Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho: diferenças entre revisões

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Professor substituto entre 12 de Outubro de 1804 e 17 de Agosto de 1821: [[António Anacleto de Seara]]<ref>Arquivo Histórico Militar. "[Requerimento de António Anacleto de Seara para ser provido no lugar de lente proprietário]" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 30, peça 35.</ref><ref>Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho" in Divisão 3, secção 5 ,série 8, caixa 31, peça 112.</ref><ref>Sepúlveda, ''Historia organica e politica do Exercito Português'', 8:513.</ref>.
Professor substituto entre 12 de Outubro de 1804 e 17 de Agosto de 1821: [[António Anacleto de Seara]]<ref>Arquivo Histórico Militar. "[Requerimento de António Anacleto de Seara para ser provido no lugar de lente proprietário]" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 30, peça 35.</ref><ref>Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho" in Divisão 3, secção 5 ,série 8, caixa 31, peça 112.</ref><ref>Sepúlveda, ''Historia organica e politica do Exercito Português'', 8:513.</ref>.


Professor substituto entre 1822 e 1833:[[Evaristo José Ferreira]]<ref>Viterbo, 3:318.</ref><ref>Arquivo Histórico Militar. "Relação dos Empregados, Militares e Civis, que servirão na dita Academia, no tempo da usurpação, com as declaraçoes respectivas a os quesitos exigidos na Portaria do Ministerio da Guerra de 23 de Junho de 1835" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 186.</ref>.
Professor substituto entre 1822 e 1833:[[Evaristo José Ferreira]]<ref>Viterbo, ''Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores'', 3:318.</ref><ref>Arquivo Histórico Militar. "Relação dos Empregados, Militares e Civis, que servirão na dita Academia, no tempo da usurpação, com as declaraçoes respectivas a os quesitos exigidos na Portaria do Ministerio da Guerra de 23 de Junho de 1835" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 186.</ref>.


Professor substituto em 1836: Luís António Belo dos Reis Júnior<ref name=":6" />.
Professor substituto em 1836: Luís António Belo dos Reis Júnior<ref name=":6" />.
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|"''Compendio militar, escrito segundo a doutrina dos melhores auctores para instrucção dos discipulos d'Academia Real de Fortificações, Artelharia, e Desenho, e oferecido ao maretissimo senhor D. João Principe do Brasil; por Mathias José Dias Azedo (...) terceira parte que trata dos Elementos de Tatica. - Lisboa, na Régia Tipografia Silveana, ano de 1796.''"<ref>Sepúlveda, ''Historia organica e politica do Exercito Português'', 15:55.</ref>.
|"''Compendio militar, escrito segundo a doutrina dos melhores auctores para instrucção dos discipulos d'Academia Real de Fortificações, Artelharia, e Desenho, e oferecido ao maretissimo senhor D. João Principe do Brasil; por Mathias José Dias Azedo (...) terceira parte que trata dos Elementos de Tatica. - Lisboa, na Régia Tipografia Silveana, ano de 1796.''"<ref>Sepúlveda, ''Historia organica e politica do Exercito Português'', 15:55.</ref>.
|Professor proprietário entre 1792 e 1794:[[António José Moreira]]<ref>Viterbo, ''Diccionario Histórico e Documental dos Architectos,'' 1:205-206.</ref><ref>''Almanach para o anno de M. DCC. XCII.'', 447.</ref><ref>''Almanach para o anno de M.DCC.XCIV.'', 483.</ref>.
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Professor proprietário entre 25 de Setembro de 1794 e 1820: [[Pedro Celestino Soares]]<ref>Viterbo, 1:205-206.</ref><ref>Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho" in Divisão 3, secção 5 ,série 8, caixa 31, peça 112.</ref><ref>''Almanach para o anno de M.DCCC.XX.'', 796.</ref>.
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Professor proprietário entre 28 de Setembro de 1827 e em 1833: João José Ferreira de Sousa<ref>Sepúlveda, ''Historia organica e politica do Exercito Português'', 8:597.</ref><ref>Arquivo Histórico Militar. "Relação dos Empregados, Militares e Civis, que servirão na dita Academia, no tempo da usurpação, com as declaraçoes respectivas a os quesitos exigidos na Portaria do Ministerio da Guerra de 23 de Junho de 1835" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 186.</ref>.
Professor proprietário entre 28 de Setembro de 1827 e em 1833: João José Ferreira de Sousa<ref>Sepúlveda, ''Historia organica e politica do Exercito Português'', 8:597.</ref><ref>Arquivo Histórico Militar. "Relação dos Empregados, Militares e Civis, que servirão na dita Academia, no tempo da usurpação, com as declaraçoes respectivas a os quesitos exigidos na Portaria do Ministerio da Guerra de 23 de Junho de 1835" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 186.</ref>.


Professor substituto entre 14 de Dezembro de 1789 e 25 de Setembro de 1794: [[Pedro Celestino Soares]]<ref>Viterbo, 1:205-206.</ref><ref>Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho" in Divisão 3, secção 5 ,série 8, caixa 31, peça 112.</ref>.
Professor substituto entre 14 de Dezembro de 1789 e 25 de Setembro de 1794: [[Pedro Celestino Soares]]<ref>Viterbo, ''Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores'', 1:205-206.</ref><ref>Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho" in Divisão 3, secção 5 ,série 8, caixa 31, peça 112.</ref>.


