José António Caldas

Fonte: eViterbo
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José António Caldas
Nome completo José António Caldas
Outras Grafias José Antônio Caldas
Pai Pedro da Silva Caldas
Mãe Maria da Natividade Cavalcante
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento valor desconhecido
Salvador, Bahia, Brasil
Morte 31 outubro 1782
Salvador, Bahia, Brasil
Sexo Masculino
Religião Cristã
Residência
Residência Salvador, Bahia, Brasil
Data Fim: 1759

Residência Lisboa, Lisboa, Portugal
Data Início: 1759
Fim: 1761

Residência Salvador, Bahia, Brasil
Data Início: 1761
Fim: 1782
Formação
Formação Engenharia Militar
Data Início: 26 de março de 1745
Fim: 1755
Local de Formação Salvador, Bahia, Brasil
Postos
Posto Ajudante com exercício de Engenheiro
Data Início: 1756
Fim: 03 de abril de 1761
Arma Infantaria

Posto Capitão Engenheiro
Data Início: 03 de abril de 1761
Fim: 03 de outubro de 1768
Arma Infantaria

Data Início: 03 de outubro de 1768
Fim: 31 de outubro de 1782
Arma Infantaria
Cargos
Cargo Professor
Data Início: 25 de junho de 1761
Fim: 31 de outubro de 1782
Actividade
Actividade Desenho de fortificação
Data Início: 1756
Fim: 1756
Local de Actividade Príncipe, São Tomé e Príncipe

Actividade Desenho cartográfico
Data Início: 1756
Fim: 1756
Local de Actividade Príncipe, São Tomé e Príncipe

Actividade Missão
Data Início: setembro de 1764
Fim: novembro de 1765
Local de Actividade Espírito Santo, Brasil

Actividade Missão
Data Início: 1766
Fim: 1767
Local de Actividade Espírito Santo, Brasil

Actividade Desenho de fortificação
Data Início: 1757
Fim: 1782
Local de Actividade Salvador, Bahia, Brasil


Biografia

Dados biográficos

José António Caldas terá nascido por volta de 1728. Era natural da freguesia de São Pedro, na cidade de Salvador, Bahia, e filho de Pedro da Silva Caldas e Maria da Natividade Cavalcanti, ambos naturais do Recife. Foi neto paterno de Manuel Lopes e Francisca da Silva Caldas, ambos naturais de Pernambuco e neto materno de Domingos Francisco Lisboa, natural de Setúbal e Ana Rebelo do Vale, natural de Pernambuco. O seu avô materno era ourives, tendo exercido o ofício em Salvador, assim como o seu tio materno chamado António Francisco Lisboa. O seu pai terá sido, igualmente, ourives e depois procurador de papeis. Foi assassinado em Salvador, quando José António Caldas ainda era menino[1].

Fez os seus estudos no colégio dos Jesuítas em Salvador. Em 26 de março de 1745, assentou praça de soldado e, logo, ingressou na Aula Militar da Bahia, tendo obtido o partido e sendo discípulo de Manuel Cardoso de Saldanha. Acerca da sua formação afirma que “fui eu o primeiro que comecei aprender no exercício da literatura, sem embargo de ter já tomado de meu mestre e postilado em 9 anos as matérias concernentes ao dito exercício”[2].

Entre 1756 e 1757, já como ajudante engenheiro, foi em serviço às ilhas de São Tomé, Príncipe e Ano-Bom. De lá regressa a Salvador, onde permaneceu até 1759. Vai nesse ano à corte, acompanhado o vice-rei, D. Marcos de Noronha, Conde dos Arcos, na viagem de regresso. Em Lisboa, poderá ter assistido a aulas, pois refere ter tido algumas instruções com o, então, lente da Aula de Fortificação de Lisboa, Filipe Rodrigues de Oliveira. Entre 1760 e 1761, foi examinado por uma junta de engenheiros na presença do, então, Secretário de Estado da Marinha e Ultramar, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, que terá afiançado a José António Caldas que “acharam os engenheiros que me haviam examinado em sua presença que eu podia satisfazer com o dito emprego (de lente) e que o mesmo ministério me instruiria melhor”[2].

Voltou a Salvador em 1761, com o posto de capitão-mor engenheiro e a obrigação de aí dar aula. Neste ano, foi-lhe concedida a mercê do hábito de Cristo, mas seria obrigado a fazer as devidas provanças e o processo resultou, primeiro, em impedimentos por falta de qualidade. Contudo, em atenção aos seus grandes serviços, foi considerado habilitado em 1768[3][1].

No ano seguinte, passou a sargento-mor engenheiro, mantendo-se sempre como lente da Aula Militar da Bahia. Foi irmão da misericórdia e procurador do senado da câmara de Salvador. Morreu naquela cidade em 31 de Outubro de 1782[4].

