Joaquim José Ferreira

Fonte: eViterbo
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Joaquim José Ferreira
Nome completo Joaquim José Ferreira
Outras Grafias valor desconhecido
Pai João da Costa Ferreira
Mãe valor desconhecido
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 1750
Lisboa, Lisboa, Portugal
Morte valor desconhecido
Sexo Masculino
Religião Cristã
Residência
Residência Lisboa, Lisboa, Portugal
Data Início: 1768
Fim: 1779

Residência Belém, Pará, Brasil
Data Início: 1780
Fim: 1780

Residência Amazonas, Brasil
Data Início: 1781
Fim: 1781
Formação
Formação Engenharia Militar
Data Início: 15 de novembro de 1768
Fim: 05 de setembro de 1776
Local de Formação Lisboa, Lisboa, Portugal
Postos
Posto Ajudante com exercício de Engenheiro
Data Início: 05 de setembro de 1776
Fim: 07 de janeiro de 1780
Arma Infantaria

Data Início: 07 de janeiro de 1780
Fim: 21 de janeiro de 1790
Arma Infantaria

Posto Sargento-mor
Data Início: 21 de janeiro de 1790
Fim: 20 de outubro de 1790
Arma Infantaria
Cargos
Cargo Aprendiz
Data Início: 15 de novembro de 1768
Fim: 05 de setembro de 1776

Cargo Director
Data Início: 31 de outubro de 1790
Fim: 22 de setembro de 1792
Actividade
Actividade Demarcação de fronteira
Data Início: 1780
Fim: 1782
Local de Actividade Amazonas, Brasil

Actividade Desenho hidrográfico
Data Início: 1780
Fim: 1782
Local de Actividade Amazonas, Brasil

Actividade Demarcação de fronteira
Data Início: 1782
Fim: 1790
Local de Actividade Mato Grosso, Brasil

Actividade Desenho cartográfico
Data Início: 1782
Fim: 1790
Local de Actividade Mato Grosso, Brasil

Actividade Desenho urbano
Data Início: 1783
Fim: 1790
Local de Actividade Mato Grosso, Brasil


Biografia

Dados biográficos

Joaquim José Ferreira nasceu em Lisboa em 1750. Era filho de João da Costa Ferreira, que foi cirurgião do regimento de infantaria da Corte[1].

Em 15 de Novembro de 1768, ingressou como discípulo do número da Aula de Fortificação de Lisboa. A sua formação durou sete anos, até 5 de Setembro de 1776, quando obteve o posto de ajudante de infantaria com exercício de engenheiro[2]. Progrediu ao posto de capitão de infantaria com exercício de engenheiro em 7 Janeiro de 1780, sendo designado para servir nas demarcações no norte do Brasil. Ali atuou entre 1781 e 1795, mais precisamente, nas capitanias do Pará, Rio Negro e Mato Grosso, de onde regressou com o posto de tenente-coronel do Real Corpo de Engenheiros[3].

Em 1796, já estava na corte, em Lisboa, e, no ano seguinte, obteve a pretendida mercê do hábito de São Bento de Avis com tença de 12.000 reis[4][5]. Em 1799, como se encontrava destacado no Algarve, pediu para receber e professar o hábito na igreja de Santa Maria de Tavira[6]. Recebeu, contudo, a mercê de que o hábito lhe fosse lançado na igreja catedral de Faro[4][7]. Desconhece-se o ano da sua morte.

Carreira

Sousa Viterbo publica um documento, no qual a primeira referência sobre os trabalhos realizados pelo engenheiro é da sua participação na “edificação e reparo das fortalezas do Reino do Algarve, para onde foi destacado, especialmente nas baterias, redutos e mais fortificações de Vila Real de Santo António[4][5]. Não é indicada a data em que Joaquim José realizou estes trabalhos, nem em que qualidade. O mesmo documento refere, a seguir, que o engenheiro estivera “em Academia das Reais Aulas da Marinha” e também na “obra do canal novo de Oeiras, no ano de 1769”; igualmente, que participara “nas plantas e edifício da fabrica do ferro com muitas diligências cometidas pela Secretaria de Estado, de que dando exacta conta foi encarregado da retificação de Lisboa”. Tudo isto é citado antes da “longa e perigosa marcha pelos sertões de Mato Grosso”, e os demais serviços prestados na colónia.