Professor substituto entre 25 de Setembro de 1794 e 1817: [[Anastácio Joaquim Rodrigues]]<ref>Viterbo, ''Diccionario Histórico e Documental dos Architectos,'' 2:382.</ref><ref>Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho" in Divisão 3, secção 5 ,série 8, caixa 31, peça 112.</ref><ref>''Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII.'', 129.</ref>.
Professor substituto entre 25 de Setembro de 1794 e 1817: [[Anastácio Joaquim Rodrigues]]<ref>Viterbo, ''Diccionario Histórico e Documental dos Architectos,'' 2:382.</ref><ref>Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho" in Divisão 3, secção 5 ,série 8, caixa 31, peça 112.</ref><ref>''Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII.'', 129.</ref>.

Revisão das 19h18min de 7 de novembro de 2022


Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho
(A.R.F.A.D.)
Outras denominações Academia Real de Fortificação, Academia de Fortificação‎, Academia de Fortificação de Lisboa‎
Tipo de Instituição Ensino militar
Data de fundação 2 fevereiro 1790
Data de extinção 12 janeiro 1837
Paralisação
Início: valor desconhecido
Fim: valor desconhecido
Localização
Localização Arsenal do Exército, Lisboa,-
Início: 02 de fevereiro de 1790
Fim: 18 de junho de 1793

Localização Palácio da Regência, Lisboa,-
Início: 18 de julho de 1793
Fim: 1795

Localização Lisboa, Lisboa, Portugal
Início: 1795
Fim: 1796

Localização Palácio Calhariz-Palmela, Lisboa,-
Início: 1796
Fim: 1810
Localização Lisboa, Lisboa, Portugal
Início: 1810
Fim: 1811

Localização Palácio Calhariz-Palmela, Lisboa,-
Início: 1811
Fim: 1823

Localização
Lisboa, Lisboa, Portugal
Início: 1823
Fim: 1825
Localização Palácio Calhariz-Palmela, Lisboa,-
Início: 1825
Fim: 27 de dezembro de 1836
Antecessora Aula de Fortificação de Lisboa

Sucessora Escola do Exército


História

A Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho foi uma instituição de ensino militar, fundada por decreto de 2 de Janeiro de 1790[1] com o objetivo de desenvolver a instrução científica militar das várias armas do exército português.

O estabelecimento de uma nova academia de estudos militares em Lisboa, justificava-se, segundo o preâmbulo que sustenta o decreto fundador, pela extinção da Aula de Engenharia e pela circunstância de não se ter verificado o reforço dos estudos de matemática na Academia Real de Marinha, como inscrito nos Estatutos de 1779[2]. Desta feita resultava não se terem "continuado as lições de Fortificação, e Desenho, como Eu havia neles ordenado". No que concerne, em específico, à instrução de artilharia, a criação da Academia Real justificava-se no seguimento do insucesso conhecido pela anterior tentativa de desenvolvimento da instrução daquela arma, levada a cabo durante a segunda metade do século XVIII, através de uma rede de Aulas Regimentais de Artilharia, de que é exemplo a Aula de Artilharia de São Julião da Barra ou a Aula de Artilharia de Lagos. À rede de Aulas faltaria a "unidade de ensino". A mais, verificava-se o atraso científico do ensino ministrado, nomeadamente face aos avanços europeus da época, e a incapacidade do próprio corpo docente, não se encontrando "à altura da ciência da artilharia os indivíduos encarregados de a ensinar"[3].

Em 8 de Abril de 1800, Jerónimo José Nogueira, coronel comandante de Regimento de Artilharia, requeria autorização para empregar os compêndios seguidos na Academia Real no ensino da Aula. Uma vez que encontrando-se os alunos artilheiros da Academia Real integrados nos Regimentos, e respectivas Aulas de Artilharia, estes não poderiam adotar outros compêndios que não os determinados para os estudos nesta última instituição, em observância "precisa, e inalteravelmente", sob pena de expulsão. Em consequência, segundo a observação crítica daquele comandante, os alunos seguiam obrigatoriamente compêndios "de uma escolha muito inferior para o progresso do adiantamento, e dos conhecimentos elementares da Profissão", o que resultava em prejuízo para os alunos artilheiros da Academia Real[4]. Refere Cristóvão Sepúlveda que a qualidade dos compêndios empregues no ensino da Academia Real vinha a ser discutida desde 1810, "instando pela substituição, absolutamente necessária e urgente, dos livros antiquados que se adoptavam no ensino dos diferentes cursos"[5].