Carreira

Depois da sua formação na Aula Militar da Bahia, foi por ordem do vice-rei, Conde dos Arcos, em serviço às ilhas de São Tomé, Príncipe e Ano-Bom entre 1756 e 1757[5]. O trabalho ali realizado incluiu: ver e desenhar a fortificação que se devia fazer, sondar os portos de desembarque examinando as suas vantagens e dando uma ideia do rendimento e da despesa da real fazenda naquelas ilhas, fazer relações de toda a artilharia, munições e petrechos, que se achavam nas fortalezas e tirar as plantas geográficas e topográficas da cidade de Santo António da Ilha do Príncipe e o seu prospecto e assim também o desenho das fortificações que nela se deviam fazer com o cálculo da despesa da real fazenda[6][7][8][9]. Das ilhas regressou a Salvador, onde foi encarregado de todas as plantas e mapas pertencentes ao real serviço.

Questionado pelo Conselho Ultramarino sobre que compensação se devia dar a José António Caldas pelo trabalho desenvolvido em São Tomé, o vice-rei respondeu, em 17 de Maio de 1757, que “o premio não podia ser menor podia do que a patente de capitão engenheiro com aquele mesmo soldo com que logravam este mesmo posto António de Brito Gramacho e Nicolau de Abreu e Carvalho, mas impondo-se-lhes a obrigação de ditar na Aula Militar desta cidade defensas de praças e expugnação delas e geometria especulativa, sempre que não houvesse oficial determinado por S.M. para este exercício; porque dando-lhes este acrescentamento não só se lhe remunerava o trabalho e a despesa que fez em tão perigosa e arriscada viagem, em que arruinou a saúde, e teve a vida no último perigo, mas que resultava ao serviço de S. M. a utilidade de ter quem houvesse de instruir alguns moços, que convidados por este exemplo se aplicariam a um tão necessário como importante estudo”. Em maio de 1759, escreve a Tomé Joaquim da Corte Real dizendo que se tinham passado dois anos, sem que, até então, o engenheiro tivesse sido, devidamente, recompensado pelos seus importantes trabalhos, que tanto tinham agradado a S.M.[10]. A mesma situação manteve-se por mais anos ainda. Entretanto, José António Caldas deslocou-se à corte onde permaneceu entre 1759 e 1761. Terá, como se disse, assistido aulas, com o, então, lente da Aula de Fortificação de Lisboa, Filipe Rodrigues de Oliveira.

Em 3 de Abril de 1761, foi, finalmente, provido no posto de capitão. A sua carta patente repetia a proposta do vice-rei dizendo, expressamente, que tinha a “obrigação de ditar na Aula Militar desta cidade defensa de praças, expugnação delas e geometria especulativa as vezes que não houver oficial determinado pelo mesmo senhor que haja de ter este exercício, vencendo o soldo que venciam os capitães engenheiros António de Brito Gramacho e Nicolau de Abreu e Carvalho”, que era de 26.000 reis por mês[11]. Depois disso, partiu de Lisboa para Salvador, onde chegou a 18 de Junho. Em 20 de junho, assumiu o posto de capitão-mor e, em 25 de Junho de 1761, começou a regência da aula.  

Entre 1762 e 1763, diz Caldas que carregou todo o peso da guerra “no que respeitou ao reparo das fortificações desta capitania, gizando, construindo, deslocando e assistindo as suas obras de fortificações, já de terra e já de pedra e cal que se construíram para segurança desta praça e seu recôncavo (...) o contínuo giro em que andou todo aquele tempo em que várias vezes esteve em perigo de sua vida (...) para servir  a V. Majestade como único engenheiro que então só havia naquela praça”[12].

Entre setembro de 1764 e novembro de 1765, foi em missão ao Espírito Santo acompanhado por José Ramos de Sousa, seu discípulo e partidista da Aula Militar da Bahia. Ali, voltou uma vez mais em 1767, desta feita acompanhado por João Crisóstomo de Sousa e João da Fonseca Bitencourt. Também fizeram cópias dos desenhos ali executados, Manuel Gomes Viana e José Francisco de Sousa, igualmente, partidistas da Aula. Os desenhos executados nestas viagens encontram-se no Arquivo Histórico do Exército no Rio de Janeiro.

Por patente de 3 de outubro de 1768, foi promovido ao posto de sargento-mor de infantaria com exercício de engenheiro no ano seguinte, sendo atribuído um soldo de 36.000 reis por mês, o mesmo que venciam os restantes sargentos-mores, sem que lhe tivesse sido acrescentado qualquer suplemento pela regência das aulas. Com efeito, era este suplemento que viria a requerer em 1771, afirmando que há 10 anos desempenhava o papel de lente, sem por isso receber qualquer acrescento no seu soldo. Reivindicava, então, que se lhe desse “o mesmo soldo que de mais se dá pelo exercício de ler ao lente da academia de Estremoz, ou ao lente que dita artilharia na torre de São Julião da Barra. O requerimento ia acompanhado de uma série de atestados que confirmavam os seus bons serviços[11].

D. António Rolim de Moura, que foi governador Geral da Bahia entre 1766 e 1767, refere a José António Caldas, elogiando os trabalhos que fez na fortificação do Morro de São Paulo, crucial para defesa da Bahia e, sobretudo, a missão à capitania do Espírito Santo[11]. O Conde de Povolide, que foi governador da Bahia entre 1769 e 1774, é enfático no elogio à aula e aproveitamento dos “discípulos que se achavam fundamentalmente ensinados em várias partes da matemática, sabendo todos bem a geometria e aritmética e outros adiantados em trigonometria e outras partes da matemática”[11].

