Colégio Real dos Nobres: diferenças entre revisões

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==História==<!--História geral da instituição. Este é o local para colocar toda a informação que justifica o que está na infobox e outra complementar, subdividida em períodos, se necessário-->
==História==<!--História geral da instituição. Este é o local para colocar toda a informação que justifica o que está na infobox e outra complementar, subdividida em períodos, se necessário-->
O Colégio Real dos Nobres foi criado por Carta de Lei de 7 de Março de 1761, por Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, cujo principal objetivo foi o de garantir à elite nobiliárquica portuguesa uma educação e instrução modernas dado entender-se que dela dependia "''o bem espiritual e a felicidade temporal dos Estados''"<ref>''Estatutos do Collegio Real dos Nobres''. [s.l.]: [s. ed.], 1777, 2, citado por Araújo, "A Real", 402.</ref>. Sob influência dos ideais e reformas iluministas, e do despotismo esclarecido, característicos do século XVIII, a criação do Colégio sublinhava igualmente a importância que o "''desempenho individual''" dos membros da nobreza, a par do seu privilégio de nascimento, representava para o poder régio e a conservação do regime monárquico, fim para o qual se tornava necessário dotar as elites políticas e militares de competências e conhecimentos práticos, bem como de uma "''disciplina mais afável e polida de sociabilidade''"<ref>Araújo, 398; 400.</ref>.   
O Colégio Real dos Nobres foi criado por Carta de Lei de 7 de Março de 1761, por Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, com o objetivo principal de garantir uma educação e instrução modernas à elite nobiliárquica portuguesa, dado ser entendimento que dela dependia "''o bem espiritual e a felicidade temporal dos Estados''"<ref>''Estatutos do Collegio Real dos Nobres''. [s.l.]: [s. ed.], 1777, 2, citado por Araújo, "A Real", 402.</ref>. Sob influência dos ideais e reformas iluministas, e do despotismo esclarecido, característicos do século XVIII, a criação do Colégio esclarecia a importância que o "''desempenho individual''" dos membros da nobreza, a par do seu privilégio de nascimento, representava para o poder régio e a conservação do regime monárquico, fim para o qual se tornava necessário instruir as elites políticas e militares, dotando-as de uma "''disciplina mais afável e polida de sociabilidade''"<ref>Araújo, 398; 400.</ref>.   


A história do Colégio Real dos Nobres pode dividir-se em duas fases distintas, segundo José Silvestre Ribeiro: na primeira, entre 1761 a 1772, o Colégio apresenta-se como liceu e academia "''destinada a proporcionar conhecimentos especiais de navegação, fortificação, e arquitetura civil''"; e, numa segunda fase, entre 1772 até 1837, apresenta-se enquanto liceu "''de proporções muito mais modestas''", ainda que mantendo a sua natureza privilegiada enquanto espaço "''especial e privativo de uma classe de alunos, por assim dizer, privilegiada''"<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:327.</ref>.  
A história do Colégio Real dos Nobres pode dividir-se em duas fases distintas, segundo José Silvestre Ribeiro: na primeira, entre 1761 a 1772, o Colégio apresentou-se como liceu e academia "''destinada a proporcionar conhecimentos especiais de navegação, fortificação, e arquitetura civil''"; e, numa segunda fase, entre 1772 até 1837, apresentou-se enquanto liceu "''de proporções muito mais modestas''", apesar de ter mantido a sua natureza privilegiada enquanto espaço "''especial e privativo de uma classe de alunos, por assim dizer, privilegiada''"<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:327.</ref>.  


Instalado no sítio da Cotovia, antigo edifício do Noviciado da Companhia de Jesus, a abertura do primeiro ano letivo decorreu em 19 de Março de 1766, e foi assistida pela Família Real, a Corte, ministros e secretários de Estado e o Cardeal Patriarca, D. Francisco de Saldanha<ref>Araújo, "A Real", 402.</ref>. Demonstrando a importância social do corpo docente do Colégio Real dos Nobres, indica José Silvestre Ribeiro  terem sido os professores convidados por D. José ao beija-mão e a assistirem a peça no teatro da corte por altura do aniversário régio<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 1:294.</ref>.   
Instalado no sítio da Cotovia, antigo edifício do Noviciado da Companhia de Jesus, a abertura do primeiro ano letivo decorreu em 19 de Março de 1766, e foi assistida pela Família Real, a Corte, ministros e secretários de Estado e o Cardeal Patriarca, D. Francisco de Saldanha<ref>Araújo, "A Real", 402.</ref>. Demonstrando a importância social do corpo docente do Colégio Real dos Nobres, indica José Silvestre Ribeiro  terem sido os professores convidados por D. José ao beija-mão e a assistirem a peça no teatro da corte por altura do aniversário régio<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 1:294.</ref>.   


