Luís Serrão Pimentel

Fonte: eViterbo
Revisão em 21h16min de 11 de dezembro de 2022 por Margaridatavares (discussão | contribs)
Saltar para a navegação Saltar para a pesquisa


Luís Serrão Pimentel
Nome completo Luís Serrão Pimentel
Outras Grafias Luis Serram, Luis Sarram
Pai Jorge Serrão Pimentel
Mãe Ana Tovar e Miranda
Cônjuge Isabel de Godines
Filho(s) Manuel Pimentel, Jorge Pimentel, Francisco Pimentel, Ana Maria Pimentel
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 4 fevereiro 1613
Lisboa, Lisboa, Portugal
Morte 13 dezembro 1679
Lisboa, Lisboa, Portugal
Sexo Masculino
Religião Cristã
Residência
Residência Lisboa, Lisboa, Portugal
Data Início: 1613
Fim: 1679
Formação
Formação Matemática
Local de Formação Lisboa, Lisboa, Portugal
Postos
Posto Tenente-General
Data Início: 1663
Fim: 1671
Arma Artilharia
Cargos
Cargo Cosmógrafo
Data Início: outubro de 1641
Fim: 13 de julho de 1647

Cargo Cosmógrafo-mor
Data Início: 13 de julho de 1647
Fim: 14 de dezembro de 1671

Cargo Cosmógrafo-mor
Data Início: 14 de dezembro de 1671
Fim: 13 de dezembro de 1679

Cargo Professor
Data Início: 1647
Fim: 1679

Cargo Professor
Data Início: 1654
Fim: 1679

Cargo Engenheiro
Data Início: 1663
Fim: 14 de dezembro de 1671
Actividade
Actividade Campanha militar
Data Início: 1658
Fim: 1664
Local de Actividade Alentejo, Portugal

Actividade Desenho de fortificação
Data Início: 1661
Fim: 1664
Local de Actividade Alentejo, Portugal

Actividade Missão
Data Início: 1673
Fim: 1673
Local de Actividade Beira Baixa, Portugal

Actividade Autoria de texto
Local de Actividade Lisboa, Lisboa, Portugal


Biografia

Dados biográficos

Luís Serrão Pimentel foi baptizado no dia 4 de Fevereiro de 1613 (data adoptada como referência para o seu nascimento), na freguesia de Santa Justa em Lisboa. Era filho de Ana Tovar e Miranda e de Jorge Serrão Pimentel[1] [2]. O seu bisavô pelo lado paterno, Jorge Serrão de Évora, negociava em finais do século XVI produtos orientais que chegavam a Lisboa e deverá ter conhecido alguma prosperidade pois fundou uma capela no Convento do Carmo da mesma cidade. Assim, a família teria alguns recursos financeiros, tendo legado o morgadio de São Gonçalo na Ameixoeira, no termo de Lisboa, de que era administrador o pai de Luís Serrão Pimentel[3] [4].

É também muito provável que tivesse ascendência judaica, suspeita que o terá impedido, tal como a vários membros da sua família, de obter o hábito da Ordem de Cristo. Viterbo publicou o excerto de um documento, datado de 18 de Maio de 1665, que refere ter Luís Serrão Pimentel recebido mercê do hábito de Cristo, mas sem que o processo tivesse sido efectivado[5] [6] [7].

Casou com Isabel de Godines, sua prima[8], tendo sido pai de três filhos e uma filha: Manuel Pimentel e Francisco Pimentel, seus sucessores nos cargos oficiais, Jorge Pimentel, que terá seguido a vida religiosa[1], e ainda Ana Maria Pimentel, a quem foi autorizada a herança de uma tença recebida por seu pai[9] [10] [11], mas que por volta de 1671 já tinha falecido [12].

