Carlos Varjão Rolim: diferenças entre revisões

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Em 1727, tinha já concluído os seus estudos e apresenta-se como morador da cidade de Lisboa ocidental, dizendo que servia de ajudante de infantaria auxiliar no terço da comarca de Santarém. Aí seria também professor de engenharia e doutrina militar de fortificações, tendo sido aprovado para tal pelo engenheiro mor do reino, que era então [[Manuel de Azevedo Fortes]], depois de seguir dele as matemáticas na [[Aula de Fortificação de Lisboa|Academia Militar da Corte]]<ref>Não há, ao que se saiba, outras informações relativa a uma aula oficial em Santarem, mas não é impossível que Varjão Rolim desse aulas particulares de fortificação, pois outros engenheiros também o faziam em outras partes do reino</ref>. Diz que por quase três anos esteve ocupado, em presença do mesmo engenheiro-mor, em tirar a planta e configuração destas cidades para carta topográfica que dela se mandou fazer<ref>É possível que se trate  dos trabalhos de levantamento topográfico que abrangiam a região central do país, em volta de Lisboa, que terão sido executados por Manuel de Azevedo Fortes,por encomenda de D. João V. Cortesão, <i>História  do  Brasil  nos  velhos  mapas</i>, 1:178.</ref>. Diz ainda que estava consultado em primeiro lugar para capitão de infantaria com exercício de engenheiro das fortificações da Madeira, mas sabendo que o Estado do Maranhão estava sem engenheiro, propunha-se para servir como sargento-mor engenheiro<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 15, D. 158.  (ant. 1727, abril, 24). </ref>.
Em 1727, tinha já concluído os seus estudos e apresenta-se como morador da cidade de Lisboa ocidental, dizendo que servia de ajudante de infantaria auxiliar no terço da comarca de Santarém. Aí seria também professor de engenharia e doutrina militar de fortificações, tendo sido aprovado para tal pelo engenheiro mor do reino, que era então [[Manuel de Azevedo Fortes]], depois de seguir dele as matemáticas na [[Aula de Fortificação de Lisboa|Academia Militar da Corte]]<ref>Não há, ao que se saiba, outras informações relativa a uma aula oficial em Santarem, mas não é impossível que Varjão Rolim desse aulas particulares de fortificação, pois outros engenheiros também o faziam em outras partes do reino</ref>. Diz que por quase três anos esteve ocupado, em presença do mesmo engenheiro-mor, em tirar a planta e configuração destas cidades para carta topográfica que dela se mandou fazer<ref>É possível que se trate  dos trabalhos de levantamento topográfico que abrangiam a região central do país, em volta de Lisboa, que terão sido executados por Manuel de Azevedo Fortes,por encomenda de D. João V. Cortesão, <i>História  do  Brasil  nos  velhos  mapas</i>, 1:178.</ref>. Diz ainda que estava consultado em primeiro lugar para capitão de infantaria com exercício de engenheiro das fortificações da Madeira, mas sabendo que o Estado do Maranhão estava sem engenheiro, propunha-se para servir como sargento-mor engenheiro<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 15, D. 158.  (ant. 1727, abril, 24). </ref>.


Com efeito, a 26 de abril de 1727 foi nomeado sargento-mor de infantaria com exercício de engenheiro das fortificações do Maranhão, cargo que deveria exercer por seis anos, recebendo 20000 réis mensais<ref name=":0" />. Para a sua passagem, pede ajuda de custo e lhe é concedida, tal como tinha sido aos engenheiros [[Pedro Gomes de Figueiredo]] e Simão dos Santos Vieira, que foram respectivamente para a Colónia do Sacramento e para Cabo Verde<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 15, D. 1584.  (ant. 1727, abril, 28). </ref>.
Com efeito, a 26 de abril de 1727, foi nomeado sargento-mor de infantaria com exercício de engenheiro das fortificações do Maranhão, cargo que deveria exercer por seis anos, recebendo 20000 réis mensais<ref name=":0" />. Para a sua passagem, pede ajuda de custo, que lhe é concedida, tal como tinha sido aos engenheiros [[Pedro Gomes de Figueiredo]] e Simão dos Santos Vieira, que foram, respectivamente, para a Colónia do Sacramento e para Cabo Verde<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 15, D. 1584.  (ant. 1727, abril, 28). </ref>.


