Joaquim de Sousa Gomes

Fonte: eViterbo
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Joaquim de Sousa Gomes
Nome completo Joaquim Pires de Sousa Gomes
Outras Grafias EQUAL
Nascimento 23 de abril de 1836
[[Tavira, Portugal]]
Morte 29 de julho de 1912
Sexo masculino

Biografia

Dados biográficos

Nasceu em Tavira a 23 de abril de 1836.

Frequentou a faculdade de matemática da Universidade de Coimbra, tornando-se bacharel em 1856. Depois de se formar frequentou a Escola do Exército, concluindo o curso de engenharia em 1858.

Em 1860 foi escolhido em concurso para frequentar a Escola de Pontes e Calçadas de Paris, acabando a formação em 1863 com honrosas classificações. Depois esteve em viagem, regressando a Lisboa em 1861.

Morreu em Sintra em julho de 1912.

Carreira

Assentou praça de infantaria a 31 de outubro de 1855 e seguiu a carreira militar nesta arma.

Foi promovido a alferes a 14 de dezembro de 1855, a tenente a 15 de dezembro de 1868, a capitão a 10 de março de 1874, a major a 12 de outubro de 1881, a tenente-coronel a 31 de outubro de 1884, a coronel a 23 de novembro de 1899, a general de brigada a 30 de novembro do mesmo ano e reformou-se no posto de general de divisão a 29 de abril de 1903, por ter atingido o limite de idade.

Serviu como repetidor de matemática na Escola Politécnica de Lisboa no ano lectivo de 1859-1860.

Regressado a Lisboa, depois de ter viajado pela Rússia, Itália, Alemanha, França e Espanha, foi nomeado em 1861 para chefe da Direcção das Obras Públicas de Lisboa, para abastecimento das águas.

A 20 de abril de 1868, como engenheiro, tomou direcção dos trabalhos da Companhia das Águas, fundada definitivamente nesse ano. Foi encarregado do traçado do canal de Alviela e colaborou em obras para aproveitamento das águas do bairro oriental de Lisboa, que depois dirigiu. Em 1875 dirigiu a construção da ponte do cais da alfândega. Em 1876 visitou fábricas metalúrgicas na França, Bélgica e Inglaterra para adquirir tubagens para o sifões do canal e máquinas para elevação da água em Lisboa.

Foi deputado da legislatura de 1878-1880 em Tavira, trabalhando em melhoramentos na sua terra natal.

Em 1879 fez parte da comissão para indicar o plano de obras para melhorar o regime do Tejo. Também fez parte de outras comissões, por exemplo, como adjunto de fiscalização do caminho de ferro da Beira Alta, ou director fiscal do caminho de ferro de Sintra, ou director da primeira circunscrição hidráulica.

A 23 de dezembro de 1887 foi feito vogal do Conselho Superior de Obras Públicas e Minas, foi ainda presidente do conselho de administração da exploração do porto de Lisboa.

A 3 de abril de 1886 foi nomeado engenheiro consultor do Ministério da Justiça e vogal da comissão das obras públicas do Ultramar. Em 1889 foi comissionado pelo Governo para estudar assuntos que diziam respeito ás obras hidráulicas da Exposição de Paris. Em 1892 foi delegado no congresso de caminhos de ferro e depois no congresso de navegação interior, em Portugal, Paris e, no ano seguinte, em Londres.

Por portaria de 4 de junho de 1892 foi nomeado para a comissão encarregada de examinar representações sobre as obras do porto de Lisboa. Foi nomeado ainda para as comissões de inquérito à Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, de reorganização do corpo de engenharia civil e de classificação dos engenheiros aspirantes.

Era comendador, cavaleiro e grande oficial da ordem de S. Bento de Avis, por decreto de 1 de janeiro de 1903, comendador da ordem de Santigao e da Legião de Honra de França.

A 6 de agosto de 1884 pediu demissão de engenheiro da Companhia das Águas. A 3 de agosto de 1893 foi noemado director suplente dessa companhia, passando a efectivo a 30 de abril de 1894. Em maio de 1900 tornou-se presidente da direcção e saiu no mesmo mês em 1902[1].

Outras informações

Obras

  • Trabalhos de nivelamento dos traçados alto e baixo do canal de Alviela.
  • Construção do canal de Alviela com Joaquim Couceiro (inaugurado em 1880).
  • Construção do reservatório e casa das máquinas na cerca do extinto convento dos Barbadinhos.
  • Primeiro projecto do grande reservatório de Campo de Ourique.
  • Edifício da lavandaria a vapor dos Anjos.

Referências bibliográficas

  1. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol III, 409-411.

Bibliografia e Fontes

  • Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol III. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922.

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