Sobre a sua formação escolar não são conhecidas fontes primárias, mas tem-se aceitado como plausível o conjunto de dados coligidos por Barbosa de Machado: na idade juvenil estudou Humanidades no colégio jesuíta de Lisboa e depois, querendo seguir a vida militar, embarcou em 1631 com destino à Índia, com seu tio Fernão Serrão Pimentel, na nau Rosário, que "avistando a costa de Pernambuco arribou a este Reino"[1]. Episódio na verdade ainda por esclarecer, que apoiou a leitura de um insucesso justificativo da posterior aplicação ao estudo das disciplinas matemáticas, que "ouviu pelo espaço de dez anos, assim dos Mestres do Colégio da Companhia de Jesus, como do cosmógrafo-mor Valentim de Sá"[1]. Apesar da escassez de informações precisas, é quase consensual que se tenha formado no âmbito da "Aula da Esfera" do Colégio de Santo Antão, onde poderá ter tido contacto com Ignace Stafford, Simon Fallon e Jan Ciermans, padres com comprovada ligação ao universo da arquitectura militar.

Luís Serrão Pimentel morreu em 1679, no dia 13 de Dezembro, na sequência da queda de um cavalo junto à Igreja da Madalena em Lisboa. Foi sepultado na capela da sua família, situada no claustro do Convento do Carmo em Lisboa[1], cuja epígrafe deixava ler:

"Sepultura perpétua de Jorge Serrão de Évora, e de sua mulher Isabel da Paz, e de seus herdeiros. Nela foi sepultado no mês de Dezembro de 1679 seu bisneto Luís Serrão Pimentel, um dos grandes homens, que nas ciências Matemáticas, no valor e disciplina militar teve este Reino. Foi nele Cosmógrafo mor. Tenente General da Artilharia, e Engenheiro mor. Dos seus Escritos lemos o Roteiro do Mar Mediterrâneo, a Arte de Navegar, e o Método Lusitânico de desenhar as fortificações, primeira obra, que deste género se imprimiu neste Reino."[13] [2].

Enquanto cosmógrafo, engenheiro militar e lente de fortificação, mas também erudito e membro de uma academia literária, o contributo de Luís Serrão Pimentel para a cultura técnico-científica em Portugal na Época Moderna é referido de modo recorrente na historiografia. Destaca-se em especial a sua importância na formação dos engenheiros militares e na acção por estes desenvolvida nos territórios de soberania portuguesa no universo da cultura arquitectónica e urbanística [14][15] [16][17].

Carreira

Luís Serrão Pimentel entrou ao serviço da coroa em Outubro de 1641, informação constante numa carta padrão datada de 1666, que dá a ler parte o seu currículo até então[9] [10] [18]. Retrospectivamente, pode-se concluir que os serviços prestados na década de 1640 estiveram relacionados com a assistência ao cosmógrafo-mor titular, António de Mariz Carneiro. Barbosa de Machado afirma que em 1642 Pimentel viu aprovado o regimento de pilotos que apresentou a exame ao proprietário do cargo[1]. É também sabido que Mariz Carneiro ficou impedido de exercer o cargo por ter sido degredado para o Brasil entre 1644 e 1646, tendo visto a sua pena perdoada somente em 1649, circunstância que contribui para a clarificação dos papéis desempenhados[19]. Assim, por alvará régio de 13 de Julho de 1647, Luís Serrão Pimentel foi nomeado como "cosmógrafo-mor lente de matemática enquanto durar o impedimento do dito proprietário", sendo ainda mencionado que assim servia já há alguns anos[20] [19].

Esta data tem sido tomada como momento da instituição da Aula de Fortificação de Lisboa, mas não é correcto. Luís Serrão Pimentel começou a leccionar fortificação apenas a partir de 1654 e desde essa altura a sua identificação profissional surge quase sempre como lente de fortificação. O alvará régio, datado de 29 de Outubro de 1654, tem por objecto a resposta a uma petição de militares, arquitectos e "outras pessoas" e é categórico no esclarecimento desta questão: "[...] hei por bem e me apraz que o dito Luís Serrão Pimentel leia nesta cidade a arte da fortificação e a lição das mais coisas acima referidas aos que as quiserem aprender e que com esta ocupação vença sessenta mil réis por ano [....] e valha posto que seu efeito haja de durar mais de um ano sem embargo de ordenação em contrário."[21] [22]. Na petição feita ao rei constam cerca de sessenta assinaturas, incluindo nomes vinculados aos “lugares de aprender arquitetura”, como João Nunes Tinoco, que encabeça a lista, ou Mateus do Couto e Simão Madeira, além de vários outros militares[23].