Ora, este “curriculum” contém uma contradição intrínseca. Pela lógica sequencial dos trabalhos apresentados, a sua estada no Algarve teria decorrido antes da sua participação na obra em Oeiras em 1769. No entanto, nessa altura, não existia ainda a Vila Real de Santo António que, tal como é citada, só existiu, de facto, depois da construção pombalina, que ocorreu entre 1774 e 1776. Assim, deduz-se que, ou a ordem cronológica da apresentação dos trabalhos está correta e Joaquim José trabalhou, de facto, no Algarve antes de 1769, e o nome da vila pombalina aparece no documento apenas porque este foi escrito em 1799; ou, a ordem de apresentação dos trabalhos não segue, necessariamente, um critério cronológico, e o engenheiro esteve, efetivamente, em Vila Real de Santo António ao tempo da sua existência concreta, ou seja, depois de 1774. Não se pode excluir, com segurança, qualquer uma das duas hipóteses[8].

Entre Fevereiro e Março de 1769, o, então, discípulo da academia esteve nas obras do rio novo de Oeiras, sob as ordens do tenente coronel João Bento Pithon, que era lente da Aula do Regimento da Artilharia de Lagos. De Junho a Dezembro de 1770, executou as plantas da fábrica do ferro sob o comando do capitão engenheiro Manuel de Sousa. Entre 1774 e 1777, esteve ocupado em algumas diligências particulares da Secretaria do Estado e nas obras de reconstrução de Lisboa, sob as ordens do Sargento-mor José Monteiro de Carvalho. De todos os seus comandantes, Joaquim José obteve cartas de recomendação que frisavam a sua boa conduta e empenho nos trabalhos realizados[2].

Em 7 Janeiro de 1780, foi nomeado capitão de infantaria com exercício de engenheiro, e designado para servir nas demarcações no norte do Brasil. No mês seguinte, os engenheiros e matemáticos, que compunham a comissão, estavam já em Belém do Pará. Até 1781, acompanharam o governador João Pereira Caldas nos trabalhos demarcatórios na capitania do Rio Negro. A 1 de Setembro desse ano, Joaquim José Ferreira partiu com os seus companheiros para a capitania do Mato Grosso. Depois de realizarem trabalhos no rio Madeira, os membros da comissão chegaram a Vila Bela em 28 de Fevereiro de 1782. Até 21 de Outubro desse ano, Joaquim José esteve encarregado de realizar as medições e levantamentos da área a sul de Vila Bela, precisamente na região dos rios Barbados e Alegre. Em 4 de Julho de 1783, o engenheiro voltava para o rio Barbados, desta feita acompanhando o governador e a sua grande comitiva. A partir de então, Joaquim José foi encarregado das obras da povoação de Casal Vasco, que se decidiu fundar naquele local, tendo realizado o respetivo desenho urbano[8].

Realizou durante esse período várias expedições de exploração da região, adentrando, inclusive, pelos territórios castelhanos. As suas fés de ofícios listam os seguintes trabalhos[2]: entre 6 e 14 de Dezembro de 1784, foi em reconhecimento da fronteira; entre 18 de Março e 20 de Abril de 1785, percorreu o rio Alegre desde a sua foz até a primeira cachoeira; de 3 a 19 de Dezembro de 1786, esteve, novamente, “noutra parte” da fronteira; de 20 de Julho a 3 de Agosto de 1787, esteve empregado, juntamente com Ricardo Franco de Almeida Serra, e os dois matemáticos Francisco José de Lacerda e Almeida e António Pires da Silva Pontes, no exame prático de determinações astronómicas entre Vila Bela e os arraiais do Mato Grosso - a saber: N. Sra. do Pilar, Santa Ana, Ouro Fino, São Vicente e São Francisco Xavier. Entre 2 de Fevereiro de 1788 e 26 de Outubro de 1790, o engenheiro esteve também entre Vila Bela e Casal Vasco. Vistoriou as obras da povoação, entretanto, já bastante adiantadas, e realizou, ainda, algumas viagens que resultariam na elaboração de vários mapas que foram executados, na sua maioria, em conjunto com Ricardo Franco.