Em 1823, segundo José Silvestre Ribeiro, baseado em artigo publicado na Gazeta de Lisboa, que o historiador não identifica, a qualidade da instrução ministrada na Academia Real havia decaído. Em consequência "os alunos ficavam ignorando muitas coisas essenciais; e, sobre tudo, faltavam-lhes os exercícios práticos e campos de instrução". A decadência vem a explicar-se por vários fatores que se principiam pela questão dos compêndios, atrás mencionada. O articulista expõe as suas dúvidas sobre a qualidade científica daqueles textos, considerando que "as suas doutrinas não eram as mais exatas, nem as mais bem ordenadas, não estando bem traduzidos" os compêndios, que se achavam desatualizados. Acrescia a ausência de instrução prática dos alunos e a falta de qualidade da prática e estudo de desenho, os quais se achariam incompletos, em particular devido ao "sistema seguido" na aula, sucedendo "que os alunos da academia ensinavam uns aos outros a desenhar"[6]. Uma outra descrição datada de 1822 e da autoria de Adriano Balbi apresenta semelhante posição crítica sobre os compêndios, ainda que refira a condução de exercícios práticos pelos professores, previamente aos exames[7]. A descritiva concluía favoravelmente acerca do desempenho destes últimos, sendo sustentada pelo facto de contradizer o impacto negativo que os compêndios tinham no ensino da Aula: "Os professores preenchem com os seus profundos conhecimentos o que há de deficiente nos compêndios, que em verdade estão muito longe dos progressos que as ciências hão feito nestes últimos anos"[8]. Este mesmo corpo docente representaria ao governo sobre a questão[9].

Em 1834, procedeu-se à reforma do ensino ministrado e dos compêndios e livros empregues no ensino, sendo até então os "que haviam sido adotados na época da criação daquele estabelecimento", asseverava uma carta publicada no jornal Nacional, em 1835, cujo autor Silvestre Ribeiro não nomeia:

"Sucedendo que, desta vez, baixassem as providências solicitadas. Foram introduzidos novos autores, que estavam mais em dia com a ciência; foram ampliadas doutrinas de outros, que não foi possível, ou não se julgou conveniente substituir desde logo; foi alterada, em pontos importantes a ordem dos trabalhos escolares; e, finalmente, os estudos adquiririam um certo desenvolvimento, resultante do maior estímulo que tiveram os professores, e da melhor e mais bem sustentada aplicação dos alunos"[9].

Adotaram-se compêndios redigidos por autores estrangeiros, como Müller e Bezout, relativos à artilharia e à balística, e dos professores da Academia Real, Pedro Celestino Soares, sobre fortificação, Evaristo Ferreira, sobre hidráulica, e Joaquim das Neves Franco, sobre minas [10]. A distribuição das matérias foi também objeto de reforma e criado um lugar de diretor da aula de desenho para consolidar o ensino de acordo com as matérias leccionadas em cada ano[11].

Ainda assim, apesar destas alterações, Silvestre Ribeiro considerou que, entre 1823 e 1837, "a Academia de fortificação foi vegetando" muito devido à necessidade que fazia de uma reforma mais profunda do seu plano de estudos[12].

Em 1823, o orçamento da Academia Real era levado a discussão nas cortes. Resultou a criação de uma comissão incumbida de apresentar um plano de reforma do estabelecimento. Não obstante o plano apresentado ter sido rejeitado em votação, a comissão propunha, entre outras medidas, a supressão da cadeira de hidráulica e do lugar de um dos dois substitutos da aula de desenho[13]. Novamente, em 1836, os poderes públicos procuraram concretizar a reforma financeira da instituição, sendo os lentes ordenados a propor um plano de reforma. Em consequência, a Academia Real passou a ocupar, provisoriamente, as salas do Colégio Real de Nobres[14]. Ocupou também o Palácio da Regência no Rossio, o Palácio do Duque de Palmela ao Calhariz e um palácio na rua Formosa[15].

Afora as contínuas necessidades de reforma, considerava-se que a missão da Academia Real, centrada na educação nas ciências militares, apenas poderia ser cumprida na condição de estar "criada uma Escola de Ciências físicas, e matemáticas, na qual os Alunos adquirissem todos os princípios necessários" à instrução ministrada. Por consequência, parte da reforma da Academia Real apenas seria concretizada aquando da criação da Escola Politécnica de Lisboa em 1837[16].

Nesse ano a instituição foi extinta e adoptou "a designação de Escola do Exército" sendo incumbida da instrução dos "Oficiais do Exército Português de um modo completo", até então não verificado, segundo algumas perspectivas[17].

Outras informações

A admissão dos alunos na Academia Real com vista à obtenção de patente de oficial engenheiro ou de artilharia era condicionada à apresentação de certificado de aprovação no primeiro e segundo ano do curso matemático da Academia Real de Marinha. Para os alunos que se destinassem às patentes de oficiais de infantaria ou cavalaria apenas era necessária aprovação no primeiro ano daquele curso. Todos os alunos deveriam comprovar, junto do professor de primeiro ano, que detinham os conhecimentos suficientes de língua francesa. No caso específico dos oficiais de engenharia, os alunos deveriam também comprovar ser dotados de uma "constituição robusta, e que não tem defeito na vista, ou alguma tremura nas mãos"[18].

Determinava-se a existência de 12 partidos (bolsas) destinados aos alunos para oficiais engenheiros, ainda que o número de alunos não pudesse ultrapassar os seis. Eram também estabelecidos "dezoito Partidos", repartidos entre cada aula, com preferência para os alunos que tivessem frequentado os dois cursos de matemática[19].