Como o seu trabalho envolveria constantes viagens entre a capitania do Grão Pará e do Maranhão, ''“para delinear fortificações ou para outra qualquer obra”'', determinou-se por carta régia passada em 1728, que sempre tivesse para tal ''“ajuda de custo como também as canoas necessárias para as ditas passagens”''<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 11, D. 978. 1728, Setembro,16, Belém do Grão Pará. </ref>. Logo, em 1729, passou a residir em Belém, e ali terá permanecido a maior parte do tempo, salvo quando em missão às diversas partes do Estado. Com efeito, em 1731, fez um requerimento para passar a receber o seu salário em Belém, onde a sua assistência era “''mais'' ''precisa''” não só para fazer um armazém de pólvora naquela cidade, ''“mas também para assistir ao conserto que ser há de fazer nas fortalezas do Gurupá, Paru,Tapajós e Rio Negro, que todas estas estão arruinadas”'' <ref>Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 13, D. 1185. 1731, Agosto, 11, Belém do Pará. </ref>.  
Como o seu trabalho envolveria constantes viagens entre a capitania do Grão Pará e a do Maranhão, ''“para delinear fortificações ou para outra qualquer obra”'', determinou-se, por carta régia passada em 1728, que sempre tivesse para tal ''“ajuda de custo como também as canoas necessárias para as ditas passagens”''<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 11, D. 978. 1728, Setembro,16, Belém do Grão Pará. </ref>. Logo, em 1729, passou a residir em Belém, e ali terá permanecido a maior parte do tempo, salvo quando em missão às diversas partes do Estado. Com efeito, em 1731, fez um requerimento para passar a receber o seu salário em Belém, onde a sua assistência era “''mais'' ''precisa''” não só para fazer um armazém de pólvora naquela cidade, ''“mas também para assistir ao conserto que ser há de fazer nas fortalezas do Gurupá, Paru, Tapajós e Rio Negro, que todas estas estão arruinadas”''<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 13, D. 1185. 1731, Agosto, 11, Belém do Pará. </ref>.  


Em Setembro de 1729, passou ao Cabo do Norte para eleger um sítio para se estabelecer uma fortificação que impedisse as várias entradas que os franceses de Caiena faziam na região com o intuito de aliciar índios. Sugere que esta fortificação se fizesse ''“junto ao um rio chamado Oriju, seis léguas diante de Macapá e sessenta léguas distante do rio de Vincente Pinzón”'', onde estava a fronteira com a França<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx.11, D. 1034. 1729, Setembro, 29, Belém do Pará. </ref>. Na sequência desta viagem, o rei determina, em março de 1730, que o engenheiro voltasse a região e que depois der ter vistoriado ''“a costa que há do Cabo do Norte até o rio de Vicente Pinzon, se assinalem os sítios que parecerem mais acomodados para se fundar a fortaleza, procurando se os há próximos do mesmo rio de Vicente Pinzón ou dentro dele mesmo da parte do sul e se será conveniente que se faça também outra fortaleza no rio Oachipur (Oiapoque?) e de ambas mandeis a planta dos sítios com o risco da fortaleza”'' <ref>Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 12, D. 1121. 1730, Junho 21, São Luís do Maranhão. </ref>.
Em Setembro de 1729, passou ao Cabo do Norte para eleger um sítio para se estabelecer uma fortificação que impedisse as várias entradas que os franceses de Caiena faziam na região com o intuito de aliciar índios. Sugere que esta fortificação se fizesse ''“junto ao um rio chamado Oriju, seis léguas diante de Macapá e sessenta léguas distante do rio de Vincente Pinzón”'', onde estava a fronteira com a França<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx.11, D. 1034. 1729, Setembro, 29, Belém do Pará. </ref>. Na sequência desta viagem, o rei determina, em março de 1730, que o engenheiro voltasse à região, e que depois de ter vistoriado ''“a costa que há do Cabo do Norte até o rio de Vicente Pinzon, se assinalem os sítios que parecerem mais acomodados para se fundar a fortaleza, procurando se os há próximos do mesmo rio de Vicente Pinzón ou dentro dele mesmo da parte do sul e se será conveniente que se faça também outra fortaleza no rio Oachipur (Oiapoque?) e de ambas mandeis a planta dos sítios com o risco da fortaleza”''<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 12, D. 1121. 1730, Junho 21, São Luís do Maranhão. </ref>.