Em 21 de Janeiro de 1790, recebeu a carta patente que o nomeava no posto de sargento-mor de infantaria com exercício de engenheiro[9], patente esta que lhe tinha sido concedida em 1788[10]. Em 31 de Outubro desse ano, partiu para o sul da capitania, já com o posto de tenente-coronel[3], para dirigir o presídio de Nova Coimbra e a povoação de Albuquerque. Em função, implementou reformas no presídio e construiu algumas defesas na povoação, mas o seu principal empenho durante o período em que esteve no sul da capitania foi a concretização do tratado de paz com os índios Guaicurus. Alexandre Rodrigues Ferreira faz especial referência ao trabalho que o engenheiro desenvolveu com os índios nas declarações que acompanham o seu pedido do hábito de São Bento de Avis[2].

Em 22 de Setembro de 1792, Joaquim José Ferreira deixou o comando do forte de Nova Coimbra dirigindo-se para Vila Bela onde chegou em 2 de Novembro. No entanto, em Setembro de 1793, o engenheiro partia para o Pará, a caminho da corte, por motivos de doença. Nesse ano, juntamente com Ricardo Franco de Almeida Serra, escreveu as Reflexões sobre a capitania do Mato Grosso que foram aparentadas ao Governador Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres[11]. Em Janeiro de 1794, chegou a Belém, contudo o seu estado de saúde impediu-o de fazer, imediatamente, a viagem para Lisboa. Não se coibiu, no entanto, de aceitar a responsabilidade da direção das obras de fortificação da cidade que lhe encarregou o governador D. Francisco de Sousa Coutinho. Para além das obras nas fortificações, Joaquim José Ferreira realizou também, a pedido do governador do Pará, o levantamento do antigo convento e igreja dos Mercedários, de que há desenhos originais na Biblioteca Pública Municipal do Porto[12].

Em 1796, já se encontrava em Lisboa e, em 1799, esteve destacado no Algarve.

Outras informações

Obras

No Arquivo Histórico do Exército, no Rio de Janeiro, constam os seguintes mapas de sua autoria:

O Estado e Capitanias do Gram Pará e Rio Negro, com as do Maranhão e Piauhy, que delle se desanexarão em separado governo geral no ano de 1774, aumentado até o paralelo de cinco graus de latitude boreal com as comunicações dos Rios Negro, Orinoco e Cavaburis, a situação da nova fortaleza e verdadeiro curso do Rio Branco feito Em 1780 Ricardo Franco de Almeida Serra e Joaquim Jozé Ferreira, capitães engenhejros a desenharão. Copiada da planta original existente na mapoteca do Ministério do Exterior, por Ed. Thompsom, desenhista da Comissão Rondon, em 1918. colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, escala em léguas, papel canson telado, 89cm x 55cm (AHE 11.01.2234).

Carta geográfica de uma parte do Rio Negro e do Rio Uaupes Levantada por Joaquim José Ferreira capitão de Engenheiros, Ano de 1780. colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, papel canson telado, bom estado, medindo 129cm x 46,5cm (AHE 04.18.2166).

Plano geográfico da parte do Rio Negro desde  a Villa de Barcelos até a Serra de Cucui, e da boca do rio Uaupés até a 1ª cachoeira, levantado em 1781 pelo Astrônomo Lacerda e pelo Capitão Engenheiro Joaquim José Ferreira, colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, escala em léguas, papel canson telado, 113cm x 47,5cm (AHE 04.20.2144).

Plano geográfico da parte do rio Negro desde  a villa de Barcelos até a serra de Cucui, e da boca do rio Uaupés até a 1ª cachoeira levantado por ordem de Ilmo e Exmo Snr João Pereira Caldas Governador e capitão General nomeado das capitanias de Mato Grosso e Cuiabá e Comissário Geral das Demarcações  de Limites na parte do Norte. Francisco José de Lacerda Dr em Matemática e Joaquim José Ferreira  Capitão Engenheiro. copiado pelo Cap Tito Antonio da França Amaral em 1888, colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, escala em léguas, papel tecido, bom estado, medindo 112cm x 52,5cm (AHE 23.01.2145).

A ordem imediata do Illmo e Exmo Snr João Pereira Caldas Comissário Geral das Demarcações nestes estados Configuração do Rio Japurá até A Segunda Cachoeira Grande feita na diligencia do antecipado conhecimento do mesmo rio por ordem régia no ano de 1781 é só correta da variação da agulha Magnética. Levantado por  Pedro Alexandrino Pinto de Souza Capitão Engenheiro e José Simoens de Carvalho, Doutor em Matemática e posto em limpo por Joaquim José Ferreira e Ricardo Franco de Almeida  Serra capitães Engenheiros. colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, escala em milhas, papel canson telado, bom estado, medindo 82,5cm x 34cm (AHE 06.11.2121).

