Johann Andreas Schwebel
Johann Andreas Schwebel | |
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Nome completo | Johann Andreas Schwebel |
Outras Grafias | João André Schwebel |
Pai | valor desconhecido |
Mãe | valor desconhecido |
Cônjuge | valor desconhecido |
Filho(s) | valor desconhecido |
Irmão(s) | valor desconhecido |
Nascimento | valor desconhecido Alemanha |
Morte | valor desconhecido |
Sexo | Masculino |
Religião | valor desconhecido |
Postos | |
Posto | Capitão |
Data | Início: 30 de dezembro de 1750 |
Arma | Infantaria |
Cargos | |
Cargo | Engenheiro |
Data | Início: 30 de dezembro de 1750 |
Actividade | |
Actividade | Demarcação de fronteira |
Data | Início: 1750 Fim: 1756 |
Local de Actividade | Rio Negro, Amazônia |
Actividade | Desenho cartográfico |
Data | Início: 1754 Fim: 1754 |
Local de Actividade | Rio Negro, Amazônia |
Actividade | Desenho cartográfico |
Data | Início: 1756 Fim: 1756 |
Local de Actividade | Pará, Brasil |
Actividade | Desenho cartográfico |
Data | Início: 1757 Fim: 1757 |
Local de Actividade | Marajó, Pará, Brasil |
Actividade | Desenho hidrográfico |
Data | Início: 1757 Fim: 1757 |
Local de Actividade | Rio Negro, Amazônia |
Biografia
Dados biográficos
Johann Andreas Schwebel, também designado João André Schwebel, era de origem alemã[1].
Carreira
Integrou a expedição de delimitação entre as possessões americanas portuguesas e espanholas, organizada por D. João V em 1750[2], como capitão engenheiro[1].
O decreto de 1 de outubro de 1750, transcrito por Sousa Viterbo[3], inclui-o na lista de engenheiros da referida expedição:
Coronel Engenheiro: Miguel Ângelo Blasco (soldo de 123.600 reis mensais).
Capitães Engenheiros: Carlos Inácio Reverend, Gaspar de Cronsfeld, Johann Andreas Schwebel (soldo de 49.800 reis mensais).
Ajudantes de Engenheiro: José Maria Cavagna, Henrique António Galluzzi (32.200 reis mensais).
Tenentes Engenheiros: Adam Wentzel Hestcko, Paulo Rörich, Manuel Fritz Gotz, Inácio Hatton (21.200 reis mensais).
Ao grupo inicial de engenheiros, juntou-se posteriormente o capitão João Bartolomeu Havelle[4].
O mesmo documento refere ainda a obrigação de serviço no Reino, na América, no Brasil e no Maranhão, “a tirar cartas geographicas do pais, ou a qualquer outro emprego da sua profissão” durante 5 anos contados a partir da chegada à América, podendo depois optar por continuar ou por voltar para a Europa e países de origem[3].
No âmbito desta missão, todos os engenheiros foram reconhecidos como oficiais de infantaria com exercício de engenheiros[4].
Em 1756 sofreu alguns achaques pelo que teve de convalescer na cidade do Pará[5][6].
Sousa Viterbo regista que trabalhou com Adam Leopoldo de Breuning, Filipe Sturm e outros engenheiros na exploração dos rios Amazonas e Negro[7].
Outras informações
Obras
No Arquivo Histórco do Exército, no Rio de Janeiro, constam os seguintes mapas:
Mappa Geographico da ilha de Joannes ou Marajó arrodeada por mar, e por terra, por Florentino Silveira Frade, morador de esta ilha e posta em ordem pelo Capitão Engenheiro Schwebel (1757). Colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, papel canson, telado, 74cm x 54,5cm[8].
Mappa Geographico da ilha de Joannes ou Marajó arrodeada por mar, e por terra, por Florentino Silveira Frade, morador de esta ilha, e posto em ordem pelo capitão Engenheiro Shwebel no anno 1757. Copiado pelo Cap. Antônio Vilella de Castro Tavares. colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, papel canson, telado, 75 cm x 57,5 cm. Nota: Confere Archivo Militar, 2º secção, 22 de Março 1870, O Tenente Coronel M. F. C. de Oliveira Soares, Chefe[9].
Francisco de Sousa Viterbo faz referência às seguintes obras[10]:
1754 - Mappa Geographico dos Rios por onde navegou o Ill.mo e Ex.mo Snr. Francisco Xavier de Mendonça Furtado, sahindo da cidade do Pará para o Arraial do Rio Negro no dia dous de Outubro de 1754, com a exacta delineação da maior parte do Rio das Amazonas, e Rio Negro por onde o mesmo Senhor continuou a viagem até a Aldêa de Meriná, notando-se tambem a entrada dos mais Rios, que vem a communicar, ou confundir as suas aguas com os antecendentes, juntamente as Estações, ou logares de repouso com o signal de uma entrelinha. Executada pela direcção e diligencia dos Engenheiros da Expedição, o Sarg.to mor Sebastião José, o Cap.m João André Schwebel, o Ajud.e Phelippe Sturm, e o Ajud. Adam Leopoldo de Breuning, e ratificado pelas observações astronomicas do P.e Ignacio Semartoni (Arquivo Militar do Rio de Janeiro).
1756 - Collecçam dos Prospectos das Aldeas, e Lugares mais notaveis que se acham em o Mapa que tiraram os Engenheiros da Expedicam, principiando da Cidade do Pará the a Aldeia de Mariná no Rio-negro, onde se acha o Arrayal, alem dos prospectos de outras tres ultimas Aldeas chamadas Camarã, Bararuã, Dari: situadas no mesmo Rio... Executadas pelo Captam Engenheiro Joam André Schwebel. Anno 1756 (Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro)
1757 - Mappa hydrographico de parte dos rios das Amazonas e Negro. Levantado pelos officiaes Engenheiros Sebastião José, João Schwebel, Felipe Sturm, Adam Leopoldo de Breuning, e ractificado pelas observações Astronomicas do Padre Ignacio Semartoni (Arquivo Militar do Rio de Janeiro).
Notas
- ↑ 1,0 1,1 Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol I, 107-113.
- ↑ Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol III, 26-28.
- ↑ 3,0 3,1 Decretos remetidos ao Conselho de Guerra: maço 108, documento 38 (apud Viterbo I 1899, 108-109)
- ↑ 4,0 4,1 Decretos remetidos ao Conselho de Guerra: maço 110, documento 35 (apud Viterbo I 1899, 109)
- ↑ Biblioteca Nacional de Portugal, Coleção Pombalina: códice 161, folha 124 (apud Viterbo III 1922, 27)
- ↑ Biblioteca Nacional de Portugal, Coleção Pombalina: códice 161, folha 125 (apud Viterbo III 1922, 28)
- ↑ Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol I, 136
- ↑ Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 11.04.2764
- ↑ Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 16.04.3317
- ↑ apud Viterbo III 1922, 27
Fontes
Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx)
Bibliografia
Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol I. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1899.
Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol III. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922.
Ligações Externas
https://bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/123456789/14557
Autor(es) do artigo
Financiamento
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
DOI
Citar este artigo
- Johann Andreas Schwebel (última modificação: 27/05/2023). eViterbo. Visitado em 03 de maio de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Johann_Andreas_Schwebel