Em 1733, foi mandado pelo governador José da Serra em uma ''“tropa armada em guerra a desenfestar os mares da costa do norte e a fazer a prevenção de todo o risco em um navio de levantados holandeses que se achava surto dentro da boca do Amazonas entre Araguari e Macapá”''<ref name=":1">Aquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 21, D.1976. 1738, Setembro, 3, Belém do Pará. </ref>. Em 1734, iniciou-se a construção do forte da Barra da cidade de Belém. Varjão Rolim diz que o governador José da Serra tinha sido o ''“arquicteto e diretor”'' da obra inicial, ''“mas como fez a dita obra sem aprovação minha por me não poder ajustar nunca com as suas ideias”'', a frente do forte acabou por ruir e só depois da sua intervenção e direção se consertou<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 23, D. 2390. (ant. 1737, junho, 2). </ref>. José da Serra tinha a intenção de construir uma cidadela em Belém, projeto com o qual, provavelmente, Varjão Rolim também não concordava<ref name=":2">Araujo, ''As Cidades da Amazónia no século XVIII'', 200-201; 314. </ref>.
Em 1733, foi mandado pelo governador José da Serra numa ''“tropa armada em guerra a desenfestar os mares da costa do norte e a fazer a prevenção de todo o risco em um navio de levantados holandeses que se achava surto dentro da boca do Amazonas entre Araguari e Macapá”''<ref name=":1">Aquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 21, D.1976. 1738, Setembro, 3, Belém do Pará. </ref>. Em 1734, iniciou-se a construção do forte da Barra da cidade de Belém. Varjão Rolim diz que o governador José da Serra tinha sido o ''“arquicteto e diretor”'' da obra inicial, ''“mas como fez a dita obra sem aprovação minha por me não poder ajustar nunca com as suas ideias”'', a frente do forte acabou por ruir e só depois da sua intervenção e direção se consertou<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 23, D. 2390. (ant. 1737, junho, 2). </ref>. José da Serra tinha a intenção de construir uma cidadela em Belém, projeto com o qual, provavelmente, Varjão Rolim também não concordava<ref name=":2">Araujo, ''As Cidades da Amazónia no século XVIII'', 200-201; 314. </ref>.


Além da manutenção e reparo das fortificações, o engenheiro era também chamado para opinar ou intervir nas principais obras civis na cidade. Uma carta régia de 10 de maio de 1737 ordenara a urgência da construção do edifício da câmara de Belém. No ano seguinte o governador diz ao rei que determinara que o sargento-mor Carlos Varjão Rolim fizesse a planta e cuidasse da obra, que contudo só se viria a realizar mais tarde. Também foi consultado pelo Bispo, em 1746, sobre a possibilidade de construção de um seminário na cidade. Sugere que fosse contíguo ao Palácio Episcopal e que importaria em 18 até 20.000 cruzados <ref name=":2" />.
Além da manutenção e reparo das fortificações, o engenheiro era também chamado para opinar ou intervir nas principais obras civis na cidade. Uma carta régia de 10 de maio de 1737 referia a urgência na construção do edifício da câmara de Belém. No ano seguinte, o governador diz ao rei que determinara que o sargento-mor Carlos Varjão Rolim fizesse a planta e cuidasse da obra, que contudo só se viria a realizar mais tarde. Também foi consultado pelo Bispo, em 1746, sobre a possibilidade de construção de um seminário na cidade. Sugere que fosse contíguo ao Palácio Episcopal e que importaria em 18 até 20.000 cruzados <ref name=":2" />.