Carta geográfica do rio Guaporé desde a sua orígem principal até a sua confluência com o rio Mamoré e igualmente do rios Alegre, Barbados, Verde e Paragaú com parte do Baures e Itonamas  que nel deseguam assim como dório Jauru e do Agaupeí seu braço, com o rio Cuiabá e parte do Paraguai em que da mesma forma vai configurado todo o terreno limítrofe entre os estabelceimentos portugueses adjacentes a vila Bela Capital do Mato Grosso e o forte do Príncipe da Beira e as províncias espanholas de Chiquitos e Moxos que a real presença de Sua Majestade a rainha Nossa senhora por intervenção do Illmo e Exmo Sr Martinho de Mello e Castro Ministro e Secretario de Estado dos Negócios Ultramarinos faz de presente subir o Governador e Capitão general do mato Grosso e Cuiabá João de Alabuquerque de Mello Pereira e Cáceres em conseqüência desas diligencias e configuração e observações que desde o ano de 1781 até o de 1790 se tem feito nestes vastos terrenos pelos engenheiros e astrônomos empregados na demarcação de limites na mesma capitania. Pelos sargentos mores Ricardo Franco de Almeida Serra e Joaquim Jozé Ferreira. Copiado em 1866 no Archivo Militar, impresso no Gabinete Fotográfico do Grande Estado Maior do Exército em 1910, impresso, monocromático, com notas explicativas, com rosa dos ventos, escala em léguas, papel canson, dividido em três partes, mau estado, medindo 61cm x 31cm (AHE 06.08.2354).

Mappa suplemento ao do Guaropé que comprehende o resto do rio Cuiabá athe a sua confluencia no Paraguay,, e grande parte deste Rio, com as Lagoas Gaiba e Uberava, e as serras que as formão e cercão: assim como das salinas do Jaurú, e do resto das serras e rios Aguapehî e Alegre, campos e vertentes dos rios Barbados e Paragau: com as Missoens Espanholas de Chiquitos mais vizinhas a Villa Bella, Capital do Governo de MAtto Grosso. Cujo Mappa se deve unir pelos tres pontos ou semi-circulos notados com as letras A, B, C à Carta Geografica do Guaropé: que vai marcado debaixo do N.º 2. Pelos Sargentos Mores Engenheiros Ricardo Franco de Almeida Serra e Joaquim José Ferreira. Copiada pelo Major Antonio Vilella de Castro Tavares, em 1877, de outro mapa assinado por João d’Aubuquerque de Mello Pereira e Caceres, colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, escala em léguas, com rosa dos ventos, nota explicativa, legendas, papel canson telado, bom estado, medindo 182 cm x 62 cm (AHE 08.04.1853).


No Acervo da Casa da Ínsua, constam os seguintes mapas de sua autoria:

Plano do Novo Arrayal de Cazal Vasco que sobre a margem direita do rio dos Barbados a oito legoas de distancia da capital de Villa Bella para rumo de Sul fes levantar no anno de 1783 o G.or e Cap.am General (…) Luis de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres. Cujo Arraial se acha em 317º 40’ de longitude e em 15º19’46’’ de latitude Austral. Cota n.º 17 (P. Barbosa)[13].

Planta da nova povoação de Cazal Vasco, situada na margem oriental ou direita do Rio Barbados. Na longitude de 317º44’ contados do meridiano da Ilha do Ferro e latitude Austral de 15º19’46’’. Erigida no ano de 1782 pelo Ilmo e Exmo Sr Luiz de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, General das capitanias de Matto Grosso e Cuiaba e nos limites dellas Encarregado das Reais Demarcações. Cota n.º A1 (P. Barbosa)[13].

Mapa Geográfico em que se mostram as derrotas de Cazal Vasco às missões de Sta Anna, e S.Ignácio da Província de Chiquitos: feitas em 1784 e 1786: Por ordem do Illmo e Exmo Senhor Luiz de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres Governador e Capitão General da capitanias de Mato Grosso e Cuiabá, e nos limites delas encarregado da Comissão das Reaes Demaraçoens. Cota nº 18[13].

