Sebastião Nunes da Mata: diferenças entre revisões

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===Dados biográficos=== <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
===Dados biográficos=== <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
Sebastião Augusto Nunes da Mata nasceu a 14 de junho de 1866 na freguesia dos Remédios do concelho e distrito de Luanda. Era filho de Sebastião Nunes da Mata e de Dona Maria Arminda da Piedade Mata<ref name=":3">Arquivo Histórico Ultramarino. "Sebastião Augusto Nunes da Matta - Província de Angola, Distrito de Luanda (...)" in Angola. Obras Públicas. Processos Individuais. Caixa 767/1, R-X.</ref>. Seu pai foi Capitão de Caçadores nº 5, tendo estado envolvido, em 1872, nas atividades de repressão das revoltas nos Dembos<ref>[http://hdl.handle.net/10071/1444. António José Machado Marracho, «Revoltas e Campanhas nos Dembos (1872-1919). 47 Anos de Independência às Portas de Luanda.» (Tese de Mestrado, Lisboa, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa  e Academia Militar, 2008). Visualizado em 16 junho, 2022.]</ref>.
Sebastião Augusto Nunes da Mata nasceu a 14 de junho de 1866 na freguesia dos Remédios do concelho e distrito de Luanda. Era filho de Sebastião Nunes da Mata e de Dona Maria Arminda da Piedade Mata<ref name=":3">Arquivo Histórico Ultramarino. "Sebastião Augusto Nunes da Matta - Província de Angola, Distrito de Luanda (...)" in Angola. Obras Públicas. Processos Individuais. Caixa 767/1, R-X.</ref>. Seu pai foi Capitão de Caçadores nº 5, tendo estado envolvido, em 1872, nas atividades de repressão das revoltas nos Dembos<ref>[http://hdl.handle.net/10071/1444. António José Machado Marracho, «Revoltas e Campanhas nos Dembos (1872-1919). 47 Anos de Independência às Portas de Luanda.» (Tese de Mestrado, Lisboa, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa  e Academia Militar, 2008). Visualizado em 16 junho, 2022.]</ref>. Em 1878 era Major do exército em África Ocidental<ref>"Relação dos candidatos a alumnos pensionistas do estado a que  se refere este annuncio", ''Diário do Governo'' nº 217, 26/09/1878, 2350.</ref>.


Em 1902 era solteiro<ref name=":3" />.
Em 1902 era solteiro<ref name=":3" />.
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Sebastião Augusto Nunes da Mata apresentou-se voluntariamente para assentamento como praça, no dia 30 de julho de 1883, no regimento de Caçadores nº 2. A 14 de agosto do mesmo ano, foi declarado aspirante a oficial com a graduação de primeiro sargento<ref>"Batalhão nº 2 de caçadores da Rainha", ''Diário do Governo'' nº 186, 20/08/1883, 1995. </ref>, tendo sido também em 1883, que concluiu o Curso no [[Real Colégio Militar]]<ref name=":0">Arquivo Histórico Ultramarino. "Sebastião Augusto Nunes da Matta - Nota dos Assuntos que tem no livro de matrícula e no registo disciplinar o official abaixo mencionado" in Angola. Obras Públicas. Processos Individuais. Caixa 767/1, R-X.</ref>, onde tinha sido admitido em 1877 com o nº 159<ref>Jorge Manuel Noronha de Silveira Alves Caetano, "Os Oficiais de Engenharia: Meninos da Luz", ''Revista Zacatraz'', nº 196 (15/03/2017): 52.</ref>.  
Sebastião Augusto Nunes da Mata apresentou-se voluntariamente para assentamento como praça, no dia 30 de julho de 1883, no regimento de Caçadores nº 2. A 14 de agosto do mesmo ano, foi declarado aspirante a oficial com a graduação de primeiro sargento<ref>"Batalhão nº 2 de caçadores da Rainha", ''Diário do Governo'' nº 186, 20/08/1883, 1995. </ref>, tendo sido também em 1883, que concluiu o Curso no [[Real Colégio Militar]]<ref name=":0">Arquivo Histórico Ultramarino. "Sebastião Augusto Nunes da Matta - Nota dos Assuntos que tem no livro de matrícula e no registo disciplinar o official abaixo mencionado" in Angola. Obras Públicas. Processos Individuais. Caixa 767/1, R-X.</ref>, onde tinha sido admitido em 1877 com o nº 159<ref>Jorge Manuel Noronha de Silveira Alves Caetano, "Os Oficiais de Engenharia: Meninos da Luz", ''Revista Zacatraz'', nº 196 (15/03/2017): 52.</ref>.  