Em 1738, faz um requerimento pedindo para ocupar o posto de tenente general de artilharia que se achava vago por falecimento de José Velho de Azevedo. Diz que servia naquele estado há oito anos e cita entre os seus trabalhos tanto a missão no Cabo do Norte, como a vistoria das fortificações do Amazonas e rio Negro, afirmando que em ambas ocasiões tinha feito muitos gastos da sua própria fazenda. O então governador João de Abreu e Carvalho é consultado acerca deste pedido. Embora tenha sido elogioso ao trabalho de Carlos Varjão Rolim diz que ''“o tal posto de tenente general não me parece necessário neste Estado, em razão de que o mesmo serviço que pode fazer com esta patente o fará também com a de sargento-mor, e só poderá ser de alguma utilidade nos casos em que faltando o capitão mor desta capitania, na ausência do governador, possa ficar substituindo o lugar de capitão mor, como sucedeu praticar-se com [[José Velho de Azevedo]], e como também se poderia praticar com o mesmo Carlos Varjão Rolim, sem detrimento do serviço de Vossa Majestade por se achar nele a capacidade e prudência necessária para qualquer emprego”''<ref name=":1" />. Não há notícia de que tenha obtido a patente pretendida, mas é significativa esta observação no sentido em que coloca os engenheiros militares em posição privilegiada na hierarquia implícita da gestão da capitania.
Em 1738, faz um requerimento pedindo para ocupar o posto de tenente general de artilharia que se achava vago por falecimento de José Velho de Azevedo. Diz que servia naquele estado há oito anos e cita entre os seus trabalhos tanto a missão no Cabo do Norte, como a vistoria das fortificações do Amazonas e rio Negro, afirmando que em ambas ocasiões tinha feito muitos gastos da sua própria fazenda. O então governador João de Abreu e Carvalho é consultado acerca deste pedido. Embora tenha sido elogioso ao trabalho de Carlos Varjão Rolim diz que ''“o tal posto de tenente general não me parece necessário neste Estado, em razão de que o mesmo serviço que pode fazer com esta patente o fará também com a de sargento-mor, e só poderá ser de alguma utilidade nos casos em que faltando o capitão mor desta capitania, na ausência do governador, possa ficar substituindo o lugar de capitão mor, como sucedeu praticar-se com [[José Velho de Azevedo]], e como também se poderia praticar com o mesmo Carlos Varjão Rolim, sem detrimento do serviço de Vossa Majestade por se achar nele a capacidade e prudência necessária para qualquer emprego”''<ref name=":1" />. Não há notícia de que tenha obtido a patente pretendida, mas é significativa esta observação no sentido em que coloca os engenheiros militares em posição privilegiada na hierarquia implícita da gestão da capitania.

Revisão das 16h44min de 24 de maio de 2023


Carlos Varjão Rolim
Nome completo Carlos Varjão Rolim
Outras Grafias Carlos Varejão Rolim
Pai valor desconhecido
Mãe valor desconhecido
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento valor desconhecido
Guarda, Guarda, Portugal
Morte 1755
Belém, Pará, Brasil
Sexo Masculino
Religião Cristã
Residência
Residência Lisboa, Lisboa, Portugal
Data Fim: 1727

Residência São Luís, Maranhão, Brasil
Data Início: 1727
Fim: 1729

Residência Belém, Pará, Brasil
Data Início: 1729
Fim: 1755
Formação
Formação Engenharia Militar
Local de Formação Lisboa, Lisboa, Portugal
Postos
Posto Ajudante com exercício de Engenheiro
Data Fim: 1727
Arma Infantaria

Data Início: 26 de abril de 1727
Fim: 1755
Arma Infantaria
Cargos
Cargo Engenheiro
Data Início: 26 de abril de 1727
Fim: 1755
Actividade
Actividade Levantamento do território
Data Início: 1724
Fim: 1727
Local de Actividade Lisboa, Portugal

Actividade Desenho de fortificação
Data Início: 1727
Fim: 1755
Local de Actividade Pará, Brasil


Biografia

Dados biográficos

Carlos Varjão Rolim era natural da Guarda. Não se sabe a data do seu nascimento. Morreu no Estado do Maranhão e Grão Pará em 1755. Foi discípulo de Manuel de Azevedo Fortes, tendo frequentado a Aula de Fortificação de Lisboa[1].

Terá deixado família no Pará, pois, em 1800, aparecem na documentação do Estado, reivindicações feitas por Engrácia da Apresentação Varjão Rolim, Joaquina Guiomar Varjão Rolim e Luís Varjão Rolim, que podem ser seus descendentes.

Carreira

Em 1727, tinha já concluído os seus estudos e apresenta-se como morador da cidade de Lisboa ocidental, dizendo que servia de ajudante de infantaria auxiliar no terço da comarca de Santarém. Aí seria também professor de engenharia e doutrina militar de fortificações, tendo sido aprovado para tal pelo engenheiro mor do reino, que era então Manuel de Azevedo Fortes, depois de seguir dele as matemáticas na Academia Militar da Corte[2]. Diz que por quase três anos esteve ocupado, em presença do mesmo engenheiro-mor, em tirar a planta e configuração destas cidades para carta topográfica que dela se mandou fazer[3]. Diz ainda que estava consultado em primeiro lugar para capitão de infantaria com exercício de engenheiro das fortificações da Madeira, mas sabendo que o Estado do Maranhão estava sem engenheiro, propunha-se para servir como sargento-mor engenheiro[4].