Contudo, em 1779, José António Caldas é de certo modo obrigado a repetir o pedido de suplemento que tinha feito em 1771, pois, até então, não tinha obtido qualquer resposta e, aparentemente, a documentação não se encontrava enviada. Nesta circunstância, apela ao apoio do, então, Secretário de Estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro, e rememora os seus argumentos. Volta a referir que “S.M foi servido honrar-me com o posto de capitão engenheiro lente da aula militar desta praça da Bahia em 3 de Abril de 1761 em remuneração do serviço que por ordem do mesmo senhor lhe fui fazer no ano de 1756 e 1757 nas Ilhas de S. Tomé, Príncipe e Ano Bom”[2]. Diz que não só regia as aulas, como assegurava “o serviço da praça pertencente aos engenheiros por não haver nela oficial algum engenheiro até o presente”. Diz ainda que era o “o sargento-mor mais antigo que se acha nas tropas pagas e Auxiliares desta capitania, como também o lente mais antigo que há em todo o reino a excepção do desta corte, Filipe Rodrigues de Oliveira, de quem tive a honra de tomar algumas instruções”. E, retoma sobretudo o argumento de que o suplemento tinha sido concedido a “todos os mais lentes do reino” apontado desta feita o caso recente do lente do Rio de Janeiro. Conclui, então, dizendo que “na conformidade das mesmas reais ordens parece se me devia conferir o mesmo soldo que tem o do Rio”[2].

Segue afirmando a qualidade do seu trabalho na aula. Como diz que não poderia voltar a produzir os mesmos documentos do requerimento anterior, pois tinha enviado os originais, faz acompanhar este novo requerimento de um conjunto de desenhos executados pelos seus discípulos na aula. Estes desenhos integram hoje o acervo do Arquivo Histórico Ultramarino, tendo sido executados entre 1778 e 1779. Estão assinados por Ignácio José (30 desenhos), Joaquim Vieira da Silva (6 desenhos), António Mendes (2 desenhos), João de Sousa (2 desenhos) e Manuel António Ribeiro (6 desenhos).  

Segundo Oliveira, “José António Caldas fez também projetos de urbanização para a Cidade do Salvador, um deles para a Ribeira das Naus e outro muito interessante para a zona dos trapiches na Cidade Baixa”[4].

Outras informações

Ao ser inaugurada a Academia Brasílica dos Renascidos em 1759, Caldas figurou entre os seus membros. É nesse contexto que escreve a Notícia Geral de Toda esta Capitania da Bahia Desde o Seu Descobrimento Até o Presente Ano de 1759, obra manuscrita que inclui textos e vários desenhos, entre os quais consta uma vista de Salvador[13][14].

Obras

No Arquivo Histórico Ultramarino, constam as seguintes plantas de sua autoria:

Elevação e Faxada que mostra em Prospecto a Ilha de Ano Bom...[Pagalu – Guiné Equatorial] / Jozé António Caldas.- Escala indeterminada.- Baía: [s.n.], 1757, Set. 3.- 1 vista: papel, color. , ms.; 21 x 32,5 cm. (AHU_CARTm_095_D.1492).

Plantas e Prospectos das Forteficações que se projectão para defença da Cidade de S. António da Ilha do Príncipe... / [engenheiro militar] Jozé António Caldaz.- Escala de 100 palmos.- Baía: [s.n.], 1757, Maio 16.- 1 planta: papel, color., ms.; 46,8 x 32,3 cm. (AHU_CARTm_070_D.171).

Elevação e Fachada que mostra em Prospecto a Cidade de Santo António na Ilha do Príncipe... / [engenheiro militar] Jozé António Caldaz.- Escala indeterminada.- Baía: [s.n.], 1757, Maio 16.- 1 vista: papel, color. , ms.; 28,7 x 39,7 cm. (AHU_CARTm_070_D.172).

Planta Geográfica da Ilha do Príncipe no mar de Ethiopia... / [engenheiro militar] Jozé António Caldaz.- Escala de 3000 braças ou uma légua.- Baía: [s.n.], 1757, Maio 16.- 1 mapa: papel, color., ms.; 32,9 x 46,5 cm. (AHU_CARTm_070_D.173).

Planta Iconográfica da Cidade de Santo António na Ilha do príncipe... / [engenheiro militar] Jozé António Caldaz.- Escala de 100 braças.- Baía: [s.n.], 1757, Maio 16.- 1 planta: papel, color., ms.; 47 x 31,8 cm. (AHU_CARTm_070_D.174).

[Mapa da Baía e Cidade de Santo António da Ilha do Príncipe e suas fortificações] / [engenheiro militar Jozé António Caldaz].- 2 petipés: de 6000 palmos (cidade) e 300 palmos (Mina).- [Baía]: [s.n.], [ca.1757].- 1 mapa: papel, color. , ms.; 63 x 42,7 cm. (AHU_CARTm_070_D.175).


Na Biblioteca Nacional de Portugal, encontram-se os seguintes desenhos de José António Caldas:

Cartas topograficas contem as plantas e prospectos das fortalezas que defendem a cidade da Bahia de Todos os Santos e seu reconcavo por mar e terra [ Material cartográfico] / Jozé Antonio Caldas. - [1764?]. - [29] f.: ms., [13] plantas, tinta da china e aguadas em rosa e cinza; 43 cm.