Como tal, a 2 de outubro de 1883, solicitou uma licença para os estudos na [[Escola Politécnica de Lisboa|Escola Politécnica]], à qual sucederam sucessivas licenças anuais, até terminar o Curso Geral da Escola Politécnica, corria o ano de 1887. Foi neste ano, a 21 de outubro, que se matriculou na [[Escola do Exército]], onde viria a concluir, em 1890, o Curso de Engenharia<ref name=":0" />.
Como tal, a 2 de outubro de 1883, solicitou uma licença para os estudos na [[Escola Politécnica de Lisboa|Escola Politécnica]], à qual sucederam sucessivas licenças anuais, até terminar o Curso Geral da Escola Politécnica, corria o ano de 1887<ref name=":0" />. No ano lectivo 1884/1885 foi premiado por ter obtido 15 valores na segunda cadeira<ref>"Escola Polytechnica. Relação dos alumnos premiados no anno lectivo de 1884-1885", ''Diário do Governo'' nº 264, 21/11/1885, 3254.</ref>. Foi neste ano, a 21 de outubro, que se matriculou na [[Escola do Exército]], onde viria a concluir, em 1890, o Curso de Engenharia<ref name=":0" />.


Durante o Curso de Engenharia, transitou, a 1 de setembro de 1888, para o Regimento de Infantaria n.º 7 e, a 25 de maio do ano seguinte, regressou ao Regimento n.º 2 de Caçadores<ref name=":0" />.
Durante o Curso de Engenharia, transitou, a 1 de setembro de 1888, para o Regimento de Infantaria n.º 7 e, a 25 de maio do ano seguinte, regressou ao Regimento n.º 2 de Caçadores<ref name=":0" />.


A 8 de janeiro de 1891, foi publicado o decreto de promoção a alferes, no Regimento de Engenharia e, volvidos dois anos, a 27 de julho de 1893, publicou-se o decreto de promoção a tenente. Ainda em 1893, a 11 de novembro, passou a servir no Estado-Maior de Engenharia e, a 30 de dezembro, iniciou uma comissão como adjunto da Escola Prática de Engenharia. A 3 de janeiro de 1894, encetou outra comissão, agora como ajudante na já referida Escola Prática de Engenharia<ref name=":0" />.
A 8 de janeiro de 1891, foi publicado o decreto de promoção a alferes, no Regimento de Engenharia<ref>"Por decretos de 8 do corrente mez: Regimento de engenharia", ''Diário do Governo'' nº 17, 23/01/1891, 156.</ref> e, volvidos dois anos, a 27 de julho de 1893, publicou-se o decreto de promoção a tenente. Ainda em 1893, a 11 de novembro, passou a servir no Estado-Maior de Engenharia e, a 30 de dezembro, iniciou uma comissão como adjunto da Escola Prática de Engenharia. A 3 de janeiro de 1894, encetou outra comissão, agora como ajudante na já referida Escola Prática de Engenharia<ref name=":0" /><ref>"Escola pratica de engenharia", ''Diário do Governo'' nº 29, 08/02/1894, 315.</ref>, de que foi exonerado, a seu pedido, em Setembro de 1899<ref>"Escola pratica de engenharia", ''Diário do Governo'' nº 200, 06/06/1899, 2297.</ref>.