Com efeito, a 26 de abril de 1727, foi nomeado sargento-mor de infantaria com exercício de engenheiro das fortificações do Maranhão, cargo que deveria exercer por seis anos, recebendo 20000 réis mensais[1]. Para a sua passagem, pede ajuda de custo, que lhe é concedida, tal como tinha sido aos engenheiros Pedro Gomes de Figueiredo e Simão dos Santos Vieira, que foram, respectivamente, para a Colónia do Sacramento e para Cabo Verde[5].

Como o seu trabalho envolveria constantes viagens entre a capitania do Grão Pará e a do Maranhão, “para delinear fortificações ou para outra qualquer obra”, determinou-se, por carta régia passada em 1728, que sempre tivesse para tal “ajuda de custo como também as canoas necessárias para as ditas passagens”[6]. Logo, em 1729, passou a residir em Belém, e ali terá permanecido a maior parte do tempo, salvo quando em missão às diversas partes do Estado. Com efeito, em 1731, fez um requerimento para passar a receber o seu salário em Belém, onde a sua assistência era “mais precisa” não só para fazer um armazém de pólvora naquela cidade, “mas também para assistir ao conserto que ser há de fazer nas fortalezas do Gurupá, Paru, Tapajós e Rio Negro, que todas estas estão arruinadas”[7].

Em Setembro de 1729, passou ao Cabo do Norte para eleger um sítio para se estabelecer uma fortificação que impedisse as várias entradas que os franceses de Caiena faziam na região com o intuito de aliciar índios. Sugere que esta fortificação se fizesse “junto ao um rio chamado Oriju, seis léguas diante de Macapá e sessenta léguas distante do rio de Vincente Pinzón”, onde estava a fronteira com a França[8]. Na sequência desta viagem, o rei determina, em março de 1730, que o engenheiro voltasse à região, e que depois de ter vistoriado “a costa que há do Cabo do Norte até o rio de Vicente Pinzon, se assinalem os sítios que parecerem mais acomodados para se fundar a fortaleza, procurando se os há próximos do mesmo rio de Vicente Pinzón ou dentro dele mesmo da parte do sul e se será conveniente que se faça também outra fortaleza no rio Oachipur (Oiapoque?) e de ambas mandeis a planta dos sítios com o risco da fortaleza”[9].

Em 1733, foi mandado pelo governador José da Serra numa “tropa armada em guerra a desenfestar os mares da costa do norte e a fazer a prevenção de todo o risco em um navio de levantados holandeses que se achava surto dentro da boca do Amazonas entre Araguari e Macapá”[10]. Em 1734, iniciou-se a construção do forte da Barra da cidade de Belém. Varjão Rolim diz que o governador José da Serra tinha sido o “arquicteto e diretor” da obra inicial, “mas como fez a dita obra sem aprovação minha por me não poder ajustar nunca com as suas ideias”, a frente do forte acabou por ruir e só depois da sua intervenção e direção se consertou[11]. José da Serra tinha a intenção de construir uma cidadela em Belém, projeto com o qual, provavelmente, Varjão Rolim também não concordava[12].

Além da manutenção e reparo das fortificações, o engenheiro era também chamado para opinar ou intervir nas principais obras civis na cidade. Uma carta régia de 10 de maio de 1737 referia a urgência na construção do edifício da câmara de Belém. No ano seguinte, o governador diz ao rei que determinara que o sargento-mor Carlos Varjão Rolim fizesse a planta e cuidasse da obra, que contudo só se viria a realizar mais tarde. Também foi consultado pelo Bispo, em 1746, sobre a possibilidade de construção de um seminário na cidade. Sugere que fosse contíguo ao Palácio Episcopal e que importaria em 18 até 20.000 cruzados [12].