Em 1793, contabilizava-se um total de 56 alunos inscritos nas três cadeiras leccionadas[20]. O número de alunos variou entre os 80 e os 100, com representação das várias armas do exército[21], nas primeiras décadas do século XIX. No ano letivo de 1826-1827, matricularam-se um total de 98 alunos com a seguinte distribuição anual: 21 alunos no 1.º ano; 33 alunos no 2.º ano; 34 alunos no 3.º ano; e 10 alunos no 4.º ano. Destes 77 eram militares e 21 paisanos[22]. Em 1834, a contabilização geral apresentada por José Silvestre Ribeiro sobre as matrículas na Academia Real variava entre os 80 alunos e os 130 alunos, número que se ultrapassava várias vezes[23]. Cristóvão Sepúlveda apresenta o número de 2 736 matrículas entre 1790 e 1837, das quais apenas 281 foram concluídas nos cursos de infantaria e cavalaria, e apenas 181 no curso de engenharia militar[24].

Aquando da sua fundação a Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho foi estabelecida no edifício da Fundação de Cima, no Arsenal do Exército, no Campo de Santa Clara. Em 1793, após incêndio em 18 de Junho desse ano, foi transferida para o Largo do Regedor, perto do Rossio. Em 1795, as aulas da Academia estavam instaladas no Paço da Praça do Comércio[25]. Depois de 1796, a Academia ocupou o segundo andar do Palácio do Duque de Palmela, D. Pedro de Sousa e Holstein, no Calhariz. Em 1810, era transferida interinamente para o andar inferior do Palácio do Correio Geral, na Calçada do Combro. Voltava ao Calhariz em 1811 e, em 1825, após ter ocupado o Palácio dos Estaus, no Rossio, dois anos antes. A Academia Real permaneceu naquele Palácio até 27 de Dezembro de 1836. Data em que foi instalada no edifício do Real Colégio dos Nobres[26] e onde se manteve até à sua extinção.

Professores

O corpo docente da Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho era composto por cinco professores, distribuídos por cada ano, e um professor de desenho. Cada professor seria coadjuvado por um professor substituto na realização dos exercícios, e em caso de impedimento[27]. Em 1834, encontravam-se vagos três lugares de professor e era considerado necessário proceder a uma extensão do corpo docente, que foi concretizada com a contratação de cinco comissionados "para interinamente coadjuvarem o serviço académico", que recaíram em alunos distintos da instituição[28].

Curricula

Os Estatutos da Academia Real de 1779 definiram um quadro disciplinar composto de três cadeiras, a que acrescia a prática do desenho, e, mais tarde, a cadeira de Hidráulica, criada por decreto de 30 de Janeiro de 1799[29]. Os alunos cursavam o Curso Militar, com a duração de três anos para os oficiais de infantaria e cavalaria, e de quatro anos para os oficiais de engenharia e artilharia[30]. Finda a frequência das Aulas na Academia Real os alunos deveriam completar tirocínios em corpos específicos da Arma a que se destinavam, os quais completados com sucesso lhes garantiam o acesso às patentes. A organização e distribuição das lições e exercícios semanais seguia a forma estabelecida nos Estatutos da Academia Real de Marinha, devendo os exercícios de desenho decorrer todos os dias durante uma hora e um quarto[31].

Os Estatutos da Academia Real estabeleceram a realização de exercícios práticos no campo enquanto tal fosse permitido pelo tempo: "O Lente do primeiro ano ensinará o uso dos Instrumentos pertencentes à Geometria prática; fará medir distâncias inacessíveis, nivelar terrenos, e tirar diversas plantas; como também construir trincheiras, fazer sapas, e tudo quanto puder praticar-se das matérias que tiver explicado. O Lente do segundo ano fará tirar a planta de alguns terrenos próprios para se traçar o projeto de uma Fortificação irregular; ensinará a construir todos os diferentes Fortes, e Redutos de Campanha; assim como a Castrametação, e tudo quanto puder praticar-se relativamente às matérias que tiver tratado. O Lente do terceiro ano ensinará o manejo das bocas de fogo, que se usam na Artilharia; fará construir Baterias, e exercitará os Discípulos em tudo o que for suscetível de praticar-se. O Lente de Desenho ensinará também a tirar uma planta sem Instrumento, configurando as diferentes irregularidades do terreno, e fazendo aplicação das regras da Ótica, e Perspetiva"[32]. Regista-se a realização de exercícios práticos no Campo Grande em 1790, na aldeia da Golegã em 1792, e na Trafaria em 1793[33].

Segundo José Silvestre Ribeiro "até 1834 [foram adoptados] os mesmos [compêndios] que haviam sido adoptados na época da criação daquele estabelecimento"[34]. Nesse ano, em consequência da solicitação do corpo docente, e enquadrado na reforma do ensino, os compêndios utilizados na Academia Real foram actualizados com "as doutrinas de outros [autores]". Encontrou-se referência aos seguintes compêndios sem menção da respectiva cadeira: Engenheiro Portuguez; Logica Racional; e Evidencia Apologetica[35].

Plano de estudos de 1779.
Ano Nome da Cadeira Matérias[30] Livros[36] Professores
Primeiro Primeira cadeira de Fortificação "Fortificação Regular, o Ataque e Defensa das Praças, e os princípios fundamentais de qualquer Fortificação"[30]. "compêndio de Arquitectura Militar de Antoni, e a tactica do general Azedo"[36].