Planta, fachada, e profil para cento e vinte quarteis dezenhados no citio de Nossa Snra da Piedade defronte do mesmo convento dos Religiozos barbonios Italianos [ Material cartográfico] / Jozé Antonio Caldas. - Escala [ca. 1:410], 200 palmos = [10,70 cm]. - 1756. - 1 planta: ms., aguarelada; 34,0x57,5 cm em folha de 36,7x60,3 cm.

Planta, profil, fachada, e a metade do telhado da Caza em qase fabricou a polvora na Cidade da Bahia, cita ao pé do forte de S. Pedro [ Material cartográfico] / Jozé António Caldas. - Escala [ca. 1:380], 150 palmos = [8,65 cm]. - 1756. - 1 planta: ms., aguarelada; 27,8x41,2 cm em folha de 28,6x42,0 cm.

Planta, profil, faxadas dos quarteis qase achão fabricados no citio de Nossa Senhora da Palma, e tão bem a planta, e faxada da Capela de Nossa Senhora do Rozario dos Soldados que se acha no mesmo Citio de Nossa Snra da Palma [Material cartográfico] / Jozé António Caldas. - Escala [ca. 1:410], 150 palmos [Portugueses] = [8,10 cm]. - 1756. - 1 planta: ms., aguarelada; 48,7x31,2 cm em folha de 49,5x32,0 cm.


Na Fundação Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, constam os seguintes desenhos:

Caldas, José António. Planta da villa da Victoria [Cartográfico]: capital da capitania do Espírito Santo.

Caldas, José Antonio. Planta Fasada da Fortaleza de Sam Joam, huma das principais, que defende o Rio da Capitania do Espirito Santo na sua garganta [Iconográfico] 1765.

Caldas, José António. Topographico da Barra e rio do Espírito Santo o qual dá nome a toda essa capitania para se verem com distinção todas as Villas, Fortalezas, Portos e Ilhas que estão desde a sua fóz athé além da Villa da Victória Capital della com o rio Maruype,..1798. No Arquivo Histórico do Exército (AHE), localizado no Rio de Janeiro, constam os seguintes mapas de sua autoria:


No Arquivo Histórico do Exército (AHE), localizado no Rio de Janeiro, constam os seguintes mapas de sua autoria:

Topográfica da Bahia de Todos os Santos, na qual está situada a Cidade de S. Salvador em altura de 13º de latitude e 345º e 56’ minutos de longitude. (...) Feita pelo Sgt. Mor Engenheiro José Antonio Caldas e copiada pelo Ajudante Engenheiro José Francisco de Souza na Bahia aos 4 de Fevereiro de 1771, colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com rosa dos ventos, escala, legenda, nota explicativa, papel canson, telado, 73 cm x 52 cm (AHE 05.35.319).

Planta e Fasada do Forte de N.Sra.do Monte do Carmo, uma das que defende a marinha e Vila da Vitoria Capital da Capitania do Espírito Santo. (...) Esta planta e fasada mostra o estado em que se acha presentemente esta fortaleza, muito diferente do em que a achou o Capitão Engenheiro José António Caldas , toda cheia de buracos, as bocas das canhoneiras todas demolidas, e arruinadas no ângulos que forma com os merlões, e até os mesmos planos das canhoneiras em socavões e buracos, como também todo o alto do parapeito, sem casas próprias onde se guardasse a pólvora e polamenta e mais casas militares de que necessariamente carece uma fortaleza, apenas tinha um telheiro tão baixo e aberto da parte da esplanada , que de altura não tinha mais que 8 palmos e não havia onde se recolhesse a guarda que para ela ia deixando-a deserta com o pretexto de não ter onde dormir. Hoje se acha em bom estado, tudo feito pelo Capitão Engenheiro Lente da Aula Regia das Fortificações da Bahia José António Caldas, que foi mandado pelos Governadores interinos dela a cuidar das fortificações e artilharia desta capitania. Também tirou esta planta que a copiou José Ramos de Sousa, do partido da dita Aula, que o acompanhou nesta diligencia. Bahia 4 de Janeiro de 1766. Colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, com rosa dos ventos, escala em palmos, papel canson, 22cm x 34cm (AHE 05.27.1161).

Planta e fachada do forte de S. Francisco Xavier da Barra  na Capitania do Espírito Santo fabricado sobre a marinha no lugar Paratininga. (...) Mostra esta planta e fasada o estado em que se acha esta fortaleza, muito diferente do em que estava, arruinada com  buracos a sua muralha, parapeitos e tudo o mais, não tinha corpo da guarda, nem quartel capaz, apenas um tekheiro descoberto pelos lados na sua entrada que servia de corpo da guarda, e outro onde guardava alguma palamenta, e se recolhiam juntamente os soldados.  Hoje tem casa de sobrado para residência dos comandantes e tudo o mais que se faz preciso em uma fortaleza, principalmente nesta que é a da barra, feito tudo com assistência do Capitão Engenheiro Lente da Aula Regia das Fortificações da Bahia José António Caldas, que foi mandado pelos Governadores interinos dela a cuidar das fortificações e artilharia desta capitania. Ele tirou esta planta e a copiou José Ramos de Sousa, do partido da dita Aula, que o acompanhou nesta diligencia. Bahia 4 de Janeiro de 1766. copiado pelo Cap  J. J. Lima em 1860, colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, escala em palmos, papel canson, 48,5cm x 35cm (AHE 05.27.1162).