Em 28 de outubro de 1895, foi condecorado com o grau de Cavaleiro da Real Ordem Militar de São Bento de Avis<ref name=":0" />.
Em 28 de outubro de 1895, foi condecorado com o grau de Cavaleiro da Real Ordem Militar de São Bento de Avis<ref name=":0" />.
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Desembarcou em Luanda, a 3 de fevereiro de 1900, como oficial do exército, passando a adjunto do Quartel General da Província de Angola<ref name=":1">Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. Portaria n.º 185 do Governo Geral da Província de Angola. (P3313787)</ref><ref name=":2">Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. Nota Biográfica. (P3313779 - P3313782)</ref>. A 23 de março do mesmo ano, foi nomeado para fazer parte de uma comissão encarregada de elaborar um plano para a criação de escolas regimentares e respetivas bibliotecas naquela província, comissão da qual foi exonerado a 2 de novembro, por motivos de dissolução da mesma<ref name=":0" />. Ainda em 1900, a 4 de abril, passou a colaborar na [[Direcção das Obras Públicas de Angola|Direção de Obras Públicas de Angola]].
Desembarcou em Luanda, a 3 de fevereiro de 1900, como oficial do exército, passando a adjunto do Quartel General da Província de Angola<ref name=":1">Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. Portaria n.º 185 do Governo Geral da Província de Angola. (P3313787)</ref><ref name=":2">Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. Nota Biográfica. (P3313779 - P3313782)</ref>. A 23 de março do mesmo ano, foi nomeado para fazer parte de uma comissão encarregada de elaborar um plano para a criação de escolas regimentares e respetivas bibliotecas naquela província, comissão da qual foi exonerado a 2 de novembro, por motivos de dissolução da mesma<ref name=":0" />. Ainda em 1900, a 4 de abril, passou a colaborar na [[Direcção das Obras Públicas de Angola|Direção de Obras Públicas de Angola]].


A 18 de junho de 1901, foi promulgado o decreto que o promove a capitão de Engenharia<ref name=":0" /><ref>"Por decretos de 18 do mesmo mês: Estado maior de artilharia", ''Diário do Governo'' nº 159, 20/07/1901, 1936.</ref>.
A 18 de junho de 1901, foi promulgado o decreto que o promove a capitão de Engenharia<ref name=":0" /><ref>"Por decretos de 18 do mesmo mês: Estado maior de artilharia", ''Diário do Governo'' nº 159, 20/07/1901, 1936.</ref>. A 25 de maio de 1902, por motivos da ausência do detentor do lugar, ocupou as funções de Diretor das Obras Públicas de Angola<ref name=":1" />. O decreto de nomeação para tal cargo foi publicado a 28 de junho de 1902<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" />. Ainda neste ano, a 9 de setembro, foi nomeado inspetor de Engenharia pela Portaria Provincial nº 417 dessa mesma data<ref name=":0" />.
 
A 25 de maio de 1902, por motivos da ausência do detentor do lugar, ocupou as funções de Diretor das Obras Públicas de Angola<ref name=":1" />. O decreto de nomeação para tal cargo foi publicado a 28 de junho de 1902<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" />. Ainda neste ano, a 9 de setembro, foi nomeado inspetor de Engenharia pela Portaria Provincial nº 417 dessa mesma data<ref name=":0" />.


A 8 de abril de 1904, continuando a desempenhar as funções referidas, foi nomeado vogal da comissão para a criação de um liceu em Luanda<ref name=":0" />, comissão da qual foi exonerado a 13 de agosto do mesmo ano, por motivos de dissolução da mesma <ref name=":0" />.
A 8 de abril de 1904, continuando a desempenhar as funções referidas, foi nomeado vogal da comissão para a criação de um liceu em Luanda<ref name=":0" />, comissão da qual foi exonerado a 13 de agosto do mesmo ano, por motivos de dissolução da mesma <ref name=":0" />.
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A 5 de dezembro de 1904, apresentou-se na Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e do Ultramar, tendo por objetivo começar a gozar da sua licença graciosa<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. (P3313800)</ref>.  
A 5 de dezembro de 1904, apresentou-se na Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e do Ultramar, tendo por objetivo começar a gozar da sua licença graciosa<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. (P3313800)</ref>.  