Na matrícula no Colégio Real dos Nobres era requerido o foro de moço fidalgo, fator preferencial em concurso, as faculdades de ler e escrever, e o pagamento adiantado de pensão anual no valor de 120 mil réis, sendo admitidos alunos com idades compreendidas entre os sete e treze anos<ref>Ribeiro, 1:282.</ref>. Ainda que os Estatutos indicassem o número máximo de 100 colegiais, apenas 24 assistiriam à sessão inaugural do primeiro ano letivo. Nos primeiros anos de funcionamento do Colégio, o número de alunos inscritos foi diminuto, possivelmente, em consequência da resistência movida ao projeto educativo pela nobreza portuguesa, ainda no rescaldo da execução da família dos Távoras em 1759<ref>Araújo, "A Real", 403.</ref>. Entre 1766 e 1772 matricularam-se os primogénitos dos marqueses de Angeja, Alorna, Alegrete, Valença e Lavradio, os secundogénitos dos condes de Avintes e Oeiras, e os descendentes do visconde de Barbacena e do conde da Cunha<ref>Araújo, 404.</ref>.   
Na matrícula no Colégio Real dos Nobres era requerido o foro de moço fidalgo, fator preferencial em concurso, as faculdades de ler e escrever, e o pagamento adiantado de pensão anual no valor de 120 mil réis, sendo admitidos alunos com idades compreendidas entre os sete e treze anos<ref>Ribeiro, 1:282.</ref>. Ainda que os Estatutos indicassem o número máximo de 100 colegiais, a sessão inaugural do primeiro ano letivo apenas seria assistida por 24 alunos. Nos primeiros anos de funcionamento do Colégio, o número de inscritos foi diminuto, possivelmente, em consequência da resistência movida pela nobreza portuguesa, ainda no rescaldo da execução régia da família dos Távoras em 1759, ao projeto educativo e pelo receio de delegar a instrução da sua mocidade a uma instituição régia<ref>Araújo, "A Real", 403.</ref>. Não obstante, entre 1766 e 1772 matricularam-se os primogénitos dos marqueses de Angeja, Alorna, Alegrete, Valença e Lavradio, os secundogénitos dos condes de Avintes e Oeiras, e os descendentes do visconde de Barbacena e do conde da Cunha<ref>Araújo, 404.</ref>.   


A direção literária, científica e disciplinar do Colégio Real dos Nobres era constituída pelos lugares de reitor e vice-reitor devendo dar cumprimento aos Estatutos, e do lugar de prefeito dos estudos responsável pelo exame e revisão das composições dos colegiais, entre outras. Acrescia uma Junta encarregue da direção económica do Colégio<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 1:283-284.</ref>.
Os Estatutos foram reformulados em 1767 e, a partir de 1771, a Real Mesa Censória passou a superintender a administração e direção dos estudos, acumulando com a inspeção de que já estava incumbida<ref>Ribeiro, 1:288.</ref>. O estado de "''decaimento do Colégio''" motivou, em 1772, a publicação de dois alvarás providenciando sobre a reformulação dos órgãos de gestão interna e novas medidas disciplinares por forma a "''restaurar o bem ordenado regime do estabelecimento''" e a "''combater a relaxação, em que tinha caído a administração literária, económica e policial do Colégio''"<ref>Ribeiro, 1:289-292.</ref>. No mesmo ano, os estudos matemáticos foram abolidos do programa do Real Colégio, tornando-se um exclusivo da Universidade de Coimbra<ref>Ribeiro, 1:292.</ref>. Em 1779, o edifício do Colégio passou a albergar os estudos da [[Academia Real de Marinha de Lisboa|Academia de Marinha de Lisboa,]] que podiam ser assistidos pelos colegiais<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 2:97.</ref>. Por decreto de 16 de Junho de 1792, as aulas antes exclusivas aos colegiais puderam ser frequentadas por alunos externos, razão pela qual em Setembro as aulas da [[Academia Real de Marinha de Lisboa|Academia de Marinha de Lisboa]]<ref>Ribeiro, 2:101.</ref> saíram do edifício.  