Arraial de Sta Anna = Arraial do Pilar = Arraial de S. Francisco Xavier da Chapada = Arraial de S.Vicente. Cota nº 21 (P. Barbosa)[13].

Configuração do Rio Jupura. Athe a segunda cachoeira gande. Feita na diligencia do antecipado conhecimento do mesmo rio, por regia,no anno de M.DCC.LXXXI. Levantada por Pedro Alexandrino Pinto de Sousa. Capitão Engenheiro;  e José Simões de Carvalho, Doutor em Mathematica. E desenhada por Ricardo Franco de Almeida Serra e Joaquim José Ferreira. Capitães Engenheiros. Cota n.º A2[13].

Nº 3. Mapa Suplemento ao do Guaporé. Em que vão configuradas as origens do rios Aguapehy, Alegre, e Barbados. E os mais terreno limítrofe entre o Paraguai e o Paragaú. Cujo suplemento se pode unir com o mapa do Guaporé nº 2 pelo centro dos três semicírculos A, B, C. Cota n.º A39 e nº 50, rolo nº 5 (P. Barbosa) (13)[14].

Nº 2. Carta geográfica do rio Guaporé desde a sua origem principal até a sua confluência com o rio Mamoré e igualmente do rios Cuiabá, Paraguai, Jaurú, Aguapehy, Barbados, Alegre e Paragaú em que da mesma forma vai configurado todo o terreno limítrofe entre os estabelecimentos portugueses contiguos a Vila Bela, Capital do Governo do Mato Grosso e as províncias espanholas de Chiquitos e Mochos.  Em conseqüência das diligencias desde o ano de 1781 até o de 1789 se tem feito nestes confinantes terrenos. Por ordem do Illmo e Exmo Senhor Luiz de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres do Conselho de Sua Majestade Quarto Governador e Capitão da Capitania do Mato Grosso ordenada ultimamente debaixo dos auspícios do  Illmo e Exmo Senhor João de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres do Conselho de Sua Majestade e Quinto Governador e Capitão da mesma capitania do Matto Grosso e Cuiabá. Cota nº A 40 e nº 50 D, rolo 5[13].

Plano Geografico de huma parte do Rio Negro, da Villa de Barcelos athe a Serra de Cucui e da boca do rio Uaupés the a primeira cachoeira. Levantado por ordem do Illmo e Exmo Sr. João Pereira Caldas Governador e Capitão General nomeado das capitanias de Mato Grosso e Cuaybá; e comissario geral das demarcações de limites da parte do Norte. Feitas as observações astronómicas  por Francisco José de Lacerda, Dr. Em Mathematica; e a configuração e desenho por Joaquim José Ferreira Capitão Engenheiro. Cota nº CG 53 e nº 53, rolo nº 5[13].


Na Biblioteca Pública Municipal do Porto, encontram-se os seguintes mapas da sua autoria:

Planta da igreja, convento e casas que forão dos Mercedarios da Cidade do Pará, levantada por ordem do Illmo e Exmo Sr. Francisco de Sousa Coutinho, Governador e Capitão General deste Estado no anno de 1793. Joaquim José Ferreira Tenente Coronel Engenheiro. Color 55 x 61. BPMP Pasta 19(15).

Planta Superior da Igreja e Convento dos Mercedários do Pará. Joaquim José Ferreira Tenente Coronel Engenheiro. Color 41 x 53. BPMP Pasta 19(27).

Arraial de Sta Anna = Arraial do Pilar = Arraial de S. Francisco Xavier da Chapada = Arraial de S. Vicente. BPMP Pasta 24(22).


Na Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, encontram-se os seguintes mapas da sua autoria:

Planta da nova povoação de Cazal Vasco, situada na margem oriental ou direita do Rio Barbados. Na longitude de 317º44’ contados do meridiano da Ilha do Ferro e latitude Austral de 15º19’46’’. Erigida no ano de 1782 pelo Ilmo e Exmo Sr Luiz de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres Gov. General das capitanias de Mato Grosso e Cuiaba e nos limites dellas encarregado das reais demarcações (FBNRJ Arc 12-6-9).

