Aula de Fortificação de Almeida: diferenças entre revisões

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==História==
A designação Aula de Fortificação de Almeida corresponde a uma classificação convencionada comum a outras estruturas lectivas que começaram a funcionar nas últimas décadas do século XVII e que confirmam o empenho de D. Pedro II na criação de uma rede alargada de núcleos de formação, que se juntaram à aula de Lisboa ([[Aula de Fortificação e Arquitectura Militar|Aula de Fortificação e Arquitetura Militar]]) e que são identificáveis em Elvas e Viana ([[Aula de Fortificação de Viana]]), mas também no Brasil, África e Índia ([[Aula de Fortificação do Rio de Janeiro]],  [[Aula Militar da Bahia]], [[Aula Militar do Recife]], [[Aula de Fortificação de São Luís]], [[Aula de Fortificação de Goa]]).
 
Relativamente a Almeida, ao certo, sabemos apenas que um alvará, datado de 6 de Setembro de 1686, autorizava o sargento-mor engenheiro [[Jerónimo Velho de Azevedo]] a dar lição em Almeida e Penamacor sobre matérias relacionadas com fortificação e arte militar, considerando-se assim esta autorização como o início do funcionamento deste núcleo lectivo<ref>Soromenho, ''Manuel Pinto de Vilalobos'', 22-23.</ref><ref name=":0">Conceição, ''Da vila cercada'', 77, 285.</ref>. Neste caso, estando em causa a pouca aplicação dos ajudantes dos terços, a coroa consentia que: "[...] pela muita ciência que tem em todas as formas dos terços e exercícios de ler [Jerónimo Velho] poderia pôr escola para ensinar em seis meses do ano, três na praça de Almeida e outros três na de Penamacor [...] e em cada um dos meses que nelas der Lição se lhe dê cinco mil réis de ajuda de custo [... lição] que não será somente dos esquadros, formaturas dos terços, Reduções e manejos mas também com obrigação de dar apostilha da ofensa e defesa das Praças e forma em que se devem cobrir os exércitos na campanha, dando um dia Lição de uma matéria, e outro da outra alternativamente.<ref>Arquivo Nacional Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Lº 40, fl.s 232 - 232 v.</ref>".
 
Desconhece-se se, de facto, ocorreram lições na praça de Penamacor, mas presume-se que em Almeida se formaram os filhos de Jerónimo Velho, [[José Velho de Azevedo]] e [[António Velho de Azevedo]], havendo referências que "aprenderam com o seu pai", não sendo possível esclarecer se isso terá acontecido apenas no ambiente familiar ou se em ambiente militar.
 
A continuidade da aula é indicada pela referência a António Velho de Azevedo, em 1703, como Lente de Fortificação em Almeida.<ref name=":0" /> <ref>Arquivo Nacional Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Lº 53, fl. 140 v.</ref>
 
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==Professores== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
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Jerónimo Velho de Azevedo
António Velho de Azevedo
 
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==Bibliografia==
Conceição, Margarida Tavares. ''Da Vila Cercada à Praça de Guerra, Formação do Espaço Urbano em Almeida (séculos XVI - XVIII)''. Lisboa: Livros Horizonte, 2002.


Sepulveda, Cristovão Aires de Magalhães. ''História Orgânica e Política do Exército Portuguez, Provas'', vol. VII. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1913.
Soromenho, Miguel, "Descrever, registar, instruir. Práticas e usos do desenho". ''Ciência do Desenho. A Ilustração na Colecção de Códices da Biblioteca Nacional'', 19-24. Lisboa: Biblioteca Nacional, 2001.