Os Estatutos foram reformulados em 1767 e, a partir de 1771, a Real Mesa Censória passou a superintender a administração e direção dos estudos, acumulando com a inspeção de que já estava incumbida<ref>Ribeiro, 1:288.</ref>. O estado de "''decaimento do Colégio''" motivou, em 1772, a publicação de dois alvarás providenciando a reformulação dos órgãos de gestão interna e a instituição de novas medidas disciplinares por forma a "''restaurar o bem ordenado regime do estabelecimento''" e a "''combater a relaxação, em que tinha caído a administração literária, económica e policial do Colégio''"<ref>Ribeiro, 1:289-292.</ref>. No mesmo ano, os estudos matemáticos foram abolidos do programa do Real Colégio, tornando-se um exclusivo da Universidade de Coimbra<ref>Ribeiro, 1:292.</ref>. Em 1779, o edifício do Colégio passou a albergar os estudos da [[Academia Real de Marinha de Lisboa|Academia de Marinha de Lisboa,]] que podiam ser assistidos pelos colegiais<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 2:97.</ref>. Por decreto de 16 de Junho de 1792 as aulas antes exclusivas aos colegiais puderam ser frequentadas por alunos externos, razão pela qual em Setembro as aulas da [[Academia Real de Marinha de Lisboa|Academia de Marinha de Lisboa]]<ref>Ribeiro, 2:101.</ref> saíram do edifício.     
Em consequência das invasões francesas e da Revolução Liberal de 1820 foi ponderada a viabilidade do Colégio Real dos Nobres uma vez ser considerada uma instituição de privilégio. A questão seria observada em debate nas Cortes em 1823, com particular ênfase para a problemática que levantava a dotação pública da instituição e do corpo docente. A sessão foi demonstrativa do modo crítico com que parte da elite política liberal perspectivava a manutenção do Colégio, expreso no discurso e o posicionamento ideológico do deputado Manuel Borges Carneiro: "''«Isto de colégio dos nobres é também direito feudal, porque para alguém entrar nele, é necessário ter foro de fidalgo. Há aqui um monopólio de certas ciências só para tais fidalgos.'' (...) ''Logo, esses tais nobres, se querem estudá-las, porque não hão de ir onde vão os mais?'' (...) ''Porém o mais notável é pagar-se pelo Subsídio Literário estas escolas privativas do feudalismo'' (...)". No seguimento da discussão nas Cortes seria criada uma comissão encarregue de propor a reforma da instituição.<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 3:130-132.</ref> Em 1827, a Câmara dos Deputados responderia favoravelmente à eliminação da verba do Subsídio Literário para sustento do Colégio Real dos Nobres, estabelecendo que a despesa com o corpo docente fosse assegurada apenas pelas rendas do Colégio, facto confirmado por portaria datada de 1834<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:25.</ref>. No mesmo sentido, por forma a aliviar o erário público dos encargos com o Colégio Real, estabelecia-se que a pensão paga pelos colegiais fosse aumentada de 120 mil reis para 150 mil reis para suprir a despesa com os mesmos<ref>Ribeiro, 6:25.</ref>. A demissão de empregados afetos ao Colégio "''por desafetos à causa da liberdade''" seria referência do incómodo que o Colégio Real passou a representar no seio sistema monárquico constitucional quer do ponto de vista ideológico e constitucional, quer financeiramente<ref>Ribeiro, 6:25.</ref>.     


Em consequência das invasões francesas e da Revolução Liberal de 1820 foi ponderada a viabilidade do Colégio Real dos Nobres uma vez ser considerada uma instituição de privilégio. Em 1823 realiza-se um debate nas Cortes sobre a dotação orçamental do corpo docente na instituição que exemplifica a forma como alguma elite liberais percepcionava a instituição, por exemplo o deputado Borges Carneiro: "''«Isto de colégio dos nobres é também direito feudal, porque para alguém entrar nele, é necessário ter foro de fidalgo. Há aqui um monopólio de certas ciências só para tais fidalgos.'' (...) ''Logo, esses tais nobres, se querem estudá-las, porque não hão de ir onde vão os mais?'' (...) ''Porém o mais notável é pagar-se pelo Subsídio Literário estas escolas privativas do feudalismo'' (...)". Posteriormente seria criada uma comissão encarregue de propor a reforma da instituição.<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 3:130-132.</ref> Em 1827, a Câmara dos Deputados responderia favoravelmente à eliminação da verba do Subsídio Literário para sustento do Colégio Real dos Nobres, definindo que a despesa com o corpo docente fosse assegurada apenas pelas rendas do Colégio, facto confirmado por portaria datada de 1834<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:25.</ref>. No mesmo sentido, de forma a aliviar o erário público dos encargos com o Colégio Real, a pensão paga pelos colegiais era aumentada de 120 mil reis para 150 mil reis para suprir a despesa com os mesmos<ref>Ribeiro, 6:25.</ref>. Referência do incómodo que o Colégio Real passou a representar no sistema monárquico constitucional, em 1833, foram demitidos empregados afetos ao Colégio "''por desafetos à causa da liberdade''"<ref>Ribeiro, 6:25.</ref>.  
Em 1836, foi novamente nomeada uma comissão encarregada de propor um plano de reformas do Colégio Real dos Nobres nas suas dimensões científicas e económicas, constituída por José Alexandre de Campos, José Portelli e José Liberato Freire de Carvalho<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:321.</ref>. No entanto, por decreto de 4 de Janeiro de 1837, a instituição seria extinta, decisão fundamentada pela sua incompatibilidade com "''a constituição política da monarquia''" uma vez que pela sua natureza de "''escola privilegiada''" era abjeta à abolição dos privilégios nobiliárquicos prosseguida pelo regime liberal. Como sintetizou Silvestre Ribeiro: "''Tendo tido a sua razão de ser nas ideias e circunstâncias da época da sua fundação, devia necessariamente desaparecer diante dos princípios de igualdade que a constituição política fez vigorar''"<ref>Ribeiro, 6:327.</ref>. O decreto providenciava igualmente à transferência dos colegiais para o [[Real Colégio Militar|Colégio Militar]], sendo mais tarde decidido, por outro diploma, a instalação da [[Escola Politécnica de Lisboa]] e da [[Escola do Exército]] no edifício que havia albergado o Colégio Real dos Nobre, afetando as suas verbas e demais inventários àquelas instituições<ref>Ribeiro, 6:322-323.</ref>.  