Da sua actividade como cosmógrafo regista-se a realização de exames a pilotos, cartógrafos e construtores de instrumentos náuticos[24] [25], bem como a revisão de regimentos, compilação de dados das viagens e organização de roteiros. Entre as suas tarefas cabia também a responsabilidade de emitir pareceres[26] e participar em juntas sobre questões técnicas e científicas. Destaca-se a sua participação, com Mariz Carneiro, na junta de matemáticos reunida em 18 de Março de 1656 a fim de avaliar a proposta de Tomé da Fonseca sobre a determinação da longitude; nesta ocasião observa-se que Pimentel surge apresentado como Lente de Fortificação[27].

Da sua actividade como engenheiro, também as décadas de 1640 e 1650 parecem ter sido decisivas para a construção do seu currículo profissional e militar. Ficou registada a sua participação activa no teatro de guerra da fronteira alentejana, tendo assumido trabalhos de assédio e defesa, construção de aproches, fortificação de alojamentos e até mesmo operações de condução dos exércitos. Deste modo, em 1658 "assistiu na campanha de Badajoz aos trabalhos das fortificações e a ganhar os postos" e durante o sítio de Elvas "padeceu grandes moléstias, assim na assistência do forte de Santa Luzia e outeiro de São Pedro como dos contínuos rebates da cidade."[9] [10]. Em 1659 participou nas batalhas das Linhas de Elvas, "saindo com a gente de dentro [...], fazendo desta parte ofício de tenente general"[18] [28], referindo ainda que assistiu um ano e meio na praça de Elvas "servindo à sua custa".

Nos anos de 1661 e 1662, já com o conde de Schomberg ao serviço de Portugal a imprimir uma outra dinâmica militar, Pimentel passou ao Alentejo por três ocasiões para "formar a planta da fortificação de Évora e encomendar as fortificações das mais praças da província", vindo a participar no ano seguinte nas operações do sítio de Évora (tomada pelos espanhóis em Maio de 1663), onde trabalharam nos aproches cinco discípulos seus, entre os quais Bartolomeu Zenit e Francisco João da Silva[18]. Participou por isso no processo que terminou na vitória do Ameixial (Junho 1663): "tornando-se depois a incorporar-se no exército se achar no recontro do Degebe [afluente do rio Guadiana] em que desenhou a maior parte da Artilharia enquanto o nosso exército se cobriu à vista do inimigo mostrando depois na batalha do Ameixial grande disposição no reforçar da cavalaria com mangas de mosquetaria e guiando-as aos postos onde se haviam de dar as cargas; na recuperação de Évora encaminhar os aproches da parte de São Bartolomeu e Carmo, até se arrimarem as mantas na muralha, retirando-se acabada a ocasião a esta corte [...]." Apesar de longa, esta citação demonstra bem uma participação militar directa em momentos decisivos no curso da guerra[18].

A partir desta sequência de provas de fogo, Luís Serrão Pimentel alcançou algum reconhecimento como engenheiro e militar. Apesar da petição para o cargo de engenheiro-mor do reino, que tinha entregue em Novembro de 1661, se ter perdido juntamente com os pareceres dados, voltou a requerer o cargo em Setembro de 1663: conserva-se hoje um documento fundamental onde são referidos detalhes do extravio do pedido anterior e a sua folha de serviços[18]. Serrão Pimentel deixou também bastante claro que vinha até então desempenhando as funções correspondentes ao cargo de engenheiro-mor do reino, argumentando que:

 "[...] e é este cargo devido ao suplicante por ser lente da cadeira de Fortificação, deitar da aula engenheiros, examinar por ordem de Sua Majestade pelo conselho de guerra os que vem de fora, dos quais V. Majestade despacha os que o suplicante aprova, despede o que reprova, fiando dele matéria de tanto porte, e não é justo que com o soldo que o suplicante tem para ler a cadeira vá servir no exercício de engenheiro nas ocasiões de guerra, perigo e gastos, sendo que o suplicante nem tem soldo nem patente de engenheiro pela não aceitar de engenheiro ordinário, merecendo por sua suficiência e serviços o de engenheiro mor, não obstante o que, no exercício o faz com toda a satisfação, risco de sua pessoa e gasto de fazenda nas jornadas [...]."[18]

