Domingos Vieira Serrão

Fonte: eViterbo
Revisão em 11h53min de 11 de agosto de 2017 por Jsp (discussão | contribs)
Saltar para a navegação Saltar para a pesquisa


{{#cargo_store:_table=TechNetEMPIRE_BiografiaExtensa | nome_completo = | data_nascimento = 1570 | nascimento_data = | local_nascimento = Tomar | nascimento_local = | data_morte = 1632 (62 anos) | morte_data = | local_morte = | morte_local = | residência = Tomar, Portugal | nacionalidade = Portuguesa | cidadania = | etnia = | pai = João Henriques Serrão | mãe = Maria Dias }}


Domingos Vieira Serrão
Nascimento 1570
Tomar
Morte 1632 (62 anos)
Residência Tomar, Portugal
Nacionalidade Portuguesa
Progenitores Mãe: Maria Dias
Pai: João Henriques Serrão
Sexo masculino

Biografia

Dados biográficos

A partir do seu processo de habilitação para familiar do Santo Ofício, datado de 1626, sabemos que era filho natural de João Henriques Serrão, cavaleiro-fidalgo da casa do rei, e de Maria Dias, neto de Miguel Henriques e Isabel Serrão, por parte do pai, e de João Dias Fevereiro e Vitória Álvares, por parte da mãe e casado com Madalena de Frias, filha do arquitecto Nicolau de Frias[1].

Foi, com Simão Rodrigues, um dos membros fundadores da Irmandade de São Lucas de Lisboa, em 1602, da qual foi juiz em 1608.


Carreira

Pintou, dourou e estofou obras para o Convento de Cristo, em Tomar, juntamente com Simão de Abreu, na década de 1590 do século XX. Sucedeu-lhe no cargo de pintor do Convento de Cristo, após a sua morte, por nomeação do rei D. Filipe III a 1 de julho de 1624[2] . Segundo Sousa Viterbo, trabalhou em Coimbra com Simão Rodrigues no primeiro quartel do século XVII, fazendo pinturas para a Igreja de Santa Cruz e para a Capela da Universidade[3]. Foi nomeado pintor a óleo do rei a 1 de junho de 1619, por morte de Amaro do Vale, cargo que exerceu até morrer, por volta de 1632, sendo sucedido por Miguel de Paiva. Filipe III chamou-o para o seu Retiro de Madrid para pintar e fê-lo cavaleiro fidalgo.

Obras

  • 1592 - Sete pinturas para as capelas da Charola do Convento de Cristo, em Tomar, com Simão de Abreu.
  • 1592-1595 - Douramento de colunas e altares da Charola do Convento de Cristo, em Tomar, com Simão de Abreu.
  • 1592-1595 - Pintura e douramento de dez cruzes e tocheiros da Charola do Convento de Cristo, em Tomar, com Simão de Abreu.
  • 1593 - Pintura das "oitavas dos altos" da Charola do Convento de Cristo, em Tomar, com Simão de Abreu.
  • 1594 - Pintura dos vãos internos da Charola do Convento de Cristo, em Tomar, com Simão de Abreu.
  • 1594 - Douramento, estofamento e pintura de figuras de vulto da Charola do Convento de Cristo, em Tomar, com Simão de Abreu.


Referências bibliográficas

  1. ANTT, Tribunal do Santo Oficio, Conselho Geral, Habilitações, Domingos, mç. 2, doc. 60, fl. 1
  2. Francisco de Sousa Viterbo, Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1906, 82.
  3. Francisco de Sousa Viterbo, Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1911, 167.

Bibliografia e Fontes

  • Custódio, Jorge, "As metamorfoses religiosas e artísticas da Charola do Convento de Cristo e a «conservação» do «sagrado erário».", in A Charola do Convento de Cristo. História e Restauro, coord. Ana Carvalho Dias e Irene Frasão, DGPC: Lisboa, 2014.
  • Flor, Susana Varela e Flor, Pedro, Pintores de Lisboa. Séculos XVII-XVIII. A Irmandade de S. Lucas. Lisboa: Scribe, 2013.
  • Flor, Susana Varela, "Vias de introdução do “primeiro naturalismo” na pintura do século XVII em Portugal", in Visiones renovadas del Barroco iberoamericano, editado por María del Pilar López e Fernando Quiles. Vol. 1, 116-133. Sevilha: Universo Barroco Iberoamericano, 2016.[1]
  • López Vizcaíno, Pilar, "El Santo Sepulcro y las construcciones religiosas de la Orden del Temple. La Charola de Tomar", in Las Órdenes Militares: realidad e imaginario, editado por María Dolores Burdeus, Elena Real e José Manuel Verdegal, 181-220. Castellón: Universitat Jaume I, 2000.
  • Monteiro, Maria Stella Prata da Silva, Simão Rodrigues e Domingos Vieira Serrão: pintores portugueses dos séculos XVI e XVII. Dissertação de licenciatura, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 1957.
  • Serrão, Vítor, A pintura maneirista em Portugal. Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa/Ministério da Educação e das Universidades, 1991 (3ª ed.).
  • Serrão, Vítor, A pintura protobarroca em Portugal, 1612-1657: o triunfo do naturalismo e do tenebrismo. Lisboa: Edições Colibri, 2000.
  • Serrão, Vítor, "Simão Rodrigues em Roma. A Influência do Oratorio del Crocifisso na Pintura Maneirista Portuguesa". PROMONTORIA I (2002/2003): 89-106.
  • Serrão, Vítor, "Pittura senza tempo em Coimbra, cerca de 1600 : as tábuas de Simão Rodrigues e Domingos Vieira Serrão na sacristia da Igreja do Carmo". Monumentos 25 (Set. 2006): 92-107.
  • Viterbo, Francisco de Sousa, Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1903 (1ª série), 1906 (2ª série), 1911 (3ª série).
  • ANTT, Tribunal do Santo Oficio, Conselho Geral, Habilitações, Domingos, mç. 2, doc. 60[2]

Ligações Externas


Autor(es) do artigo

DOI

Citar este artigo

{{DEFAULTSORT:Domingos Vieira Serrão}