Em 1836, foi novamente nomeada uma comissão encarregada de propor um plano de reformas do Colégio Real dos Nobres nas suas dimensões científicas e económicas, constituída por José Alexandre de Campos, José Portelli e José Liberato Freire de Carvalho<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:321.</ref>. No entanto, por decreto de 4 de Janeiro de 1837 a instituição seria extinta, decisão fundamentada pela sua incompatibilidade com "''a constituição política da monarquia''" uma vez que pela sua natureza de "''escola privilegiada''" era abjeta à abolição dos privilégios nobiliárquicos prosseguida pelo regime liberal. Como sintetizou Silvestre Ribeiro: "''Tendo tido a sua razão de ser nas ideias e circunstâncias da época da sua fundação, devia necessariamente desaparecer diante dos princípios de igualdade que a constituição política fez vigorar''"<ref>Ribeiro, 6:327.</ref>. O decreto providenciava igualmente à transferência dos colegiais para o Colégio Militar, sendo mais tarde decidido, por outro diploma, a instalação da [[Escola Politécnica de Lisboa]] e da [[Escola do Exército]] no edifício que havia albergado o Colégio Real dos Nobre, afetando as suas verbas e demais inventários àquela primeira instituição<ref>Ribeiro, 6:322-323.</ref>.  
===Outras informações===<!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
A direção literária, científica e disciplinar do Colégio Real dos Nobres era assegurada pelos lugares de reitor e vice-reitor, devendo dar cumprimento aos Estatutos, e pelo lugar de prefeito dos estudos responsável pelo exame e revisão das composições dos colegiais, entre outras. Acrescia uma Junta encarregue da direção económica do Colégio<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 1:283-284.</ref>.


===Outras informações===<!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
O lugar de reitor foi incumbido a José Isidoro Olivieri entre 1789 e 1798<ref>''Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX.'', 344.</ref><ref>''Almanach para o anno de 1797'', 362.</ref><ref name=":13">''Almanach para o anno de 1798'', 416.</ref>, sendo vice-reitor José Dias Pereira. Em 1802, Ricardo Raimundo Nogueira ocupava o lugar<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 3:126.</ref>. O lugar de vice-reitor também foi ocupado por João Egas de Bulhões Sousa<ref>Araújo, "A Real", 402.</ref>.
O lugar de reitor foi incumbido a José Isidoro Olivieri entre 1789 e 1798<ref>''Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX.'', 344.</ref><ref>''Almanach para o anno de 1797'', 362.</ref><ref name=":13">''Almanach para o anno de 1798'', 416.</ref>, sendo vice-reitor José Dias Pereira. Em 1802, Ricardo Raimundo Nogueira ocupava o lugar<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 3:126.</ref>. O lugar de vice-reitor também foi ocupado por João Egas de Bulhões Sousa<ref>Araújo, "A Real", 402.</ref>.


O Real Colégio dos Nobres tinha por estabelecimentos auxiliares anexos uma livraria privativa; um gabinete matemático; um gabinete de física experimental; e uma escola de picaria<ref>Sobre a constituição e composição da livraria privativa vide, Araújo, 405-412.</ref>.
O Real Colégio dos Nobres tinha por estabelecimentos auxiliares anexos uma livraria privativa; um gabinete matemático; um gabinete de física experimental; e uma escola de picaria<ref>Sobre a constituição e composição da livraria privativa vide, Araújo, 405-412.</ref>.


No ano de 1797 contavam-se 30 alunos inscritos<ref>''Almanach para o anno de 1797'', 362.</ref>.
No ano de 1797 encontrava-se inscritos 30 alunos<ref>''Almanach para o anno de 1797'', 362.</ref>.


==Professores== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
==Professores== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
==Curricula== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
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<!--Nota: no caso de instituições que não sejam de ensino, a criação de novos campos tem que ser debatida previamente-->Disciplinas constantes no primeiro plano de estudos do Colégio Real dos Nobres:
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Revisão das 18h39min de 10 de novembro de 2022


Colégio Real dos Nobres
(valor desconhecido)
Outras denominações Colégio dos Nobres, Real Colégio dos Nobres
Tipo de Instituição Ensino civil
Data de fundação 7 março 1761
Data de extinção 4 janeiro 1837
Paralisação
Início: valor desconhecido
Fim: valor desconhecido
Localização
Localização Colégio Real dos Nobres, Lisboa,-
Início: 07 de março de 1761
Fim: 04 de janeiro de 1837
Antecessora valor desconhecido

Sucessora valor desconhecido


História

O Colégio Real dos Nobres foi criado por Carta de Lei de 7 de Março de 1761, por Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, com o objetivo principal de garantir uma educação e instrução modernas à elite nobiliárquica portuguesa, dado ser entendimento que dela dependia "o bem espiritual e a felicidade temporal dos Estados"[1]. Sob influência dos ideais e reformas iluministas, e do despotismo esclarecido, característicos do século XVIII, a criação do Colégio esclarecia a importância que o "desempenho individual" dos membros da nobreza, a par do seu privilégio de nascimento, representava para o poder régio e a conservação do regime monárquico, fim para o qual se tornava necessário instruir as elites políticas e militares, dotando-as de uma "disciplina mais afável e polida de sociabilidade"[2].

