Sebastião Nunes da Mata

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Sebastião Nunes da Mata
Nome completo Sebastião Augusto Nunes da Mata
Outras Grafias Sebastião Augusto Nunes da Matta
Pai Sebastião Nunes da Mata
Mãe Maria Arminda da Piedade Mata
Cônjuge Eulália Amélia de Figueiredo Ferreira
Filho(s) Maria Amélia Nunes da Mata
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 14 junho 1866
Luanda, Luanda, Angola
Morte valor desconhecido
Sexo Masculino
Religião Cristã
Residência
Residência Luanda, Luanda, Angola
Data Início: 14 de junho de 1866
Fim: 1877

Residência Lisboa, Lisboa, Portugal
Data Início: 1877
Fim: 1900

Residência Luanda, Luanda, Angola
Data Início: 03 de fevereiro de 1900
Formação
Formação Instrução técnico-profissional
Data Início: 1877
Fim: 1883
Local de Formação Lisboa, Portugal

Formação Instrução técnico-profissional
Data Início: 1883
Fim: 1887
Local de Formação Lisboa, Lisboa, Portugal

Formação Instrução técnico-profissional
Data Início: 1887
Fim: 1890
Local de Formação Lisboa, Portugal
Postos
Posto 1º Sargento
Data Início: 1883
Fim: 1981
Arma Engenharia

Posto Alferes
Data Início: 08 de janeiro de 1891
Fim: 26 de julho de 1893
Arma Engenharia

Posto Tenente
Data Início: 27 de julho de 1893
Fim: 29 de agosto de 1899
Arma Engenharia
Cargos
Cargo Membro de comissão
Data Início: 23 de março de 1900
Fim: 02 de novembro de 1900

Cargo Adido
Data Início: 04 de abril de 1900
Fim: 25 de maio de 1902

Cargo Director
Data Início: 25 de maio de 1902
Fim: 19 de junho de 1905

Cargo Membro de comissão
Data Início: 08 de abril de 1904
Fim: 13 de agosto de 1904

Cargo valor desconhecido
Data Início: novembro de 1910

Cargo Adido
Data Fim: 26 de julho de 1914
Actividade
Actividade Inspecção
Data Início: 09 de setembro de 1902
Fim: 03 de junho de 1903
Local de Actividade Angola

Actividade Fiscalização
Data Fim: novembro de 1909
Local de Actividade Benguela, Angola

Actividade Inspecção
Data Início: 27 de junho de 1921


Biografia

Dados biográficos

Sebastião Augusto Nunes da Mata nasce a 14 de junho de 1866, em Luanda, filho de Sebastião Nunes da Mata e de Dona Maria Arminda da Piedade Mata.

O pai de Sebastião Augusto, Sebastião Nunes da Mata, foi Capitão de Caçadores n.º 5, tendo estado envolvido, em 1872, nas atividades de repressão das revoltas dos Dembos[1].

Carreira

Sebastião Augusto Nunes da Mata apresentou-se voluntariamente para assentamento como praça, no dia 30 de julho de 1883, no regimento de Caçadores n.º 2. A 14 de agosto do mesmo ano, foi declarado aspirante a oficial com a graduação de primeiro sargento, tendo sido também em 1883, que concluiu o Curso do Real Colégio Militar[2].

Como tal, a 2 de outubro de 1883, solicitou uma licença para estudos na Escola Politécnica, à qual sucederam sucessivas licenças anuais, até terminar o Curso Geral da Escola Politécnica, corria o ano de 1887. Foi neste ano, a 21 de outubro, que se matriculou na Escola do Exército, onde viria a concluir, em 1890, o Curso de Engenharia[2].

Durante o Curso de Engenharia, transitou, a 1 de setembro de 1888, para o Regimento de Infantaria n.º 7 e, a 25 de maio do ano seguinte, regressou ao Regimento n.º 2 de Caçadores[2].

A 8 de janeiro de 1891, foi publicado o decreto de promoção a Alferes, no Regimento de Engenharia e, volvidos dois anos, a 27 de julho de 1893, publicou-se o decreto de promoção a Tenente. Ainda em 1893, a 11 de novembro, passou a servir no Estado-Maior de Engenharia e, a 30 de dezembro, iniciou uma comissão como Adjunto da Escola Prática de Engenharia. A 3 de janeiro de 1894, encetou outra comissão, agora como ajudante na já referida Escola Prática de Engenharia[2].

Em 28 de outubro de 1895, foi condecorado com o grau de Cavaleiro da Real Ordem Militar de São Bento de Avis[2].

A 29 de agosto de 1899, foi exonerado do cargo que desempenhava e, a 30 de novembro do mesmo ano, foi colocado fora da arma (Engenharia) a que pertencia[2].

Desembarcou em Luanda, a 3 de fevereiro de 1900, como oficial do exército, passando a adjunto do Quartel General da Província de Angola[3][4]. A 23 de março do mesmo ano, foi nomeado para fazer parte de uma comissão encarregada de elaborar um plano para a criação de escolas regimentares e respetivas bibliotecas naquela província, comissão da qual foi exonerado a 2 de novembro, por motivos de dissolução da mesma[2]. Ainda em 1900, a 4 de abril, passou a colaborar na Direção de Obras Públicas de Angola.