O pedido foi ainda feito com menção aos anteriores titulares (Filipe Terzi, Leonardo e Diogo Turriano) e solicitava à coroa o mesmo pagamento de sessenta e quatro mil réis "como tinha Langres na tenência geral da artilharia de Lisboa", bem como sustento de palha e cevada para um cavalo. Alegava mesmo a injustiça da sua situação quando comparada com a dos engenheiros estrangeiros, já que "por ser o suplicante Português não [o] deve desmerecer".[18]

Além disso, Serrão Pimentel solicitou também um posto militar, o de "tenente-general de artilharia com exercício em qualquer parte que o suplicante estiver", tal como tinha sido concedido a Pierre de Sainte Colombe, pois o "suplicante o tem exercitado em efeito na guerra viva e lhe é necessário para ser melhor obedecido nas matérias da fortificação"[18]. As estas solicitações deram os conselheiros parecer positivo, mas propondo um soldo inferior,  quarenta mil réis de cada mês, e "quando assistir no exército de Alentejo se lhe dê palha e cevada para dous cavalos e quando estiver nesta corte para um na forma que pede, e isto com o título de engenheiro mor do exercito do Alentejo (caso que V Mag. o haja por vago), o que até agora ocupava Silincourt, com patente de Tenente general da artilharia para exercitar este posto, em qualquer Província aonde se achar e que deste modo será também melhor obedecido no trabalho das fortificações."[18].

Deste modo, entre 1663 e 1671, Serrão Pimentel passou a exercer formalmente como engenheiro-mor do exército e província do Alentejo, com obrigação de ler fortificação na corte e tenente general de artilharia "em qualquer parte do reino".

Outras informações

Obras

Notas

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 Machado, Biblioteca Lusitana..., III: 133-135; sugere que se trataria do filho primogénito.
  2. 2,0 2,1 Ferreira, "Luís Serrão Pimentel", 4-6.
  3. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Feitos Findos, Registo Geral dos Testamentos de Lisboa, Lv. 13, fls. 104-104 v.
  4. Olival, "O acesso de uma família de cristãos-novos", 68-82.
  5. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, II: 273.
  6. Ferreira, "Luís Serrão Pimentel", 22.
  7. Mais detalhes são conhecidos a partir do processo de habilitação do seu bisneto, Manuel Pimentel de Miranda, filho de Luís Francisco Serrão de Miranda, aberto em 1754; Olival, "O acesso de uma família de cristãos-novos", 67-82.
  8. Machado, Biblioteca Lusitana, vol. II, 220; refere que Isabel de Godins seria a segunda mulher de Luís Serrão Pimentel.
  9. 9,0 9,1 9,2 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Chancelaria de D. Afonso VI, Lv. 20, fl. 129 v.-130 v.
  10. 10,0 10,1 10,2 Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos..., vol. II: 269-270.
  11. Ferreira, "Luís Serrão Pimentel...", 6, 180-182.
  12. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, Maço 36, Consulta de 21 de Agosto de 1677.
  13. Sá, Memorias Historicas da Ordem de Nossa Senhora do Carmo, 184-185, afirma que a sepultura familiar se encontrava na "primeira quadra junto à porta que dava para a entrada principal da capela dos Terceiros".
  14. Moreira, "Do rigor teórico à urgência prática...", 83-85.
  15. Araujo, As Cidades da Amazónia no Séc.XVIII, 25-72.
  16. Rossa, "A Cidade Portuguesa", 263-274.
  17. Soromenho, "Manuel Pinto de Vilalobos", 4-56.
  18. 18,0 18,1 18,2 18,3 18,4 18,5 18,6 18,7 18,8 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, Consulta de 4 Setembro de 1663.
  19. 19,0 19,1 Matos,"António de Mariz Carneiro Cosmógrafo-Mor".
  20. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Chancelaria de D. João IV, Lv. 18, fl. 298 v.
  21. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria de Guerra, Registo, Lv. 17, fl. 172.
  22. Sepúlveda, História Orgânica e Política, vol. VIII, 548.
  23. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, Maço 14, consulta de 13 Outubro de 1654.
  24. Enquanto cosmógrafo-mor interino examinou trinta e dois candidatos a pilotos, em 1641, 1642 e entre 1644 e 1648; Polónia, "Mestres e pilotos das Carreiras Ultramarinas", 271-353.
  25. Ferreira, "Luís Serrão Pimentel", 50.
  26. No Regimento de Pilotos e Roteiro da Navegaçam, e Conquistas do Brazil, Angola, S. Thome, Cabo Verde, Maranhão, Ilhas, & Indias, de Antonio Mariz Carneiro, 1642, existe um parecer de Luís Serrão Pimentel, datado de 1 fevereiro de 1642; Matos, "António Mariz Carneiro"; Ferreira, "Luís Serrão Pimentel", 54.
  27. Arquivo Histórico Ultramarino, Índia, Papéis avulsos, Capilha de 3 de Abril de 1656, publicado por Matos, "António Mariz Carneiro" e Ferreira, "Luís Serrão Pimentel",143-144; sobre os pareceres de Luís Serrão Pimentel acerca das medições para o cálculo para longitude: Ferreira, "Luís Serrão Pimentel", 59-60.
  28. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos..., vol. II: 271-273.