A 3 de junho de 1905, ainda em Lisboa, pediu a exoneração da comissão como Diretor das Obras Públicas da Província de Angola. A 6 de junho, começou a servir na Direção de Caminhos de Ferro Ultramarinos. O Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e do Ultramar aceitou o pedido de exoneração no dia 19 do mesmo mês.<br />Em 1914, trabalhava na Inspeção Geral de Fortificações e Obras Militares, como Chefe da 1.ª Repartição, sendo Major de Engenharia, cargo em que se mantinha no ano seguinte. A 4 de fevereiro de 1918, ocupava o mesmo cargo, tendo sido promovido a tenente-coronel de Engenharia<ref>[https://bibliotecas.defesa.pt/ipac20/ipac.jsp?&profile=bdn&uri=full=3100024~!288486~!0 Biblioteca Digital do Exército. 7067-5-76-74. Direção de Infraestruturas do Exército. Muralhas da vila de Trancoso: Croquis da parte da muralha e dos terrenos adjacentes. Visualizado em 15 junho, 2022.]</ref><ref>[https://bibliotecas.defesa.pt/ipac20/ipac.jsp?&profile=bdn&uri=full=3100024~!280608~!0 Biblioteca Digital do Exército. 10633-2-23-32. Direção de Infraestruturas do Exército. Terreno proposto para venda. Visualizado em 15 junho, 2022.]</ref><ref>[https://bibliotecas.defesa.pt/ipac20/ipac.jsp?&profile=bdn&uri=full=3100024~!278024~!0 Biblioteca Digital do Exército. 9891-1-8-12. Direção de Infraestruturas do Exército. Planta do Quartel do Regimento de Inf.a no 19. Visualizado em 15 junho, 2022.]</ref>.
A 3 de junho de 1905, ainda em Lisboa, pediu a exoneração da comissão como Diretor das Obras Públicas da Província de Angola, para a qual tinha sido nomeado em 1902, como referido anteriormente<ref>"3ª Repartição. Despachos effectuados nas datas abaixo indicadas", ''Diário do Governo'' nº 105, 08/07/1905, 2315.</ref>. A 6 de junho, começou a servir na Direção de Caminhos de Ferro Ultramarinos. O Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e do Ultramar aceitou o pedido de exoneração no dia 19 do mesmo mês.
 
 
'''Por portarias de 23 de março de 1909, obteve uma licença de 90 dias para se tratar'''<ref>"Direcção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos. Despachos effectuados na data abaixo indicada", ''Diário do Governo'' nº 66, 26/03/1909, 1034.</ref>'''.'''
 
'''Em novembro de 1909 foi exonerado, a seu pedido, do lugar de engenheiro diretor da fiscalização do caminho de ferro de Benguela'''<ref>"Despachos effectuados nas datas abaixo indicadas. Por portaria de 9 do corrente mês:" ''Diário do Governo'' nº 264, 20/11/1909, 3866.</ref>'''.'''
 
'''Em janeiro de 1910 recebeu uma medalha de prata por comportamento exemplar'''<ref>"Classe de comportamento exemplar. Estado maior de engenharia", ''Diário do Governo'' nº 5, 08/01/1910, 70.</ref>'''.'''
 
'''Em novembro de 1910  foi nomeado ajudante de campo do governador'''<ref>"Campo entrincheirado de Lisboa"'', Diário do Governo'' nº 27, 05/11/1910, 303.</ref>'''.'''
 
<br />Em 1914, trabalhava na Inspeção Geral de Fortificações e Obras Militares, como Chefe da 1.ª Repartição, sendo Major de Engenharia, cargo em que se mantinha no ano seguinte. A 4 de fevereiro de 1918, ocupava o mesmo cargo, tendo sido promovido a tenente-coronel de Engenharia<ref>[https://bibliotecas.defesa.pt/ipac20/ipac.jsp?&profile=bdn&uri=full=3100024~!288486~!0 Biblioteca Digital do Exército. 7067-5-76-74. Direção de Infraestruturas do Exército. Muralhas da vila de Trancoso: Croquis da parte da muralha e dos terrenos adjacentes. Visualizado em 15 junho, 2022.]</ref><ref>[https://bibliotecas.defesa.pt/ipac20/ipac.jsp?&profile=bdn&uri=full=3100024~!280608~!0 Biblioteca Digital do Exército. 10633-2-23-32. Direção de Infraestruturas do Exército. Terreno proposto para venda. Visualizado em 15 junho, 2022.]</ref><ref>[https://bibliotecas.defesa.pt/ipac20/ipac.jsp?&profile=bdn&uri=full=3100024~!278024~!0 Biblioteca Digital do Exército. 9891-1-8-12. Direção de Infraestruturas do Exército. Planta do Quartel do Regimento de Inf.a no 19. Visualizado em 15 junho, 2022.]</ref>.