==Ligações Internas==
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==Autor(es) do artigo==
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Margarida Tavares da Conceição
==Financiamento==
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Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
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Instituto de História da Arte, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade NOVA de Lisboa, através do projeto estratégico financiado pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., ref. UID/PAM/00417/2019.
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==Citar este artigo==
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Revisão das 22h01min de 4 de fevereiro de 2021


Aula de Fortificação de Almeida
(valor desconhecido)
Outras denominações Academia Militar de Almeida
Tipo de Instituição Ensino militar
Data de fundação 6 setembro 1686
Data de extinção 6 setembro 1686
Paralisação
Início: valor desconhecido
Fim: valor desconhecido
Localização
Localização Almeida, Guarda, Portugal
Início: 06 de setembro de 1686
Antecessora valor desconhecido

Sucessora valor desconhecido


História

A designação Aula de Fortificação de Almeida corresponde a uma classificação convencionada comum a outras estruturas lectivas que começaram a funcionar nas últimas décadas do século XVII e que confirmam o empenho de D. Pedro II na criação de uma rede alargada de núcleos de formação, que se juntaram à aula de Lisboa (Aula de Fortificação e Arquitetura Militar) e que são identificáveis em Elvas e Viana (Aula de Fortificação de Viana), mas também no Brasil, África e Índia (Aula de Fortificação do Rio de Janeiro, Aula Militar da Bahia, Aula Militar do Recife, Aula de Fortificação de São Luís, Aula de Fortificação de Goa).

Relativamente a Almeida, ao certo, sabemos apenas que um alvará, datado de 6 de Setembro de 1686, autorizava o sargento-mor engenheiro Jerónimo Velho de Azevedo a dar lição em Almeida e Penamacor sobre matérias relacionadas com fortificação e arte militar, considerando-se assim esta autorização como o início do funcionamento deste núcleo lectivo[1][2]. Neste caso, estando em causa a pouca aplicação dos ajudantes dos terços, a coroa consentia que: "[...] pela muita ciência que tem em todas as formas dos terços e exercícios de ler [Jerónimo Velho] poderia pôr escola para ensinar em seis meses do ano, três na praça de Almeida e outros três na de Penamacor [...] e em cada um dos meses que nelas der Lição se lhe dê cinco mil réis de ajuda de custo [... lição] que não será somente dos esquadros, formaturas dos terços, Reduções e manejos mas também com obrigação de dar apostilha da ofensa e defesa das Praças e forma em que se devem cobrir os exércitos na campanha, dando um dia Lição de uma matéria, e outro da outra alternativamente.[3]".

Desconhece-se se, de facto, ocorreram lições na praça de Penamacor, mas presume-se que em Almeida se formaram os filhos de Jerónimo Velho, José Velho de Azevedo e António Velho de Azevedo, havendo referências que "aprenderam com o seu pai", não sendo possível esclarecer se isso terá acontecido apenas no ambiente familiar ou se em ambiente militar.

A continuidade da aula é indicada pela referência a António Velho de Azevedo, em 1703, como Lente de Fortificação em Almeida.[2] [4]

Outras informações

Professores

Jerónimo Velho de Azevedo António Velho de Azevedo

Curricula

Notas

  1. Soromenho, Manuel Pinto de Vilalobos, 22-23.
  2. 2,0 2,1 Conceição, Da vila cercada, 77, 285.
  3. Arquivo Nacional Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Lº 40, fl.s 232 - 232 v.
  4. Arquivo Nacional Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Lº 53, fl. 140 v.

Fontes

Bibliografia

Conceição, Margarida Tavares. Da Vila Cercada à Praça de Guerra, Formação do Espaço Urbano em Almeida (séculos XVI - XVIII). Lisboa: Livros Horizonte, 2002.

Sepulveda, Cristovão Aires de Magalhães. História Orgânica e Política do Exército Portuguez, Provas, vol. VII. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1913.

Soromenho, Miguel, "Descrever, registar, instruir. Práticas e usos do desenho". Ciência do Desenho. A Ilustração na Colecção de Códices da Biblioteca Nacional, 19-24. Lisboa: Biblioteca Nacional, 2001.

Ligações Internas

Para consultar as pessoas relacionadas com esta instituição, nomeadamente professores e alunos, siga o link: Categoria: Academia de Fortificação de Almeida

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Margarida Tavares da Conceição

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

Instituto de História da Arte, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade NOVA de Lisboa, através do projeto estratégico financiado pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., ref. UID/PAM/00417/2019.

DOI

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