A partir de 1834 adotam-se livros "de Celestino Soares sobre fortificação" e livros de Joaquim das Neves Franco sobre minas[37].

Professor proprietário entre 1791 (1807) 1817: Matias José Dias Azedo[38][39].

Professor proprietário em substituição efetiva entre 1807 e 1820: José Lane[40][41].

Professor proprietário em 1826: Fortunato José Barreiros[42].

Professor proprietário em 1829: Caetano Paulo Xavier[43].

Professor proprietário em 1833: Fortunato José Barreiras[44].

Professor substituto entre 11 de Dezembro de 1789 e 1817: José Lane[38][45].

Professor substituto em 1820: Joaquim José Tristão[46].

Professor substituto em 1836: José Martinho Tomás Dias[47].

Segundo Segunda cadeira de Fortificação "Fortificação Irregular, a Fortificação Efectiva, e a Fortificação de Campanha"[30]. "compêndio de Arquitectura Militar de Antoni, e a tactica do general Azedo"[36]. Professor proprietário entre 11 de Dezembro de 1789 e 1821: Pedro Joaquim Xavier [48][49][50].

Professor proprietário entre 17 de Agosto de 1821 e 1826:António Anacleto de Seara[51][52].

Professor proprietário em 1833: João Carlos de Tam[53].

Professor substituto entre 11 de Dezembro de 1789 e 1817: Cipriano José da Silva Bulhões[54][55][56].

Professor substituto em 1836: Joaquim Ferreira dos Passos[47].

Terceiro Artilharia "Teórica de Artilharia, das Minas, e Contraminas, e a sua aplicação ao ataque, e defensa das Praças"[30]. "a tradução em português do Tratado de Artilharia de Müller, e o das Minas composto pelo general Rosa"[36].

A partir de 1934 adotam-se livros de balística da autoria de Müller e Bezout[57].

Professor proprietário entre 1791 e 1834: José António da Rosa[58].

Professor proprietário, em substituição efetiva, em 1807: Joaquim Gregório de Alpoim[59].

Professor proprietário em 1820: Cipriano José da Silva[60].

Professor proprietário entre 1821 e 1826: Joaquim Gregório de Alpoim[61].

Professor substituto entre 1892 e 1803: Joaquim José Portelli[62][38].

Professor substituto entre 12 de Outubro de 1804 e 1820: Joaquim Gregório de Alpoim[63][64][65].

Professor substituto em 1833: Joaquim das Neves Franco[66].

Professor substituto em 1836: João Maria Feijó[67].

Quarto Hidráulica (1799) "Arquitetura Civil, o Corte das pedras, e madeiras, o Orçamento dos Edifícios, e tudo mais que for relativo ao conhecimento dos materiais, que entram na sua composição; como também se explicarão os melhores métodos, que hoje se praticam na construção de caminhos e calçadas. No mesmo ano se ensinará igualmente a Hidráulica, e as mais partes que lhes são análogas, como a Arquitetura das Pontes, dos Canais, dos Portos, Diques, e Comportas;"[30]. "Hidráulica de Bossut"[36].

Regras de Desenho para a delineação das plantas, perfis e perspectivas pertencentes à architectura militar e civil, por António José Moreira, datado de 1793[68].

Em 1834, manteve-se o livro de Bossut e adotou-se o "apêndice de duas memórias escritas pelo professor Evaristo J. Ferreira"[69].


"Architectura militar de Antoni, traduzida do italiano, para se explicar na Academia Real de Fortificação, Artilharia, e Desenho, por Mathias José Dias Azedo. Tomo 1.º. Em que se trata da Fortificação Regular. Lisboa, na typ. Regia Silveana. Ano de 1790.". Tomos 2.º ao 6.º traduzidos entre 1790 e 1791[70].

Professor proprietário em 3 de Janeiro de 1799 e 1820: Vicente António da Silva Corrêa[38][71].

O lugar de professor substituto encontrava-se vago em 30 de Junho de 1804, nunca tendo sido até então ocupado[38].

Professor substituto entre 12 de Outubro de 1804 e 17 de Agosto de 1821: António Anacleto de Seara[72][73][74].

Professor substituto entre 1822 e 1833:Evaristo José Ferreira[75][76].

Professor substituto em 1836: Luís António Belo dos Reis Júnior[47].

Hidráulica prática (pelo menos a partir de 1805) Professor proprietário em 1805: José Tereno Micheloti[77].

Professor proprietário entre 1812 e 1817: José Teresio Michelloti[78][79].

Desenho "desenhar (...) o que forem aprendendo em todas as três Aulas; como também a copiar, e reduzir plantas, representar perfis, e configurar diversos terrenos, e a traçar com perfeição a letra redonda"[80]. "Compendio militar, escrito segundo a doutrina dos melhores auctores para instrucção dos discipulos d'Academia Real de Fortificações, Artelharia, e Desenho, e oferecido ao maretissimo senhor D. João Principe do Brasil; por Mathias José Dias Azedo (...) terceira parte que trata dos Elementos de Tatica. - Lisboa, na Régia Tipografia Silveana, ano de 1796."[81]. Professor proprietário entre 1792 e 1794:António José Moreira[82][83][84].