===Outras informações===
===Outras informações===
===<!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->===
===<!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->===


 
'''Cavaleiro Real da Ordem de São Bento de Avis'''<ref name=":3" />.  
Cavaleiro Real da Ordem de São Bento<ref name=":3" />.  


==Obras== <!-- Incluí projectos não realizados mas sobre os quais tenhamos informação. Pode incluir informação que não sendo segura, pode ser atribuída; por exemplo: uma determinada obra sobre a qual haja informação de que deve ser atribuída a x pessoa, não deve ser acrescentada na info-box, mas deve constar aqui-->
==Obras== <!-- Incluí projectos não realizados mas sobre os quais tenhamos informação. Pode incluir informação que não sendo segura, pode ser atribuída; por exemplo: uma determinada obra sobre a qual haja informação de que deve ser atribuída a x pessoa, não deve ser acrescentada na info-box, mas deve constar aqui-->
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''Diário do Governo'' nº 159, 20/07/1901.
''Diário do Governo'' nº 159, 20/07/1901.
''Diário do Governo'' nº 217, 26/09/1878.
''Diário do Governo'' nº 264, 21/11/1885.
''Diário do Governo'' nº 17, 23/01/1891.
''Diário do Governo'' nº 29, 08/02/1894.
''Diário do Governo'' nº 200, 06/06/1899.
''Diário do Governo'' nº 105, 08/07/1905.
''Diário do Governo'' nº 66, 26/03/1909.
''Diário do Governo'' nº 264, 20/11/1909.
''Diário do Governo'' nº 5, 08/01/1910.
''Diário do Governo'' nº 27, 05/11/1910.


Jorge Manuel Noronha de Silveira Alves Caetano. "Os Oficiais de Engenharia: Meninos da Luz". ''Revista Zacatraz'', nº 196 (15/03/2017): 45-53.
Jorge Manuel Noronha de Silveira Alves Caetano. "Os Oficiais de Engenharia: Meninos da Luz". ''Revista Zacatraz'', nº 196 (15/03/2017): 45-53.

Revisão das 00h49min de 11 de janeiro de 2023


Sebastião Nunes da Mata
Nome completo Sebastião Augusto Nunes da Mata
Outras Grafias Sebastião Augusto Nunes da Matta
Pai Sebastião Nunes da Mata
Mãe Maria Arminda da Piedade Mata
Cônjuge Eulália Amélia de Figueiredo Ferreira
Filho(s) Maria Amélia Nunes da Mata
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 14 junho 1866
Luanda, Luanda, Angola
Morte valor desconhecido
Sexo Masculino
Religião Cristã
Residência
Residência Luanda, Luanda, Angola
Data Início: 14 de junho de 1866
Fim: 1877
Residência Lisboa, Lisboa, Portugal
Data Início: 1877
Fim: 1900
Residência Luanda, Luanda, Angola
Data Início: 03 de fevereiro de 1900
Formação
Formação Instrução técnico-profissional
Data Início: 1877
Fim: 1883
Local de Formação Lisboa, Portugal
Formação Instrução técnico-profissional
Data Início: 1883
Fim: 1887
Local de Formação Lisboa, Lisboa, Portugal
Formação Engenharia Militar
Data Início: 1887
Fim: 1890
Local de Formação Lisboa, Portugal
Postos
Posto 1º Sargento
Data Início: 1883
Fim: 1981
Arma Engenharia
Posto Alferes
Data Início: 08 de janeiro de 1891
Fim: 26 de julho de 1893
Arma Engenharia
Posto Tenente
Data Início: 27 de julho de 1893
Fim: 29 de agosto de 1899
Arma Engenharia
Cargos
Cargo Membro de comissão
Data Início: 23 de março de 1900
Fim: 02 de novembro de 1900
Cargo Adido
Data Início: 04 de abril de 1900
Fim: 25 de maio de 1902
Cargo Director
Data Início: 25 de maio de 1902
Fim: 19 de junho de 1905
Cargo Membro de comissão
Data Início: 08 de abril de 1904
Fim: 13 de agosto de 1904
Cargo valor desconhecido
Data Início: novembro de 1910
Cargo Adido
Data Fim: 26 de julho de 1914
Actividade
Actividade Inspecção
Data Início: 09 de setembro de 1902
Fim: 03 de junho de 1903
Local de Actividade Angola
Actividade Fiscalização
Data Fim: novembro de 1909
Local de Actividade Benguela, Angola
Actividade Inspecção
Data Início: 27 de junho de 1921