Ricardo Franco de Almeida Serra e Joaquim José Ferreira. Carta geografica do rio Guaporé desde a sua origem principal athe a sua confluencia com o rio Mamore e igualmente dos rios Alegre, Barbados, Capivari, Verde, Paragau, Baures e Itonamas que nele desaguam pela sua margem meridional, assim como dos rios Aguapei e Jauru com parte do Paraguai e Cuiaba com a estrada geral desde esta Villa Bella e a configuração dos terrenos, serras, arraiais e estabelecimentos adjacentes às duas provincias espanholas de Chiquitos e Moxos (1789). (FBNRJ Arc 2-4-22 / Arc 14-3-35 (cópia 1868)).

Mapa dos terrenos compreendidos entre a ponta da serra dos rios Paragaú, Vila Bela e marco do Jauru levantada pelos sargentos-mores engenheiros Ricardo Franco de Almeida Serra e Joaquim José Ferreira desde 1781 ... (FBNRJ Arc 1-2-40 / Arc 23-8-4).


Na Mapoteca do Itamaraty, Rio de Janeiro, encontram-se os seguintes mapas da sua autoria:

Plano do Novo Arrayal de Cazal Vasco (Nº 1) que sobre a margem direita do rio dos Barbados a oito legoas de distancia da capital de Villa Bella para rumo de Sul fes levantar no anno de 1783 o G.or e Cap.am General (…) Luis de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres. Cujo Arraial se acha em 317º 40’ de longitude e em 15º19’46’’ de latitude Austral. Color 33 x 50 cm. Mapoteca do Itamaraty.

Notas

  1. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Ministério do Reino, mç. 776, proc. 54, PT/TT/MR/EXP/051/0133/00054. Requerimento de Joaquim José Ferreira, tenente coronel de infantaria com exercício de engenheiro, solicitando saber se o requerimento efectuado pelo seu pai, João da Costa Ferreira, foi deferido. 1777.
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 Arquivo Histórico Ultramarino, CU_Brasil_Mato Grosso, cx. 31, d. 1733. Requerimento do tenente Coronel do Real Corpo de Engenheiros Joaquim José Ferreira à rainha D. Maria em que pede o Hábito da Ordem de São Bento de Avis e que a tença seja entregue a uma sua irmã muito pobre. [[Ant.] 21 de Junho de 1796].
  3. 3,0 3,1 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês, Mercês de D. Maria I, liv. 25, f. 329v., PT/TT/RGM/E/001/0025/110790. Joaquim José Ferreira. Carta. Tenente do Exército do Estado do Brasil. 20 de Outubro de 1790.
  4. 4,0 4,1 4,2 Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 1:360-361.
  5. 5,0 5,1 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês, Mercês de D. Maria I, liv. 29, f. 192, PT/TT/RGM/E/001/0029/110792. Joaquim José Ferreira. Carta de Padrão. 12$000 rs de tença a título de Hábito. 03 de Julho de 1799.
  6. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Mesa da Consciência e Ordens, Habilitações para a Ordem de São Bento de Avis, letra J, mç. 2, n.º 71, PT/TT/MCO/A-C/004-009/0002/00071. Diligência de habilitação para a Ordem de São Bento de Avis de Joaquim José Ferreira. 20 de Maio de 1799.
  7. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês, Mercês de D. Maria I, liv. 14, f. 361v., PT/TT/RGM/E/001/0014/110791. Joaquim José Ferreira. Carta. Para ser armado Cavaleiro. 20 de Maio de 1799.
  8. 8,0 8,1 Araujo, "A Urbanização do Mato Grosso no século XVIII", 435-440.
  9. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês, Mercês de D. Maria I, liv. 25, f. 99, PT/TT/RGM/E/001/0025/110789. Joaquim José Ferreira. Carta. Sargento-mor de Infantaria com exercício de Engenheiro na Capitania de Mato Grosso. 21 de Janeiro de 1790.
  10. Arquivo Histórico Ultramarino, CU_Brasil_Mato Grosso, cx. 26, d. 1532. Decreto da rainha Dona Maria nomeando Joaquim José Ferreira para o posto de sargento-mor de Infantaria com o exercício de engenheiro. Lisboa, 25 de Outubro de 1788.
  11. Arquivo Histórico Ultramarino, CU_Brasil_Mato Grosso, cx. 30, d. 1676. Ofício do [governador e capitão general da capitania do Mato Grosso], João de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres ao [secretário de estado da marinha e ultramar] Martinho de Melo e Castro em que envia reflexões sobre a capitania que lhe foram apresentadas pelos tenentes  coronéis de infantaria  Ricardo Franco de Almeida Serra e Joaquim José Ferreira. Vila Bela, 18 de Setembro de 1793.
  12. Biblioteca Pública Municipal do Porto, pasta 19 (15). Planta da igreja, convento e casas que forão dos Mercedarios da Cidade do Pará, levantada por ordem do Illmo e Exmo Sr. Francisco de Sousa Coutinho, Governador e Capitão General deste Estado no anno de 1793 Joaquim José Ferreira Tenente Coronel Engenheiro; Biblioteca Pública Municipal do Porto, pasta 19 (27). Planta Superior da Igreja e Convento dos Mercedários do Pará. Joaquim José Ferreira Tenente Coronel Engenheiro.
  13. 13,0 13,1 13,2 13,3 13,4 13,5 13,6 Garcia, A mais dilatada vista do mundo, 193-194; 196-197; 306-307; 308-309; 374-375; 376-377; 417.
  14. Garcia, A mais dilatada vista do mundo, 374-375.