Professor proprietário entre 25 de Setembro de 1794 e 1820: Pedro Celestino Soares[85][86][87].

Professor proprietário entre 28 de Setembro de 1827 e em 1833: João José Ferreira de Sousa[88][89].

Professor substituto entre 14 de Dezembro de 1789 e 25 de Setembro de 1794: Pedro Celestino Soares[90][91].

Professor substituto entre 25 de Setembro de 1794 e 1817: Anastácio Joaquim Rodrigues[92][93][94].

Professor substituto em 1820: Lourenço Homem da Cunha de Eça[95].

Professor substituto entre 22 de dezembro de 1820 e 18 de Janeiro de 1823: João Carlos de Tam[96][97].

Professor substituto em 18 de Janeiro de 1823: António Jereda Silveira[98].

Professor substituto extraordinário em 1833: Miguel Joaquim Pires[99].

Professor substituto graduado com exercícios na cadeira entre 3 de Novembro de 1802 e 1817 Lourenço Homem da Cunha de Eça[38][100].

Diretor da Aula de Desenho, e de gravura das Cartas Geográficas e Hidrográficas entre 1794 e 1811: Luís André de Puy[101].

Gravação (pelo menos a partir de 1795)[102]. Professor proprietário em 1795: Luís André de Puy[102].
Artilharia Prática (1804)[103]. Professor proprietário em 11 de Agosto de 1804: José Teresio Michelotti[104].
Professor substituto em 18 de Janeiro de 1823: Joaquim José Freitão[105].

Professor substituto em 28 de Julho de 1823: Joaquim das Neves Franco[106].

Professor substituto em 1833: Diogo Vasconcelos Cabral[107].