Illmo e Exmo. Sr. Esta é a planta, perfil e fasadas que mostra em projeto a Fortaleza que se pretende edificar na cabeça da Ilha de Boi para defender a barra do rio do Espírito Santo que está em altura de 20 graus e 15 minutos de latitude Sul. (...) Bahia 8 de Outubro de 1767. Esta planta foi feita e projetada pelo Capitão Engenheiro José Antonio Caldas, lente da Aula Régia das Fortificações da Bahia que foi mando a capitania do Espírito santo a fazer esta diligencia pelo Ilmo e Exmo Sr. Conde de Azambuja, Governador e Capitão General desta Capitania, e copiada por Manuel Gomes Viana, acadêmico com partido na dita Aula. colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, escala em palmos, papel canson, 50,5cm x 33cm (AHE 05.27.1160).

Planta e fasada do fortinho de S. Ignácio ou S. Maurício na Villa da Vitória, capital da capitania do Espírito Santo (...) foi reparado de novo a custa do seu capitão com a assistência do capitão Engenheiro José Antônio Caldas, lente da Aula Militar da Bahia, no ano de 1764, o que também tirou esta planta e foi copiada por João Crizostomo de Sousa, do partido da dita aula que acompanhou o dito lente nesta segunda diligencia a que foi mandado a dita capitania pelo Illmo e Exmo Sr. Conde de Azambuja Governador e Capitão General de mar e terra desta capitania. Bahia 10 de Outubro de 1767. monocromático, nanquim, com nota explicativa, com rosa dos ventos, escala em palmos, papel tecido, bom estado, medindo 20,5cm x 34cm. (copia posterior) (AHE 05.27.1164).

Planta e fachada do fortinho de S. Tiago, que está situado dentro da Villa da Vitória, capital da capitania do Espírito Santo (...) Está inteiramente inútil este fortinho: e por isso o não consertou, nem reparou  o capitão Engenheiro José Antônio Caldas, que foi mandado, no ano de 1764, a cuidar dos reparos das fortalezas dadita capitania, ele tirou esta planta e a copiou  João Crizostomo de Sousa, praticante do numero da aula régia de fortificações que acompanhou o dito capitão lente nesta diligencia a que foi mandado a dita capitania pelo Illmo e Exmo Sr. Conde de Azambuja Governador e Capitão General desta capitania da Bahia 5 de Outubro de 1767. Colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, escala em palmos, papel canson, 21,5cm x 33,5cm (AHE 06.01.1165).

Topografia da barra e rio do Espírito Santo, o qual dá nome a toda esta Capitania para se verem com  distinção  todas as villas , fortalezas, portos e ilhas que estão desde a sua foz  até além da Villa da Victória capital dela (...) Esta planta foi tirada por José Antonio Caldas, capitão de infantaria com exercício de Engenheiro e lente da Aula Régia das Fortificações da Bahia, que foi mandado a esta diligencia pelo Illmo e Exmo  Sr Conde de Azambuja Governador e Capitão General desta Capitania e copiada por João da Fonseca Bittencourt, praticante com partido na mesma Aula, o qual acompanhou ao dito lente nesta diligencia. Bahia 10 de Outubro de 1767, Copiado pelo Cap Luis Pedro Lecor em 1861, monocromático, nanquim, aquarela, com nota explicativa, com legenda, com rosa dos ventos, escala em braças, papel canson telado, 67,5cm x 53,5cm (AHE 05.25.1174).

Ichnografia da Villa da Victoria, Capital da Capitania do Espirito Santo situada a 20º e 15 de latitude para o Sul e 344ª 45’  de longitude.  Foi tirada por José Antonio Caldas, capitão Engenheiro e lente da Aula Real das Fortificações da Cidade da Bahia, que foi mandado aquela capitania a esta diligencia pelo Illmo e Exmo  Sr Conde de Azambuja Governador e Capitão General dela. Copiada por José Francisco de Sousa, Acadêmico com partido na dita Aula. (Na explicação) Bahia 10 de Outubro de 1767. Copiado pelo Cap Antônio Pedro Lecor em 1860, colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, com seta norte, escala em braças, papel canson telado, bom estado, medindo 67,5cm x 51,5cm. (AHE 05.29.1188).

Prospecto da Villa da Vitória, capital da capitania do Espírito Santo, e distante da foz do rio do mesmo nome, uma légua na latitude 20 graus e 15 minutos ao Sul e 344 graus e 45 minutos de longitude. Foi tirado com a camara obscura por José Antonio Caldas, capitão de Infantaria com exercício de Engenheiro, lenteº da Aula Regia das Fortificações da Bahia, mando a dita capitania do Real serviço pelo Illmo e Exmo  Sr Conde de Azambuja Capitão General e Governador desta Capitania. Bahia 8 de Outubro de 1767. José António Caldas. colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, ferro-gálica, com legenda, papel canson, restaurado, 46cm x 31,5cm. (AHE 05.29.1191).