Fontes

Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 84, d. 6864. Requerimento do ajudante de infantaria com exercício de engenheiro Joaquim José Ferreira para a rainha D. Maria solicitando a concessão da mercê do Hábito de Cristo com tença correspondente, tal como sucedeu com os oficiais engenheiros da anterior expedição. [[post.] Novembro, 4 de Novembro de 1779].

Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 84, d. 6865. Requerimento do ajudante de infantaria com exercício de engenheiro nomeado para servir no Estado do Grão Pará e Rio Negro, Joaquim José Ferreira ao [secretário de estado da marinha e ultramar] Martinho de Melo e Castro solicitando o pagamento de parte dos seus soldos em adiantado para suprir as necessidades da sua família, que permanece no reino, e nos preparativos da sua viagem. [[post.] Novembro, 14 de Novembro de 1779].

Arquivo Histórico Ultramarino, ACL_CU_013, cx. 104, d. 8245. Ofício do [governador e capitão general da Estado do Pará e Rio Negro], D. Francisco Maurício de Sousa Coutinho, para o [secretário de estado da marinha e ultramar] Martinho de Melo e Castro, sobre o envio de um mapa da costa e da fronteira daquela capitania feto pelo coronel engenheiro Joaquim José Ferreira. Pará, 16 de Julho de 1794.

Arquivo Histórico Ultramarino, CU_Brasil_Mato Grosso, cx. 22, d. 1365. Ofício do [governador e capitão general da capitania do Mato Grosso], Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres ao [secretário de estado da marinha e ultramar] Martinho de Melo e Castro em que envia requerimento dos engenheiros Ricardo Franco de Almeida Serra e Joaquim José Ferreira, ocupados nas demarcações, que pedem patente de sargento-mores. Vila Bela, 26 de Julho de 1782,

Arquivo Histórico Ultramarino, CU_Brasil_Mato Grosso, cx. 23, d. 1395. Ofício do governador nomeado para o Mato Grosso e [comissário para as Demarcações do Rio Negro], João Pereira Caldas ao [secretário de estado da marinha e ultramar] Martinho de Melo e Castro sobre a representação que fizeram os capitães Joaquim José Ferreira e Ricardo Franco de Almeida Serra, pedindo a patente de sargento-mores e aumento de soldo. Barcelos, 5 de Fevereiro de 1783.

Arquivo Histórico Ultramarino, CU_Brasil_Mato Grosso, cx. 26, d. 1517. Ofício do [governador e capitão general da capitania do Mato Grosso], Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres ao [secretário de estado da marinha e ultramar] Martinho de Melo e Castro em que remete requerimento do capitão engenheiro Joaquim José Ferreira, solicitando a suspensão do pagamento de parte do soldo no reino para recebe-lo todo no Brasil. Casal Vasco, 24 de Outubro de 1787.

Arquivo Histórico Ultramarino, CU_Brasil_Mato Grosso, cx. 26, d. 1532. Decreto da rainha Dona Maria nomeando Joaquim José Ferreira para o posto de sargento-mor de Infantaria com o exercício de engenheiro. Lisboa, 25 de Outubro de 1788.

Arquivo Histórico Ultramarino, CU_Brasil_Mato Grosso, cx. 30, d. 1676. Ofício do [governador e capitão general da capitania do Mato Grosso], João de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres ao [secretário de estado da marinha e ultramar] Martinho de Melo e Castro em que envia reflexões sobre a capitania que lhe foram apresentadas pelos tenentes  coronéis de infantaria  Ricardo Franco de Almeida Serra e Joaquim José Ferreira. Vila Bela, 18 de Setembro de 1793.

