunicação; Edifícios; Abastecimento de água e esgotos; Hidráulica agrícola; Rios e canais; Portos de mar e faróis; Estradas; Caminhos de ferro; Pontes. Durand-Claye, Ch. L., e L. Marx. Routes et chemins vicinaux.

Debauve, Alphonse. Manuel de l'ingénieur des ponts et chaussées.

Professor proprietário entre 1885 e 1887: Roberto Rodrigues Mendes[90].

Professor proprietário entre 1887 e 1911: Victorino Teixeira Laranjeira[88].

15.ª Cadeira: Montanística e docimasia Docimasia; Metalurgia; Arte de minas. Balling, Carl. Manuel pratique de l'art de l'essayeur : guide pour l'essai des minerais, des produits métallurgiques et des combustibles.

Callon, Jules. Cours de exploitation des mines.

Gruner, Emmanuel Louis. Traité de métallurgie.

Haton de la Goupillière,Julien-Napoléon. Cours de exploitation des mines.

Professor proprietário entre 1886 e 1911: Manuel Rodrigues de Miranda Júnior[103].
16.ª Cadeira: Economia politica. Estatística. Princípios de direito público, administrativo e comercial. Legislação. Economia política; Estatística; Princípios de direito público, administrativo e comercial; Legislação; Economia política; Princípios de direito publico, direito administrativo e comercial; Economia e legislação de obras públicas, de minas e industrial. Rodrigues de Freitas, J. J.. Principios de economia politica.

Codigo administrativo.

Codigo Commercial Portuguez.

Professor proprietário entre 1885 e 1888: António Alexandre Oliveira Lobo[106][107].

Professor proprietário entre 1898 e 1911: Roberto Alves de Sousa Júnior[95].

Professor substituto entre 1897 e 1898: Roberto Alves de Sousa Júnior[95].

Professor substituto entre 1898 e 1911: Bento de Sousa Carqueja[108].

17.ª Cadeira: Comércio (1885-1897); Tecnologia rural (1897). Comercio; Cálculo comercial; Escrituração em geral e especialmente dos bancos; Contabilidade industrial; Economia comercial e geografia comercial (1885-1897);

Eletrotecnia e indústrias químicas (1897).

Léfévre. La comptabilité.

Pereire, Eugene. Tables de l'intérèt composé des annuités et des rents viagères.


Éric, Gérard. Leçons sur électricité, 5 ed, 2 vols.. Paris: [s. ed.], 1897-1898[109].

Professor proprietário entre 1885 e 1896: José Joaquim Rodrigues de Freitas[110][111].

Professor proprietário entre 1898 e 1911: José Pedro Teixeira[95].

18.ª Cadeira: Desenho Desenho de figura, paisagem e ornato; Desenho de arquitetura e aguadas; Desenho topográfico; Desenho de máquinas. Professor proprietário entre 1886 e 1893: Francisco da Silva Cardoso[112][113].

Professor proprietário entre 1895 e 1908: António da Silva[114][115].

19.ª Cadeira: Física matemática (1901) Éric, Gérard. Leçons sur électricité, 5 ed, vol. 1. Paris: [s. ed.], 1897.

Witz, Aimé. Thermodynamique à l'usage des ingénieurs[116].

Professor proprietário entre 1901 e 1911: Francisco de Paula de Azevedo[95].
20.ª Cadeira: Mineralogia (1901) Professor proprietário entre 1910 e 1911: Aarão Ferreira de Lacerda[103].
Professores substitutos da secção de Matemática (1.ª, 2.ª, 3.ª, 4.ª, 5.ª, 12.ª, 13.ª e 14.ª cadeiras[84]):

entre 1890 e 1897: José Pedro Teixeira[117].