A história do Colégio Real dos Nobres pode dividir-se em duas fases distintas, segundo José Silvestre Ribeiro: na primeira, entre 1761 a 1772, o Colégio apresentou-se como liceu e academia "destinada a proporcionar conhecimentos especiais de navegação, fortificação, e arquitetura civil"; e, numa segunda fase, entre 1772 até 1837, apresentou-se enquanto liceu "de proporções muito mais modestas", apesar de ter mantido a sua natureza privilegiada enquanto espaço "especial e privativo de uma classe de alunos, por assim dizer, privilegiada"[3].

Instalado no sítio da Cotovia, antigo edifício do Noviciado da Companhia de Jesus, a abertura do primeiro ano letivo decorreu em 19 de Março de 1766, e foi assistida pela Família Real, a Corte, ministros e secretários de Estado e o Cardeal Patriarca, D. Francisco de Saldanha[4]. Demonstrando a importância social do corpo docente do Colégio Real dos Nobres, indica José Silvestre Ribeiro terem sido os professores convidados por D. José ao beija-mão e a assistirem a peça no teatro da corte por altura do aniversário régio[5].

Na matrícula no Colégio Real dos Nobres era requerido o foro de moço fidalgo, fator preferencial em concurso, as faculdades de ler e escrever, e o pagamento adiantado de pensão anual no valor de 120 mil réis, sendo admitidos alunos com idades compreendidas entre os sete e treze anos[6]. Ainda que os Estatutos indicassem o número máximo de 100 colegiais, a sessão inaugural do primeiro ano letivo apenas seria assistida por 24 alunos. Nos primeiros anos de funcionamento do Colégio, o número de inscritos foi diminuto, possivelmente, em consequência da resistência movida pela nobreza portuguesa, ainda no rescaldo da execução régia da família dos Távoras em 1759, ao projeto educativo e pelo receio de delegar a instrução da sua mocidade a uma instituição régia[7]. Não obstante, entre 1766 e 1772 matricularam-se os primogénitos dos marqueses de Angeja, Alorna, Alegrete, Valença e Lavradio, os secundogénitos dos condes de Avintes e Oeiras, e os descendentes do visconde de Barbacena e do conde da Cunha[8].

Os Estatutos foram reformulados em 1767 e, a partir de 1771, a Real Mesa Censória passou a superintender a administração e direção dos estudos, acumulando com a inspeção de que já estava incumbida[9]. O estado de "decaimento do Colégio" motivou, em 1772, a publicação de dois alvarás providenciando sobre a reformulação dos órgãos de gestão interna e novas medidas disciplinares por forma a "restaurar o bem ordenado regime do estabelecimento" e a "combater a relaxação, em que tinha caído a administração literária, económica e policial do Colégio"[10]. No mesmo ano, os estudos matemáticos foram abolidos do programa do Real Colégio, tornando-se um exclusivo da Universidade de Coimbra[11]. Em 1779, o edifício do Colégio passou a albergar os estudos da Academia de Marinha de Lisboa, que podiam ser assistidos pelos colegiais[12]. Por decreto de 16 de Junho de 1792, as aulas antes exclusivas aos colegiais puderam ser frequentadas por alunos externos, razão pela qual em Setembro as aulas da Academia de Marinha de Lisboa[13] saíram do edifício.

Em consequência das invasões francesas e da Revolução Liberal de 1820 foi ponderada a viabilidade do Colégio Real dos Nobres uma vez ser considerada uma instituição de privilégio. A questão seria observada em debate nas Cortes em 1823, com particular ênfase para a problemática que levantava a dotação pública da instituição e do corpo docente. A sessão foi demonstrativa do modo crítico com que parte da elite política liberal perspectivava a manutenção do Colégio, expreso no discurso e o posicionamento ideológico do deputado Manuel Borges Carneiro: "«Isto de colégio dos nobres é também direito feudal, porque para alguém entrar nele, é necessário ter foro de fidalgo. Há aqui um monopólio de certas ciências só para tais fidalgos. (...) Logo, esses tais nobres, se querem estudá-las, porque não hão de ir onde vão os mais? (...) Porém o mais notável é pagar-se pelo Subsídio Literário estas escolas privativas do feudalismo (...)". No seguimento da discussão nas Cortes seria criada uma comissão encarregue de propor a reforma da instituição.[14] Em 1827, a Câmara dos Deputados responderia favoravelmente à eliminação da verba do Subsídio Literário para sustento do Colégio Real dos Nobres, estabelecendo que a despesa com o corpo docente fosse assegurada apenas pelas rendas do Colégio, facto confirmado por portaria datada de 1834[15]. No mesmo sentido, por forma a aliviar o erário público dos encargos com o Colégio Real, estabelecia-se que a pensão paga pelos colegiais fosse aumentada de 120 mil reis para 150 mil reis para suprir a despesa com os mesmos[16]. A demissão de empregados afetos ao Colégio "por desafetos à causa da liberdade" seria referência do incómodo que o Colégio Real passou a representar no seio sistema monárquico constitucional quer do ponto de vista ideológico e constitucional, quer financeiramente[17].