A 18 de junho de 1901, foi promulgado o decreto que o promove a Capitão de Engenharia[2].

A 25 de maio de 1902, por motivos da ausência do detentor do lugar, ocupou as funções de Diretor das Obras Públicas de Angola[3]. O decreto de nomeação para tal cargo foi publicado a 28 de junho de 1902[2][3][4]. Ainda neste ano, a 9 de setembro, foi nomeado Inspetor de Engenharia pela Portaria Provincial n.º 417 dessa mesma data[2].

A 8 de abril de 1904, continuando a desempenhar as funções referidas, foi nomeado vogal da comissão para a criação de um liceu em Luanda[2], comissão da qual foi exonerado a 13 de agosto do mesmo ano, por motivos de dissolução da mesma [2].

A 26 de abril de 1904, solicitou seis meses de licença graciosa no Reino[5], requerimento que foi expedido pelo Governador Geral de Angola no dia seguinte[6]. A 31 de maio de 1904, a Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e do Ultramar aprova a licença[7]. Neste sentido, o Capitão de Engenharia embarca para o reino, a 7 de novembro do mesmo ano, a bordo do vapor "Ambaca"[8]. Servira na Direção de Obras Públicas de Angola durante quatro anos, um mês e vinte sete dias[3].

A 05 de dezembro de 1904, apresentou-se na Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e do Ultramar, tendo por objetivo começar a gozar da sua licença graciosa[9].

A 03 de junho de 1905, ainda em Lisboa, pediu a exoneração da comissão como Diretor das Obras Públicas da Província de Angola. A 06 de junho, começou a servir na Direção de Caminhos de Ferro Ultramarinos. O Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e do Ultramar aceitou o pedido de exoneração no dia 19 do mesmo mês.
Em 1914, trabalhava na Inspeção Geral de Fortificações e Obras Militares, como Chefe da 1.ª Repartição, sendo Major de Engenharia, cargo em que se mantinha no ano seguinte. A 4 de fevereiro de 1918, ocupava o mesmo cargo, tendo sido promovido a Tenente-Coronel de Engenharia[10][11][12].

Outras informações

Obras

Notas

  1. António José Machado Marracho, «Revoltas e Campanhas nos Dembos (1872-1919). 47 Anos de Independência às Portas de Luanda.» (Tese de Mestrado, Lisboa, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa  e Academia Militar, 2008). Visualizado em 16 junho, 2022.
  2. 2,00 2,01 2,02 2,03 2,04 2,05 2,06 2,07 2,08 2,09 2,10 2,11 Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. Nota dos Assuntos que tem no livro de matrícula e no registo disciplinar o official abaixo mencionado. (P3313791 - P3313798)
  3. 3,0 3,1 3,2 3,3 Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. Portaria n.º 185 do Governo Geral da Província de Angola. (P3313787)
  4. 4,0 4,1 Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. Nota Biográfica. (P3313779 - P3313782)
  5. Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. Requerimento de licença. (P3313786)
  6. Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. Requerimento n.º 186 de 27 de abril de 1904. (P3313784-P3313785)
  7. Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. (P3313788)
  8. Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. Guia n.º 667. (P3313799)
  9. Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. (P3313800)
  10. Biblioteca Digital do Exército. 7067-5-76-74. Direção de Infraestruturas do Exército. Muralhas da vila de Trancoso: Croquis da parte da muralha e dos terrenos adjacentes. Visualizado em 15 junho, 2022.
  11. Biblioteca Digital do Exército. 10633-2-23-32. Direção de Infraestruturas do Exército. Terreno proposto para venda. Visualizado em 15 junho, 2022.
  12. Biblioteca Digital do Exército. 9891-1-8-12. Direção de Infraestruturas do Exército. Planta do Quartel do Regimento de Inf.a no 19. Visualizado em 15 junho, 2022.

Fontes

Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta.

Biblioteca Digital do Exército. 7067-5-76-74. Direção de Infraestruturas do Exército. Muralhas da vila de Trancoso: Croquis da parte da muralha e dos terrenos adjacentes. Visualizado em 15 junho, 2022.

Biblioteca Digital do Exército. 9891-1-8-12. Direção de Infraestruturas do Exército. Planta do Quartel do Regimento de Inf.a no 19. Visualizado em 15 junho, 2022.

Biblioteca Digital do Exército. 10633-2-23-32. Direção de Infraestruturas do Exército. Terreno proposto para venda. Visualizado em 15 junho, 2022.

Bibliografia

Marracho, António José Machado. «Revoltas e Campanhas nos Dembos (1872-1919). 47 Anos de Independência às Portas de Luanda.» Tese de Mestrado, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa  e Academia Militar, 2008. Visualizado em 16 junho, 2022.

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Gonçalo Margato

Departamento de Estudos Políticos, NOVA-FCSH

https://orcid.org/0000-0002-6248-3947

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

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