Em 1738, faz um requerimento pedindo para ocupar o posto de tenente general de artilharia que se achava vago por falecimento de José Velho de Azevedo. Diz que servia naquele estado há oito anos e cita entre os seus trabalhos tanto a missão no Cabo do Norte, como a vistoria das fortificações do Amazonas e rio Negro, afirmando que em ambas ocasiões tinha feito muitos gastos da sua própria fazenda. O então governador João de Abreu e Carvalho é consultado acerca deste pedido. Embora tenha sido elogioso ao trabalho de Carlos Varjão Rolim diz que “o tal posto de tenente general não me parece necessário neste Estado, em razão de que o mesmo serviço que pode fazer com esta patente o fará também com a de sargento-mor, e só poderá ser de alguma utilidade nos casos em que faltando o capitão mor desta capitania, na ausência do governador, possa ficar substituindo o lugar de capitão mor, como sucedeu praticar-se com José Velho de Azevedo, e como também se poderia praticar com o mesmo Carlos Varjão Rolim, sem detrimento do serviço de Vossa Majestade por se achar nele a capacidade e prudência necessária para qualquer emprego”[10]. Não há notícia de que tenha obtido a patente pretendida, mas é significativa esta observação no sentido em que coloca os engenheiros militares em posição privilegiada na hierarquia implícita da gestão da capitania.

Em 1747, Varjão Rolim apresenta um relatório das obras que eram necessárias em todas as fortalezas do Estado[13]. Neste mesmo ano é instado a fazer a planta de uma vala na ilha de São Luís para evitar a perigosa passagem do boqueirão. O engenheiro faz um primeiro desenho, mas diz que não tinha podido fazer o levantamento in loco pois estava em Belém e depois iria a São Luís, juntamente com o governador Francisco Pedro de Mendonça Gorjão [14]. Em São Luís já se tinha contado com o parecer do capitão de artilharia Sebastião Pereira e do “Arquiteto do engenho de serrar madeira”, que, segundo o governador era “um holandês de grande inteligência”, cujo nome parece ser Dornelles. A chegada de Varjão Rolim, em 1749, ajudará a resolver o problema, pois o engenheiro fará a planta e os cálculos do do curso da obra[15]. As plantas encontram-se no Arquivo Histórico Ultramarino.

Em 1755, foi relator, juntamente com um carpinteiro de dois autos de vistoria relativos ao estado de ruína do Palácio e da casa pólvora em Belém[12].

Outras informações

Logo que chegou ao Estado do Maranhão, Carlos Varjão Rolim solicitou que viesse do reino um oficial de pedreiro capaz de trabalhar nas fortificações ou outras grandes obras que fossem necessárias. Chega mesmo a sugerir “um oficial que exercita as duas artes de alvaneo e canteiro, morador nesta cidade ocidental na rua das mudas, que não tem dúvida a ir para o dito Estado dando-se-lhe novecentos reis por dia, para deles deixar dois tostões a sua mulher cada dia que hão de ser pagos por este conselho e sete se lhe darão no Pará ou no Maranhão onde trabalhar”[16]. Não sabemos se tal sugestão foi atendida.

Em carta datada de 4 de novembro de 1728 faz-se referência a um projeto de Varjão Rolim para retirar a humidade do ar[12].

Obteve, em 1737, do Governador João de Abreu e Carvalho uma data de sesmaria na zona do igarapé do Bojaru, de que pediu a confirmação régia no ano seguinte[17].

Em 15 de Fevereiro de 1754, Varjão Rolim assinou juntamente com outras pessoas uma carta pedindo a constituição da Companhia do Grão-Pará e Maranhão.

Obras

No Arquivo Histórico Ultramarino constam os seguintes mapas de sua autoria:

Rolim, Carlos Varjão. Planta do citio e terreno onde sepertende abrir huma valla na parage ACB por onde poção entrar as canoas que vem dos Rios Miarîm, Iguarâ, Itapecurû, e outros pa. a Cidade de São Luis do Maraam. ... / Carlos Varjao Rolim. – Escala [ca. 1:15.000] – [ca. 1750 ]. – 1 carta ms. : color., desenho a nanquim ; 52,9 x 74,8cm. (AHU_CARTm_009, D. 0835).

Rolim, Carlos Varjão. [Planta do sítio e terreno onde se pretende abrir uma vala ou furo entre A e B na cidade de São Luís]. – Escala [ca. 1:15.000] – [ca. 1750]. – 1 carta ms. : color., desenho a tinta ferrogálica ; 49,7 x 70,2cm. (AHU_CARTm_009, D. 0836).