Em 1836, foi novamente nomeada uma comissão encarregada de propor um plano de reformas do Colégio Real dos Nobres nas suas dimensões científicas e económicas, constituída por José Alexandre de Campos, José Portelli e José Liberato Freire de Carvalho[18]. No entanto, por decreto de 4 de Janeiro de 1837, a instituição seria extinta, decisão fundamentada pela sua incompatibilidade com "a constituição política da monarquia" uma vez que pela sua natureza de "escola privilegiada" era abjeta à abolição dos privilégios nobiliárquicos prosseguida pelo regime liberal. Como sintetizou Silvestre Ribeiro: "Tendo tido a sua razão de ser nas ideias e circunstâncias da época da sua fundação, devia necessariamente desaparecer diante dos princípios de igualdade que a constituição política fez vigorar"[19]. O decreto providenciava igualmente à transferência dos colegiais para o Colégio Militar, sendo mais tarde decidido, por outro diploma, a instalação da Escola Politécnica de Lisboa e da Escola do Exército no edifício que havia albergado o Colégio Real dos Nobre, afetando as suas verbas e demais inventários àquelas instituições[20].

Outras informações

A direção literária, científica e disciplinar do Colégio Real dos Nobres era assegurada pelos lugares de reitor e vice-reitor, devendo dar cumprimento aos Estatutos, e pelo lugar de prefeito dos estudos responsável pelo exame e revisão das composições dos colegiais, entre outras. Acrescia uma Junta encarregue da direção económica do Colégio[21].

O lugar de reitor foi incumbido a José Isidoro Olivieri entre 1789 e 1798[22][23][24], sendo vice-reitor José Dias Pereira. Em 1802, Ricardo Raimundo Nogueira ocupava o lugar[25]. O lugar de vice-reitor também foi ocupado por João Egas de Bulhões Sousa[26].

O Real Colégio dos Nobres tinha por estabelecimentos auxiliares anexos uma livraria privativa; um gabinete matemático; um gabinete de física experimental; e uma escola de picaria[27].

No ano de 1797 encontrava-se inscritos 30 alunos[28].

Professores

Curricula

Plano de estudos de 1761.
Ano Nome da Cadeira Matérias Livros Professores
Primeiras letras[29] Professor proprietário em 1789: Leonardo José Pimenta[30].
Professor proprietário entre 1792 e 1805: Manuel de Sá Braga[31][32].

Professor substituto entre 1812 e 1820: Manuel Joaquim de Sá Braga[33][34].

Língua Latina[29]

Professor proprietário entre 1792 e 1798; entre 1802 e 1803: Sebastião Rodrigues da Costa[35][36][24][37][38].

Professor proprietário em 1805: Luís dos Santos Vilhena[39].

1797 Gramática Latina Professor proprietário em 1782: Sebastião Rodrigues da Costa[40].

Professor proprietário entre 1795 e 1803: Padre Manuel Ferreira Belo[41][42].

Professor proprietário em 1805: José Maria Alves Queiroz[43].

Professor proprietário em 1820: José Manuel de Sequeira[44].

Professor substituto entre 1812 e 1820: José Maria Alves Queiroz[45][46].

Professor substituto em 1817: José Manuel de Sequeira[47].

Língua Grega[29] Professor proprietário entre 1782 e 1798: Custódio José de Oliveira[48][24].

Professor proprietário entre 1802 e 1817: Januário Lombardy[49][50].

Professor substituto entre 1812 e 1820: João de França Ribeiro[51][52].

Línguas Francesa e Inglesa[29]. Professor proprietário entre 1789 e 1794; entre 1812 e 1814: Edmundo Belling[53][54][55][56].
Língua Inglesa Professor proprietário entre 1797 e 1805: Edmundo Belling[57][58].

Professor substituto entre 1817 e 1820: Bernardo Demott[59][60].

Língua Francesa Professor proprietário entre 1797 e 1802: Padre José Bernardo[61][62].

Professor proprietário em 1803: Abade Carlos Francisco Garnier[63].

Professor proprietário em 1805: Abade Boiret[64].

Professor substituto em 1817: Francisco António Fento Cachedenier[65].

Professor substituto em 1820: Pedro Augusto Adolfo Mauperrim[66].

Retórica[29] Professor proprietário entre 1782 e 1802: Pedro José da Fonseca[67][68].

Professor proprietário entre 1803 e 1820: Francisco Maria de Sales[69][70].

Professor substituto em 1792 e 1797: Francisco Xavier de Oliveira[71][72].