Notas

  1. "Estatutos da Academia Real de Fortificação, Artelharia, e Desenho". In Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790. Lisboa: Typografia Maigrense, 1828, 579-582.
  2. "Lei de 2 de Janeiro de 1790". In Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790. Lisboa: Typografia Maigrense, 1828, 578.
  3. Cordeiro, Apontamentos para a História da Artilharia, 266.
  4. Arquivo Histórico Militar. "[Ofício do Coronel Jerónimo José Nogueira, datado de 8 de Abril de 1800]" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa. 30, peça 35.
  5. Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:149.
  6. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:371.
  7. Ribeiro, 2:372.
  8. Balbi, Andriano, Essai Statistique sur le royaume de Portugal, tomo II, 1822, citado em Ribeiro, 2:372.
  9. 9,0 9,1 Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:196.
  10. Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:149.
  11. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:196.
  12. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 5:220.
  13. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:373-374.
  14. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:197.
  15. Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:150.
  16. "Da Eschola do Exercito, seu objecto, e respectivos estudos", Decreto, 12 de Janeiro de 1837, Diário do Governo n. 15, 18 de Janeiro de 1837, 84.
  17. "Da Eschola do Exercito, seu objecto, e respectivos estudos", Decreto, 12 de Janeiro de 1837, Diário do Governo n. 15, 18 de Janeiro de 1837, 85.
  18. "Estatutos da Academia Real de Fortificação, Artelharia, e Desenho". In Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790. Lisboa: Typografia Maigrense, 1828, 580.
  19. "Estatutos da Academia Real de Fortificação, Artelharia, e Desenho". In Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790. Lisboa: Typografia Maigrense, 1828, 581.
  20. Almanach para o anno de M. DCC. XCIII., 471.
  21. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:372.
  22. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 5:219.
  23. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:196.
  24. Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:152.
  25. Almanach para o anno de 1795., 17.
  26. João Vieira Borges, Viver Academia Militar, 70-71.
  27. "Estatutos da Academia Real de Fortificação, Artelharia, e Desenho". In Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790. Lisboa: Typografia Maigrense, 1828, 579-580.
  28. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:196-197.
  29. Almanach para o anno de 1800., 479.
  30. 30,0 30,1 30,2 30,3 30,4 30,5 "Estatutos da Academia Real de Fortificação, Artelharia, e Desenho". In Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790. Lisboa: Typografia Maigrense, 1828, 579.
  31. "Estatutos da Academia Real de Fortificação, Artelharia, e Desenho". In Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790. Lisboa: Typografia Maigrense, 1828, 581-582.
  32. "Estatutos da Academia Real de Fortificação, Artelharia, e Desenho". In Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790. Lisboa: Typografia Maigrense, 1828, 580.
  33. Cordeiro, Apontamentos para a Historia da Artilheria, 267.
  34. Ribeiro, 6:196.
  35. Arquivo Histórico Militar. "[Relação de livros a enviar à Secretaria dos Negócios da Marinha]" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 31, peça 53.
  36. 36,0 36,1 36,2 36,3 36,4 Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:372.
  37. Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:149.
  38. 38,0 38,1 38,2 38,3 38,4 38,5 Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho" in Divisão 3, secção 5 ,série 8, caixa 31, peça 112.
  39. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 24.
  40. Arquivo Histórico Militar. "Relação das pessoas empregadas na Instrucção, Serviço, e Policia da Academia Real de Fortificação, Artilheria, e Desenho, em 18 de Dezembro de 1815" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 31, peça 104.
  41. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 796.
  42. Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:149.
  43. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores, 3:199.
  44. Arquivo Histórico Militar. Relação dos Empregados, Militares e Civis, que servirão na dita Academia, no tempo da usurpação, com as declaraçoes respectivas a os quesitos exigidos na Portaria do Ministerio da Guerra de 23 de Junho de 1835. Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 186.
  45. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 24.
  46. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 796.
  47. 47,0 47,1 47,2 Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal dos Lentes e mais Empregados da Academia de Fortificação, Artilheria e Desenho, em declaração dos que tem capacidade e aptidão necessaria para bem exercerem os seus empregos, e quaes os que por falta destas indispensaveis qualidades não cumprem as suas obrigaçoes de hum modo conveniente ao Serviço Publico" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 188.
  48. Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho" in Divisão 3, secção 5 ,série 8, caixa 31, peça 112.
  49. Arquivo Histórico Ultramarino. "Requerimento do naturalista António Mendes de Carvalho Cavalli ao Príncipe [D. João]" in Fundo CU_Brasil-Geral, caixa 39.
  50. Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 447.
  51. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, 3:28.
  52. Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 8:514.
  53. Arquivo Histórico Militar. "Relação dos Empregados, Militares e Civis, que servirão na dita Academia, no tempo da usurpação, com as declaraçoes respectivas a os quesitos exigidos na Portaria do Ministerio da Guerra de 23 de Junho de 1835" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 186.
  54. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, 1:145.
  55. Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho" in Divisão 3, secção 5 ,série 8, caixa 31, peça 112.
  56. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 129.
  57. Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:149.
  58. Vieira, "O ensino científico-militar em Portugal", 12.
  59. Arquivo Histórico Militar. "Relação das pessoas empregadas na Instrucção, Serviço, e Policia da Academia Real de Fortificação, Artilheria, e Desenho, em 18 de Dezembro de 1815" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 31, peça 104.
  60. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 796.
  61. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores, 3:218.
  62. Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 448.
  63. Viterbo, 3:218.
  64. Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho" in Divisão 3, secção 5 ,série 8, caixa 31, peça 112.
  65. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 796.
  66. Arquivo Histórico Militar. "Relação dos Empregados, Militares e Civis, que servirão na dita Academia, no tempo da usurpação, com as declaraçoes respectivas a os quesitos exigidos na Portaria do Ministerio da Guerra de 23 de Junho de 1835" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 186.
  67. Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal dos Lentes e mais Empregados da Academia de Fortificação, Artilheria e Desenho, em declaração dos que tem capacidade e aptidão necessaria para bem exercerem os seus empregos, e quaes os que por falta destas indispensaveis qualidades não cumprem as suas obrigaçoes de hum modo conveniente ao Serviço Publico" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 188.
  68. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, 2:181.
  69. Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 6:149.
  70. Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 8:731.
  71. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 796.
  72. Arquivo Histórico Militar. "[Requerimento de António Anacleto de Seara para ser provido no lugar de lente proprietário]" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 30, peça 35.
  73. Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho" in Divisão 3, secção 5 ,série 8, caixa 31, peça 112.
  74. Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 8:513.
  75. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores, 3:318.
  76. Arquivo Histórico Militar. "Relação dos Empregados, Militares e Civis, que servirão na dita Academia, no tempo da usurpação, com as declaraçoes respectivas a os quesitos exigidos na Portaria do Ministerio da Guerra de 23 de Junho de 1835" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 186.
  77. Almanach do anno de 1805., 551.
  78. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 510.
  79. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 24.
  80. "Estatutos da Academia Real de Fortificação, Artelharia, e Desenho". In Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790. Lisboa: Typografia Maigrense, 1828, 579.
  81. Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 15:55.
  82. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, 1:205-206.
  83. Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 447.
  84. Almanach para o anno de M.DCC.XCIV., 483.
  85. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores, 1:205-206.
  86. Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho" in Divisão 3, secção 5 ,série 8, caixa 31, peça 112.
  87. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 796.
  88. Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 8:597.
  89. Arquivo Histórico Militar. "Relação dos Empregados, Militares e Civis, que servirão na dita Academia, no tempo da usurpação, com as declaraçoes respectivas a os quesitos exigidos na Portaria do Ministerio da Guerra de 23 de Junho de 1835" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 186.
  90. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores, 1:205-206.
  91. Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho" in Divisão 3, secção 5 ,série 8, caixa 31, peça 112.
  92. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, 2:382.
  93. Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho" in Divisão 3, secção 5 ,série 8, caixa 31, peça 112.
  94. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 129.
  95. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 796.
  96. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, 3:81.
  97. Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Officiaes, e mais empregados na Academia de Fortificação, Artilheria, e Desenho" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 146.
  98. Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Officiaes, e mais empregados na Academia de Fortificação, Artilheria, e Desenho" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 146.
  99. Arquivo Histórico Militar. "Relação dos Empregados, Militares e Civis, que servirão na dita Academia, no tempo da usurpação, com as declaraçoes respectivas a os quesitos exigidos na Portaria do Ministerio da Guerra de 23 de Junho de 1835" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 186.
  100. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 129.
  101. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:370.
  102. 102,0 102,1 Almanach para o anno de 1795., 18.
  103. Arquivo Histórico Militar. "Relação das pessoas empregadas na Instrucção, Serviço, e Policia da Academia Real de Fortificação, Artilheria, e Desenho, em 18 de Dezembro de 1815" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 31, peça 104.
  104. Arquivo Histórico Militar. "Relação das pessoas empregadas na Instrucção, Serviço, e Policia da Academia Real de Fortificação, Artilheria, e Desenho, em 18 de Dezembro de 1815" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 31, peça 104.
  105. Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Officiaes, e mais empregados na Academia de Fortificação, Artilheria, e Desenho" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 146.
  106. Sepúlveda, Historia organica e politica do Exercito Português, 7:415.
  107. Arquivo Histórico Militar. "Relação dos Empregados, Militares e Civis, que servirão na dita Academia, no tempo da usurpação, com as declaraçoes respectivas a os quesitos exigidos na Portaria do Ministerio da Guerra de 23 de Junho de 1835" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 186.