Notas

  1. Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 109.
  2. 2,0 2,1 Azevedo, "O Porto na Época Moderna", 147.
  3. Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 108.
  4. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:160.
  5. Ribeiro, 6:172.
  6. 6,0 6,1 Ribeiro, 6:173.
  7. 7,0 7,1 7,2 Ribeiro, 6:174.
  8. Hélder Pinto apresenta informação detalhada acerca destas dificuldades. Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 123-124.
  9. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:177.
  10. Ribeiro, 6:178.
  11. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 10:31-32.
  12. 12,0 12,1 Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 121.
  13. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:261.
  14. Ribeiro, 17:519.
  15. Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 135.
  16. Pinto, 175.
  17. Bastos, Memória Histórica da Academia, 116.
  18. Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 350.
  19. 19,0 19,1 Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:162.
  20. 20,0 20,1 Ribeiro, 6:170.
  21. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 10:35.
  22. José Silvestre Ribeiro apresenta outras estatísticas sobre as matrículas de alunos e respectivas aprovações, entre 1837 e 1877, consultável em Ribeiro, 10:40.
  23. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:176-178.
  24. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 10:31.
  25. Ribeiro, 10:32.
  26. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:163.
  27. Ribeiro, 6:171.
  28. Ribeiro, 6:178.
  29. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 10:34.
  30. A comissão era composta pelo governador civil do Porto, dos directores da Academia Politécnica do Porto e da Escola Industrial Portuense, bem como de um lente de cada instituição, e do director das obras públicas do districto. Cf. Ribeiro, 10:36.
  31. Ribeiro, 10:37.
  32. Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 35.
  33. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:169.
  34. Ribeiro, 6:161.
  35. Ribeiro, 6:179.
  36. Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 115.
  37. 37,0 37,1 Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:161.
  38. Ribeiro, 6:175.
  39. Ribeiro, 6:176.
  40. A distribuição das disciplinas pelos planos dos diversos cursos pode ser consultada em Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:264-267.
  41. Ribeiro, 17:264.
  42. 42,0 42,1 Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 169.
  43. Pinto, 132.
  44. Pinto, 133.
  45. Pinto, 171.
  46. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:160-161.
  47. Ribeiro, 6:170.
  48. Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 116.
  49. Pinto, 119.
  50. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 10:33
  51. Ribeiro, 10:37.
  52. Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 116-117.
  53. Pinto, 121; 123.
  54. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:115.
  55. Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 122.
  56. Pinto, 131.
  57. Pinto, 130.
  58. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1886-1887, 1-41.
  59. Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 169-170.
  60. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1877-1878, 54-55.
  61. Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 191-197.
  62. Pinto, 197.
  63. 63,0 63,1 63,2 63,3 Pinto, 198-199.
  64. 64,0 64,1 64,2 64,3 64,4 64,5 64,6 64,7 Pinto, 199.
  65. 65,0 65,1 65,2 65,3 Pinto, 200.
  66. Pinto, 191-194.
  67. Pinto, 194-199.
  68. Pinto, 191-196.
  69. 69,0 69,1 69,2 Pinto, 196-197.
  70. Pinto, 198.
  71. Pinto, 198-200.
  72. 72,0 72,1 72,2 72,3 72,4 72,5 72,6 72,7 Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1884-1885, 26.
  73. 73,0 73,1 73,2 73,3 73,4 73,5 73,6 73,7 Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1884-1885, 29.
  74. Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 191-192.
  75. Pinto, 192-195.
  76. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1880-1881, 77.
  77. 77,0 77,1 77,2 77,3 77,4 Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1884-1885, 26-27.
  78. 78,0 78,1 78,2 78,3 78,4 Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1884-1885, 27-28.
  79. 79,0 79,1 79,2 79,3 79,4 79,5 79,6 79,7 79,8 79,9 Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1884-1885, 27.
  80. 80,0 80,1 Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1877-1878, 31.
  81. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1877-1878, 34.
  82. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1880-1881, 80.
  83. 83,0 83,1 83,2 83,3 Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1884-1885, 28.
  84. 84,0 84,1 Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 129.
  85. Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 193-194; 189-199.
  86. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 17:263.
  87. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1886-1887, 44-47.
  88. 88,0 88,1 88,2 88,3 88,4 Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 201-204.
  89. Pinto, 204.
  90. 90,0 90,1 90,2 Pinto, 201.
  91. Pinto, 201-202.
  92. Pinto, 202-204.
  93. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1885-1886, 68.
  94. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1896-1897, 14.
  95. 95,0 95,1 95,2 95,3 95,4 Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1910-1911, 9.
  96. 96,0 96,1 96,2 Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1910-1911, 6.
  97. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1885-1886, 93.
  98. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1886-1887, 24.
  99. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1909-1910, 7.
  100. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1885-1886, 100.
  101. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1889-1890, 15.
  102. 102,0 102,1 Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1910-1911, 7.
  103. 103,0 103,1 103,2 Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1910-1911, 8.
  104. 104,0 104,1 Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 201-203.
  105. 105,0 105,1 Pinto, 203-204.
  106. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1885-1886, 122.
  107. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1887-1888, 26.
  108. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1910-1911, 10.
  109. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1898-1899, 27.
  110. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1885-1886, 129.
  111. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1895-1896, 16.
  112. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1886-1887, 26.
  113. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1892-1893, 16.
  114. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1894-1895, 17.
  115. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1907-1908, 13.
  116. Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1902-1903, 36.
  117. Pinto, "A Matemática na Academia Politécnica do Porto", 202.

Fontes

Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1877-1878. Porto: Typographia Central, 1878.

Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1880-1881. Porto: Typographia Central, 1880.

Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1884-1885. Porto: Typographia Occidental, 1885.

Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1885-1886. Porto: Typographia Occidental, 1885.

Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1886-1887. Porto: Typographia Occidental, 1886.

Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1887-1888. Porto: Typographia Occidental, 1888.

Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1892-1893. Porto: Typographia Occidental, 1893.

Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1894-1895. Porto: Typographia Occidental, 1895.

Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1895-1896. Porto: Typographia Occidental, 1896.

Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1896-1897. Porto: Typographia Occidental, 1897.

Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1898-1899. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1899.

Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1902-1903. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1903.

Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1907-1908. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1908.

Annuario da Academia Polytechnica do Porto, anno lectivo de 1910-1911. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1911.

Bibliografia

Azevedo, Rafael Ávila de. "O Porto na Época Moderna: Da Academia Real da Marinha e Comércio do Porto à Academia Politécnica do Porto". Revista de História, no. 4 (1981): 133-150.

Bastos, Artur de Magalhães. Memória Histórica da Academia Politécnica do Pôrto. Porto: Universidade do Porto, 1937.

Pinto, Hélder. "A Matemática na Academia Politécnica do Porto". Dissertação de Doutoramento, Universidade de Lisboa, 2012.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 6. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 10. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1882.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 17. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1892.

Ligações Internas

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Ligações Externas

Autor(es) do artigo

João de Almeida Barata

https://orcid.org/0000-0001-9048-0447

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

Apoio especial “Verão com Ciência 2022” da UID 4666 – CHAM — Centro de Humanidades, financiado por fundos nacionais através da FCT/MCTES (PIDDAC)

DOI

https://doi.org/10.34619/qgid-ut59

Citar este artigo

Almeida Barata, João de. "Academia Politécnica do Porto", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 25/01/2024). Consultado a 11 de maio de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Academia_Polit%C3%A9cnica_do_Porto. DOI: https://doi.org/10.34619/qgid-ut59