Professor substituto em 1802: Francisco Maria Sales[73].

Direção de exercícios em 1798: Padre João Pedro Pessoa[24].

Poética[29] Professor proprietário entre 1812 e 1817: Francisco Maria de Sales[74][75].
Lógica[29]
c. 1789 Filosofia Professor proprietário entre 1782 e 1802: Bartolomeu Ignácio Gorge[76][77].

Professor proprietário entre 1803 e 1820: Padre José Portelli[78][79].

Professor substituto em 1792: Manuel António dos Santos[80].

Professor substituto em 1795: Manuel Joaquim de Ornelas[81].

Professor substituto entre 1812 e 1820: Freire José de Santa Rosa (Terceira Ordem de S. Francisco)[82][83].

Direção de exercícios entre 1798 e 1802: Padre José Portelli[24][84].

História[29] Professor proprietário em 1782: Luís Carlos Moniz Barreto[85].

Professor proprietário entre 1789 e 1802: João Manuel de Abreu[86][87].

Professor substituto em 1802: Tomás Barbarino da Cunha[88].

"Aritmética; Geometria; Trigonometria; os teoremas de Archimedes; os primeiros seis livros de Euclides; o undécimo e duodécimo dos sólidos para a geometria elementar; Álgebra e a sua aplicação à geometria; análise dos infinitos; Cálculo integral; Óptica; Dióptrica; Catóptrica; Princípios de astronomia; Geografia completa, e a Náutica"[29]. Professor proprietário, [s.d.]: Miguel Franzini[89].

Professor proprietário de "Elementos de Matemática" em 1802: João Manuel de Abreu[90].

Professor proprietário de "Elementos de Matemática" entre 1803 e 1805: Tomás Barbarino da Cunha[91][92].

Professor substituto em 1802: Tomás Barbarino da Cunha[88].

Arquitectura militar[29]. Professor proprietário entre 1789 e 1805: Joaquim Carneiro da Silva[93][94].

Professor substituto em 1792 e 1820: Bento José de Almeida[95][96].

Professor substituto em 1820: Teodoro António de Lima[96].

Arquitectura civil[29]. Professor proprietário entre 1789 e 1805: Joaquim Carneiro da Silva[97][98].

Professor substituto em 1792 e 1820: Bento José de Almeida[95][96].

Professor substituto em 1820: Teodoro António de Lima[96].

Desenho[29]. Professor proprietário entre 1782 e 1805: Joaquim Carneiro da Silva [99][100].

Professor substituto em 1782: Joaquim Manuel da Rocha[101].

Professor substituto entre 1792 e 1820: Bento José de Almeida[95][96].

Professor substituto em 1820: Teodoro António de Lima[96].

Física[29] Professor, [s.d.]: Abade Tallier[102].

Professor, [s.d.]: Giovanni António dalla Bella[103].

Química Professor, [s.d.]: Domenico Vandelli[104].
1789 Equitação[105] Professor proprietário entre 1792 e 1814: Roberto João Gamby[106][107].

Encarregado da Escola de Picaria, [s.d.]: António Severino Alves[108].

Esgrima ou florete[29] Professor proprietário em 1792 e 1805: Jacome (ou Jaques) le Beau[109][110].

Professor proprietário entre 1794 e 1802: Pedro José Faveri[111][112].

Professor substituto em 1803: Pedro José Faveri[113].

Professor substituto entre 1817 e 1820: Alexandre Guery[114][115].

Dança[29] Professor proprietário entre 1789 e 1805: Pedro Colona[116][117][117].

Professor substituto entre 1812 e 1820: Pedro Pieroni[118][119].

20/02/1835 Língua Alemã[120] Professor, [s.d.]: João Frederico Wittnich[121].
Música Vocal e Instrumental[122] Professor, [s.d.]: Francisco Gazul[123].
Professor substituto em 1805: Pedro José Faveri[124].

