Francisco João Roscio

Fonte: eViterbo
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Francisco João Roscio
Nome completo Francisco João Roscio
Outras Grafias Francisco João Rocio
Pai Marcos Gonçalves Roscio
Mãe Maria Rodrigues da Graça
Cônjuge Cipriana Antónia Pimenta de Bulhões
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento valor desconhecido
Madeira, Portugal
Morte 10 outubro 1805
Sexo Masculino
Religião valor desconhecido
Postos
Posto Capitão
Data Início: 31 de maio de 1767
Fim: 15 de novembro de 1774
Arma Infantaria

Posto Sargento-mor
Data Início: 15 de novembro de 1774
Fim: 12 de fevereiro de 1781
Arma Infantaria

Posto Tenente-coronel
Data Início: 12 de fevereiro de 1781
Fim: 07 de setembro de 1800
Cargos
Cargo Ajudante com exercício de Engenheiro
Data Início: 16 de julho de 1762
Fim: 31 de maio de 1767

Cargo Governador
Data Início: 21 de novembro de 1801

Cargo Comissário
Actividade
Actividade Reparação
Data Início: 09 de agosto de 1762
Fim: 09 de agosto de 1767
Local de Actividade Almeida, Guarda, Portugal

Data Início: 27 de dezembro de 1773
Local de Actividade Ilha de Santa Catarina, Santa Catarina, Brasil

Actividade Acompanhamento de obra
Data Início: 27 de junho de 1774
Fim: 15 de novembro de 1774
Local de Actividade Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Actividade Demarcação de fronteira
Data Início: 1774
Fim: 1778
Local de Actividade Rio Grande do Sul, Brasil

Actividade Desenho cartográfico
Data Início: 1788
Local de Actividade Curitiba, Paraná, Brasil


Biografia

Dados biográficos

Filho de Marcos Gonçalves Roscio, de Tenerife, filho de André Gonçalves Roscio e Madalena Francisca, mudando-se para a ilha da Madeira, aí casando com a mãe de Francisco João Roscio, Maria Rodrigues da Graça, do Arco da Calheta, filha de João Rodrigues Jardim e de Maria da Graça.

Casa com Cipriana Antónia Pimenta de Bulhões, filha de Gregório Rebelo Guerreiro Camacho e irmã de Francisco de Brito Rebello.

Carreira

Primeiramente destinado à carreira eclesiástica, segue antes a carreira da Academia Militar da Corte. Aluno supranumerário da Academia Militar.

Nomeado ajudante de infantaria com exercício de engenheiro a 16 ou 23 de julho de 1762. Enviado para a praça de Elvas a 09 de agosto do mesmo ano.

Em 1764 é mandado servir em Almeida, sob as ordens de Miguel Luís Jacob, assistindo nas reparações e reedificações. Trabalha depois com o coronel Diogo ou Jacques Funck. Serve sete anos sob a sua direcção.

Promovido a capitão a 31 de maio de 1767.

A 07 de junho de 1769 era nomeado com Elias Schierling capitão de infantaria com exercício de engenheiro.

Em 1773 passa à ilha de Santa Catarina, a 27 de dezembro.

Passa a dirigir os trabalhos de engenharia no Rio Grande do Sul, apresentando-se no Rio de Janeiro a 27 de junho de 1774, servindo até 15 de novembro, promovido a sargento-mor.

Promovido a tenente coronel a 12 de fevereiro de 1781.

Responsável pela introdução da cultura do canhâmo no Rio Grande do Sul.

A 07 de setembro de 1800 é promovido a coronel e a 18 de abril de 1801 a brigadeiro na capitania do Rio Grande do S. Pedro.

A 21 de novembro de 1801 ocupa o cargo de governador interino de S. Pedro do Sul, vago pela morte de Sebastião da Veiga Cabral da Câmara.

Ocupa o cargo de 1º Comissário da demarcação, tendo por 2º Francisco das Chagas Santos[1].