Na Mapoteca do Itamarati constam os seguintes mapas de sua autoria:

Rolim, Carlos Varjão. Planta da Fortaleza da Barra da Cidade de Santa Maria de Belém do Pará. (MI Ms 771.59 hkmf-B-174-R I4890, I4892).

Rolim, Carlos Varjão. Planta do Forte de Santo Cristo. (MI Ms 771.5 hkmf-SC-174-R  I4886).

Rolim, Carlos Varjão. Planta do Forte do Paru. (MI Ms 771.5 hkmf-Pr-174-R  I4889).

Rolim, Carlos Varjão. Planta do Forte dos Pauxis. (MI Ms 771.5 hkcmf-Pr-174-R  I4887).

Rolim, Carlos Varjão. Planta da Fortaleza de Santo Antonio do Gurupá. (MI Ms 771-5 hkcmf-SAG-174-R  I4891).

Rolim, Carlos Varjão. Planta do Fortim de São Pedro Nolasco. (MI Ms 771.5 hkcmf-SP-174-R  I4888).

Notas

  1. 1,0 1,1 Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, 3:150.
  2. Não há, ao que se saiba, outras informações relativa a uma aula oficial em Santarem, mas não é impossível que Varjão Rolim desse aulas particulares de fortificação, pois outros engenheiros também o faziam em outras partes do reino
  3. É possível que se trate dos trabalhos de levantamento topográfico que abrangiam a região central do país, em volta de Lisboa, que terão sido executados por Manuel de Azevedo Fortes,por encomenda de D. João V. Cortesão, História do Brasil nos velhos mapas, 1:178.
  4. Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 15, D. 158. (ant. 1727, abril, 24).
  5. Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 15, D. 1584. (ant. 1727, abril, 28).
  6. Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 11, D. 978. 1728, Setembro,16, Belém do Grão Pará.
  7. Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 13, D. 1185. 1731, Agosto, 11, Belém do Pará.
  8. Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx.11, D. 1034. 1729, Setembro, 29, Belém do Pará.
  9. Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 12, D. 1121. 1730, Junho 21, São Luís do Maranhão.
  10. 10,0 10,1 Aquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 21, D.1976. 1738, Setembro, 3, Belém do Pará.
  11. Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 23, D. 2390. (ant. 1737, junho, 2).
  12. 12,0 12,1 12,2 12,3 Araujo, As Cidades da Amazónia no século XVIII, 200-201; 314.
  13. Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 29, D. 2804. 1747, Outubro 29, Pará.
  14. Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 29,D. 2779. 1747,Setembro, 20, Pará.
  15. Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 31, D. 2901. 1749, Fevereiro, 17, Pará.
  16. Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 16, D. 1663. (ant. 1728, julho, 27).
  17. Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 24, D. 2451. (ant. 1738, Fevereiro, 6).

Fontes

Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 15, D. 1581. (ant. 1727, abril, 24) Requerimento de Carlos Varjão Rolim, em que solicita a mercê do posto de sargento-mor engenheiro das fortificações do Maranhão.

Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 15, D. 1584. (ant. 1727, abril, 28). Requerimento do sargento mor engenheiro do Maranhão Carlos Varjão Rolim, para o rei D. João V, em que solicita ajuda de custo para a passagem e sustento para passar ao Estado do Maranhão.

Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 15, D. 1583. 1727, Abril 26, Lisboa. Carta Patente do rei D. João V, sobre a concessão de patente a Carlos Varjão Rolim, nomeado para o posto de sargento-mor de infantaria, com exercício de engenheiro das fortificações do Maranhão.

Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 16, D. 1663. (ant. 1728, julho, 27). Requerimento do sargento-mor de infantaria da praça de São Luís do Maranhão, Carlos Varjão Rolim, ao rei D. João V, em que solicita um oficial do reino que seja capaz de exercer o ofício de pedreiro no Maranhão.

Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 11, D. 978. 1728, Setembro,16, Belém do Grão Pará. Carta do Governador de capitão general do Estado do Maranhão, Alexandre de Sousa Freire, para o rei D. João V, em resposta a provisão de 20 de Novembro de 1728 (sic) sobre a necessidade da reparação e edificação de fortalezas e da assistência que os almoxarifes deveriam dar ao sargento-mor engenheiro Carlos Varjão Rolim.

Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx.11, D. 1034. 1729, Setembro, 29, Belém do Pará. Carta do sargento-mor engenheiros Carlos Varjão Rolim, para o rei D. João V, sobre a viagem que fez pelas terras do Cabo do Norte para determinar qual o local mais indicado para se construir um presídio e uma fortaleza na região, a fim de suster as investidas por parte dos franceses de Caiena.

Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 12, D. 1121. 1730, Junho 21, São Luís do Maranhão. Carta do governador e capitão general do Estado do Maranhão, Alexandre de Sousa Freira, para o rei D. João V, em resposta a provisão de 22 de março de 1730 sobre a diligência ao Cabo do Norte, a ser efetuada pelo engenheiro Carlos Varjão Rolim, que aguardava monção para partir.

Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 13, D. 1185. 1731, Agosto, 11, Belém do Pará. Carta do governador e capitão general do Estado do Maranhão, Alexandre de Sousa Freire, para o rei D. João V, em resposta a provisão de 6 de abril de 1731 sobre o requerimento do engenheiro sargento mor de infantaria daquele Estado, Carlos Varjão Rolim, que que solicita a licença para passar da praça de São Luís do Maranhão para a do Pará, onde é mais necessária a sua assistência.

Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 23, D. 2390. (ant. 1737, junho, 2). Carta do sargento-mor engenheiro Carlos Varjão Rolim para a Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar, sobre a deserção dos índios do trabalho de construção das muralhas da fortaleza da Barra da cidade de São Luís do Maranhão.

Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_009, Cx. 24, D. 2451. (ant. 1738, Fevereiro, 6) Requerimento de Carlos Varjão Rolim ao rei D. João V, pedindo confirmação da carta de data de sesmaria na zona do igarapé Bojaru.

Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 21, D.1976. 1738, Setembro, 3, Belém do Pará. Carta do governador e capitão general do estado do Maranhão e Grão Pará, João de Abreu de Castelo Branco, para o rei D. João V, em resposta a provisão de 28 de abril, sobre o provimento do sargento-mor engenheiro das fortificações das capitanias de São Luís do Maranhão e do Pará, Carlos Varjão Rolim, para ocupar o posto de tenente general de artilharia.

Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 29,D. 2779. 1747,Setembro, 20, Pará. Carta do governador e capitão general do Estado do Maranhão e Pará, Francisco Pedro de Mendonça Gorjão, para o rei D. João V, em resposta a provisão de 1 de março de 1747, sobre a viagem que o sargento-mor engenheiro Carlos Varjão Rolim efetuará a São Luís do Maranhão para examinar o terreno da vala que irá ser aberta na ponta da ilha de São Luís afim de se evitar a passagem perigosa do boqueirão.

Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 29, D. 2804. 1747, Outubro 29, Pará. Carta do governador e capitão general do Estado do Maranhão e Pará, Francisco Pedro de Mendonça Gorjão, para o rei D. João V, em resposta a provisão de 1 de março de 1747, sobre o estado militar da capitania.

Arquivo Histórico Ultramarino. AHU_ACL_CU_013, Cx. 31, D. 2901. 1749, Fevereiro, 17, Pará. Carta do governador e capitão general do Estado do Maranhão e Pará, Francisco Pedro de Mendonça Gorjão, para o rei D. João V, em resposta a provisão de 1 de março de 1747, sobre a viagem efetuada pelo sargento-mor engenheiro Carlos Varjão Rolim e dos bons resultados que se obtiveram com a abertura da vala na ilha de São Luís do maranhão.

Bibliografia

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Chambouleyron, Rafael; Viana, Wania. “Engenheiros Militares Portugueses na Amazónia Colonial.” Em O Imenso Portugal estudos luso-amazônicos. Belém: UFPA, Cátedra João Lúcio de Azevedo, 2019, 43-63.

Cortesão, Jaime. História do Brasil nos velhos mapas. 2 vols. Rio de Janeiro: Ministério das Relações Exteriores, Instituto Rio-Branco, 1957-1960.

Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol. 3. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922.

Autor(es) do artigo

Renata Araújo

CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa e Universidade de Algarve

https://orcid.org/0000-0002-7249-1078

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

https://doi.org/10.34619/vi3g-hjxt

Citar este artigo

Araújo, Renata. "Carlos Varjão Rolim", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 24/05/2023). Consultado a 12 de maio de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Carlos_Varj%C3%A3o_Rolim. DOI: https://doi.org/10.34619/vi3g-hjxt