Miguel Ângelo Blasco
Miguel Ângelo Blasco | |
---|---|
Nome completo | Miguel Ângelo Blasco |
Outras Grafias | valor desconhecido |
Pai | valor desconhecido |
Mãe | valor desconhecido |
Cônjuge | valor desconhecido |
Filho(s) | valor desconhecido |
Irmão(s) | valor desconhecido |
Nascimento | valor desconhecido Génova, Ligúria, Itália |
Morte | valor desconhecido |
Sexo | Masculino |
Religião | valor desconhecido |
Postos | |
Posto | Coronel |
Posto | Marechal |
Data | Início: 12 de outubro de 1763 |
Cargos | |
Cargo | Engenheiro |
Data | Início: 12 de outubro de 1763 |
Cargo | Arquitecto das ordens militares |
Data | Início: 07 de setembro de 1763 |
Cargo | Engenheiro |
Data | Início: 21 de março de 1769 |
Actividade | |
Actividade | Demarcação de fronteira |
Data | Início: 1750 Fim: 1755 |
Local de Actividade | Maranhão, Brasil |
Actividade | Acompanhamento de obra |
Data | Início: 07 de setembro de 1763 Fim: 1764 |
Local de Actividade | Lisboa, Lisboa, Portugal |
Actividade | Acompanhamento de obra |
Data | Início: 1764 |
Local de Actividade | Portugal |
Biografia
Dados biográficos
Miguel Ângelo Blasco era natural de Génova, Itália. Possivelmente, seria pai de pai de Miguel de Blasco, mas Francisco de Sousa Viterbo não assegura o parentesco[1].
Carreira
Coronel engenheiro e marechal de campo dos Reais Exércitos com exercício de engenheiro a partir de 12 de Outubro de 1763.
Engenheiro Mor do Reino a partir de 21 de Março de 1769, substituindo Manuel da Maia, com soldo de 50.000 mensais.
A partir de 07 de Setembro de 1763 trabalha como arquitecto das obras das Águas Livres e no ano seguinte como arquitecto da Batalha[1].
Soldo de 123.600 reis por mês.
O decreto de 1 de outubro de 1750, transcrito por Sousa Viterbo[2], inclui-o na lista de engenheiros da expedição organizada por D. João V em 1750:
Coronel Engenheiro: Miguel Ângelo Blasco (soldo de 123.600 reis mensais).
Capitães Engenheiros: Carlos Inácio Reverend, Gaspar de Cronsfeld, Johann Andreas Schwebel (soldo de 49.800 reis mensais).
Ajudantes de Engenheiro: José Maria Cavagna, Henrique António Galluzzi (32.200 reis mensais).
Tenentes Engenheiros: Adam Wentzel Hestcko, Paulo Rörich, Manuel Fric Gotz, Inácio Hatton (21.200 reis mensais).
Ao grupo inicial de engenheiros, juntou-se posteriormente o capitão João Bartolomeu Havelle[3].
O mesmo documento refere ainda a obrigação de serviço no Reino, na América, no Brasil e no Maranhão, “a tirar cartas geographicas do pais, ou a qualquer outro emprego da sua profissão” durante 5 anos contados a partir da chegada à América, podendo depois optar por continuar ou por voltar para a Europa e países de origem[2].
No âmbito desta missão, todos os engenheiros foram reconhecidos como oficiais de infantaria com exercício de engenheiros[3].
Sousa Viterbo regista ainda um terceiro documento que alarga o número de engenheiros, astrónomos e médicos - essa Relação contem todos os nomes, origens e valores. Aí Blasco é apontado como genovês. Sousa Viterbo coloca a hipótese de ser o chefe da expedição. Sousa Viterbo salienta a participação de Blasco na guerra.
Volkmar Machado transforma Blasco em Velasques.
Outras informações
Produz várias aguarelas.
Obras
No Arquivo Histórico do Exército, no Rio de Janeiro, constam os seguintes mapas de sua autoria:
Prospecto do Rio Jacuhy no estado da enchente que teve em o mez de outubro do anno 1754. Autor: Cel. Dom Miguel Angelo Blasco. Monocromático, nanquim, com nota explicativa, papel vegetal, 93,5 cm x 63 cm[4].
Profil do rio Jacuhy, no passe ganhado pelos portuguezes no estado da enchente que houve no mez de outubro de 1754. Autor: Cel. Dom Miguel Angelo Blasco. Monocromático, nanquim, com nota explicativa, papel vegetal, 95 cm x 64 cm[5].
Prospecto do terreno e bosque do passo do rio Jacuhy na sua margem septentrional aonde foi o acampamento de hua parte da armada de s. M. F.. Cópia de uma original feita por Dom Miguel Angelo de Blasco. monocromático, nanquim, papel vegetal, com nota explicativa, 93 cm x 62,5 cm[6].
Prospectiva da Cidade do Rio de Janeiro vista da parte do norte, na Ilha das Cobras, no baluarte mais chegado a São Bento, da qual se vê diminuir em proporção seu prospecto, até a barra, como o risco representa. Elevada por ordem do senhor Conde de Bobadela, por D. Miguel Ângelo Blasco, 1760. Monocromático, nanquim, aquarela, papel canson com moldura, 247cm x 67cm[7].
Notas
- ↑ 1,0 1,1 Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol I, 107-113 e 522-523.
- ↑ 2,0 2,1 Decretos remetidos ao Conselho de Guerra: maço 108, documento 38 (apud Viterbo I 1899, 108-109)
- ↑ 3,0 3,1 Decretos remetidos ao Conselho de Guerra: maço 110, documento 35 (apud Viterbo I 1899, 109)
- ↑ Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 07.03.1466
- ↑ Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 07.03.1467
- ↑ Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 07.03.1610
- ↑ Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx). Cota: AHE 854 – em exposição
Fontes
Arquivo Histórico do Exército - Brasil (AHEx)
Bibliografia
Cavalcanti, Nireu de Oliveira. O Rio de Janeiro setecentista: a vida e a construção da cidade da invasão francesa até a chegada da Corte. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
Machado, Cirilo Volkmar. Collecção de memórias, relativas às vidas dos pintores, e escultores, architetos, e gravadores portuguezes, e dos estrangeiros, que estiverão em Portugal recolhidas e ordenadas por Cyrillo Volkmar Machado, pintor ao serviço de S. Magestade o senhor D. João VI. Lisboa: Imprensa de Victorino Rodrigues da Silva, 1823.
Cortesão, Jaime, Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid: 1695-1735.Parte 1 - Tomo 1. 93.
Tavares, Aurélio de Lyra. A Engenharia militar portuguesa na construção do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Biblioteca do Exército, 2000.
Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol I. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1899.
ANTT, Registo Geral de Mercês de D. José I, liv. 22, f. 382.
Ligações Externas
Miguel Ângelo Blasco In Fortalezas.org.
Relação 1751 PT/AHM/DIV/3/12/02/7.\
CRG Decretos remetidos ao Conselho de Guerra, m. 128, nº 13.
CRG Decretos remetidos ao Conselho de Guerra, m. 122, nº 239.
Ministério do Reino, Avisos, TT, liv. 9, 1762-1764
Gama, Basílio da, O Urugay (Rio de Janeiro: Impressão Regia, 1811), canto IV. 71.
Autor(es) do artigo
Financiamento
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
DOI
Citar este artigo
- Miguel Ângelo Blasco (última modificação: 12/08/2022). eViterbo. Visitado em 28 de setembro de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Miguel_%C3%82ngelo_Blasco