Planta topográfica que mostra em ponto maior a Ilha de Boi que forma a barra principal do rio do Espírito Santo  que vai ter a Villa do mesmo nome e também a Villa da Victória, capital da capitania do Espírito Santo (...)   Bahia 10 de Outubro de 1767. Esta planta foi tirada pelo capitão Engenheiro José Antonio Caldas, lente da Aula Régia das Fortificações desta Cidade, que foi mandado aquela  capitania a esta diligencia pelo Illmo e Exmo  Sr Conde de Azambuja Governador e Capitão General desta Capitania e foi copiada por João de Afonseca Bittencourt, Acadêmico com partido na dita Aula,que acompanhou o dito lente neste diligencia. Colorida, nanquim, ferro-gálica, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, com rosa dos ventos, escala em braças, papel canson telado, 52cm x 32,5cm. (AHE 05.29.1199).

Topografica da barra e rio do Espírito Santo, o qual dá nome a toda esta Capitania para se verem com  distinção  todas as villas , fortalezas, portos e ilhas que estão desde a sua foz  até além da Villa da Victória capital dela (...) Esta planta foi tirada por José Antonio Caldas, capitão de infantaria com exercício de Engenheiro e lente da Aula Régia das Fortificações da Bahia, que foi mandado a esta diligencia pelo Illmo e Exmo  Sr Conde de Azambuja Governador e Capitão General desta Capitania e copiada por João de Afonseca Bittencourt, praticante com partido na mesma Aula, o qual acompanhou ao dito lente nesta diligencia. Bahia 10 de Outubro de 1767, colorido, nanquim, ferro-gálica, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, com legenda, com rosa dos ventos, escala em braças, papel canson telado, 62,5cm x 53cm. (AHE 05.29.1203).

Planta e Fasada da Fortaleza de Sam Joam, uma das principais que defende o rio da Capitania do Espírito Santo na sua garganta. (...) Toda a sua muralha que é batida das marés foi reparada de novo, e igaulmente todo o seu parapeito reparado, e feito de novo com outros consertos miúdos que nela se fizeram coma assistência do capitão Engenheiro José António Caldas, no ano de 1765, que foi mandado a esta diligencia pelos governadores interinos da Bahia e presentemente foi mandado pelo Illmo e Exmo Sr. Conde de Azambuja Governador e Capitão General de mar e terra desta capitania a outras diligencias na qual tirou esta planta que foi copiada por José Francisco de Souza, Acadêmico com partido na Aula Real das Fortificações nesta cidade da Bahia aos 8 de Outubro de 1767, colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, com rosa dos ventos, escala em palmos, papel canson, 27cm x  39cm. (AHE 05.27.3703).

Illmo e Exmo. Sr. Esta é a planta, perfil e fasadas que mostra em projeto a Fortaleza que se pretende edificar na cabeça da Ilha de Boi para defender a barra do rio do Espírito Santo que está em altura de 20 graus e 15 minutos de latitude Sul. (...) Bahia 8 de Outubro de 1767. Esta planta foi feita e projetada pelo Capitão Engenheiro José Antonio Caldas, lente da Aula Régia das Fortificações da Bahia que foi mando a capitania do Espírito santo a fazer esta diligencia pelo Ilmo e Exmo Sr. Conde de Azambuja, Governador e Capitão General desta Capitania, e copiada por Manuel Gomes Viana, acadêmico com partido na dita Aula. colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com nota explicativa, escala em palmos, papel canson, 52cm x 35cm. (AHE 05.27.3704).


Na John Carter Brown Library, encontram-se os seguintes trabalhos de sua autoria:

Caldas, José António.Topografica da Bahia de todos os Santos, que está em altura de 13 graos de latitude au Sol, e 345 graos e 36 minutos de longitude na qual se vem todos os portos, rios, canais, Ilhas e baixos que estam dentro de las, com todas as Igrejas, e fabricas de Engenho que estam situados a borda de agoa. O Diario, ou relasam geografica que se une a esta planta dam a conhecer muito bẽ todo o terreno adjacente en a marinha da dita Bahya e se notam todas as distancias, divizoens das Capitanias Mores, e distritos das vilas que se compriendem nela. Foi tirada esta planta por odem do Ilustisimo e Excelentisimo Senhor Conde de Pavolide Governador e Capitam General desta Capitania da Bahia pelo Sargento mor Enginheiro José António Caldas. 24 de Junho de 1770. 1 map: ms., col.; 47 x 66 cm. (Map Cabinet Gl 770 1 Ms.).

Caldas, José António. Topografica da Barra, e Rio do Espirito Santo, o qual da nome a toda esta Capitania para severem com distinsam todas as Vilas Fortalezas, portos, e Ilhas, q. estam desde a sua foz atê alem da Vila da Vitoria ... 20 de Novembro de 1767. (Map Cabinet Gl 767 1 Ms.).