Biografia

Dados biográficos

Sebastião Augusto Nunes da Mata nasceu a 14 de junho de 1866 na freguesia dos Remédios do concelho e distrito de Luanda. Era filho de Sebastião Nunes da Mata e de Dona Maria Arminda da Piedade Mata[1]. Seu pai foi Capitão de Caçadores nº 5, tendo estado envolvido, em 1872, nas atividades de repressão das revoltas nos Dembos[2]. Em 1878 era Major do exército em África Ocidental[3].

Em 1902 era solteiro[1].

Carreira

Sebastião Augusto Nunes da Mata apresentou-se voluntariamente para assentamento como praça, no dia 30 de julho de 1883, no regimento de Caçadores nº 2. A 14 de agosto do mesmo ano, foi declarado aspirante a oficial com a graduação de primeiro sargento[4], tendo sido também em 1883, que concluiu o Curso no Real Colégio Militar[5], onde tinha sido admitido em 1877 com o nº 159[6].

Como tal, a 2 de outubro de 1883, solicitou uma licença para os estudos na Escola Politécnica, à qual sucederam sucessivas licenças anuais, até terminar o Curso Geral da Escola Politécnica, corria o ano de 1887[5]. No ano lectivo 1884/1885 foi premiado por ter obtido 15 valores na segunda cadeira[7]. Foi neste ano, a 21 de outubro, que se matriculou na Escola do Exército, onde viria a concluir, em 1890, o Curso de Engenharia[5].

Durante o Curso de Engenharia, transitou, a 1 de setembro de 1888, para o Regimento de Infantaria n.º 7 e, a 25 de maio do ano seguinte, regressou ao Regimento n.º 2 de Caçadores[5].

A 8 de janeiro de 1891, foi publicado o decreto de promoção a alferes, no Regimento de Engenharia[8] e, volvidos dois anos, a 27 de julho de 1893, publicou-se o decreto de promoção a tenente. Ainda em 1893, a 11 de novembro, passou a servir no Estado-Maior de Engenharia e, a 30 de dezembro, iniciou uma comissão como adjunto da Escola Prática de Engenharia. A 3 de janeiro de 1894, encetou outra comissão, agora como ajudante na já referida Escola Prática de Engenharia[5][9], de que foi exonerado, a seu pedido, em Setembro de 1899[10].

Em 28 de outubro de 1895, foi condecorado com o grau de Cavaleiro da Real Ordem Militar de São Bento de Avis[5].

A 29 de agosto de 1899, foi exonerado do cargo que desempenhava e, a 30 de novembro do mesmo ano, foi colocado fora da arma (Engenharia) a que pertencia[5].

Desembarcou em Luanda, a 3 de fevereiro de 1900, como oficial do exército, passando a adjunto do Quartel General da Província de Angola[11][12]. A 23 de março do mesmo ano, foi nomeado para fazer parte de uma comissão encarregada de elaborar um plano para a criação de escolas regimentares e respetivas bibliotecas naquela província, comissão da qual foi exonerado a 2 de novembro, por motivos de dissolução da mesma[5]. Ainda em 1900, a 4 de abril, passou a colaborar na Direção de Obras Públicas de Angola.

A 18 de junho de 1901, foi promulgado o decreto que o promove a capitão de Engenharia[5][13]. A 25 de maio de 1902, por motivos da ausência do detentor do lugar, ocupou as funções de Diretor das Obras Públicas de Angola[11]. O decreto de nomeação para tal cargo foi publicado a 28 de junho de 1902[5][11][12]. Ainda neste ano, a 9 de setembro, foi nomeado inspetor de Engenharia pela Portaria Provincial nº 417 dessa mesma data[5].

