Garcia Fernandes (1)

Fonte: eViterbo
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Garcia Fernandes
Outras Grafias EQUAL
Sexo masculino

Biografia

Dados biográficos

Aprendeu o seu ofício na oficina de Jorge Afonso, aparecendo pela primeira vez mencionado em 1514, como testemunha numa escritura, na qual declara que trabalhava com este pintor. Casou com uma filha de Francisco Henriques.

A 1 de outubro de 1527 recebeu licença para andar de mula.

Teve como discípulo Manuel André.

A 3 de julho de 1551 foi eleito eleitor pela classe dos oficiais na Misericórdia de Lisboa[1].

Carreira

Em 1518 foi recomendado como sucessor de Francisco Henriques, morto com peste, por Jorge Afonso. Foi ele que acabou, então, a obra da Relação de Lisboa, as bandeiras para a entrada da rainha D. Leonor de Áustria, e a pintura do Limoeiro, que tinham sido entregues a Francisco Henriques.

Foi-lhe prometido o cargo de passavante, ocupado por Francisco Henriques, se Garcia Fernandes casasse com uma filha do defunto. O cargo, todavia, passou para António de Holanda e, em 1540, Garcia Fernandes fez petição a D. João III declarando que tinha tido já nove filhos com a sua mulher e que não recebera o que lhe fora prometido. Pediu, então, o cargo de selador, fiel e pesador da alfândega de Lisboa, vago por falecimento de João Álvares. Testemunharam nesta petição, entre outros, Cristóvão de Figueiredo, cuja mulher era prima da mulher de Garcia Fernandes, e que declara que os dois eram amigos, e Jorge Afonso[2].

Pintou em Évora, no Convento de S. Francisco, em Coimbra, Lisboa, Montemor e Leiria. Também executou obras para a Índia[1].

Outras informações

Obras

Referências bibliográficas

  1. 1,0 1,1 Viterbo, Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal, 56.
  2. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Corpo Cronológico, Parte I, m. 15, doc. 13.

Bibliografia e Fontes

  • Caetano, Joaquim de Oliveira. "O Que Janus Via. Rumos e Cenários da Pintura Portuguesa (1535-1570)" Dissertação de Mestrado, Universidade Nova de Lisboa, 1996.
  • Caetano, Joaquim de Oliveira (coord.). Garcia Fernandes: um pintor do Renascimento, eleitor da misericórdia de Lisboa. Lisboa: Museu de S. Roque, 1998.
  • Carvalho, José Alberto Seabra. "Oficinas de Lisboa. Garcia Fernandes". In Cores, Figura e Luz. Pintura portuguesa do século XVI na colecção do Museu Nacional de Soares dos Reis. textos de José Alberto Seabra Carvalho, José Pessoa. Porto: Museu Nacional de Soares dos Reis, 2004.
  • Correia, Vergílio. Estudos de História de Arte, Obras. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1953.
  • Couto, João et al. Pintura dos mestres do Sardoal e de Abrantes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1971.
  • Dias, Pedro (ed.). No tempo das feitorias: a arte portuguesa na época dos Descobrimentos.. Lisboa : Museu Nacional de Arte Antiga, 1992.
  • Dias, Pedro. Vicente Gil e Manuel Vicente - Pintores da Coimbra Manuelina. Coimbra: Câmara Municipal de Coimbra, 2003.
  • Gaspar, Vítor. A pintura quinhentista do Convento de Santo António de Ferreirim: parceria dos Mestres Cristóvão de Figueiredo, Garcia Fernandes e Gregório Lopes. Lamego : Direcção Regional de Cultura do Norte, 2015.
  • Gouveia, António Camões (coord.). Francisco Henriques. Um pintor em Évora no tempo de D. Manuel I. Évora: CNCDP/Câmara Municipal de Évora, 1997.
  • Gusmão, Adriano de. Mestres desconhecidos do Museu Nacional de Arte Antiga.[Lisboa]: Artis, 1957.
  • Markl, Dagoberto, Pereira, Fernando António Baptista. "O Renascimento". In História da Arte em Portugal. vol. 6. Lisboa: Alfa, 1986.
  • Reis-Santos, Luís. Garcia Fernandes. Lisboa: Artis, 1957.
  • Ribeiro, Victor. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa: Subsídios para a sua História 1498-1898: Instituição, vida histórica, estado presente e futuro. Lisboa: Typ. Academia Real das Sciencias, 1902.
  • Rodrigues, Dalila (coord.). Grão Vasco e a pintura europeia do Renascimento. Lisboa: IPM, 1992.
  • Santos, Reinaldo dos. Os primitivos portugueses. Lisboa: Academia Nacional de Belas Artes, 1958.
  • Silva, Alcina Santos. “As Flores da Pintura da «Anunciação» dos Séculos XVI E XVII. A Simbologia Cristã e a Arte Decorativa”. Dissertação de Mestrado, Universidade do Porto, 2011.
  • Viterbo, Francisco de Sousa. Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1903.

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