Notas

  1. 1,0 1,1 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Mesa da Consciência e Ordens, Habilitações para a Ordem de Cristo, Letra I e J, mç. 39, n.º 12, PT/TT/MCO/A-C/002-009/0039/00012. Diligência de habilitação para a Ordem de Cristo de José António Caldas. 9 de Julho de 1764.
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 Arquivo Histórico Ultramarino, CU_Brasil_Bahia (Catálogo Castro Almeida), doc. 10151. Carta de José António Caldas para Martinho de Melo e Castro em que refere os seus longos serviços e aproveitamento dos seus discípulos e insiste pelo deferimento do requerimento em que pedira algum soldo pela regência da aula. Bahia, 20 de Maio de 1779.
  3. A “falta de qualidade” referida no processo diz respeito ao fato dos seus genitores terem tido oficios mecânicos.
  4. 4,0 4,1 Oliveira, As fortificações portuguesas de Salvador, 127.
  5. Viterbo, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, 1:157-159.
  6. Arquivo Histórico Ultramarino, Cartografia Manuscrita, São Tomé e Príncipe. "Plantas e Prospectos das Forteficações que se projectão para defença da Cidade de S. António da Ilha do Príncipe (...)". 16 de Maio de 1757.
  7. Arquivo Histórico Ultramarino, Cartografia Manuscrita, São Tomé e Príncipe. "Elevação e Fachada que mostra em Prospecto a Cidade de Santo António na Ilha do Príncipe". 16 de Maio de 1757.
  8. Arquivo Histórico Ultramarino, Cartografia Manuscrita, São Tomé e Príncipe. "Planta Iconográfica da Cidade de Santo António na Ilha do príncipe". 16 de Maio de 1757.
  9. Arquivo Histórico Ultramarino, Cartografia Manuscrita, São Tomé e Príncipe. "Mapa da Baía e Cidade de Santo António da Ilha do Príncipe e suas fortificações". 16 de Maio de 1757.
  10. Arquivo Histórico Ultramarino, CU_Brasil_Bahia (Catálogo Castro Almeida), cx. 22, doc. 4101-4102. Oficio do Vice-Rei Conde dos Arcos para Tomé Joaquim da Corte Real,em que refere aos serviços prestados pelo Engenheiro José António Caldas nas ilhas de São Tomé e Príncipe e a necessidade imperiosa de os recompensar condignamente. Bahia, 19 de Maio de 1759.
  11. 11,0 11,1 11,2 11,3 Arquivo Histórico Ultramarino, CU_Brasil_Bahia (Catálogo Castro Almeida), doc. 8529-8537. Ofício do Governador Conde Povolide no qual informa favoravelmente acerca dos seguintes requerimentos de José António Caldas (8529). Requerimentos nos quais pede que lhe fosse abonado vencimento como lente da Aula Militar, cujo lugar exercia desde 26 de Agosto de 1761 sem remuneração (8530-8531), Relação dos discípulos da Aula Militar da Bahia que dela saíram para se empregarem nas tropas da guarnição e nos tribunais (8532); Atestado de D. António Rolim de Moura, Conde de Azambuja, Governador e Capitão General da Bahia, no qual certifica o zelo, atividade e inteligência que José António Caldas mostrara nos serviços públioc de que fora encarregado (8533); Atestado de José da Cunha Grã Ataíde de Melo, Conde e Senhor de Povolide, Governador e Capitão General da Bahia, no qual certifica o adiantamento e aproveitamento dos estudantes da Aula Militar devidos ao incansável zelo e competencia do professor José António Caldas (8534); Atestado de D. Fr. Manuel de Santa Inês, Governador Regente do Arcebispado da Bahia, nonqual certifica que José António Caldas desempenhara sempre todos so serviços com zelo, inteireza e atividade (8535); Atestado de Francisco António da Veiga Cabral, Coronel de Infantaria e Ajudante General da capitania da Bahia, no qual certifica o zelo de José António Caldas (8536); Requerimento de José António Caldas em que pde certidão do exercício de lente da Aula Militar da Bahia e de não ter recebido qualuer remuneração por este serviço (8537). Bahía, 6 de Agosto de 1771.
  12. Fundação Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro), Ms. 1483779. [Representação de José Antonio Caldas, capitão de infantaria com exercício de engenheiros pedindo promoção ao posto de sargento-mor com o mesmo soldo do engenheiro Luis Antônio de Almeida Pimentel.] Manuscrito.
  13. Ellis, "A Capitania da Bahia nos meados do século XVIII", 197.
  14. Kantor, Esquecidos e Renascidos Historiografia Academica Luso-Brasileira (1724-1759).

Fontes

Arquivo Histórico Ultramarino, Cartografia Manuscrita, São Tomé e Príncipe. "Elevação e Fachada que mostra em Prospecto a Cidade de Santo António na Ilha do Príncipe". 16 de Maio de 1757.

Arquivo Histórico Ultramarino, Cartografia Manuscrita, São Tomé e Príncipe. "Mapa da Baía e Cidade de Santo António da Ilha do Príncipe e suas fortificações". 16 de Maio de 1757.

Arquivo Histórico Ultramarino, Cartografia Manuscrita, São Tomé e Príncipe. "Planta Iconográfica da Cidade de Santo António na Ilha do príncipe". 16 de Maio de 1757.

Arquivo Histórico Ultramarino, Cartografia Manuscrita, São Tomé e Príncipe. "Plantas e Prospectos das Forteficações que se projectão para defença da Cidade de S. António da Ilha do Príncipe (...)". 16 de Maio de 1757.