A 8 de abril de 1904, continuando a desempenhar as funções referidas, foi nomeado vogal da comissão para a criação de um liceu em Luanda[5], comissão da qual foi exonerado a 13 de agosto do mesmo ano, por motivos de dissolução da mesma [5].

A 26 de abril de 1904, solicitou seis meses de licença graciosa no Reino[14], requerimento que foi expedido pelo Governador Geral de Angola no dia seguinte[15]. A 31 de maio de 1904, a Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e do Ultramar aprova a licença[16]. Neste sentido, o capitão de Engenharia embarca para o reino, a 7 de novembro do mesmo ano, a bordo do vapor "Ambaca"[17]. Servira na Direção de Obras Públicas de Angola durante quatro anos, um mês e vinte sete dias[11].

A 5 de dezembro de 1904, apresentou-se na Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e do Ultramar, tendo por objetivo começar a gozar da sua licença graciosa[18].

A 3 de junho de 1905, ainda em Lisboa, pediu a exoneração da comissão como Diretor das Obras Públicas da Província de Angola, para a qual tinha sido nomeado em 1902, como referido anteriormente[19]. A 6 de junho, começou a servir na Direção de Caminhos de Ferro Ultramarinos. O Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e do Ultramar aceitou o pedido de exoneração no dia 19 do mesmo mês.


Por portarias de 23 de março de 1909, obteve uma licença de 90 dias para se tratar[20].

Em novembro de 1909 foi exonerado, a seu pedido, do lugar de engenheiro diretor da fiscalização do caminho de ferro de Benguela[21].

Em janeiro de 1910 recebeu uma medalha de prata por comportamento exemplar[22].

Em novembro de 1910 foi nomeado ajudante de campo do governador[23].


Em 1914, trabalhava na Inspeção Geral de Fortificações e Obras Militares, como Chefe da 1.ª Repartição, sendo Major de Engenharia, cargo em que se mantinha no ano seguinte. A 4 de fevereiro de 1918, ocupava o mesmo cargo, tendo sido promovido a tenente-coronel de Engenharia[24][25][26].

Outras informações

Cavaleiro Real da Ordem de São Bento de Avis[1].