Notas

  1. Estatutos do Collegio Real dos Nobres. [s.l.]: [s. ed.], 1777, 2, citado por Araújo, "A Real", 402.
  2. Araújo, 398; 400.
  3. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:327.
  4. Araújo, "A Real", 402.
  5. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 1:294.
  6. Ribeiro, 1:282.
  7. Araújo, "A Real", 403.
  8. Araújo, 404.
  9. Ribeiro, 1:288.
  10. Ribeiro, 1:289-292.
  11. Ribeiro, 1:292.
  12. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:97.
  13. Ribeiro, 2:101.
  14. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 3:130-132.
  15. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:25.
  16. Ribeiro, 6:25.
  17. Ribeiro, 6:25.
  18. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:321.
  19. Ribeiro, 6:327.
  20. Ribeiro, 6:322-323.
  21. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 1:283-284.
  22. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 344.
  23. Almanach para o anno de 1797, 362.
  24. 24,0 24,1 24,2 24,3 24,4 Almanach para o anno de 1798, 416.
  25. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 3:126.
  26. Araújo, "A Real", 402.
  27. Sobre a constituição e composição da livraria privativa vide, Araújo, 405-412.
  28. Almanach para o anno de 1797, 362.
  29. 29,00 29,01 29,02 29,03 29,04 29,05 29,06 29,07 29,08 29,09 29,10 29,11 29,12 29,13 29,14 Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 1:284.
  30. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 345.
  31. Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 443.
  32. Almanach do anno de 1805., 540.
  33. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 517.
  34. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 806.
  35. Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 442.
  36. Almanach para o anno de 1797, 362.
  37. Almanach para o anno de 1802., 498.
  38. Almanach para o anno de 1803., 504.
  39. Almanach do anno de 1805., 540.
  40. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCLXXXII, 302.
  41. Almanach para o anno de 1795., 19.
  42. Almanach para o anno de 1803., 504.
  43. Almanach do anno de 1805., 540.
  44. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 806.
  45. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 517.
  46. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 806.
  47. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 26.
  48. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCLXXXII, 303.
  49. Almanach para o anno de 1802., 498.
  50. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 26.
  51. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 517.
  52. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 806.
  53. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 345.
  54. Almanach para o anno de MDCCXCIV., 478.
  55. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 517.
  56. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXIV., 29.
  57. Almanach para o anno de 1797, 362.
  58. Almanach do anno de 1805., 540.
  59. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 26.
  60. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 806.
  61. Almanach para o anno de 1797, 362.
  62. Almanach para o anno de 1802., 498.
  63. Almanach para o anno de 1803., 504.
  64. Almanach do anno de 1805., 540.
  65. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 27.
  66. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 806.
  67. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCLXXXII, 303.
  68. Almanach para o anno de 1802., 497.
  69. Almanach para o anno de 1803., 504.
  70. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 806.
  71. Ribeiro, 2:100.
  72. Almanach para o anno de 1797, 362.
  73. Almanach para o anno de 1802., 497.
  74. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 516.
  75. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 26.
  76. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCLXXXII, 304.
  77. Almanach para o anno de 1802., 497.
  78. Almanach para o anno de 1803., 504.
  79. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 806.
  80. Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 442.
  81. Almanach para o anno de 1795., 18.
  82. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 516.
  83. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 806.
  84. Almanach para o anno de 1802., 497.
  85. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCLXXXII, 304.
  86. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 345.
  87. Almanach para o anno de 1802., 498.
  88. 88,0 88,1 Almanach para o anno de 1802., 498.
  89. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:329.
  90. Almanach para o anno de 1802., 498.
  91. Almanach para o anno de 1803., 504.
  92. Almanach do anno de 1805., 539.
  93. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 345.
  94. Almanach do anno de 1805., 540.
  95. 95,0 95,1 95,2 Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 443.
  96. 96,0 96,1 96,2 96,3 96,4 96,5 Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 807.
  97. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 345.
  98. Almanach do anno de 1805., 540.
  99. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCLXXXII, 304.
  100. Almanach do anno de 1805., 540.
  101. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCLXXXII, 305.
  102. Ribeiro, 6:329.
  103. Araújo, "A Real", 415.
  104. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:329.
  105. Ribeiro, 2:99.
  106. Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 443.
  107. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXIV., 30.
  108. Ribeiro, 6:321.
  109. Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 443.
  110. Almanach do anno de 1805., 540.
  111. Almanach para o anno de M.DCC.XCIV., 478.
  112. Almanach para o anno de 1802., 498.
  113. Almanach para o anno de 1803., 504.
  114. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 27.
  115. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 807.
  116. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 345.
  117. 117,0 117,1 Almanach do anno de 1805., 540.
  118. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 517.
  119. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 807.
  120. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:320.
  121. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:320.
  122. Ribeiro, 6:321.
  123. Ribeiro, 6:321.
  124. Almanach do anno de 1805., 540.

Fontes

Almanach de Lisboa para o anno de MDCCLXXXII.. Lisboa, 1782.

Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX.. Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1789.

Almanach para o anno de M. DCC. XCII.. Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1792.

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Almanach para o anno de 1797.. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1797.

Almanach para o anno de 1798.. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1798.

Almanach para o anno de 1802.. Lisboa: Regia Officina Typographica, 1802.

Almanach para o anno de 1803.. Lisboa: Regia Officina Typographica, 1803.

Almanach do anno de 1805.. Lisboa: Impressão Regia, 1805.

Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII.. Lisboa: [s.ed.], 1812.

Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXIV.. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1814.

Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII.. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1817.

Almanach para o anno de M.DCCC.XX.. Lisboa: Officina de J. F. M. de Campos, 1820.

Bibliografia

Ana Cristina Araújo, "A Real Mesa Censória e o Colégio Real dos Nobres da Corte: revisão e censura de um projeto civil, literário e educativo". Revista de História da Sociedade e da Cultura, vol. 20 (2020): 397-418.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da monarquia. Vol. 1. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1871.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da monarquia. Vol. 2. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1872.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da monarquia. Vol. 3. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1873.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da monarquia. Vol. 5. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da monarquia. Vol. 6. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876.

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Autor(es) do artigo

João de Almeida Barata

https://orcid.org/0000-0001-9048-0447

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

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