Arquivo Histórico Ultramarino, CU_Brasil_Bahia (Catálogo Castro Almeida), cx. 22, doc. 4101-4102. Oficio do Vice-Rei Conde dos Arcos para Tomé Joaquim da Corte Real, em que refere aos serviços prestados pelo Engenheiro José António Caldas nas ilhas de São Tomé e Príncipe e a necessidade imperiosa de os recompensar condignamente. Bahia, 19 de Maio de 1759.

Arquivo Histórico Ultramarino, CU_Brasil_Bahia (Catálogo Castro Almeida), doc. 8529-8537. Ofício do Governador Conde Povolide no qual informa favoravelmente acerca dos seguintes requerimentos de José António Caldas (8529). Requerimentos nos quais pede que lhe fosse abonado vencimento como lente da Aula Militar, cujo lugar exercia desde 26 de Agosto de 1761 sem remuneração (8530-8531), Relação dos discípulos da Aula Militar da Bahia que dela saíram para se empregarem nas tropas da guarnição e nos tribunais (8532); Atestado de D. António Rolim de Moura, Conde de Azambuja, Governador e Capitão General da Bahia, no qual certifica o zelo, atividade e inteligência que José António Caldas mostrara nos serviços público de que fora encarregado (8533); Atestado de José da Cunha Grã Ataíde de Melo, Conde e Senhor de Povolide, Governador e Capitão General da Bahia, no qual certifica o adiantamento e aproveitamento dos estudantes da Aula Militar devidos ao incansável zelo e competência do professor José António Caldas (8534); Atestado de D. Fr. Manuel de Santa Inês, Governador Regente do Arcebispado da Bahia, no qual certifica que José António Caldas desempenhara sempre todos do serviços com zelo, inteireza e atividade (8535); Atestado de Francisco António da Veiga Cabral, Coronel de Infantaria e Ajudante General da capitania da Bahia, no qual certifica o zelo de José António Caldas (8536); Requerimento de José António Caldas em que pde certidão do exercício de lente da Aula Militar da Bahia e de não ter recebido qualquer remuneração por este serviço (8537). Bahía, 6 de Agosto de 1771.

Arquivo Histórico Ultramarino, CU_Brasil_Bahia (Catálogo Castro Almeida), doc. 10151. Carta de José António Caldas para Martinho de Melo e Castro em que refere os seus longos serviços e aproveitamento dos seus discípulos e insiste pelo deferimento do requerimento em que pedira algum soldo pela regência da aula. Bahia, 20 de Maio de 1779.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Mesa da Consciência e Ordens, Habilitações para a Ordem de Cristo, Letra I e J, mç. 39, n.º 12, PT/TT/MCO/A-C/002-009/0039/00012. Diligência de habilitação para a Ordem de Cristo de José António Caldas. 9 de Julho de 1764.

Fundação Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro), Ms. 1483779. [Representação de José Antonio Caldas, capitão de infantaria com exercício de engenheiros pedindo promoção ao posto de sargento-mor com o mesmo soldo do engenheiro Luis Antônio de Almeida Pimentel.]. Manuscrito.

Bibliografia

Bueno, Beatriz Piccolotto Siqueira. Desenho e Desígnio: O Brasil dos Engenheiros Militares (1500-1822). São Paulo: Editora da Universidade: Fapesp, 2011.

Cruz, João. "Sargento-mor de Infantaria, com exercício de engenharia, José António Caldas (1725/1782)". Revista Militar 2555, (Dez 2014): 1117-1141.

Ellis, Myriam. "A Capitania da Bahia nos meados do século XVIII. A propósito da publicação recente de uma obra de grande valor documental". Revista de História, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo 6, no. 13: 197-209.

Kantor, Iris. Esquecidos e Renascidos Historiografia Academica Luso-Brasileira (1724-1759). São Paulo/Salvador: Hucitec/Centro de Estudos Baianos, 2004. 

Lose, Alicia, e Cátia Marques Telles. "Sobre a Noticia Geral de toda esta Capitania da Bahia, apenas uma crônica de José Antônio Caldas?". Labor Histórico 2, no. 2 (Jul/Dez 2016): 198-213.

Oliveira, Mário Mendonça de. As fortificações portuguesas de Salvador quando cabeça do Brasil. Salvador: Fundação Gregório de Mattos, 2004.

Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol 1. Lisboa: Imprensa Nacional, 1899.

Ligações Externas

Caldas, José António. Cartas topograficas contem as plantas e prospectos das fortalezas que defendem a cidade da Bahia de todos os santos e seu reconcavo por mar e terra [ material cartográfico]. [s. ed.]: [s. l.], [1764?].

"Colecção de cartografia manuscrita. São Tomé e Príncipe". Arquivo Histórico Ultramarino, Direcção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, 2016.

Autor(es) do artigo

Renata Araújo

CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa e Universidade do Algarve

https://orcid.org/0000-0002-7249-1078

Mafalda Pacheco

CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa

https://orcid.org/0000-0002-1091-6325

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

https://doi.org/10.34619/pibl-rynu  

Citar este artigo

Araújo, Renata & Mafalda Pacheco. "José António Caldas", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 07/12/2023). Consultado a 28 de abril de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Jos%C3%A9_Ant%C3%B3nio_Caldas. DOI: https://doi.org/10.34619/pibl-rynu