Fontes

Arquivo Histórico Ultramarino, Índia, Papéis avulsos, Capilha de 3 de Abril de 1656, Acta da junta de matemáticos para análise de uma proposta de Tomé da Fonseca.

Arquivo Histórico Ultramarino, Conselho Ultramarino, Brasil, Bahia. Lisboa, 12 de Novembro de 1674. Consulta do Conselho Ultramarino a Luís Serrão Pimentel sobre os engenheiros João Lucas Ferreira Simões, de Viana do Castelo, Manuel Barreto da Ponte, João Coutinho e António Correia Pinto, que podem ir para os Estados da India e Brasil. Doc. 2615, Catálogo Luísa da Fonseca.

Arquivo Histórico Ultramarino, Conselho Ultramarino, Brasil, Lisboa, Consulta sobre o que pede o engenheiro-mor Luís Serrão Pimentel, acerca da prisão do capitão engenheiro do Brasil, António Correia Pinto, por ordem do ouvidor do Rio de Janeiro, Pedro de Unhão Castelo Branco. Lisboa, 23 de Setembro de 1677. Doc 2787, Catálogo Luísa da Fonseca.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Chancelaria de D. Afonso VI, Lv. 20, fl. 129 v.-130 v., Carta de mercê atribuindo a Luís Serrão Pimentel a tença de cinquenta e dois mil e quinhentos réis na imposição dos vinhos de Évora, que vagou por morte de sua tia, Isabel Mendes de Tovar, 30 de Julho de 1666. Alvará de renúncia de Luís Serrão Pimentel, da referida tença, em sua filha Ana Maria Pimentel, 31 de Julho de 1666.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Chancelaria de D. João IV, Lv. 18, fl. 298 v., alvará de nomeação de Luís Serrão Pimentel como cosmógrafo-mor por impedimento de António de Mariz Carneiro, 13 de Julho de 1647.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, Maço 14, consulta de 13 Outubro de 1654, Sobre o soldo que se poderá signalar a Luís Serrão Pimentel enquanto assistir na ocupação de ensinar cosmografia e a arte da fortificação.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, consulta de 4 Setembro de 1663, Petição de Luís Serrão Pimentel do cargo de engenheiro-mor do reino.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, Maço 36, consulta sobre requerimento de Luís Serrão Pimentel para publicar o Método Lusitânico, 21 de Agosto de 1677.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria de Guerra, Registo, Lv. 17, fl. 172, alvará régio que manda Luís Serrão Pimentel ler fortificação, 10 de Outubro de 1654.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Feitos Findos, Registo Geral dos Testamentos de Lisboa, Lv. 13, fls. 104-104 v.

Bibliografia

AAVV. A Ciência do Desenho. A Ilustração na Colecção de Códices da Biblioteca Nacional, Cat. Lisboa: Biblioteca Nacional, 2001.

Albuquerque, Luís de, "Luís Serrão Pimentel", Dicionário de História de Portugal, dir. Joel Serrão, vol. V, 79-80. Porto: Livraria Figueirinhas, 1984.