Arquivo Histórico Ultramarino, CU_Brasil_Mato Grosso, cx. 31, d. 1733. Requerimento do tenente Coronel do Real Corpo de Engenheiros Joaquim José Ferreira à rainha D. Maria em que pede o Hábito da Ordem de São Bento de Avis e que a tença seja entregue a uma sua irmã muito pobre. [[Ant.] 21 de Junho de 1796].

Arquivo Histórico Ultramarino, CU_Brasil_Mato Grosso, cx. 35, d. 1817. Carta do [governador e capitão general da capitania do Mato Grosso] Caetano Pinto de Miranda Montenegro à Rainha D. Maria sobre o regulamento individual e específico para o governo do Mato Grosso e a quantidade de soldos que pode competir aos tenentes coronéis do Real Corpo de Engenheiros, Joaquim José Ferreira e Ricardo Franco de Almeida Serra. Vila Bela, 31 de Janeiro de 1799.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Mesa da Consciência e Ordens, Habilitações para a Ordem de São Bento de Avis, letra J, mç. 2, n.º 71, PT/TT/MCO/A-C/004-009/0002/00071. Diligência de habilitação para a Ordem de São Bento de Avis de Joaquim José Ferreira. 20 de Maio de 1799.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Ministério do Reino, mç. 776, proc. 54, PT/TT/MR/EXP/051/0133/00054. Requerimento de Joaquim José Ferreira, tenente coronel de infantaria com exercício de engenheiro, solicitando saber se o requerimento efectuado pelo seu pai, João da Costa Ferreira, foi deferido. 1777.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês de D. José I, liv. 10, f. 294v., PT/TT/RGM/D/0010/77670. Joaquim José Ferreira. Carta Patente. Capitão de Artilharia. 19 de Janeiro de 1767.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês, Mercês de D. Maria I, liv. 25, f. 99, PT/TT/RGM/E/001/0025/110789. Joaquim José Ferreira. Carta. Sargento-mor de Infantaria com exercício de Engenheiro na Capitania de Mato Grosso. 21 de Janeiro de 1790.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês, Mercês de D. Maria I, liv. 25, f. 329v., PT/TT/RGM/E/001/0025/110790. Joaquim José Ferreira. Carta. Tenente do Exército do Estado do Brasil. 20 de Outubro de 1790.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês, Mercês de D. Maria I, liv. 14, f. 361v., PT/TT/RGM/E/001/0014/110791. Joaquim José Ferreira. Carta. Para ser armado Cavaleiro. 20 de Maio de 1799.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês, Mercês de D. Maria I, liv. 29, f. 192, PT/TT/RGM/E/001/0029/110792. Joaquim José Ferreira. Carta de Padrão. 12$000 rs de tença a título de Hábito. 03 de Julho de 1799.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês, Mercês de D. Maria I, liv. 29, f. 192, PT/TT/RGM/E/001/0029/129864. Joaquim José Ferreira. Carta de Padrão. Tença de 12$000 rs num dos Almoxarifados do Reino a Título do Hábito da Ordem de S. Bento de Aviz. 21 de Agosto de 1799.

Biblioteca Pública Municipal do Porto, pasta 19 (15). Planta da igreja, convento e casas que forão dos Mercedarios da Cidade do Pará, levantada por ordem do Illmo e Exmo Sr. Francisco de Sousa Coutinho, Governador e Capitão General deste Estado no anno de 1793. Joaquim José Ferreira Tenente Coronel Engenheiro.

Biblioteca Pública Municipal do Porto, pasta 19 (27). Planta Superior da Igreja e Convento dos Mercedários do Pará. Joaquim José Ferreira Tenente Coronel Engenheiro.

Bibliografia

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Autor(es) do artigo

Renata Araujo

CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa e Universidade de Algarve

https://orcid.org/0000-0002-7249-1078

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

https://doi.org/10.34619/yxcj-zmcf

Citar este artigo

Araujo, Renata. "Joaquim José Ferreira", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 18/03/2024). Consultado a 28 de abril de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Joaquim_Jos%C3%A9_Ferreira. DOI: https://doi.org/10.34619/yxcj-zmcf