Outras informações

Obras

No Arquivo Histórico do Exército, no Rio de Janeiro, constam as seguintes obras de sua autoria:

Plano Corographico Individual do Rio Grande de S. Pedro das Lagoas de Merim e da Mangueira Lingoas de Terra que medeão entre ellas e o a costa do Mar e Arroyos que desagoão na dicta costa igualmente dos Rios e Arroyos que desembocão na mesma Lagoa de Merim incluso o Rio Piratiny que desagoa no Sangradouro com seus arredores correspondentes no qual se mostrão as Linhas de Divizão estabelecidas no Anno de 1784 pelos Primeiros Commissarios das duas coroas de Portugal e Espanha em consequencia do Tratado Preliminar de Limites do 1º de Outubro de 1777 e juntamente o trabalho averiguado nos annos seguintes de 1785 e 1786 nas vertentes dos mesmos Rios e Arroyos por a Lagoa de Merim na forma acordada pelos dictos Commissarios sobre a duvida entre elles questionada e inteligencia dos diarios e relaçoens dos mesmos terrenos. Copiado pelo Tenente C. I. Pereira das Neves, em 1855, colorido, tinta colorida, nanquim, aquarela, escala em lagoas, nota explicativa, rosa dos ventos, papel canson, telado, bom estado, 90,5 cm  x 95 cm[2].

Carta Geográfica do Terreno pertencente ao Governo da Ilha de Santa Catarina. Autor: Cel Francisco João Rocio, 1783. Copiado em 1812 pelo Ten Albino Marianno dos Santos Pereira, colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, com rosa dos ventos, escala em léguas, 140cm x 53,5cm[3].

Planta da Serra e Cabeceiras dos Rios Cubatão, Tijucas e Tajahy, na Terra Firme a Oeste da Ilha de Santa Catharina. Autor: Ten Jozé Luiz Marinho, S/ D. Copiado pelo Major Francisco João Roscio, colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, com seta norte, papel canson telado, 73cm x 53,5cm[4].

Planta da Serra e Cabeceiras dos Rios Cubatão, Tijucas e Tajahy, na Terra Firme a Oeste da Ilha de Santa Catharina. Autor: Ten Jozé Luiz Marinho, S/ D. Copiado pelo Sragento Mor Francisco João Roscio, colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, com seta norte, papel canson telado, 73cm x 53,5cm[5].

Outros trabalhos indicados:

Compendio noticioso do continente do Rio Grande de S. Pedro até o districto do governo de Santa Catharina, extraido dos meus diarios, observações e noticia que alcancei nas jornadas que fiz ao dito continente nos annos de 1774 e 1775 - com três mapas: planta do Rio Grande de S. Pedro e seus arredores; mappa corographico da costa e terreno que da barra e entrada do Rio Grande discorre até o forte de Santa Thereza; planta da lagoa de Merim.

Mappas particulares extraídos da carta da capital do Rio Grande de S. Pedro e suas circumvisinhanças até o Rio da Prata, construida por Francisco João Roscio, Tenente Coronel de infanteria com exercicio de engenheria, na fórma de suas observações nos annos de 1774 até 1778. Rio de Janeiro em Janeiro de 1783.

Plano Topographico e Geographico do Canal, ou Alveo do Rio Paraná, e das Embocaduras dos Rios, e Arroyos que nelle desagoão por huma e outra margem, desde a embocadura do Rio Yguaçu ou Grande da Curituba no mesmo Paraná, até o pé de seu Salto Grande, elevado e reconhecido em Julho e Agosto de 1788, pellas partidas das Segundas Subdivizões da actual demarcação de Limites.

Planta da Cidade do Ryo de Janeyro Capital dos Estados do Brazil com o Projecto de hua Trinxeyra ou Fortificação ligeira a parte da Campanha. 1769.

Planta da Costa desde o Estreito da Ilha de Santa Catharina thé á Villa da Guaratuba feito por Rumos... por Manoel Vieyra Leão. Copiado por Francisco João Roscio.

Carta geographica do terreno e costa pertencente ao Governo da Ilha de Santa Catharina levantada no anno de 1783 por F. J. R. Coronel de Infanteria com exercicio de Engenheiro em companhia dos Engenheiros e Astronomos de Sua Magestade destinada para a demarcação de Lemites da primeira devizão da America Meridional.

Notas

  1. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol II, 416-418 e 477-486.
  2. Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 07.02.1441
  3. Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 24.04.1723
  4. Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 08.02.1755
  5. Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 08.03.1776

Fontes

Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx)

Bibliografia

Toledo, Benedito. Esplendor do barroco luso-brasileiro. São Paulo: Ateliê Editorial, 2012.

Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol II. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904.

Ligações Externas

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Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

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