Andrade, António Alberto Banha de. "Descartes em Portugal nos séculos XVII e XVIII", Brotéria (1950), vol. 51 (5): 432-451.

Araujo, Renata Malcher de. As Cidades da Amazónia no Séc.XVIII; Belém, Macapá e Mazagão. Porto: FAUP Edições, 1998.

Carita, Rui et al. Conhecimento e Definição do Território. Os Engenheiros Militares (séculos XVII-XIX), Cat. Lisboa: Direcção dos Serviços de Engenharia, Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e Arquivo Histórico Militar, 2003.

Carvalho, Aires de, “Um Manuscrito Inédito de Luís Serrão Pimentel Dedicado a Cosme III, Grão-Duque da Toscana”, Estudos Italianos em Portugal 23 (1964): 161-169.

Conde, Antónia Fialho e M. Rosa Massa-Esteve. "Teaching engineers in the seventeenth century: European influences in Portugal", Engineering Studies 10, nº 2-3 (2018): 115-133.

Ferreira, Nuno Alexandre Martins. "Luís Serrão Pimentel (1613-1679): Cosmógrafo Mor e Engenheiro Mor de Portugal." Dissertação de Mestrado, Universidade de Lisboa, 2009.

Machado, Diogo Barbosa. Biblioteca Lusitana, Histórica, Artística e Cronológica, vol. II. Coimbra: Atlântica Editora, (1747) 1966.

Machado, Diogo Barbosa. Biblioteca Lusitana, Histórica, Artística e Cronológica, vol. III. Coimbra: Atlântica Editora, (1752) 1966.

Matias, Elze Maria Henny Voonk. "As academias literárias portuguesas dos séculos XVII e XVIII". Tese de doutoramento, Universidade de Lisboa, 1988.

Matos, Rita Cortês de. "António de Mariz Carneiro Cosmógrafo-Mor de Portugal". Tese de Mestrado, Universidade de Lisboa, 2002.

Moreira, Rafael. "Do Rigor Teórico à Urgência Prática: A Arquitectura Militar". In: História da Arte em Portugal, O Limiar do Barroco, dir. Carlos Moura, 67-86. Lisboa: Publicações Alfa, 1986.

Mota, Avelino Teixeira da. Os regimentos do cosmógrafo-mor de 1559 e 1592 e as origens do ensino náutico em Portugal. Lisboa: Junta de Investigações do Ultramar, 1969.

Olival, Fernanda. "O acesso de uma família de cristãos-novos portugueses à Ordem de Cristo", Ler História 33 (1997): 67-82.

Polónia, Amélia. "Mestres e pilotos das Carreiras Ultramarinas (1596-1648), subsídios para o seu estudo", Revista da Faculdade de Letras do Porto, História, 2ª série, 12 (1995): 271-353.

Rossa, Walter. "A Cidade Portuguesa", In: A Urbe e o Traço. Uma Década de Estudos sobre o Urbanismo Português, 193-360. Coimbra: Almedina, 2002.

Sá, Frei Manuel de. Memorias Historicas da Ordem de Nossa Senhora do Carmo, Lisboa: Oficina de José António da Silva,1727.

Santos, António Ribeiro dos. "Memórias Históricas sobre alguns mathematicos portugueses e extrangeiros domiciliados em Portugal ou nas Conquistas", Memorias da Literatura Portuguesa, vol. VIII (parte I), 148-230. Lisboa: Academia de Ciências, 1812.

Sepúlveda, Cristovão Aires de Magalhães. História Orgânica e Política do Exército Portuguez, Provas, vol. V. Lisboa: Imprensa Nacional, 1910.

Sepúlveda, Cristovão Aires de Magalhães. História Orgânica e Política do Exército Portuguez, Provas, vol. VIII. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1919.

Silva, Inocêncio Francisco da. Diccionario Bibliographico Portuguez, vol. V, 321-322. Lisboa: Imprensa Nacional, 1860.

Soromenho, Miguel. "Manuel Pinto de Vilalobos, da Engenharia Militar à Arquitectura". Tese de Mestrado, Universidade Nova de Lisboa, 1991.

Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol II. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904.

Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol III. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922.

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

Citar este artigo