Obras

Notas

  1. ↑ 1,0 1,1 1,2 Arquivo Histórico Ultramarino. "Sebastião Augusto Nunes da Matta - Província de Angola, Distrito de Luanda (...)" in Angola. Obras Públicas. Processos Individuais. Caixa 767/1, R-X.
  2. ↑ António José Machado Marracho, «Revoltas e Campanhas nos Dembos (1872-1919). 47 Anos de Independência às Portas de Luanda.» (Tese de Mestrado, Lisboa, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa  e Academia Militar, 2008). Visualizado em 16 junho, 2022.
  3. ↑ "Relação dos candidatos a alumnos pensionistas do estado a que se refere este annuncio", Diário do Governo nº 217, 26/09/1878, 2350.
  4. ↑ "Batalhão nº 2 de caçadores da Rainha", Diário do Governo nº 186, 20/08/1883, 1995.
  5. ↑ 5,00 5,01 5,02 5,03 5,04 5,05 5,06 5,07 5,08 5,09 5,10 5,11 5,12 Arquivo Histórico Ultramarino. "Sebastião Augusto Nunes da Matta - Nota dos Assuntos que tem no livro de matrícula e no registo disciplinar o official abaixo mencionado" in Angola. Obras Públicas. Processos Individuais. Caixa 767/1, R-X.
  6. ↑ Jorge Manuel Noronha de Silveira Alves Caetano, "Os Oficiais de Engenharia: Meninos da Luz", Revista Zacatraz, nº 196 (15/03/2017): 52.
  7. ↑ "Escola Polytechnica. Relação dos alumnos premiados no anno lectivo de 1884-1885", Diário do Governo nº 264, 21/11/1885, 3254.
  8. ↑ "Por decretos de 8 do corrente mez: Regimento de engenharia", Diário do Governo nº 17, 23/01/1891, 156.
  9. ↑ "Escola pratica de engenharia", Diário do Governo nº 29, 08/02/1894, 315.
  10. ↑ "Escola pratica de engenharia", Diário do Governo nº 200, 06/06/1899, 2297.
  11. ↑ 11,0 11,1 11,2 11,3 Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. Portaria n.º 185 do Governo Geral da Província de Angola. (P3313787)
  12. ↑ 12,0 12,1 Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. Nota Biográfica. (P3313779 - P3313782)
  13. ↑ "Por decretos de 18 do mesmo mês: Estado maior de artilharia", Diário do Governo nº 159, 20/07/1901, 1936.
  14. ↑ Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. Requerimento de licença. (P3313786)
  15. ↑ Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. Requerimento n.º 186 de 27 de abril de 1904. (P3313784-P3313785)
  16. ↑ Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. (P3313788)
  17. ↑ Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. Guia n.º 667. (P3313799)
  18. ↑ Arquivo Histórico Ultramarino. 767_1_L_T. Processos Individuais. Sebastião Nunes da Matta. (P3313800)
  19. ↑ "3ª Repartição. Despachos effectuados nas datas abaixo indicadas", Diário do Governo nº 105, 08/07/1905, 2315.
  20. ↑ "Direcção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos. Despachos effectuados na data abaixo indicada", Diário do Governo nº 66, 26/03/1909, 1034.
  21. ↑ "Despachos effectuados nas datas abaixo indicadas. Por portaria de 9 do corrente mês:" Diário do Governo nº 264, 20/11/1909, 3866.
  22. ↑ "Classe de comportamento exemplar. Estado maior de engenharia", Diário do Governo nº 5, 08/01/1910, 70.
  23. ↑ "Campo entrincheirado de Lisboa", Diário do Governo nº 27, 05/11/1910, 303.
  24. ↑ Biblioteca Digital do Exército. 7067-5-76-74. Direção de Infraestruturas do Exército. Muralhas da vila de Trancoso: Croquis da parte da muralha e dos terrenos adjacentes. Visualizado em 15 junho, 2022.
  25. ↑ Biblioteca Digital do Exército. 10633-2-23-32. Direção de Infraestruturas do Exército. Terreno proposto para venda. Visualizado em 15 junho, 2022.
  26. ↑ Biblioteca Digital do Exército. 9891-1-8-12. Direção de Infraestruturas do Exército. Planta do Quartel do Regimento de Inf.a no 19. Visualizado em 15 junho, 2022.

Fontes

Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais, Caixa. 767/2, R-T.

Biblioteca Digital do Exército. 7067-5-76-74. Direção de Infraestruturas do Exército. Muralhas da vila de Trancoso: Croquis da parte da muralha e dos terrenos adjacentes. Visualizado em 15 junho, 2022.

Biblioteca Digital do Exército. 9891-1-8-12. Direção de Infraestruturas do Exército. Planta do Quartel do Regimento de Inf.a no 19. Visualizado em 15 junho, 2022.

Biblioteca Digital do Exército. 10633-2-23-32. Direção de Infraestruturas do Exército. Terreno proposto para venda. Visualizado em 15 junho, 2022.

Diário do Governo nº 186, 20/08/1883.

Diário do Governo nº 159, 20/07/1901.

Diário do Governo nº 217, 26/09/1878.

Diário do Governo nº 264, 21/11/1885.

Diário do Governo nº 17, 23/01/1891.

Diário do Governo nº 29, 08/02/1894.

Diário do Governo nº 200, 06/06/1899.

Diário do Governo nº 105, 08/07/1905.

Diário do Governo nº 66, 26/03/1909.

Diário do Governo nº 264, 20/11/1909.

Diário do Governo nº 5, 08/01/1910.

Diário do Governo nº 27, 05/11/1910.

Jorge Manuel Noronha de Silveira Alves Caetano. "Os Oficiais de Engenharia: Meninos da Luz". Revista Zacatraz, nº 196 (15/03/2017): 45-53.

Bibliografia

Marracho, António José Machado. «Revoltas e Campanhas nos Dembos (1872-1919). 47 Anos de Independência às Portas de Luanda.» Tese de Mestrado, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa  e Academia Militar, 2008. Visualizado em 16 junho, 2022.

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Gonçalo Margato

Departamento de Estudos Políticos, NOVA-FCSH

https://orcid.org/0000-0002-6248-3947

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

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