Fontes

Arquivo Histórico Militar. "[Ofício do Coronel Jerónimo José Nogueira, datado de 8 de Abril de 1800]" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa. 30, peça 35.
Arquivo Histórico-Ultramarino. "Requerimento do naturalista António Mendes de Carvalho Cavalli ao Príncipe [D. João]" in Fundo CU_Brasil-Geral, caixa 39.

Arquivo Histórico Militar. "Mappa das pessoas empregadas no serviço da Academia Real de Fortificação, Artilheria, e Desenho" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 30, peça 49.

Arquivo Histórico Militar. "[Relação de livros a enviar à Secretaria dos Negócios da Marinha]" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 31, peça 53.

Arquivo Histórico Militar. "Relação das pessoas empregadas na Instrucção, Serviço, e Policia da Academia Real de Fortificação, Artilheria, e Desenho, em 18 de Dezembro de 1815" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 31, peça 104.

Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Officiaes, e mais empregados na Academia de Fortificação, Artilheria, e Desenho" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 146.

Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal de todos os Lentes Proprietarios, e Lentes Substitutos dos quatro annos que compoe o Curso de Estudos desta Academia de Fortificação, Artilharia, e Desenho" in Divisão 3, secção 5 ,série 8, caixa 31, peça 112.

Arquivo Histórico Militar. "Relação dos Empregados, Militares e Civis, que servirão na dita Academia, no tempo da usurpação, com as declaraçoes respectivas a os quesitos exigidos na Portaria do Ministerio da Guerra de 23 de Junho de 1835" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 186.

Arquivo Histórico Militar. "Relação nominal dos Lentes e mais Empregados da Academia de Fortificação, Artilheria e Desenho, em declaração dos que tem capacidade e aptidão necessaria para bem exercerem os seus empregos, e quaes os que por falta destas indispensaveis qualidades não cumprem as suas obrigaçoes de hum modo conveniente ao Serviço Publico" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 32, peça 188.

Arquivo Histórico Militar. "[Requerimento de António Anacleto de Seara para ser provido no lugar de lente proprietário]" in Divisão 3, secção 5, série 8, caixa 30, peça 35.

Arquivo Histórico Ultramarino. "Requerimento do naturalista António Mendes de Carvalho Cavalli ao Príncipe [D. João]" in Fundo CU_Brasil-Geral, caixa 39.

Almanach para o anno de M. DCC. XCII.. Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1792.

Almanach para o anno de M. DCC. XCIII.. Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1793.

Almanach para o anno de M.DCC.XCIV.. Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1794.

Almanach para o anno de 1795.. Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1795.

Almanach para o anno de 1797. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1797.

Almanach para o anno de 1798. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1798.

Almanach do anno de 1805.. Lisboa: Impressão Regia, 1805.

Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII.. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1817.

"Da Eschola do Exercito, seu objecto, e respectivos estudos", Decreto, 12 de Janeiro de 1837, Diário do Governo n. 15, 18 de Janeiro de 1837, 84-87.

"Lei de 2 de Janeiro de 1790". In Collecção da Legislação Portugueza. Legislação de 1775 a 1790. Lisboa: Typografia Maigrense, 1828.

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Bibliografia

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João Vieira Borges (coord.). Viver Academia Militar: nos 175 anos da Escola do Exército. Lisboa: By the book, 2012.

Cordeiro, João Manuel. Apontamentos para a Historia da Artilheria Portugueza. Lisboa: Typographia do Commando Geral da Artilheria, 1895.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarquia. Vol. 2. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1872.

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Sepúlveda, Cristóvão Aires de Magalhães. Historia organica e politica do Exercito Português. Vol. 7. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1913.

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Vieira, Belchior. “O ensino científico-militar em Portugal no século XVIII – Anastácio da Cunha, discípulo da Aula de Artilharia da Praça de Valença do Minho.” Em Anastácio da Cunha. 1744/1787. O matemático e o poeta. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1990.

Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol. 1. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1899.

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Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol. 3. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1899.

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Autor(es) do artigo

João de Almeida Barata

https://orcid.org/0000-0001-9048-0447

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017


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